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INSTRUTOR DE SOLDAGEM
APOSTILA IV
SUMÁRIO
4 ENSAIO DE FRATURA.............................................................................................. 26
Ensaios Mecânicos
1 ENSAIOS MECÂNICOS
INTRODUÇÃO
LABORATÓRIOS DE ENSAIO
a) Ensaios destrutivos.
b) Ensaios não destrutivos
ENSAIOS DESTRUTIVOS
São aqueles que deixam algum sinal ou marca na peça ensaiada ou no corpo de
prova submetido ao ensaio.
Neste tipo de ensaio os corpos podem ou não ficarem inutilizados.
Tração Embutimento
Compressão Torção
Cisalhamento Dureza
Dobramento Fluência
Flexão Fadiga
Impacto
São aqueles que após sua realização não deixam nenhuma marca ou sinal, e,
portanto, nunca inutilizam a peça ou o corpo de prova.
Por esse motivo podem ser utilizados para se detectar falhas em produtos
acabados ou semi-acabados.
Visual
Líquido penetrante
Partículas magnéticas
Ultra-som
Radiografia industrial
A escolha do ensaio mecânico mais interessante ou mais adequado para cada tipo
de produto depende da finalidade do material, dos tipos de esforços que esse
material vai sofrer e das propriedades mecânicas que se deseja medir.
Alguns ensaios permitem obter dados numéricos que podem ser utilizados no
cálculo estrutural e no projeto da peça.
Outros ensaios fornecem apenas resultados qualitativos do material e servem
somente para auxiliar com estudo e desenvolvimento do projeto.
APOSTILA IV
OBS: Todo e qualquer ensaio realizado em território brasileiro deve apresentar seus
resultados grafados no Sistema Internacional de Unidades – SI.
Ensaios Destrutivos
2 ENSAIO DE TRAÇÃO
ENSAIO CONVENCIONAL
Nos corpos de provas normalmente a seção reta é circular, porém corpos de provas
retangulares também são usados. Durante os ensaios, a deformação fica confinada
à região central, mais estreita, do corpo de prova. O diâmetro padrão é
aproximadamente 12,8 mm, enquanto a seção reduzida deve ser pelo menos quatro
vezes esse diâmetro. O corpo de prova é preso pelas extremidades nas garras de
fixação do dispositivo de testes. A máquina de ensaio de tração é projetada para
alongar o corpo de prova a uma taxa constante, além de medir contínua e
simultaneamente a carga instantânea aplicada e os alongamentos resultantes, isso
com o auxilio de extensômetros.
Quando um corpo de prova é submetido a um ensaio de tração, a máquina de
ensaio fornece um gráfico que mostra as relações entre a força aplicada e as
deformações ocorridas durante o ciclo.
Mas o que interessa para determinação das propriedades do material ensaiado é a
relação entre a tensão e a deformação.
A tensão corresponde à força dividida pela área da seção sobre a qual a força é
aplicada.
Onde:
lo = comprimento inicial
l = comprimento final para cada carga P aplicada.
LIMITE DE PROPORCIONALIDADE
MÓDULO DE RESILIÊNCIA
τ1
Contração
τ1
MÓDULO DE ELASTICIDADE TRANSVERSAL (G)
Onde, حe γ são as tensões e a respectiva deformação cisalhante que sofre o corpo
de prova.
LIMITE DE ESCOAMENTO
Limite de escoamento.
LIMITE DE RUPTURA
Limite de ruptura.
FRATURA
MATERIAIS DÚCTEIS
Qualquer material que possa ser submetido a grandes deformações antes da ruptura
é chamado de material dúctil. Freqüentemente, os engenheiros escolhem materiais
dúcteis para o projeto, pois estes são capazes de absorver choque ou energia e,
quando sobrecarregados, exibem, em geral, grande deformação antes de falhar.
MATERIAIS FRÁGEIS
A fratura frágil nos metais é caracterizada pela rápida propagação da trinca, sem
nenhuma deformação macroscópica e muito pouca micro deformação.
APOSTILA IV
Transgranular Intergranular
O corpo de prova é fixado por suas extremidades nas garradeiras da máquina. Esta
provoca uma força axial para fora de modo a aumentar comprimento do corpo de
prova.
CORPOS DE PROVA
A parte útil (Lo) do corpo de prova identificada no desenho acima é a região onde
são feitas as medidas das propriedades mecânicas do material. As cabeças são as
regiões extremas que servem para fixar o corpo de prova na máquina, de modo que
a força atuante na máquina seja axial. Devem ter seção maior do que a parte útil
para que a ruptura do corpo de prova não ocorra nelas. Os tipos de fixação mais
comum são:
Por acordo internacional, sempre que possível um corpo de prova deve ter 10 mm
de diâmetro e 50 mm de comprimento inicial. Não sendo possível a retirada de um
corpo de prova deste tipo, deve-se adotar um corpo com dimensões proporcionais a
essas.
Corpos de prova com seção retangular são geralmente retirados de placas, chapas
ou lâminas. Suas dimensões e tolerâncias de usinagem são normalizadas pela
ISO/R377 enquanto não existir norma brasileira correspondente. A norma brasileira
(NBR 6152, dez./1980) somente indica que os corpos de prova devem apresentar
bom acabamento de superfície e ausência de trincas.
Em materiais soldados, podem ser retirados corpos de prova no sentido transversal
e ou no sentido longitudinal da solda, como você pode observar nas figuras a seguir.
APOSTILA IV
3 ENSAIO DE DOBRAMENTO
Ensaio de dobramento.
PROCESSOS DE DOBRAMENTO
DOBRAMENTO LIVRE
Uma das extremidades estará fixa por algum dispositivo e a outra livre para
aplicação da força.
DOBRAMENTO GUIADO
Para espessuras muito grandes é permitido o teste com corpos de prova obtidos por
fracionamento, desde que toda a espessura seja coberta.
A maioria das especificações de solda requer a execução de pelo menos dois testes
de raiz e dois testes de face, ou quatro testes laterais para cada peça com solda de
topo ver código ASME, secção IX, item 163.
4 ENSAIO DE FRATURA
O corpo de prova deve ser testado com força constante e crescente ate ocorrer à
fratura ou o dobramento plano sobre si.
Ocorrendo a fratura, a superfície fraturada não deve apresentar trincas ou falta de
penetração, e a soma dos comprimentos de inclusões e ou poros não deve exceder
10 mm ou 10% da quarta seção.
5 ENSAIO DE DUREZA
Estáticos
Dinâmicos
A dureza Brinell é representada pelas letras HB. Esta representação vem do inglês
Hardness Brinell, que quer dizer, dureza Brinell.
A dureza Brinell (HB) é a relação entre a carga aplicada (F) e a área da calota
esférica impressa no material ensaiado (Ac).
Em linguagem matemática:
Exemplo: 87HB/5/750/30
Durezas (Kgf/mm²)
²
30 95 a 415
10 30 a 140
5 15 a 70
2,5 Até 30
A peça testada deve ter uma espessura mínima de duas vezes o diâmetro da
impressão no teste;
O raio de curvatura da superfície da peça a ser testada deve ser no mínimo
cinco vezes o diâmetro da esfera utilizada;
A distancia entre o centro de uma impressão a as bordas do corpo de prova
deve ser no mínimo 2,5 vezes o diâmetro médio da impressão;
A força aplicada para o teste deve ser mantida por 30 segundos para
materiais entre 60 HB e 300 HB; 10 segundos para materiais com dureza >
300 HB; 60 segundos para materiais com dureza < 60 HB.
Método direto
Método indireto
Verificação através da utilização dos blocos padrões. Este método é o mais utilizado
pelo operador do equipamento quando os ensaios são de rotina.
Periodicamente devem-se fazer impressões no bloco padrão.
É considerado satisfatório quando o diâmetro médio de qualquer impressão no bloco
padrão não for maior que 3% do diâmetro médio correspondente ao valor
determinado do bloco padrão.
BLOCO PADRÃO
NORMALIZAÇÃO DO MÉTODO
[ ]²
= .
[ ]²
HB1 = dureza da barra padrão
HB2 = dureza do material testado
d 1 = diâmetro da impressão na barra padrão
d 2 = diâmetro da impressão no material testado
Aparelho para uma medição rápida, independente do local com dano quase
imperceptível a superfície.
Destacando-se pela sua construção pequena e robusta, sendo por esta razão
adequada como um aparelho medidor de bolso.
Medição não destrutiva em aço temperado, aço sem tratamento e ferro fundido
cinzento e modular.
Leitura direta no relógio HRC 20 a 68, HB 100 a 400, HV 100 a 1000.
Leitura em chapas de 07 a 6 mm, tubos, peças planas.
