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SIDNEY DIVINO DOS SANTOS MACHADO

WESLEY QUIRINO DOS SANTOS


CHARLES HENRIQUE

ENSAIO POR ULTRASSONOGRAFIA

Sete Lagoas-MG
2016
SIDNEY DIVINO DOS SANTOS MACHADO
WESLEY QUIRINO DOS SANTOS
CHARLES HENRIQUE

ENSAIO POR ULTRASSONOGRAFIA

O objetivo deste trabalho consiste na


descrição do processo de ensaio não visual
por ultrassonografia.

Sete Lagoas-MG
2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................4
2. FINALIDADE DO ENSAIO..........................................................................................................4
3. APLICAÇÃO.................................................................................................................................4
4. LIMITAÇÕES EM COMPARAÇÃO COM OUTROS ENSAIOS................................................5
4.1Vantagens em relação a outros ensaios..............................................................................................5
4.2 Limitações em Relação a outros ensaios..........................................................................................5
5. TÉCNICAS DE INSPEÇÃO..........................................................................................................6
5.1 Técnica de Impulso-Eco ou Pulso-Eco.............................................................................................6
5.2 Técnica de Transparência...........................................................................................................6
5.3 Técnica de Imersão.....................................................................................................................7
6 APARELHAGEM..........................................................................................................................8
6.1 Transdutores normais ou retos:...................................................................................................8
6.2 Transdutores Angulares:.............................................................................................................8
6.3 Transdutores Duplo-Cristal........................................................................................................9
6.4 Transdutor Phased Array............................................................................................................9
7. ACOPLANTES............................................................................................................................10
8. REFERÊNCIAS..............................................................................................................................11
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1. INTRODUÇÃO

Como sabemos, os sons produzidos em um ambiente qualquer, refletem-se nas paredes


que constituem o mesmo, chegando ao ponto de serem transmitidos a outros ambientes.
Apesar de se tratar de um fenômeno simples e bastante frequente em nossas vidas, é este
tipo de fenômeno que descreve o funcionamento básico do ensaio de ultrassonografia.

No passado, testes em eixos ferroviários ou em sinos, eram executados através de


pancadas com martelo, em que a presença de trincas ou rachaduras dentro da peça
propiciavam uma alteração do som característico do material, denunciando a presença de
falhas.

Assim como uma onda sonora reflete ao incidir num anteparo qualquer, a vibração ou
onda ultrassônica, ao percorrer um meio elástico, que pode ser um metal, plástico,
concreto, etc. refletirá ao incidir numa descontinuidade ou falha interna existente no meio
considerado. Aparelhos especiais são capazes de detectar as reflexões advindas do
interior da peça examinada, localizando as descontinuidades.

2. FINALIDADE DO ENSAIO

O ensaio por ultrassom consiste em um ensaio não destrutivo que tem por objetivo a
detecção de defeitos internos presentes nos mais variados tipos de materiais ferrosos ou
não ferrosos.

Defeitos podem surgir devido ao próprio processo de fabricação da peça ou


componentes a serem examinados, como por exemplo: Bolhas de gás em fundidos, dupla
laminação em laminados, micro-trincas em forjados, escorias em uniões soldadas e muitos
outros. Assim, o exame ultrassônico, como todo exame não destrutivo, tem por objetivo
diminuir o grau de incerteza na utilização de materiais ou peças de responsabilidade.

3. APLICAÇÃO

Nas industrias modernas, principalmente na área de caldeiraria e estruturas marítimas,


o exame ultrassônico constitui uma ferramenta indispensável para garantia da qualidade
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de peças de grandes espessuras, geometria complexa de juntas soldadas e chapas. Na


maioria dos casos, aplica-se os ensaios em aços-carbonos, e em menor quantidade em aços
inoxidáveis. Materiais não ferrosos são difíceis de serem examinados, e requerem
procedimentos especiais.

4. LIMITAÇÕES EM COMPARAÇÃO COM OUTROS ENSAIOS

4.1Vantagens em relação a outros ensaios


O ensaio ultrassônico facilita a detecção de pequenas descontinuidades internas, tais
como:

 Trincas devido a tratamento térmico, fissuras e outros de difícil detecção por ensaio de
radiações penetrantes (radiografia ou gamagrafia).
 Para interpretação das indicações, dispensa processos intermediários, agilizando a
inspeção.
 No caso de radiografia ou gamagrafia, existe a necessidade do processo de revelação
do filme, que demanda desta forma, tempo do informe de resultados.
 Ao contrário dos ensaios por radiações penetrantes, o ensaio ultrassônico não requer
planos especiais de segurança ou quaisquer acessórios para sua aplicação.
 A localização, avaliação do tamanho e interpretação das descontinuidades
encontradas são fatores intrínsecos ao exame ultrassônico, enquanto que outros
exames não definem tais fatores. Por exemplo, um defeito mostrado num filme
radiográfico define o tamanho mas não sua profundidade e em muitos casos este é um
fator importante para proceder um reparo.

4.2 Limitações em Relação a outros ensaios

 Requer grande conhecimento teórico e experiência por parte do inspetor.


