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Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Centro de Engenharias e Ciências Exatas


Curso de Bacharelado em Engenharia Mecânica

Materiais de Construção Mecânica

RELATÓRIO IV - PRÁTICA DE ENSAIO


NÃO DESTRUTIVO

Estanqueidade

Alunos: RA:
1. ABC 12345
2. DEF 67890

Foz do Iguaçu, 21 de Outubro.


Resumo

O presente relatório trata sobre os testes de estanqueidade para ensaios não destru-
tivos, os quais tem como objetivo examinar o sistema de forma a garantir que não
há nenhum vazamento. Será descrito quais testes podem ser realizados de acordo
com características do produto. Algumas normas serão apresentadas, sendo que a
principal norma se refere à NBR 15571, que especifica o método de estanqueidade es-
pecificando desde a qualificação de pessoal até a elaboração de um relatório técnico.
Por fim, serão vistos os problemas, falhas e riscos de uma ausente ou má verificação
de vazamentos.
Palavras-chave: estanqueidade; vazamento; ensaios-não-destrutivos.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3
1.1 OBJETIVO GERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

2 METODOLOGIA 5
2.1 Ensaios não destrutivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Ensaio de estanqueidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Procedimento do ensaio de estanqueidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3.1 Purga do ar com injeção de gás inerte . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3.2 Admissão de gás combustível na rede . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.4 Métodos de verificação dos vazamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.4.1 Detecção por fluxo de massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.4.2 Detecção por gás hélio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.4.3 Detecção por ultrassom . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.4.4 Detecção de Nível por Teste Pneumático . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.4.5 Detecção por queda de pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.5 Norma NBR 15571 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.5.1 Qualificação de pessoal e requisitos de procedimento . . . . . . . . . 11
2.5.2 Preparação e limpeza da superfície e análise de contaminantes . . . 11
2.5.3 Ensaio visual, iluminação e limpeza final . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.5.4 Relatório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.6 Riscos e falhas decorrentes da não verificação de vazamentos . . . . . . . . 12

3 CONCLUSÃO 15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16
1 INTRODUÇÃO

Após uso recorrente, é comum equipamentos e materiais industrias ou até de es-


tudo,sujeitos ao desgaste natural, vibrações, variações de temperatura, falta de manu-
tenção, erros operacionais entre outros, acabarem apresentando falhas. Estas por sua vez
comprometem significativamente a continuidade das funções realizadas pelo equipamente
em questão e ,consequentemente, aumentam os gastos e/ou até colocam em risco a segu-
rança técnica e ambiental a sua volta . Dessa forma, para contornar estes fatores, assim
como outros, é preciso realizar um Ensaio Não Destrutivo (END) como meio de controle
e alerta de manutenção.
Segundo Teles (2019), Ensaios Não Destrutivos (END) são técnicas utilizadas na ins-
peção de materiais e equipamentos sem destruir ou danifica-los, sendo que podem ser exe-
cutadas nas etapas de fabricação, construção, montagem e manutenção. Ainda segundo
o autor, os END contribuem para o monitoramento da qualidade dos bens e serviços, re-
dução de custo, preservação da vida e do meio ambiente, sendo fator de competitividade
para as empresas que os utilizam.
Entre os diversos tipos de END, pode-se citar a estanqueidade, que, segundo TANK-
TEST (2018), é uma prática de inspeção que permite, em primeira instância, localizar
o vazamento de um fluído, líquido ou gás. Assim, o teste de estanqueidade se mostra
necessário para determinação do local exato do vazamento.
Como são testes que realizam uma verificação em componentes e equipamentos im-
portantes para empresas, suas realizações devem seguir as normatizações que ditam a
execução do teste. É possível citar a norma NBR 15571 que rege de forma geral os testes
de estanqueidade. Também há a NBR ISO 9712 e a NBR 9575:2010
Este tipo de ensaio não destrutivo dispõe de diversas formas de execução, as quais
dependem das características locais e das dimensões do objeto de teste. Existem vários
métodos para verificar o vazamento, cada qual adequado às características do equipamento
em vista, diz ELETRONPI (entre 2013 a 2017). Alguns dos métodos podem ser por
detecção de:

• Fluxo de massa;

• Gás Hélio;

• Ultrassom;

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• Nível por teste pneumático.