Acessórios:
Estojo,
Chave de ajuste,
Padrão de dureza
Disponíveis em 3 modelos
APOSTILA IV
ETAPAS DO PROCESSO
O número de dureza Rockwell deve ser seguido pelo símbolo HR, com um sufixo
que indique a escala utilizada.
PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO
Penetrador HR Formula
Normal 0,002 x ( 100 – HR )
Diamante
Superficial 0,001 x ( 100 – HR )
Normal 0,002 x ( 130 – HR )
Esférico
Superficial 0,001 x ( 100 – HR )
Para obter a espessura mínima em milímetros da peça a ser testada, multiplica-se
por 10 o valor, obtido na tabela acima pela aplicação da formula.
APOSTILA IV
O valor de dureza Vickers (HV) é o quociente da carga aplicada (F) pela área de
impressão (A) deixada no corpo ensaiado.
Essa relação, expressa em linguagem matemática é a seguinte:
A máquina que faz o ensaio Vickers não fornece o valor da área de impressão da
pirâmide, mas permite obter, por meio de um microscópio acoplado, as medidas das
diagonais (d1 e d2) formadas pelos vértices opostos da base da pirâmide.
Voltando à fórmula para cálculo da HV, e substituindo A pela fórmula acima, temos:
DEFEITOS DE IMPRESSÃO
Quando ocorrem esses defeitos, embora as medidas das diagonais sejam iguais, as
áreas de impressão são diferentes.
PREPARAÇÃO DO ENTALHE
Um passe de solda deve ser depositado sobre a superfície do corpo de prova e deve
ter aproximadamente 63,5 mm de comprimento e 12,5 mm de largura.
O consumível depositado deve ser de característica frágil que junto com o metal de
base garanta um entalhe metalúrgico e de origem a formação de uma trinca.
Após a soldagem deve-se fazer um corte com serra (entalhe geométrico) transversal
ao passe de solda com a finalidade de localizar a ruptura no corpo de prova.
APOSTILA IV
MÉTODO DO TESTE
DISPOSITIVO DE IMPACTO
QUEBRADO
O corpo de prova é considerado quebrado se, rompendo, ao atingir apenas uma das
duas bordas da superfície de tração (lado da solda); não necessária a completa
separação do corpo de prova no seu lado de compressão para que seja considerado
como quebrado.
NÃO QUEBRADO
O corpo de prova desenvolve uma trinca visível a partir do entalhe feito no cordão de
solda, sem, contudo atingir nenhuma das bordas da superfície de tração.
NÃO TESTADO
Quando após o teste a trinca não for visível ou o corpo de prova não for flexionado o
suficiente ate atingir o apoio inferior.
O critério de aceitação considera satisfatório quando o corpo de prova apresentar a
condição de “não quebrado” após o teste.
È considerado insatisfatório quando o corpo de prova apresenta a condição de
“quebrado”, pois indica que a temperatura NDT do material testado é superior a
temperatura do teste.
NORMATIZAÇÃO DO MÉTODO
MAQUINA DE TESTE
Consiste de:
Guias verticais
Dispositivo de impacto para queda livre
Dispositivo de apoio para o corpo de
prova com dimensões normalizadas
Dispositivo de içamento e posicionamento
do martelo
APOSTILA IV
7 TESTE DE IMPACTO
Esse teste permite estudar os efeitos das cargas dinâmicas. Este ensaio é usado
para medir a tendência de um metal de se comportar de maneira frágil.
O choque ou impacto representa um esforço de natureza dinâmica, porque a carga é
aplicada repentina e bruscamente.
No impacto, não é só a força aplicada que conta. Outro fator é a velocidade de
aplicação da força. Força associada com velocidade traduz-se em energia.
O ensaio de impacto consiste em medir a quantidade de energia absorvida por uma
amostra do material, quando submetida à ação de um esforço de choque de valor
conhecido.
O método mais comum para ensaiar metais é o do golpe, desferido por um peso em
oscilação.
O pêndulo é levado a certa posição, onde adquire uma energia inicial. Ao cair, ele
encontra no seu percurso o corpo de prova, que se rompe.
A sua trajetória continua até certa altura, que corresponde à posição final, onde o
pêndulo apresenta uma energia final.
A diferença entre as energias inicial e final corresponde à energia absorvida pelo
material.
De acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de energia
adotada é o joule. Em máquinas mais antigas, a unidade de energia pode ser dada
em kgf./m, kgf./cm ou kgf./ mm.
A máquina é dotada de uma escala, que indica a posição do pêndulo, e é calibrada
de modo a indicar a energia potencial.
Ep =m x g x h, onde:
m = massa
g = aceleração da gravidade
h = altura
APOSTILA IV
CORPOS DE PROVA
Nos ensaios de impacto, utilizam-se duas classes de corpos de prova com entalhe: o
Charpy e o Izod. Geralmente apresentam seção quadrada de 10 mm de lado e um
comprimento de 55 mm com entalhes no centro deste comprimento.
Há um tipo especial para ferros fundidos e ligas não ferrosas fundidas sob pressão.
Esses corpos de prova seguem especificações de normas internacionais, baseadas
na norma americana E-23 da ASTM.
Os corpos de prova Charpy compreendem três subtipos (A, B e C), de acordo com a
forma do entalhe.
A figura a seguir mostra as formas e dimensões desses três tipos de corpos de
prova e dos respectivos entalhes.
As diferentes formas de entalhe são necessárias para assegurar que haja ruptura
do corpo de prova, mesmo nos materiais mais dúcteis.
Quando a queda do martelo não provoca a ruptura do corpo de prova, o ensaio deve
ser repetido com outro tipo de corpo de prova, que apresente entalhe mais severo,
de modo a garantir a ruptura. Dos três tipos apresentados, o C é o que apresenta
maior área de entalhe, ou seja, o entalhe mais severo.
APOSTILA IV
O corpo de prova Izod tem a mesma forma de entalhe do Charpy tipo A, localizada
em posição diferente (não centralizada).
Outra diferença importante entre o ensaio Charpy e o Izod é que no Charpy o golpe
é desferido na face oposta ao entalhe e no Izod é desferido no mesmo lado do
entalhe.
TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO
Os corpos de prova retirados para ensaio de impacto devem ser resfriados, até que
se atinja a temperatura desejada para o ensaio.
As técnicas de resfriamento são determinadas em normas técnicas específicas. Um
modo de obter o resfriamento consiste em mergulhar o corpo de prova num tanque
contendo nitrogênio líquido, por aproximadamente 15 minutos. Este é o tempo
necessário para homogeneizar a temperatura em todo o corpo de prova.
Outra forma de obter o resfriamento é por meio de uma mistura de álcool e gelo
seco, que permite atingir temperaturas de até 70ºC negativos.
O tempo máximo para romper o corpo de prova após o resfriamento é de 5
segundos. Devido à grande dispersão dos resultados dos ensaios, principalmente
próximo à temperatura de transição, gerada pela dificuldade de obter corpos de
prova rigorosamente iguais e pela falta de homogeneidade dos materiais, o ensaio
de impacto comum não oferece resultados aplicáveis a projetos de engenharia
estrutural. Para responder a essas necessidades práticas, foram desenvolvidos
outros tipos de ensaio de impacto e outros equipamentos.
APOSTILA IV
8 TESTE MACROGRÁFICO
APLICAÇÕES
Macro estrutura
É possível obter uma boa textura com ataques rápidos e superficiais, embora, as
vezes, seja necessário utilizar ataques lentos e profundos, como em texturas
fibrosas.
Existem texturas que são mais facilmente visualizadas quando se faz um segundo
lixamento seguido de um novo ataque rápido ou não, como no caso de texturas
fibrosas dendríticas, união por fusão, segregação e poros.
Para texturas encruadas, brutas de fusão, profundidade de carbonetação,
granulação grosseira profundidade de têmpera, regiões ricas em carbono ou fósforo
e regiões afetadas termicamente um novo lixamento faz a textura desaparecer por
parcial ou totalmente.
A reflexão da luz causa imagens diferentes ao olho do observador, nas zonas
brilhantes (A) as imagens são claras; nas zonas corroídas (B) e nas zonas de
descontinuidades (D) as imagens são escuras; nas regiões recobertas por produtos
das reações (C) as imagens são foscas.
Após a escolha do local a ser cortado, é necessário definir se o corte da seção será
transversal ou longitudinal ao eixo da peça.
SEÇÃO TRANSVERSAL
SEÇÃO LONGITUDINAL
PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
CORTE
O corpo de prova deve ser cortado com serra ou com cortador de disco abrasivo;
caso esse método não possa ser aplicado, recorre-se ao desbaste da superfície
utilizando um esmeril ou plainadeira para atingir a superfície requerida, completando
a operação com uma lima fina ou lixadeira mecânica. Para todos esses processos
deve-se evitar o encruamento superficial, e também o aquecimento acima de 100ºC,
principalmente em peças temperadas, para evitar a distorção na interpretação do
teste.
