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Planejamento, programação
e controle
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Estar informado sobre:
Planejamento, programação, controle e características da manutenção.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
Conceitos, rotinas e codificação de planejamento;
Influências do planejamento nos custos;
Diagramas de atividades e método do caminho crítico (CPM-PERT);
Cálculo da disponibilidade de máquinas;
Formas de controle.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
Interpretar planos de operação e diagramas gerados pelo setor de planejamento;
Calcular a disponibilidade de máquinas;
Gerar informações para o controle da manutenção.
Introdução
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Buscando atingir essa meta, foi introduzindo no Brasil, durante os anos 60, o
planejamento e a programação de manutenção.
Essas funções são como completadas pela função controlar cujo objetivo é
desenvolver padrões, registrar desempenho e fazer análises comparativas
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Planejar está localizado, abaixo do nível estratégico cujo objetivo é definir as políticas e
os rumos a seguir nas grandes áreas da empresa, e está localizado acima do nível
instrumental que é gerado pelo conhecimento profissional do executante - é um
planejamento tático.
Observação
O planejamento não atua apenas na manutenção corretiva.
Subdivisões da manutenção
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Escalas de prioridades
Emergencial (1)
O atendimento deve ser imediato, pois a produção parou ou há condição insegura de
trabalho.
Urgente (2)
O atendimento deve ser feito o mais breve possível, antes de se tornar uma
emergência. É o caso de a produção ser reduzida ou estar ameaçada de parar em
pouco tempo ou, ainda, o perigo de ocorrer condição insegura de trabalho.
Necessária (3)
O atendimento pode ser adiado por alguns dias, porém não deve ser adiado mais que
uma semana.
Rotineira (4)
O atendimento pode ser adiado por algumas semanas, mas não deve ser omitido.
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Prorrogável (5)
O atendimento pode ser adiado para o momento em que existam recursos disponíveis
e não interfira na produção e nem no atendimento das prioridades anteriores. É o caso
de melhoria estética da instalação ou defeito em equipamento alheio à produção.
Planejamento
Programação
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Custos
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Entre estes custos é extremamente difícil contabilizar o lucro cessante, portanto deve-
se considerar a soma dos outros três custos igual a 60% do custo de manutenção.
O ideal é conseguir que neste caso o custo da manutenção seja de 4,8 a 7,2% do
custo da produção porque:
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Assim, um custo numericamente baixo não significa manutenção com custos mínimos
ou racionalizados.
Conceito de homens-hora
Exemplo:
5 homens trabalhando durante 3 horas = 15Hh
3 homens trabalhando durante 0,5 horas = 1,5Hh
1 homem trabalhando durante 4 horas = 4Hh
Curvas de custo
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Para a interpretação correta do gráfico deve-se ter em conta que a curva custo total
não inclui o custo do lucro cessante e a curva lucro cessante acresce sobre o custo
total apenas o custo das horas paradas do pessoal de operação.
Codificação
A atuação da manutenção começa por meio da requisição de serviço (RS) que deve
possibilitar a identificação rápida do que fazer.
Com esse objetivo, a codificação das variáveis envolvidas é uma grande aliada.
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Código de prioridades
1 Condições da produção
a) Parou totalmente
b) Há total condição insegura para operar.
c) Parou parcialmente.
d) Haverá condição insegura para operar em determinado número de dias.
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Códigos
A- Serviço solicitado pela operação de produção devido a falhas imprevisíveis e não
passível de programação.
B- Serviço solicitado pela operação ou pela inspeção de manutenção devido a falhas
imprevisíveis e passível de programação.
C- Serviços solicitados para instalações, montagens, modificações, reformas não
preventivas, adaptações e fabricação de sobressalentes.
D- Intervenção de manutenção preventiva gerada por inspeção.
E- Intervenção sistemática de manutenção preventiva.
F- Serviços de inspeção com máquina operando.
G- Serviços de inspeção com máquina parada.
Códigos
Z- Desgaste anormal T- Erros de manutenção, instalação ou
Y- Amaciamento (45 dias ou 1000 horas) montagem
X- Acidentes S- Falhas ou defeitos causados por
W- Desgaste normal condições naturais (chuva, sol, orvalho,
V- Erros de operação vento, etc.)
U- Problemas com matéria-prima R- Erros de projeto
P- Problemas de lubrificação
Rotina de planejamento
O setor de planejamento recebe as requisições de serviço; analisa o que e como deve ser
feito, quais as especialidades e grupos envolvidos, e os materiais e ferramentas a serem
utilizados. Isso resulta no plano de operações, na lista de materiais para empenho ou
compra de estoque e outros documentos complementares como relação de serviços por
grupo, ordens de serviço, etc.
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Em planejamentos simples e para uma único grupo de trabalho, pode-se passar deste
diagrama à construção do diagrama de barras, dispensando o CPM-PERT.