Não realizar o teste de estanqueidade pode levar a sérios riscos, principalmente em


equipamentos que operam gases. Nesses objetos podem ocorrer pequenos vazamentos im-
perceptíveis ao olfato humano, gerando custos e desperdícios, ou ainda, acidentes trágicos,
diz Thorus (2020). Dois exemplos de acidentes são os ocorridos no Osasco Plaza Shopping
e no condomínio Verona em Manaus, ambos por vazamento de gases.

1.1 OBJETIVO GERAL

Apresentar as principais características do teste de estanqueidade dentro da categoria


de Ensaios Não Destrutivos (END).

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Com base na introdução e objetivo geral, é possível definir os objetivos específicos,


os quais tratam dos resultados a serem obtidos por meio do presente trabalho científico,
sendo eles:

(a) Descrever a função e operabilidade dos testes de estanqueidade;

(b) Apresentar as normas que regem esse teste;

(c) Detalhar os métodos para verificação dos vazamentos;

(d) Expor os riscos decorrentes da não verificação de vazamentos.

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2 METODOLOGIA

O relatório em questão foi desenvolvido utilizando-se as plataformas Microsoft Teams


como plataforma de ensino e reuniões, e a plataforma Overleaf, escolhida para padronizar
o software de texto utilizado nos relatórios. O grupo de discentes foi montados de forma
aleatória visando trabalhar a capacidade de cooperação interpessoal, a fim de exercitar a
competência necessária para se adaptar à um novo ambiente, junto de novos colegas de
trabalho, indispensável à carreira do engenheiro.
Utilizou-se da base CAPES para a busca de artigos, através das frases chaves "Teste +
estanqueidade", "estanqueidade + normatização", "teste + estanqueidade + aplicação"
e "vazamento + estanqueidade". As pesquisas foram feitas em português e a posteriori
foram pesquisadas as palavras chaves também em inglês, porém sem língua limitante para
os artigos. Ainda dentro da plataforma os artigos foram limitados pelo período entre 2015
e 2021.
Por fim, recorreu-se aos sites de empresas de consultaria dentro do ramo da engenharia,
visando a obtenção de um conhecimento mais aplicado do teste e também dos materiais
utilizados atualmente para tal. Ademais foi explorado, também, o uso de plataformas de
notícias, visando encontrar e posteriormente expor os riscos e acidentes vivenciados devido
a negligência na manutenção de equipamentos, em especial os que utilizam do teste de
estanqueidade, objeto de pesquisa do presente trabalho.

2.1 ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

Esses tipos de ensaios se dão sem a alteração permanente da forma, propriedades


físicas, químicas, mêcanicas e dimensionais do material a ser ensaiado.
Tais ensaios são utilizados para a detecção de falhas e descontinuidades em uma certa
peça, desse modo o método que é empregado se torna mais barato e prático na fabricação,
construção, montagem ou até na manutenção e inspeção de peças.
Dentro do END, têm-se o teste de estanqueidade, para este serão utilizadas como guia
as normas ABNT NBR 9575:2010, ABNT NBR 15571:2009, entre outras mais específicas
que regem a realização do teste.

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2.2 ENSAIO DE ESTANQUEIDADE

O ensaio de estanqueidade tem como objetivo avaliar a integridade de tubulações,


recipientes de armazenamento de gases ou até compressores, buscando assim verificar se
há vazamento de fluidos no sistema, podendo eles serem líquidos ou gasosos. Estes vaza-
mentos são provenientes de falhas estruturais, causadas por problemas químicos, físicos
ou mecânicos e podem ocorrer em diversos pontos do sistema, tais como juntas, válvulas,
conexões, selos de vedação, entre outros.
Possui aplicações para diferentes áreas, que vão desde o setor residencial até o setor
comercial e industrial. Para setores residenciais como em condomínios o END é utilizado
para verificação das tubulações de gás, como o gás de cozinha ou de aquecedores. A
utilização deste ensaio nos setores comerciais e industriais incluem a avaliação de sistema
de tubulação de gases, assim como inspeção de tubulações subterrâneas de combustível,
como é o caso de postos de gasolina e aeroportos.
Este teste é obrigatório para todo setor com instalações a gás como forma preventiva,
a fim de que o sistema não possua vazamentos e esteja seguro para utilização. Estas
inspeções são uma exigência do Corpo de Bombeiros e devem ser feitas periodicamente,
com período máximo de 12 meses para setores comerciais e industriais, e período máximo
de cinco anos para setores residenciais.