Antes de iniciar o lixamento, deve-se fazer uma lavagem com água corrente e
enxugar a superfície para evitar que partículas abrasivas mais grossas sejam
levadas a essa etapa, também é necessário uma limpeza especial, com a finalidade
de retirar o óleo ou graxa da superfície preparada.
Devem-se eliminar os cantos vivos para não causar acidentes ao operador e para
não danificar as lixas.
LIXAMENTO
É iniciado sobre lixa em direção perpendicular aos riscos da lima ou da lixa grossas
já utilizadas, removendo completamente estes riscos. O trabalho deve ser executado
com lixas de granulação crescente, conforme alguns fabricantes: 120, 280, 320, 400,
600.
O lixamento é geralmente feito atritando a superfície sobre a lixa mas, quando a
peça é grande a lixa deve ser passada na mesma com o auxilio de uma régua.
Não se pratica o polimento muito elevado, pois dificultará o ataque e a fotografia,
facilitando assim a execução do teste.
LAVAGEM E SECAGEM
ATAQUE DA SUPERFÍCIE
POR IMERSÃO
POR APLICAÇÃO
Durante o ataque a superfície deve ser observada constantemente até obter-se uma
textura nítida e com todos os detalhes para o correto resultado do teste.
O tempo de ataque depende da temperatura, da composição química do corpo de
prova e do reativo utilizado, assim, tempo insuficiente implicará em textura fraca,
pouco visível e sem detalhes, e tempo em excesso dará textura ofuscada e alterada.
Normalmente executa-se o teste a temperatura ambiente, porem, quando se deseja
ataques profundos, como em textura fibrosa, ou dendrítrica, a temperatura pode ser
até 100ºC.
REATIVOS APLICADOS
Composição:
REVELAÇÃO
REATIVO DE IODO
Composição:
Iodo sublimado 10 g
Iodeto de potássio 20 g
Água 100 ml
REVELAÇÃO
Composição:
REVELAÇÃO
REATIVO DE NITAL
Composição:
REVELAÇÃO
NORMALIZAÇÃO DO MÉTODO
Para determinação da macro estrutura e dos reativos mais adequados para vários
tipos e metais são normalizados pela ASTM E 340.
Ensaios Não
Destrutivos
9 ENSAIO VISUAL
O OLHO HUMANO
O olho humano é conhecido como um órgão pouco preciso. A visão é qualquer coisa
variável em cada um de nós e muito mais variável quando se comparam
observações visuais de um grupo de pessoas. Não estudaremos em detalhe a
formação das imagens no olho humano, mas faremos algumas observações.
Como sabemos, a visão humana, adulta, normal, envolve a percepção de luz visível,
das cores, profundidade e distância. Sabemos também que existem ilusões de ótica.
a) limpeza da superfície
b) acabamento da superfície
c) nível de iluminação da superfície
d) maneira de iluminar a superfície
e) contraste entre a descontinuidade e o resto da superfície.
As variáveis enumeradas com (c) e (d), nós podemos sempre controlar, de modo
que um bom inspetor sempre exige "boa luz” e "posição da luz".
O tipo de luz usada também tem importante influência sobre o êxito da inspeção
visual. A luz branca natural é amplamente usada por razões óbvias, mas nos
recintos fechados das fabricas merece toda a atenção à escolha do tipo de
iluminação e a forma e disposição dos pontos luminosos.
Na inspeção em recintos fechados, a lâmpada elétrica atrás do inspetor (para não
ofuscar), produz melhores resultados do que o foco da lanterna de pilhas. Nas
inspeções visuais de peças acabadas e de alta responsabilidade é comum se usar
luz monocromática. O olho humano normal tem sensibilidade relativa variável, em
função do comprimento de onda, tendo maior sensibilidade na faixa de 5.500 a
5.600 angstroms (1Å = 10-10m = 10-1 nm)
Outro grande fator de fracasso na inspeção visual é devido à fadiga visual dos
inspetores em serviços longos, examinando os mesmos tipos de materiais. O
treinamento dos inspetores deve ser acompanhado sempre por oftalmologistas, para
exame dos inspetores em serviço, duas ou mais vezes por ano. Blocos
padronizados, chapas com defeitos (os menores), peças fundidas, forjadas e
acabadas, com mínimos defeitos, devem, às vezes, ser lançados na linha de
inspeção com o intuito de se verificar o bom desempenho dos inspetores visuais.
MÉTODO DIRETO
Na inspeção visual o olho humano é auxiliado por uma série de instrumentos óticos.
Esses instrumentos desempenham funções importantes seja para compensar a
acuidade do olho humano, seja para permitir a inspeção visual em locais de difícil
acesso da peça metálica. Conjunto, parte ou componente complexo.
Deve ser assinalado que a utilização de sistema ótico suplementares deve sempre
tomar em consideração os seguintes requisitos para uma boa inspeção:
ACESSÓRIOS UTILIZADOS
Espátula
Martelo
Imã
Máquina fotográfica
Lanterna
Binóculos
Instrumentos de medição (paquímetro, micrômetro interno/externo, gabaritos
Goniômetro, nível, trena, prumo, compassos de ponta).
FINALIDADES DO ENSAIO
Ângulo de bisel
Ângulo do chanfro
Face da raiz
Alinhamento das partes a serem soldadas
Corrosão
Existência de elementos contaminantes (óleo, graxa, etc.)
Após a operação de soldagem, o ensaio visual tem por finalidade detectar possíveis
descontinuidades induzidas na soldagem.
Alem de suas aplicações na soldagem, o ensaio se aplica de maneira geral, na
detecção de irregularidades superficiais de vários tipos tais como: dobras de
laminação de chapas, pontos e estados de corrosão, evidencias de vazamento,
acabamento de peças usinadas ou forjadas e identificação de estado da superfície.
SEQUENCIA DO ENSAIO
Preparação da superfície:
O ensaio visual é o ensaio não destrutivo de mais baixo custo, permite detectar e
eliminar possíveis descontinuidades antes de se iniciar ou completar a soldagem de
uma junta, detecta as descontinuidades maiores e geralmente indica pontos de
prováveis descontinuidades, devem ser inspecionados por outros ensaios não
destrutivos.
Um ensaio visual bem executado proporciona uma diminuição da quantidade de
reparos de solda, e uma maior produção dos outros ensaios não destrutivos e
consequentemente diminui o custo da obra.
LIMITAÇÕES E DESVANTAGENS
INTRODUÇÃO
FINALIDADE DO ENSAIO
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Antes de se iniciar o ensaio, a superfície deve ser limpa e seca. Não deve existir
água, óleo ou outro contaminante.
Contaminantes ou excesso de rugosidade, ferrugem, etc.Tornam o ensaio não
confiável.
b) Aplicação do Penetrante:
Aplicação do penetrante
d) Revelação
e) Avaliação e Inspeção
VANTAGENS DO ENSAIO
LIMITAÇÕES DO ENSAIO
MAGNETISMO
PÓLOS MAGNÉTICOS
O CAMPO MAGNÉTICO
Uma região do espaço que foi modificada pela presença de um imã, recebe a
denominação de campo magnético. O campo magnético pode ser visualizado
quando limalha de material ferromagnético é pulverizada sobre um imã. Tais
partículas se comportam como minúsculos imãs e se alinham na direção do campo
magnético, formando o que chamamos de linhas de indução ou linhas de fluxo. As
linhas de indução são sempre contínuas e mostram claramente a forma do campo
magnético.
Campo magnético produzida por uma barra imantada e visualizada por limalha de ferro
PERMEABILIDADE MAGNÉTICA
a) Ferromagnéticos: µ > 1.
São assim definidos os materiais que são fortemente atraídos por um imã exemplo:
ferro, cobalto e quase todos os tipos de aço. São ideais para inspeção por partículas
magnéticas.
b) Paramagnéticos: µ = 1.
São os materiais que são levemente atraídos por um imã. Exemplo: platina,
alumínio, cromo, estanho, potássio. Não são recomendados para inspeção por
partículas magnéticas.
APOSTILA IV
c) Diamagnéticos: µ < 1.
São os materiais que são levemente repelidos por um imã. Exemplo: prata, zinco,
chumbo, cobre, mercúrio. O ensaio por partículas magnéticas não é aplicável a
estes materiais.
A permeabilidade magnética dos materiais não é constante, pois dependem da dos
valores de B e H. Porém muitos livros trazem valores da permeabilidade magnética
de vários materiais, porém esta se aplica na condição de total saturação magnética
dos mesmos. A saturação magnética é conseguida quando ao aumentarmos o
campo magnetizante H não ocorre nenhuma alteração de B.