 O registro permanente do ensaio não é facilmente obtido.
 Faixas de espessuras muito finas, constituem uma dificuldade para aplicação do
método.
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 Requer o preparo da superfície para sua aplicação. Em alguns casos de inspeção de


solda, existe a necessidade da remoção total do reforço da solda, que demanda tempo
de fábrica.
 É frequente a insegurança do inspetor quanto à identificação da indicação detectada na
tela do aparelho

5. TÉCNICAS DE INSPEÇÃO

5.1 Técnica de Impulso-Eco ou Pulso-Eco

É a técnica onde somente um transdutor é responsável por emitir e receber as ondas


ultrassônicas que se propagam no material. Portanto, o transdutor é acoplado em somente um
lado do material, podendo ser verificada a profundidade da descontinuidade, suas dimensões,
e localização na peça.

Figura 1: Técnica de Pulso-Eco

5.2 Técnica de Transparência

É uma técnica onde é utilizado dois transdutores separados, um transmitindo e outro


recebendo as ondas ultrassônicas. Neste caso é necessário acoplar os transdutores nos dois
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lados da peça, de forma que estes estejam perfeitamente alinhados. Este tipo de inspeção, não
se pode determinar a posição da descontinuidade, sua extensão, ou localização na peça.
A técnica de transparência pode ser aplicada para chapas, juntas soldadas e barras. O
intuito deste ensaio é estabelecer um critério comparativo de avaliação do sinal recebido, ou
seja, da altura do eco na tela.
A altura do sinal recebido na técnica de transparência varia em função da quantidade e
tamanho das descontinuidades presentes no percurso das vibrações ultrassônicas. Sendo assim
o inspetor não sabe analisar as características das indicações, porém compara a queda do eco
com uma peça sem descontinuidades podendo assim estabelecer critérios de aceitação do
material fabricado.
Este método pode ser aplicado a chapas fabricadas em usinas, barras forjadas ou
fundidas, e em alguns casos em soldas.
Com o desenvolvimento da robótica e sistemas digitais de ultrassom, é possível
implementar sistemas automáticos de inspeção de peças simples ou com geometrias
complexas, usando a técnica por transparência.

Figura 2: Técnica de Transparência

5.3 Técnica de Imersão

Nesta técnica é empregado um transdutor de imersão à prova d'água, preso a um


dispositivo. O transdutor pode se movimentar, tanto na distância até a peça quanto na
inclinação do feixe de entrada na superfície da peça. Na técnica de imersão a peça é colocada
dentro de um tanque com água, propiciando um acoplamento sempre homogêneo.
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Figura 3: Técnica de Imersão

6 APARELHAGEM

6.1 Transdutores normais ou retos:

Os transdutores normais são construídos a partir de um cristal piezelétrico colocado


num bloco rígido. A figura abaixo mostra um transdutor normal.

Figura 4: Transdutor normal ou reto

6.2 Transdutores Angulares:

Este transdutor se difere dos transdutores normais pois formam um determinado


ângulo com a superfície do material. O transdutor angular é muito utilizado na inspeção de
soldas e quando a descontinuidade está orientada perpendicularmente à superfície da peça.
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Figura 5: Transdutor Angular

6.3 Transdutores Duplo-Cristal

O transdutor duplo-cristal tem sua utilização nas aplicações de detecção de


descontinuidades próximas da superfície e em medição de espessura, em razão do seu feixe
sônico ser focalizado. Por possuir duplo cristal e operarem simultaneamente, não existe atraso
entre emitir e receber o sinal.

Figura 6: Transdutor duplo Cristal

6.4 Transdutor Phased Array

São transdutores que operam com diversos elementos compostos de pequenos cristais,
cada um ligado a circuitos independentes capazes de controlar o tempo de excitação
independentemente um dos outros cristais. Devido às particularidades dos transdutores
phased-array, é possível em uma única varredura inspecionar um material com vários ângulos
de refração diferentes, já que a mudança do ângulo é feita eletronicamente. Isso significa uma
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maior velocidade de inspeção, principalmente em soldas, onde no mínimo é recomendado


dois ângulos diferentes.

Figura 7: Transdutor Phased Array

7. ACOPLANTES

Para se inspecionar um determinado material, ocorre uma transição de meio físico no


ultrassom, do transdutor para o material e há necessidade de um elemento acoplante, pois, ao
acoplarmos o transdutor sobre a peça a ser inspecionada imediatamente se estabelece uma
camada de ar entre a sapata do transdutor e a superfície da peça, causando atenuação elevada
nas ondas ultrassônicas e, como mostrado na tabela abaixo, o ar é um péssimo acoplante. Por
essa razão se usa um fluido que estabeleça uma redução desta diferença acústica e permita a
passagem das ondas para a peça. Os acoplantes devem ser selecionados em função da
rugosidade da superfície da área de varredura, o tipo de material, forma da peça, dimensão da
área de varredura e posição para inspeção.

Tabela 1: Informações sobre os acoplantes


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8. REFERÊNCIAS

1. “Ensaio não destrutivo por ultrassom”-XV INIC/XI EPG-UNIVAP 2011-Emerson


Jorge de Oliveira Rezende et.al.
2. “Ensaio por Ultrassom”-Ricardo Andreucci- Ed.Maio/2014

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