2.3 PROCEDIMENTO DO ENSAIO DE ESTANQUEIDADE

Ao se tratar do ensaio de estanqueidade, é importante ressaltar a sua normatização,


dado que é realizado todo de acordo com uma série de normas, tendo certa variação de
acordo com o tipo de material ou aplicação. De acordo com QualyTest (2016), o teste
é dividido em duas etapas, as quais possuem características e passos específicos a serem
seguidos.
Na primeira etapa do ensaio devem ser realizadas as seguintes atividades:

(a) Todas as válvulas dentro da área de prova devem ser ensaiadas na posição aberta,
colocando nas extremidades livres em comunicação com a atmosfera fechada, um
bujão para terminais com rosca ou um flange cego para terminais não roscados;

(b) Deve ser considerado um tempo adicional de 15 minutos para estabilizar a pressão
do sistema em função da temperatura e pressão atmosférica, ou de eventuais bolsas

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de ar na tubulação;

(c) A pressão deve ser aumentada gradativamente em intervalos não superiores a 10


(por cento) da pressão de ensaio, dando tempo necessário para sua estabilização;

(d) A fonte de pressão deve ser separada da tubulação, logo após a pressão interna
atingir o valor de ensaio;

(e) A pressão deve ser verificada durante todo o período de ensaio;

(f) Caso seja observada uma diminuição de pressão durante o ensaio, o vazamento deve
ser localizado e reparado. Neste caso a primeira etapa deve ser repetida;

(g) Uma vez finalizada a primeira etapa do ensaio, deve-se fazer uma exaustiva limpeza
no interior da tubulação através de jatos de ar comprimido ou gás inerte, por toda
a rede de distribuição interna.

Esse processo de verificação é então repetido quantas vezes forem necessárias até que
o ar ou gás esteja livre de óxidos e partículas. Em seguida é realizada a segunda etapa
do ensaio, que envolve as seguintes atividades:

(a) Os reguladores de pressão e as válvulas de alívio ou de bloqueio devem ser instalados,


mantendo as válvulas de bloqueio na posição aberta e as extremidades livres em
comunicação com a atmosfera fechada;

(b) Pressurizar toda a rede com a pressão de operação;

(c) A fonte de pressão deve ser separa da tubulação, logo após atingir o valor de ensaio;

(d) Ao final do período de ensaio, se for observada uma diminuição de pressão de ensaio,
o vazamento deve ser localizado e reparado. Neste caso a segunda etapa do ensaio
deve ser repetida.

2.3.1 PURGA DO AR COM INJEÇÃO DE GÁS INERTE

Segundo QualyTest (2016), trechos de tubulação com volume hidráulico acima de 50L
(0,05m3) devem ser purgados com a injeção de gás inerte antes da adminssão do gás
combustível, com o intuito de diminuir a probabilidade de inflmabilidade da mistura do
ar com o gás no interior da tubulação.

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Para estes casos, os produtos da purga devem ser devidamente canalizados para o
exterior das edificações em local e condições seguros, não se admitindo o despejo destes
produtos para o seu interior. A operação deve ser realizada introduzindo o gás continu-
amente, além disso, é imprescindível que os técnicos responsáveis pela operação perma-
neçam no local de teste durante todo o processo. Ademais, o cilindro de gás inerte deve
estar munido de regulador de pressão e manômetro apropriados ao controle da operação.
Cuidados especiais devem ser tomados para evitar que o gás inerte aplicado durante
o processo venha a baixar o nível de oxigênio do ambiente a níveis incompatíveis com a
vida humana.