RETENTIVIDADE
CAMPO DE FUGA
O desvio das linhas de força dá origem a novos pólos, provocando a dispersão das
linhas de fluxo magnético que dão origem ao “Campo de Fuga”. A figura demonstra
como as linhas de força são perturbadas pela presença de uma descontinuidade
dando origem ao campo de fuga.
a) Magnetização Longitudinal
b) Magnetização Circular
Neste método, que pode ser tanto por indução quanto por passagem de corrente
elétrica através da peça, as linhas de força que formam o campo magnético circulam
através da peça em circuito fechado, não fazendo uma “ponte” através do ar. É
usada para a detecção de descontinuidades longitudinais.
c) Magnetização Multidirecional
Maquina de ensaio por partículas magnéticas de uma peça fundida para indústria
hidroelétrica, usando a técnica multidirecional. (foto empresa VOITH SIEMENS).
TÉCNICAS DE MAGNETIZAÇÃO
Corrente contínua (CC): somente obtida através de baterias, e que na prática não é
aplicável em processos industriais;
Corrente continua
APOSTILA IV
Corrente alternada
Corrente trifásica: pode ser utilizada na forma retificada de meia onda ou onda
completa. A corrente elétrica trifásica retificada de onda completa é a que mais se
aproxima às características de uma corrente contínua.
Como referência, podemos citar que para o Código ASME Sec.V Art.7 , os valores
de corrente elétrica a ser aplicada na peça devem estar entre os valores seguintes:
Nesta técnica, corrente elétrica contínua ou alternada poderão ser utilizadas, sendo
recomendado pelo Código ASME Sec.V Art.7 uma limitação de 300 até 800
Ampéres/ pol. de diâmetro externo quando a geometria for redonda. Outras
limitações de corrente elétrica podem ser requeridas, dependendo da norma ou
especificação aplicável na inspeção.
Para peças outras que não redondas, a corrente elétrica pode ser determinada pelo
diâmetro maior da peça na seção perpendicular ao fluxo da corrente elétrica.
Se o nível de corrente elétrica não pode ser obtida por limitações técnicas dos
equipamentos utilizados, então deve ser empregado o padrão indicativo de campo
magnético para certificação de que a máxima corrente elétrica aplicada é
satisfatória.
A TÉCNICA DA BOBINA
Indicação de trinca detectada pela técnica do condutor central. Observe a linha circular
formada na superfície do anel pelo acúmulo do pó magnético.
DESMAGNETIZAÇÃO
Uma peça com magnetismo residual poderá interferir nos processos futuros
de usinagem, pois o magnetismo da peça induzirá a magnetização das
ferramentas de corte afetando o acabamento da peça.
A retenção de limalha e partículas contribuirá para a perda do fio de corte da
ferramenta.
TÉCNICAS DE DESMAGNETIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
FINALIDADE DO ENSAIO
O ensaio por ultra-som caracteriza-se num método não destrutivo que tem por
objetivo a detecção de defeitos ou descontinuidades internas, presentes nos mais
variados tipos ou forma de materiais ferrosos ou não ferrosos.
Tais defeitos são caracterizados pelo próprio processo de fabricação da peça ou
componentes a ser examinada como, por exemplo: bolhas de gás em fundidos,
dupla laminação em laminados, micro-trincas em forjados, escorias em uniões
soldadas e muitos outros.
Portanto, o exame ultra-sônico, assim como todo exame não destrutivo, visa diminuir
o grau de incerteza na utilização de materiais ou peças de responsabilidades.
APOSTILA IV
VIBRAÇÕES MECÂNICAS
TIPOS DE ONDAS:
São ondas cujas partículas oscilam na direção de propagação da onda, podendo ser
transmitidas a sólidos, líquidos e gases.
No desenho acima nota-se que o primeiro plano de partículas vibra e transfere sua
energia cinética para os próximos planos de partículas, e passam a oscilar. Desta
maneira, todo o meio elástico vibra na mesma direção de propagação da onda
(longitudinal),e aparecerá “zonas de compressão” e “zonas diluídas”. As distâncias
entre duas zonas de compressão determinam o comprimento de onda (l).
Em decorrência do processo de propagação, este tipo de onda possui uma alta
velocidade de propagação, característica do meio.
FREQÜÊNCIA
As ondas acústicas ou som propriamente dito, são classificados de acordo com suas
freqüências e medidos em ciclos por segundo, ou seja o número de ondas que
passam por segundo pelo nossos ouvidos. A unidade “ciclos por segundos” é
normalmente conhecido por “Hertz”, abreviatura “Hz”. Assim sendo se tivermos um
som com 280 Hz, significa que por segundo passam 280 ciclos ou ondas por nossos
ouvidos. Note que freqüências acima de 20.000 Hz são inaudíveis denominadas
freqüência ultra-sônica.
Considera-se 20 kHz o limite superior audível e denomina-se a partir desta, freqüência ultra-sônica.
APOSTILA IV
VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO.
Existem várias maneiras de uma onda sônica se propagar, e cada uma com
características particulares de vibrações diferentes.
Definimos “Velocidade de propagação” como sendo a distância percorrida pela onda
sônica por unidade de tempo. É importante lembrar que a velocidade de propagação
é uma característica do meio, sendo uma constante, independente da freqüência.
COMPRIMENTO DE ONDA.
Quando atiramos uma pedra num lago de águas calmas, imediatamente criamos
uma perturbação no ponto atingido e formando assim, ondas superficiais circulares
que se propagam sobre a água. Neste simples exemplo, podemos imaginar o que
definimos anteriormente de freqüência como sendo o número de ondas que passam
por um observador fixo, também podemos imaginar a velocidade de propagação
pela simples observação e ainda podemos estabelecer o comprimento entre dois
picos de ondas consecutivos. A esta medida denominamos comprimento de onda, e
representaremos pela letra grega Lambda “l“.
V=L.F
EFEITO PIEZELÉTRICO
TIPOS DE CRISTAIS
TRANSDUTORES ANGULARES
A rigor, diferem dos transdutores retos ou normais pelo fato do cristal formar um
determinado ângulo com a superfície do material. O ângulo é obtido, inserindo uma
cunha de plástico entre o cristal piezelétrico e a superfície. A cunha pode ser fixa,
sendo então englobada pela carcaça ou intercambiável. Neste último caso temos um
transdutor normal que é preso com parafusos que fixam a cunha à carcaça. Como
na prática operamos normalmente com diversos ângulos (35, 45, 60, 70 e 80 graus)
esta solução é mais econômica já que um único transdutor com várias cunhas é de
custo inferior, porem necessitam de maiores cuidados no manuseio.
O ângulo nominal , sob o qual o feixe ultra-sônico penetra no material vale somente
para inspeção de peças em aço; se o material for outro, deve-se calcular o ângulo
real de penetração utilizando a Lei de Snell. A mudança do ângulo devesse à
mudança de velocidade no meio.
O cristal piezelétrico com dimensões que podem variar entre 8 x 9 mm até 15 x 20
mm , somente recebe ondas ou impulsos ultra-sônicos que penetram na cunha em
uma direção paralela à de emissão, em sentido contrário. A cunha de plástico
funciona como amortecedor para o cristal piezelétrico, após a emissão dos impulsos.
APOSTILA IV
Transdutor angular
TRANSDUTORES DUPLO-CRISTAL OU SE
Existem problemas de inspeção que não podem ser resolvidos nem com
transdutores retos nem com angulares.
Quando se trata de inspecionar ou medir materiais de reduzida espessura, ou
quando se deseja detectar descontinuidades logo abaixo da superfície do material, a
“zona morta” existente na tela do aparelho impede uma resposta clara.
O cristal piezelétrico recebe uma “resposta” num espaço de tempo curto após a
emissão, não tendo suas vibrações sido amortecidas suficientemente.
Neste caso , somente um transdutor que separa a emissão da recepção pode
ajudar. Para tanto, desenvolveu-se o transdutor de duplo-cristal, no qual dois cristais
são incorporados na mesma carcaça, separados por um material acústico isolante e
levemente inclinados em relação à superfície de contato. Cada um deles funciona
somente como emissor ou somente como receptor, sendo indiferente qual deles
exerce qual função. São conectados ao aparelho de ultra-som por uma cabo duplo;
o aparelho deve ser ajustado para trabalhar agora com 2 cristais.
Os cristais são montados sobre blocos de plástico especial de baixa atenuação.
Devido a esta inclinação, os transdutores duplos não podem ser usados para
qualquer distância (profundidade). Possuem sempre uma faixa de inspeção ótima,
que deve ser observada. Fora desta zona a sensibilidade se reduz. Em certos casos
estes transdutores duplos são utilizados com “focalização”, isto é, feixe é
concentrado em uma determinada zona do material para a qual se deseja máxima
sensibilidade.