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Diagrama de barras
Usado pelo menos desde o início do século, consiste em um diagrama onde cada
barra tem um comprimento diretamente proporcional ao tempo de execução real da
tarefa. O começo gráfico de cada tarefa ocorre somente após o término das atividades
das quais depende.
Diagrama de barras
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Para resolver as questões que o diagrama de barras não consegue solucionar, foram
criados s métodos CPM e PERT.
São dois modos de prever e acompanhar racionalmente trabalhos com muitas tarefas.
O PERT (Program Evaluation and Review Technique) foi criado para a NASA com o fim
de controlar o tempo e a execução de tarefas realizadas pela primeira vez.
O CPM (Critical Path Method) foi criado na empresa norte-americana Dupont. Com o
fim de realizar as paradas de manutenção dentro do menor prazo possível e com um
nível constante de utilização dos recursos.
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Diagrama de flechas
É um gráfico das operações, onde cada operação é representada por uma flecha.
Cada flecha tem uma ponta e uma cauda. A cauda representa o início de uma
operação e a ponta marca o seu final.
As flechas são usadas para expressar as relações entre as operações e definir uma ou
mais das seguintes situações:
A operação deve preceder algumas operações.
A operação deve suceder algumas operações.
A operação pode ocorrer simultaneamente a outras operações.
O modo como as relações são representadas por flechas é mostrado na figura abaixo.
Atividade fantasma
É uma flecha tracejada usada como artifício para identificar a dependência entre
operações. É também chamada operação imaginária e não requer tempo.
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Nó ou evento
São círculos desenhados no início e no final de cada flecha. Têm o objetivo de facilitar
a visualização e os cálculos de tempo. Devem ser numerados e sua numeração é
aleatória.
O nó não deve ser confundido com uma atividade que demande tempo.
Ele é um instante, isto é, um limite entre o início de uma atividade e o final de outra.
Para construir o diagrama é preciso ter em mãos a lista das atividades, os tempos e a
seqüência lógica.
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O caminho crítico
É um caminho percorrido através dos eventos (nós) cuja somatória dos tempos
condiciona a duração do trabalho. Através dele obtém-se a duração total do trabalho e
folga das tarefas que não controlam o término do trabalho.
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A - B - C - D - F - G - L - M = 19h e A - B - I - J - K - L -
M = 18h; isto é, são menores.
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Para evitar este problema, o planejador joga com o atraso das tarefas com folga e o
remanejamento do pessoal envolvido nas tarefas iniciais.
Nas paradas para reformas parciais ou totais, após o balanceamento dos recursos
físicos e humanos com programação de trabalho em horários noturnos e em fins-de-
semanas, pode ocorrer ainda a carência de mão-de-obra. Neste caso, a solução é a
contratação de serviços externos ou a ampliação do quadro de pessoal.
Disponibilidade de equipamento
Fórmula
TO
MTBF =
X
Onde:
TO = tempo total disponível para operar
X = número de falhas
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MTTR
Tempo médio de reparo ("mean time to repair")
Fórmula
TR
MTTR =
X
Onde:
TR = tempo total de reparo ou inspeção preventiva.
Assim, tem-se a fórmula da disponibilidade:
MTBF . 100
D=
MTBF MTTR
Exemplo
Um torno automático esteve em trabalho 4 000h em um ano e teve 8 intervenções
de manutenção com duração total de 102 horas. Qual a disponibilidade do torno no
ano?
Solução:
TO = 4 000h - 102h = 3 898h
X=8
TR = 102h
3 898 h
MTBF = = 487,25h
8
102h
MTTR = = 12,75h
8
487,25h . 100
D= = 97,45%
487,25 h 12,75h
Controle da manutenção
Tem como objetivo obter informações para orientar tomadas de decisões quanto a
equipamentos e a grupos de manutenção. Faz isso por meio da coleta e tabulação de
dados, aperfeiçoando a interpretação dos resultados e criando padrões de trabalho.
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Controle manual
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Controle semi-automatizado
A fonte de dados desse sistema deve fornecer todas as informações necessárias para
serem feitas as requisições de serviço, incluindo as rotinas de inspeção e execução.
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Controle automatizado
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Os dois primeiros itens já foram tratados nesta unidade. O tempo merece especial
atenção, na tentativa de melhorar seu aproveitamento.
Tempo de ocorrência
É o tempo gasto com movimentação em geral feita pelo mantenedor: tarefas
administrativas, necessidades fisiológicas, transporte de ferramentas, etc., isto é,
compõe-se de todas as horas-atividade do mantenedor menos o período de execução
do trabalho.
Tempo qualificado
É o tempo gasto com a execução do serviço propriamente dita, isto é, o tempo da
tarefa específica do mantenedor.
Com base nas porcentagens expostas acima, o tempo que deve ser analisado e
questionado é o tempo de ocorrência. O seu controle pode ser feito por cartões e por
amostragem. É de fundamental importância que esses cartões não tenham caráter de
policiamento sobre o mantenedor.
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Frente Verso
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Questionário - resumo
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