2.3.2 ADMISSÃO DE GÁS COMBUSTÍVEL NA REDE

De acordo com QualyTest (2016), trechos de tubulação com volume hidráulico total
de até 50L (0,05m3) podem ser purgados diretamente com gás combustível. É importante
observar que, antes de iniciar o abastecimento da linha com gás combustível, deve ser
verificado se, em todos os pontos de consumo, as válvulas de bloqueio estão fechadas ou
se a extremidade da tubulação encontra-se plugada.
Durante essa operação, todos os elementos que favoreçam a passagem de ar no ambi-
ente devem permanecer abertas, como portas, portões e janelas que se comunicam com
o exterior. A admissão do gás combustivel deve ser realizada de forma lenta e continua,
não permitindo que durnate a operação o técnico responsável se retire do local.

2.4 MÉTODOS DE VERIFICAÇÃO DOS VAZAMENTOS

Há diferentes métodos para realizar a verificação dos vazamentos através do teste


de estanqueidade, como por exemplo a detecção por fluxo de massa, por gás hélio, por
ultrasom, por variação de nível e por queda de pressão.

2.4.1 DETECÇÃO POR FLUXO DE MASSA

Utiliza sensores de vazão mássicos de grande sensibilidade, capazes de detectar peque-


nos fluxos (normalmente de ar) da ordem de 0,2 cm3/min. Como eles medem diretamente
o fluxo de ar, causado pelas perdas por vazamento, permitem um teste bem mais rápido
se comparado com os testes por queda de pressão.

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2.4.2 DETECÇÃO POR GÁS HÉLIO

Utilizado para situações de alta sensibilidade, a detecção de vazamento por gás hélio
é muito útil, pois como o átomo de hélio é pequeno, “vaza” mais facilmente e por furos
menores. Para detectar esta vazão do gás hélio são utilizados diferentes métodos, como
queda de pressão simples, “cheirador” de hélio e detecção numa condição de vácuo. A
figura 1 mostra o equipamento utilizado para realizar uma verificação de vazamento por
gás Hélio.

Figura 1: Equipamento para detecção de vazamento por gás Hélio

Fonte: AVANCO (21-?).

Porém, método de detecção é de alto custo, visto que o gás hélio é caro e escasso.

2.4.3 DETECÇÃO POR ULTRASSOM

Utiliza equipamentos que detectam as ondas de som em altas frequências geradas pelos
átomos que escapam pelo orifício. Porém, há a dificuldade de quantificar esse vazamento,
por isso é utilizado para grandes volumes internos. A figura 2 mostra o equipamento
ultrassônico utilizado para este tipo de detecção.

2.4.4 DETECÇÃO DE NÍVEL POR TESTE PNEUMÁTICO

É injetado uma pequena quantidade de ar por um dispositivo posicionado no fundo


do tanque que é analisado. A medida que a pressão aumenta o ar começa a borbulhar
e, a partir deste ponto, a pressão tende a ficar constante, a qual é proporcional à coluna
de liquido no interior do tanque. Assim, basta medir esta pressão que se terá o valor

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Figura 2: Equipamento SKF TKSU 10 para detecção de vazamento por ultrassom

Fonte: SKF (2020).

correspondente à coluna de líquido. O vazamento pode ser detectado pela variação dessa
coluna ao longo do tempo.

2.4.5 DETECÇÃO POR QUEDA DE PRESSÃO

A detecção por queda de pressão é a mais utilizada no mercado atual. Esta se baseia na
observação e medição da diferença da pressão de teste e a pressão atmosférica, conforme
ocorre diferença no volume pelo vazamento. A Figura 3 mostra como se comporta a
pressão em 3 intervalos de tempo: pressurização, estabilização e a medição (o qual ocorre
a queda de pressão).

Figura 3: Curva da pressão ao realizar detecção por queda de pressão

Fonte: MELHORAR (2015).

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Pode ser medido por sensores simples ou sensores diferenciais, onde, segundo ME-
LHORAR (2015), esta ultima possui uma maior confiabilidade por ter sensibilidade mais
precisa, podendo variar a faixa de medição entre 5 a 1700kPa,.