O transdutor duplo-cristal é o mais indicado e largamente utilizado nos
procedimentos de medição de espessura por ultra-som.
Transdutor Duplo-Cristal ou SE
INTERFACE , ACOPLANTES
TÉCNICAS DE INSPEÇÃO
A inspeção de materiais por ultra-som pode ser efetuada através de dois métodos ou
técnicas como segue.
TÉCNICA DE TRANSPARÊNCIA
Técnica da transparência
APOSTILA IV
A técnica de transparência pode ser aplicada para chapas, juntas soldadas, barras e
o intuito destes ensaios é estabelecer um critério comparativo de avaliação do sinal
recebido ou seja da altura do eco na tela.
A altura do sinal recebido na técnica de transparência varia em função da
quantidade e tamanho das descontinuidades presentes no percurso das vibrações
ultra-sônicas . Sendo assim o inspetor não sabe analisar as características das
indicações porém compara a queda do eco com uma peça sem descontinuidades
podendo assim estabelecer critérios de aceitação do material fabricado.
Este método pode ser aplicado a chapas fabricadas em usinas, barras forjadas ou
fundidas, e em alguns casos em soldas.
TÉCNICA DE IMERSÃO
APARELHAGEM
É importante mencionar que o som que percorre a espessura do metal se reflete nas
interfaces formadas pela fundo da peça e a superfície da peça, de forma contínua,
isto é, o ultra-som emitido pelo cristal do transdutor realiza no interior da peça um
movimento de zig-zag de ida e volta , se refletindo no fundo da peça e superfície,
continuadamente.
Para cada incidência do ultra-som na superfície oposta de acoplamento do cristal,
um sinal será transmitido ao aparelho e um eco correspondente a este sinal será
visualizado na tela. Portanto será possível observar vários ecos de reflexão de fundo
correspondente à mesma espessura.
Basicamente, o aparelho de ultra-som contém circuitos eletrônicos especiais, que
permitem transmitir ao cristal piezelétrico, através do cabo coaxial, uma série de
pulsos elétricos controlados, transformados pelo mesmo em ondas ultra-sônicas.
Da mesma forma, sinais captados no cristal são mostrados na tela do tubo de raios
catódicos em forma de pulsos luminosos denominados “ecos”, que podem ser
regulados tanto na amplitude, como posição na tela graduada e se constituem no
registro das descontinuidades encontradas no interior do material.
APOSTILA IV
Aparelho de ultra-som marca SONATEST à esquerda e um notebook que incorpora uma placa de
ultra-som industrial Krautkramer.
Escolha da função
Potência de emissão
Ganho
Escala
Velocidade de propagação
Como vimos, as sapatas de acrílico dos transdutores angulares são fabricados para
proporcionar ângulos de transmissão bem definidos. Entretanto o uso contínuo, e o
conseqüente desgaste das sapatas, poderão alterar a performance do transdutor.
Tal problema poderá ser agravado quando a pressão do dedo do operador sobre o
transdutor incidir nas bordas dos mesmos, fazendo com que o desgaste ocorra de
modo irregular, alterando significativamente o ângulo nominal.
O termo calibração deve ser analisado no seu sentido mais amplo entendendo o
leitor como sendo o perfeito ajuste de todos os controles do aparelho de ultra-som,
para uma inspeção específica segundo um procedimento escrito e aprovado pelo
cliente / fabricante.
Os ajustes do ganho, energia, supressor de ruídos, normalmente são efetuados
baseado em procedimentos específicos, entretanto a calibração da escala pode ser
feita, previamente independente de outros fatores. Calibrar a escala, significa
mediante a utilização de blocos especiais denominados Blocos Padrões, onde todas
as dimensões e formas são conhecidas e calibradas, permitindo ajustar os controles
de velocidade e zeragem, concomitantemente até que os ecos de reflexão
permaneçam em posições definidas na tela do aparelho, correspondentes ao
caminho do som no bloco padrão.
Tais blocos são construídos segundo normas EN-12223 e EN-27963, de materiais
que permitem o exame ultra-sônico em aço carbono não ligado ou de baixa liga, com
velocidade sônica de 5920 + 30 m/s para ondas longitudinais e 3255 +15 m/s para
ondas transversais.
APOSTILA IV
13 ENSAIO RADIOGRÁFICO
PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS
RADIAÇÃO E RADIOATIVIDADE
Os Raios-X
As radiações X, são emitidas das camadas eletrônicas dos átomos. Essas emissões
não ocorrem deforma desordenada, mas possuem “padrão” de emissão denominado
espectro de emissão.
Os Raios X, destinados ao uso industrial, são gerados numa ampola de vidro,
denominada tubo de Coolidge, que possui duas partes distintas: o ânodo e o cátodo.
O ânodo e o cátodo são submetidos a uma tensão elétrica da ordem de milhares de
Volts, sendo o pólo positivo ligado ao anodo e o negativo no cátodo. O ânodo é
constituído de uma pequena parte fabricada em tungstênio, também denominado de
alvo, e o cátodo de um pequeno filamento, tal qual uma lâmpada incandescente, por
onde passa uma corrente elétrica da ordem de miliamperes.
EQUIPAMENTOS DE RAIOS X
Define-se “carga focal” como sendo a carga em Watts por milímetro quadrado (por
exemplo: 200 W/mm ²) na área focal. Nas áreas focais de pequenas dimensões,
podem ser aplicadas uma carga relativamente mais elevada que as grandes; esta
diferença é devida a diferença no modo de transmissão do calor, a partir do centro.
Para obter-se imagens com nitidez máxima, as dimensões do foco óptico devem ser
as menores possíveis. As especificações de aparelhos geralmente mencionam as
dimensões do foco óptico.
O calor que acompanha a formação de Raios X é considerável, e portanto é
necessário especial atenção aos sistemas e métodos para refrigerar o ânodo. Esta
refrigeração pode ser feita de diversas maneiras:
Cabos de energia:
Blindagem de Proteção:
O início da operação do aparelho deve ser feita com aquecimento lento do tubo de
Raios X, conforme as recomendações do fabricante. Neste processo o operador
deve utilizar as cintas ou blindagens especiais que são colocadas na região de saída
da radiação, sobre a carcaça da unidade geradora. Este acessório fornecido pelo
fabricante permite maior segurança durante o procedimento de aquecimento do
aparelho.
OS RAIOS GAMA
Características das fontes seladas radioativas industriais comparadas com uma caneta BIC.
APOSTILA IV
Embora apenas poucas fontes radiativas seladas sejam atualmente utilizadas pela
indústria moderna, daremos a seguir as principais que podem ser utilizadas assim
como as suas características físico-químicas.
Aparelho para gamagrafia industrial, projetado para operação com capacidade máxima de 100 Ci de
Ir-192. O transito interno da fonte no interior da blindagem é feita no canal em forma de "S "
Aparelho para Gamagrafia usando fonte radioativa de Cobalto-60 com atividade máxima de 30 Curies
pesando 122 kg, projetado com tipo de canal reto. Foto extraída do catálogo da Sauerwein
APOSTILA IV
Aparelho de gamagrafia industrial projetado para operação com capacidade máxima de 130 Ci de
Ir 192. O canal interno de trânsito da fonte é do tipo de canal reto. Peso 30 kg
REGISTRO RADIOGRÁFICO
Filmes Radiográficos
Granulação
A imagem nos filmes radiográficos é formada por uma série de partículas muito
pequenas de sais de prata, os quais não visíveis a olho nu. Entretanto, essas
partículas se unem em massas relativamente grandes que podem ser vistas pelo
olho humano ou com auxílio de pequeno aumento. Esse agrupamento das partículas
de sais de prata da emulsão cria uma impressão chamada de “Granulação”.
Todos os filmes apresentam o fenômeno de granulação. Por possuírem grãos
maiores, os filmes mais rápidos apresentam uma granulação mais acentuadas que
os filmes lentos. A granulação, além de ser característica de cada filme, também
sofre uma influência da qualidade da radiação que atinge o filme. Portanto, podemos
afirmar que a granulação de um filme aumenta quando aumenta a qualidade da
radiação. Por essa razão os filmes com grãos mais finos são recomendados quando
se empregam fontes de alta energia (Raios X da ordem de milhões de volts).
Quando usados com exposição longa, esses filmes também podem ser empregados
com raios gama.
A granulação é também afetada pelo tempo de revelação do filme. Se aumentarmos,
por exemplo, o tempo de revelação, haverá um aumento simultâneo na granulação
do filme.