2.5 NORMA NBR 15571

A norma NBR 15571 especifica o método de estanqueidade por meio de passagem


de gases pressurizados (formação de bolhas) e o método pela penetração de líquidos por
capilaridade, com o objetivo de detectar defeitos passantes em juntas soldadas, chapas,
fundidos e forjados.
Ainda, de acordo com o site UGREEN (2019) o teste deve ocorrer, preferivelmente
durante a montagem do sistema, enquanto as tubulações ainda estão expostas. Afinal,
realizar o teste quando a tubulação já está embutida é bem mais difícil e trabalhoso.

2.5.1 QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL E REQUISITOS DE PROCEDIMENTO

De acordo com a norma, o ensaio de estanqueidade deve ser realizado e supervisionado


por profissionais qualificados, ele somente poderá ser realizado por engenheiro mecânico
que deverá, inclusive, responder como responsável técnico (RT), o qual deve estar em
conformidade com a NBR NM ISO 9712 e ser acompanhado por organismos que atendam
à NBR ISO/IEC 17024.

2.5.2 PREPARAÇÃO E LIMPEZA DA SUPERFÍCIE E ANÁLISE DE CONTAMINANTES

A preparação e limpeza da superfície é de grande importância, pois a superfície a


ser ensaiada deve estar livre de óleo, graxa, tintas e outros contaminantes que possam
mascarar um vazamento. As técnicas de preparação de superfície que podem ser aplicadas
são as seguintes: escovamento rotativo, esmerilhamento, lixamento, usinagem, etc.
Para aços inoxidáveis e ligas de níquel, as ferramentas de preparação da superfície
destes materiais devem ser utilizadas apenas para estes e atender aos seguintes critérios:

• Ser de aço inoxidável ou revestido com este material;

• Os discos de corte devem ter alma de nálon ou similar.

Contaminante é qualquer substância estranha presente na superficie do ensaio que


afete ou prejudique o desempenho do mesmo, com isso, é necessário que seja feita uma

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análise de contaminantes de acordo com cada material. No caso em que o ensaio seja
realizado em aços inoxidáveis (austeniticos ou duplex) e titânio, o máximo permitido de
halogênios (Cl + F) é de 1 por cento. No caso de ligas de níquel, o teor máximo de enxofre
(S) permitido também é de 1 por cento.

2.5.3 ENSAIO VISUAL, ILUMINAÇÃO E LIMPEZA FINAL

O ensaio visual deve ser feito de acordo com a norma ABNT NBR NM 315. FALAR
SOBRE
Se tratando de iluminação, a intensidade luminosa deve ser de no mínimo 1000 lux
quando utilizada a técnica sob luz vísivel, e no máximo 20 lux, com a técnica fluorescente.
Importante ressaltar que, na técnica fluorescente deve ser utilizado um equipamento de
luz negra com capacidade para emitir luz ultravioleta na faixa de 320 nm a 400 nm.
Na limpeza final, os materiais utilizados devem ser totalmente removidos e descartados
corretamente.

2.5.4 RELATÓRIO

Por fim, a norma do teste de estanqueidade esclarece quais informações devem ser
elencadas no relatório. A NBR 15571 é extremamente importante para garantir a segu-
rança e habilidade de uma edificação. A realização do teste precisa ser realizado periódica,
para atestar que a rede continua íntegra.

2.6 RISCOS E FALHAS DECORRENTES DA NÃO VERIFICAÇÃO DE VAZAMEN-


TOS

Vazamentos em redes de gás são comuns, portanto torna-se necessario a avaliação


periódica de técnicos e profissionais que fiscalizam tais vazamentos, acidentes a cerca
da estanqueidade são muito perigosos, podendo ser somente intoxicação ou até mesmo
grandes explosões. Casos mais simples como dos botijões de gás vazando, pode fazer uma
pessoa desmaiar por exemplo, porem há casos extremos de grandes explosões em locais
publicos e até mesmo redes de distribuição.
Ao realizar o teste de estanqueidade o profissional analiza qual teste deve ser reali-
zado, sendo o mais comum e simples o de rede seca, com somente gases. No início do
procedimento o tecnico deve se proteger e para isso é recomendado o uso correto de EPI,