Esse efeito é comum quando se pretende aumentar a densidade, ou a velocidade,
de um filme por intermédio de um aumento no tempo de revelação. E claro que o
uso de tempos de revelação pequenos resultarão em baixa granulação porém
corremos o risco de obter um filme sub-revelado. É importante salientar que a
granulação aumenta de acordo com o aumento de grau de revelação. Dessa forma,
aumentamos no tempo de revelação que visam a compensar atividade do revelador
ou a temperatura do banho, terão uma influência muito pequena na granulação do
filme.
Densidade Óptica
Algumas normas estabelecem que uma verificação do aparelho deva ser feita antes
das medições. Tal procedimento consiste em verificar as leituras do aparelho
comparadas com uma fita densitométrica padrão calibrada com certificado rastreável
a um organismo nacional ou internacional reconhecido.
Contraste
Para que se forme uma imagem no filme é necessário que ocorram variações na
densidade ao longo do mesmo. Em outras palavra, uma imagem é formada a partir
de áreas claras e escuras. A diferença de densidades entre duas regiões adjacentes
no filme é denominada de Contraste. Por exemplo se medirmos a densidade de
duas áreas adjacentes no filme e encontrarmos os valores D1 = 2,2 e D2 = 1,8 , o
contraste será dado pela diferença entre D2 e D1, e portanto de 0,4.
O contraste pode também ser entendido como sendo a capacidade do filme detectar
intensidades e energias diferentes de radiação. Imagens com alto contraste
permitem em geral melhor qualidade e segurança na interpretação da radiografia.
Gradiente
Definição
Preparação Inicial
Para que possamos julgar a qualidade da imagem de uma certa radiografia são
empregadas pequenas peças chamadas Indicadores de Qualidade de Imagem (IQI),
e que são colocadas sobre o objeto radiografado (ver pág. 65). Os IQI's são também
chamados como “Penetrametros”. O tipo ou norma de fabricação do IQI deve ser
aquela que o projeto de construção do equipamento a ser radiografado requerer ou
mesmo especificações contratuais.
O IQI é uma pequena peça construída com um material radiograficamente similar ao
material da peça ensaiada, com uma forma geometricamente simples e que contem
algumas variações de forma bem definidas tais como furos ou entalhes. IQI ASME e
ASTM tipo Furos Os IQI’s americanos mais comuns consistem em uma fina placa de
metal contendo três furos com diâmetros calibrados. Os IQI's adotados pela Normas
ASME, Sec V SE-1025 ou ASTM E-1025, possuem três furos cujos diâmetros são
4T, 2T, e 1T, onde “T” corresponde à espessura do IQI. Nesses IQI's, a sensibilidade
radiográfica é igual a 2 % da espessura da peça a ser radiografada .
Para avaliar a técnica radiográfica empregada, faz-se a leitura do menor furo, que é
visto na radiografia. As classes de inspeção mais rigorosas são aquelas que
requerem a visualização do menor furo do IQI. Dessa forma, é possível se
determinar o nível de inspeção, ou seja, o nível mínimo de qualidade especificado
para o ensaio.
O nível de inspeção é indicado por dois números em que o primeiro representa a
espessura percentual do IQI e o segundo o diâmetro do furo que deverá ser visível
na radiografia.
Esses IQI's devem ser colocados sobre a peça ensaiada, com a face voltada para a
fonte e de modo que o plano do mesmo seja normal ao feixe de radiação.
Quando a inspeção for feita em soldas, o IQI será colocado no metal de base,
paralelo à solda e a uma distância de 3 mm no mínimo.
No caso de inspeção de solda, é importante lembrar que a seleção do IQI inclui o
reforço, de ambos os lados da chapa. Portanto, para igualar a espessura sob o IQI à
espessura da solda, deverão ser colocados calços sob o IQI feitos de material
radiograficamente similar ao material inspecionado. Para efeito da determinação da
área de interesse não devem ser considerados os anéis ou tiras de cobre-junta caso
existam.
A norma ASTM E-747 descreve um tipo de IQI denominado tipo fios, que trata de um
conjunto de 5 fios de material similar ao do material a ser radiografado com
diâmetros diferentes , desde o mais fino até o mais grosso, selados em um
envelope plástico transparente, contendo identificações e informações sobre o IQI.
O IQI deve ser colocado sobre a área de interesse ,no caso de soldas os fios devem
estar aproximadamente perpendiculares ao cordão de solda. A seleção do IQI deve
ser feita com base na espessura a ser radiografada , verificando qual o fio essencial
que deverá ser visualizado na radiografia.
APOSTILA IV
Alguns tipos mais usados de IQI's ASME ou ASTM tipo fios, para aço carbono. Os
números indicam os diâmetros dos fios em polegadas, as letras "A", "B" e "C"
identificam o conjunto de fios ou o próprio IQI.
Os IQI´s tipo fios ASTM devem ser adquiridos com certificados de calibração dos
diâmetros dos fios, assegurando que suas dimensões estão de acordo com a norma
de fabricação bem como as tolerâncias indicadas. Abaixo o leitor poderá observar
um exemplo de tal certificado de um fabricante. Para cada IQI existe um número de
identificação que é rastreável ao certificado. Como os fios são encapsulados e
protegidos em plástico, não existe necessidade de indicar a validade do certificado,
desde que o invólucro esteja lacrado e selado.
O IQI, sempre que possível, deve ser colocado sobre a solda de forma que os
arames estejam perpediculares à linha da solda, e de forma que sua imagem
apareça na zona central da radiografia.
O número da qualidade de imagem é o número do arame mais fino visível na
radiografia. O número de qualidade de imagem requerido, é definido para cada faixa
de espessura de material. A classe de qualidade de imagem A ou B é função do
rigor com que a inspeção deve ser feita e deve ser especificado pelo fabricante ,
código ou projeto do equipamento.
APOSTILA IV
Identificação do Filme
Manchas
Riscos
Dobras
Assim como os riscos as dobras aparecem no filme como imagens escuras e bem
pronunciadas, também decorrentes do manuseio do filme antes e durante a
exposição. Por exemplo podem ocorrer com freqüência em peças curvas, com raios
pequenos, em que o operador para manter o porta-filme junto a peça deve forçá-lo a
acompanhar a superfície, resultando numa dobra no filme que será observada após
seu processamento.
Análise do IQI
Preparação da exposição radiográfica, fixação do IQI tipo fios sobre a solda a ser inspecionada
Essa técnica é assim chamada pois no arranjo entre a fonte de radiação, peça e
filme, somente a seção da peça que está próxima ao filme será inspecionada e a
projeção será em apenas uma espessura do material. É a principal técnica utilizada
na inspeção radiográfica, e a mais fácil de ser interpretada.
Exposição Panorâmica
Esta técnica constitui um caso particular da técnica de parede simples vista simples
descrita acima , mas que proporciona alta produtividade em rapidez num exame de
juntas soldadas circulares com acesso interno.
Na técnica panorâmica a fonte de radiação deve ser centralizada no ponto
geométrico eqüidistante das peças e dos filmes, ou no caso de juntas soldadas
circulares a fonte deve ser posicionada no centro da circunferência. Com isso numa
única exposição da fonte, todos os filmes dispostos a 360 graus serão igualmente
irradiados, possibilitando assim o exame completo das peças ou das juntas.
Técnica de exposição parede dupla e vista simples (A) e parede dupla e vista dupla (B)
Rupturas
Trincas de Filete
Trincas de Esmerilhamento
Os ensaios mais recomendados para a detecção desse tipo de falhas são líquidos
penetrantes e partículas magnéticas. A radiografia não é normalmente usada para
detectar defeitos superficiais.
Escamas de Hidrogênio
Solda contendo porosidade (Fotos extraídas do livro "Nondestructive Testing Handbook - ASNT)
APOSTILA IV
Inclusão de Escória
Falta de Penetração
Fotos de uma solda contendo falta de penetração na raiz (Fotos extraídas do livro "Nondestructive
Testing Handbook - ASNT)
APOSTILA IV
Trincas
Falta de Fusão
Seção de uma solda contendo uma falta de fusão junto ao chanfro no cordão (Fotos extraídas do livro
"Nondestructive Testing Handbook - ASNT)
APOSTILA IV
ENSAIO HIDROSTÁTICO
Equipamentos utilizados
Procedimento
Critérios de aceitação
Duas vezes a pressão de serviço ou 1.5 vezes a pressão de projeto, no caso de não
haver uma norma específica para o ensaio.
A pressão pode ser tanto interna (bombas ou compressões) como externas
(bomba de vácuo).
ENSAIO PENEUMATICO
Equipamentos utilizados
a) compressor de ar;
b) filtro regulador de ar;
c) manômetro de teste, calibrado, com escala de 1,5 a 2 vezes a pressão de teste.
Procedimento
15 ENSAIO DE ESTANQUEIDADE
MÉTODOS DE ENSAIO
SEQÜÊNCIA DE ENSAIO
TESTE DE CAPILARIDADE
PROCEDIMENTO
VANTAGENS
LIMITAÇÕES
16 NORMATIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
NORMAS EM SOLDAGEM
17 NORMAS DE QUALIFICAÇÃO
b) API Std 1104 - Standard for Welding Pipelines and Related Facilities
Este documento contem seus próprios requisitos para as qualificações os quais são
obrigatórios, quando os trabalhos de soldagem devem ser de acordo com a norma
AWS. É também utilizado como código apropriado, quando nenhum outro é
especificado.
A tabela abaixo mostra as normas usuais, de projeto e fabricação de equipamentos,
com as normas de qualificação especificadas.
AWS
D1.1 Structure Code Steel Incluída na D1.1
D1.2 Structural Welding code Aluminum Incluída na D1.2
D1.3 Sheet Stheel in Structure Incluída na D1.3
D1.4 Structural Code Reinforcing Steel Incluída na D1.4
D1.5 Bridge Welding Code Incluída na D1.5
D3.5 Steel Hull Welding U.S. Navy/Coast/Bureau of
Ships Specification
D14.1 Industrial and Mill Cranes Incluída na D14.1 ou ASME
Section IX
D14.3 Heavy Equipament Incluída na D14.3 ou ASME
Section IX
D14.14 Machinery Equipament Incluída na D14.4
Posições em chapa
PLANA 1G - Chapa num plano horizontal com o metal de solda depositado por
cima.
Posições em tubo
PLANA 1G - Tubo com seu eixo horizontal e girado durante a soldagem de maneira
que o metal de solda seja depositado por cima.
HORIZONTAL 2G - Tubo com seu eixo vertical e o eixo da solda num plano
horizontal o tubo não deverá ser girado durante a soldagem.
VERTICAL 5G - Tubo com seu eixo horizontal e chanfro para soldagem num plano
vertical. O tubo não deverá ser girado durante a soldagem.
Posições em chapa
PLANA 1F - Chapa é colocada de tal maneira que a solda seja depositada com seu
eixo horizontal sua garganta na vertical.
VERTICAL 3F - Chapa é colocada de tal maneira que a solda seja depositada com
seu eixo na vertical.
Posições em tubo
PLANA 1F – Tubo com seu eixo inclinado a 45º para a horizontal é girado durante a
soldagem de tal maneira que o metal de solda seja depositado por cima e no ponto
da deposição o eixo da solda é horizontal e a garganta vertical.
HORIZONTAL 2F – Tubo com seu eixo vertical de maneira que a solda seja
depositada sobre o lado superior da superfície horizontal e contra a superfície
vertical. O eixo da solda será horizontal e o tubo não é girado durante a soldagem.
HORIZONTAL 2FR – Tubo com seu eixo horizontal e o eixo da solda depositada no
plano. O tubo é girado durante a soldagem.
SOBRE CABEÇA 4F – Tubo com seu eixo vertical de maneira que a solda seja
depositada sobre o lado de baixo da superfície horizontal e o tubo não é girado
durante a soldagem.
Os corpos de prova podem ser de três tipos para ensaio de tração de acordo com o
código ASME IX.
Este tipo de corpo de prova pode ser usado quando a qualificação for feita em tubo
com diâmetro externo ≤ 76 mm. Neste caso são necessários 2 tubos somente para o
teste de tração identificado como QW – 462.1(e).
Esse tipo de corpo de prova pode ser utilizado para qualquer situação podendo ser
identificados de QW – 462.1(a) até QW – 462.1(c).
VARIÁVEIS
Variáveis essenciais
São aquelas cuja mudança alem dos limites permissíveis, afetaram as propriedades
mecânicas do equipamento e deverão requerer requalificação da EPS(
especificação de procedimento de soldagem, por exemplo, a mudança no metal de
base, no metal de adição no pré aquecimento ou no tratamento térmico pós
soldagem. Para soldadores são consideradas variáveis essenciais aquelas
condições que afetam a habilidade de um soldador para depositar o metal de solda
sem defeito, por exemplo, processo de soldagem eliminação do cobre junta técnica
etc.
Variáveis suplementares
VALIDADE DA QUALIFICAÇÃO
A peça teste pode ser um tubo, uma chapa ou uma combinação destes o tipo não é
considerada uma variável essencial, ou seja, tubo qualifica chapa e tubo de qualquer
diâmetro. Chapa qualifica chapa e tubo de qualquer diâmetro.
Também uma junta de topo qualifica uma junta em ângulo com solda em ângulo,
mas não vice versa.
Material P Nº
A peça teste deve ter dimensões que permitam a retirada dos corpos de prova
previstos.
Para se determinar o comprimento de uma chapa de teste, por exemplo, é
necessário saber a quantidade e as dimensões dos corpos de prova.
A norma ASME IX mostra a distribuição e as dimensões dos corpos de prova
separadamente, ficando a cargo do inspetor o estabelecimento das dimensões.
Como foi visto o diâmetro do tubo não é uma variável essencial, portanto não tem
influencia na qualificação de procedimento de soldagem, de acordo com ASME IX.
F-Nº.
Material F-Nºs
Obs: uma mudança de um F-Nºs para outro ou de um F-Nºs, para outro metal de
adição não listado em QW-432 constitui-se em uma variável essencial.
A-Nº
A composição química do metal de solda pode ser determinada por qualquer uma
das seguintes formas:
Espessura T da
Dobramento Dobramento Dobramento
peça teste soldada Tração
lateral de face de raiz
(mm)
< 1,6 2 - 2 2
1,6 a 10 2 Nota 2 2
> 10 e < 19 2 Nota 2 2
19 a < 38 2 4 - -
≥ 38 2 4 - -
Nota: 4 dobramentos laterais podem substituir os dobramentos de face e raiz
quando a espessura T for ≥ a 10 mm.
Figura QW-463.1(a) nos anexos para chapas com espessuras < 19 mm com
dobramento de face e raiz.
Figura QW-463.1(b) nos anexos para chapas com espessuras ≥ 19 mm com
dobramento lateral e alternativa para chapas entre 10 e 19 mm de espessura.
Figura QW-463.1(c) nos anexos para chapas com dobramentos longitudinais.
Figura QW-463.1(d) nos anexos para tubos com espessuras < 19 mm com
dobramento de face e raiz.
Figura QW-463.1(e) nos anexos para tubos com espessuras ≥ que 19 mm
com dobramento lateral e alternativa para tubos entre 10 e 19 mm de
espessura.
TRAÇÃO
DOBRAMENTO
PROCEDIMENTOS DE ENSAIO
Tração
O corpo de prova deverá ser rompido sob carga de tração. O limite de resistência
deverá ser calculado dividindo-se o valor de carga máxima atingida pelo valor da
área da secção transversal, medida antes da aplicação da carga.
Dobramento
= = ∅ ×
∅
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
Tração
Dobramento
Variáveis
19 QUALIFICAÇÃO DE SOLDADORES
VALIDADE DA QUALIFICAÇÃO
A qualificação permanece valida pelo período de tempo que ele trabalhar, usando o
processo de soldagem pelo qual ele foi qualificado. Se porém, ele permanecer um
determinado período de tempo sem soldar 6 (seis meses), haverá a necessidade de
ele novamente demonstrar a sua habilidade, através de novo teste de qualificação.
Os limites das qualificações são estabelecidas através das variáveis essenciais.
Tubo qualifica chapa e chapa qualifica tubo. Porém chapa qualifica tubo a partir de
determinados diâmetros, em função da posição de soldagem.
Também uma junta de topo qualifica uma junta em ângulo com solda em ângulo,
mas não vice-versa.
A tabela abaixo mostra os metais de base qualificados em função daquele que foi
usado no teste de qualificação.
A peça de teste deve ter dimensões que permitam a retirada dos corpos de prova
previstos.
Nos casos em que é permitida a substituição de ensaio de dobramento por exame
radiográfico, o comprimento mínimo a ser examinado é de 152 mm e deverá incluir
toda a circunferência do tubo, exceto que para tubos de pequeno diâmetro, múltiplos
corpos de prova podem ser requeridos, mas o numero não precisa exceder a 4.
A norma ASME seção IX, não limita a espessura mínima qualificada e sim a
espessura do metal de solda depositado, conforme mostrado na tabela que segue.
Soldas em chanfro qualificam o soldador para soldas em ângulo de materiais de
qualquer espessura, dimensões de solda, e diâmetros. A faixa de espessura é
qualificada em função da espessura depositado no teste.
Notas:
1) Quando empregar um, dois ou mais soldadores, a espessura t do metal de
solda depositado para cada soldador com cada processo deverá ser
determinada e usada individualmente.
2) O deposito de solda também deverá consistir de um mínimo de três camadas.