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a utilização de cabos de retenção contra chicoteamento e o compressor teste deve estar
com calço em suas rodas.
Os locais de maior inspeção são os manômetros e mangueiras, estes devem ser verifica-
dos regularmente e com maior caute-la sendo necessario também o isolamento e sinalização
da área de teste, ao realizar os testes o usuário deve ter a noção de alguns erros comuns
que podem ocorrer, como excesso de pressão e falha no manômetro.
A não verificação periódica ou má verificação causam pequenos vazamentos, alguns
tipos de intoxicação e até mesmo explosões de grande escala. Todos os tipos de falhas
de vazamento podem ser analisadas pelo teste de estanqueidade, porem a verificação
periódica deve ser feita, tanto em condomínios quanto em grandes empresas ou áreas
comerciais.
Abaixo é possível ver na Figura 4 uma conexão com vazamento de gás.

Figura 4: Conexão com vazamento de gás sendo testada

Fonte: Condomínio (2019).

A seguir alguns casos de falhas que causaram grande estrago.


Explosão no Osasco Plaza Shopping -
Para contextualizar é necessario o entendimento de alguns dados, como por exemplo,
quando o shopping foi construido, isso se deu em meados de abril de 1995, para que o
Osasco Plaza abri-se suas portas como o maior e melhor shopping da região, porem pouco

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mais de um ano após sua abertura, um acidente envolvendo vazamento de gás fez com
que seu nome fica-se manchado.
Ná véspera do dia dos namorados de 1996, mais precisamente 11 de junho ao meio
dia, uma explosão na praça de alimentação do shopping fez com que mais de 350 pessoas
ficasem feridas e 42 mortas, tal explosão fora causado por vazamento de gás proveniente
de uma tubulação abaixo do piso da praça de alimentação, sendo que tal vazamento teve
contato com faíscas, comentado por PEREIRA (2021).
A explosão ocorreu pois havia um vazamento em uma tubulação desativada e o gás
ficou preso em um vão abaixo do piso e acima do solo, tal local serviu de cúpula para um
gás liquefeito de petróleo (GLP), gás de cozinha, até seu contato com fogo. A perícia na
época, apontou falhas em roscas e principalmente em algumas das vedações, foi apontado
a falta de fiscalização no ambito da estanquiedade, citado por PEREIRA (2021).
Explosão no condomínio Verona (Manaus) -
A explosão que ocorreu em Manaus em um condomínio é proveniente de falha e má
verificação da estanquiedade das mangueiras de gás, tal condomínio foi daficado em 24 de
fevereiro de 2021, na explosão seis pessoas ficaram feridas e o morador do apartamento que
ocorreu a explosão teve mais da metade de seu corpo queimado e acabou não sobrevivendo
ao ocorrido, segundo o G1 (2021).
Tal explosão ocorrida em um condomínio habitacional, destruiu cerca de 4 apartamen-
tos, essa explosão é a segunda registrada no local e por irresponsabilidade profissional a
perícia aponta erros na checagem regular das mangueiras, conexões e manômetros.
O vazamento teria ocorrido no apartamento acima da tal explosão, o gás teria vazado
para o local abaixo e ficado confinado. O morador do apartamento chegou, não sentiu
tal cheiro de gás e, logo em seguida, ligou o fogão, provocando a explosão, isso segundo
Maciel (2021).

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3 CONCLUSÃO

Em síntese, é possível afirmar que ao longo do presente relatório a operalibilidade dos


testes de estanquiedade foi explanada, assim como suas principais funções e características
dentro da àrea de ensaios não destrutivos.
Em outro espectro, foram apresentadas as normas que regem a aplicação desse teste,
abordando desde as normas em relação a qualificação pessoal e responsabilidade técnica
até a preparação do material e posteriormente a realização do ensaio em si. Sendo que
ao longo da exibição dessas regras referentes ao teste é possível perceber a importância
dessa normatização, não só como guia para sua operação como também para a segurança
aos envolvidos.
Ademais foram expostos os diferentes métodos para verificação de vazamentos e, por
final, evidenciou-se, também, os riscos decorrentes da não verificação desses vazamentos.
Mostrando assim a importância da realização do teste.

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REFERÊNCIAS
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