POSIÇÃO DE SOLDAGEM
Notas:
(1) P = PLANA
H = HORIZONTAL
V = VERTICAL
SC = SOBRE CABEÇA
(2) TUBO ≥ 73
(3) Veja restrições de diâmetro ver tabela limites de diâmetro para soldas em
chanfro e em ângulo
METAIS DE ADIÇÃO
F-Nº
QUALIFICADO
F-Nº.1 F-Nº.2 F-Nº.3 F-Nº.4 F-Nº.5
COM
QUALIFICADO
PARA CCJ SCJ CCJ SCJ CCJ SCJ CCJ SCJ CCJ SCJ
F-Nº.1
X X X X X X X X X X
CCJ
F-Nº.1
X
SCJ
F-Nº.2
X X X X X X
CCJ
F-Nº.2
X
SCJ
F-Nº.3
X X X X
CCJ
F-Nº.3
X
SCJ
F-Nº.4
X X
CCJ
F-Nº.4
X
SCJ
F-Nº.5
X X
CCJ
F-Nº.5
X
SCJ
Legendas:
Notas:
Figura QW-463.2(a) nos anexos para chapas com espessuras < 19 mm com
dobramento de face e raiz.
Figura QW-463.2(b) nos anexos para chapas com espessuras ≥ 19 mm com
dobramento lateral e alternativa para chapas entre 10 e 19 mm de espessura.
Figura QW-463.2(c) nos anexos para chapas com dobramentos longitudinais.
Figura QW-463.2(d) nos anexos para tubos com espessuras < 19 mm com
dobramento de face e raiz.
Figura QW-463.2(e) nos anexos para tubos com espessuras ≥ que 19 mm
com dobramento lateral e alternativa para tubos entre 10 e 19 mm de
espessura.
Exame visual
Exame radiográfico
Soldadores que fazem teste nos processos SMAW, SAW, GTAW, PAW, e GMAW
(exceto transferência “short – arc”) podem ser qualificados por exame radiográfico,
exceto para P-Nº 21 até P-Nº 25, P-Nº 51 até P-N 53, e P-Nº 61 até P-Nº 62.
Soldadores que fazem teste em metais de P-Nº 21 até P-Nº 25 e P-Nº 51 até
P-Nº 53 com processo GTAW também podem ser qualificados por exame
radiográfico.
PROCEDIMENTOS DE ENSAIO
O código ASME IX não faz menção direta quanto ao procedimento de exame visual,
entretanto, por se tratar de um exame não destrutivo o procedimento deverá estar de
acordo com o código ASME seção V, artigo 9.
Dobramento
Exame radiográfico
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
Exame visual
Dobramento
Exame radiográfico
1) indicações lineares.
4) Indicações arredondadas
Para solda em material com espessura menor que 3,2 mm, o numero Maximo de
indicações arredondadas não deverá exceder a 12 em 152 mm de comprimento de
solda. Um numero proporcionalmente menor de indicações arredondadas será
permitido para soldas com comprimento menor que 152 mm.
Para solda em material com espessura maior ou igual a 3,2 mm o código ASME IX
apresenta uma carta no anexo I representando os tipos aceitáveis de indicações
arredondadas. Indicações arredondadas menores que 0,8 mm de diâmetro Maximo
não deverão ser consideradas no critério de aceitação de exame radiográfico nos
testes de soldadores e operadores de soldagem nesta faixa de espessura de
material.
VARIÁVEIS
O código ASME IX, em seu artigo III “Qualificação de Soldadores”, lista as variáveis
essenciais para cada processo. O significado e a interpretação de cada variável
estão descritos no artigo IV “Dados de Soldagem” incluem as variáveis soldagem de
forma agrupada. A tabela que segue apresenta de forma compacta as variáveis
essenciais para soldadores e operadores de soldagem descritas no código
ASME IX.
Variáveis essenciais
Parágrafo GMAW
Variáveis OFW SMAW SAW GTAW PAW
FCAW
- cobre junta
X X X
.4
QW-402
Juntas + cobre junta
X
.7
Maximo X
.2 qualificado
QW-403
X X X X X
Metal de .16 Ø do tubo
base
X X X X X X
.18 Ø P-Nº
± metal de X X X
.14 adição
X X X X X X
.15 Ø F-Nº
± incerto
X X
.22
QW-404 Arame solido
ou tubular com X X
Metal de .23 núcleo não
adição metálico
Ø t do metal X X X X X
.30 depositado
Ø t do metal X
.31 depositado
Limites de t X
.32 (short arc)
X X X X X X
.1 posição
QW-405
Posições Soldagem X X X X
.3 vertical
Tipo de gás X
.7 combustível
QW-408
Gás X X X
.8 Gás de purga
Modo de X
.2 transferência
QW-409
Elétricas Corrente e X
.4 polaridade
20 DOCUMENTOS TÉCNICOS
Este documento técnico é elaborado para cada equipamento, e deve conter para
cada junta a ser soldada os parâmetros principais dos procedimentos de soldagem
qualificados e a indicação dos exames e ensaios exigidos.
Por suas características, é um instrumento de uso diário do inspetor, para o controle
da execução e inspeção de soldagem. Este documento é elaborado a partir dos
desenhos de fabricação e montagem dos equipamentos, procedimentos de
soldagem qualificados e requisitos das normas técnicas aplicáveis.
Exames e testes a serem realizados para cada junta a ser soldada. Os dados
para o preenchimento são obtidos na norma de projeto e nas normas de
fabricação e montagem do equipamento.
A seqüência de execução da solda deve, sempre que necessário ser indicada no
croqui da junta.
Nas colunas “inspeção” devem ser indicados a extensão do exame aplicável, em
percentagem e o código, apresentado neste formulário, para a responsabilidade pela
execução do exame e pela fiscalização, em cada caso.
No caso de ensaio de dureza por pontos, etc. deve ser utilizada a coluna “outros
testes”.
Este controle deve ser atualizado em períodos de no Maximo uma semana, para
que, em tempo, sejam tomadas as medidas necessárias à manutenção da
qualidade.
O controle de desempenho deve estar baseado nos resultados dos exames
radiográficos e ou ultra sônicos.
O anexo 6 mostra um exemplo de formulário para CDS.
CONTEÚDO DO RELATÓRIO
Um bom relatório começa com uma boa manutenção do registro. Bons registros não
apenas protegem o inspetor de soldagem; eles também o ajudam a seguir uma
política de padrões uniformes.
O relatório de inspeção deve estar conciso de forma que outros não tenham
nenhuma dificuldade de entendê-lo, o mesmo deve estar completo o suficiente para
ser claro a um leitor com pouco conhecimento do produto inspecionado.
O relatório de vê ser completo, preciso e tem que ter as assinaturas apropriadas.
Todos os dados requeridos pela norma ou código devem ser preenchidos a tinta.
Novamente, deve ser observado que não são permitidas rasuras nestes
documentos. Erros devem ser riscados por uma única linha e não apagados.
Quando são feitas tais correções, elas devem estar acompanhadas por rubricas do
inspetor e a data da mudança. Deste modo, não haverá nenhuma duvida sobre
quem fez a mudança e quando aconteceu.
VERIFICAÇÃO DO RELATÓRIO
Pasta 2.2 Em diante: idem a pasta 2.1 sendo uma para cada equipamento
21 ANEXOS
ANEXO (1) EPS
APOSTILA IV
ANEXO ( 2 ) RQPS
APOSTILA IV
ANEXO ( 3 ) IEIS
APOSTILA IV
ANEXO ( 4 ) CQS
APOSTILA IV
ANEXO ( 5 ) RSQ
APOSTILA IV
ANEXO ( 6 ) CDS
APOSTILA IV
ANEXO ( 7 ) FIGURAS
Figura corpos de prova tração seção reduzida chapas QW 462.1 (a) código
ASME IX.
APOSTILA IV
22 REFERÊNCIAS
Bibliográficas
Normas
PETROBRAS N-2161
PETROBRAS N-1590
PETROBRAS N-1597
Código
http://www.demet.ufmg.br/labs/soldagem/textos/normasqualificação.pdf
http://cursos.unisanta.br/mecanica/ciclo8/Capitulo1-parte2.pdf
http://www.gps.dema.fem.unicamp.br/aulas2007/ensaio_de_tracao.pdf
http://www.laboratorios.mecanica.ufrj.br/fabricacao/PF/tc.htm
http://www.abende.org.br/biblioteca_apostila.php?=1056&h=660#liquido
http://www.abende.org.br/biblioteca_apostila.php?=1056&h=660#particulas
http://www.abende.org.br/biblioteca_apostila.php?=1056&h=660#ultra
http://www.abende.org.br/biblioteca_apostila.php?=1056&h=660#radiologia
http://www.abende.org.br/biblioteca_apostila.php?=1056&h=660#protec