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Há palavras que usamos no dia a dia de tal maneira, que inconscientemente já se supõe

dominar seu significado. Tecnologia é um exemplo clássico desse comportamento, mas de


fato você sabe o que é? Muitos dirão sem hesitação que sim. Por isso, devolvo a pergunta:
O que é tecnologia?

ORIGEM E HISTÓRIA DA TECNOLOGIA

A palavra tecnologia é uma palavra formada por outras duas palavras de origem grega. A
primeira, é TÉCNICA, que assume o significado da arte ou da maneira de conduzir uma
ação ou um conjunto delas. Em um enfoque mais básico, são os procedimentos para se
fazer algo. A segunda, é LOGIA, que deriva de logos, que é o estudo de algo.
Assim, técnica é o domínio do conjunto de conhecimentos que é necessário para executar
algo. Costuma-se dizer que o violinista ou o guitarrista têm técnica, quando ambos
dominam ou têm o conjunto de habilidades necessárias para tocar bem seus instrumentos.
Há técnica para muitas coisas, que vão do bom desempenho no preparo de um prato em
gastronomia, passando pelo marceneiro que constrói um móvel e o artista que sabe como
combinar tintas, pincéis e demais instrumentos, para produzir uma obra de arte. Por fim,
logia refere-se ao estudo das técnicas, quando nos referimos à palavra tecnologia.

O QUE É TECNOLOGIA?

A origem da palavra já dá pistas suficientemente boas do que é tecnologia, mas


vamos ampliar o conceito, para que possamos entender o seu alcance e os benefícios que
ela pode proporcionar na vida das pessoas.
Não é errado dizer que o smartphone (celular) que você carrega no bolso ou bolsa, é
um aparelho tecnológico. Também não é errado pensar no notebook, na smart TV,
no servidor que hospeda o seu site, ou ainda em uma série de eletrônicos que povoam
nossas casas, escritórios, lojas e feiras de tecnologia, como legítimos representantes da
tecnologia.
A questão é a limitação a qual o termo vem sendo associado. Invariavelmente a
palavra tecnologia vem sendo utilizada quando se pensa em avanços no segmento de
eletrônica e computação, onde de fato há muita tecnologia embutida em cada componente
que faz parte dos aparelhos e muitas vezes dos programas.
Isso fica mais evidente quando acessamos um portal na Internet e clicamos sobre a
seção de tecnologia e tudo o que encontramos, são notícias relacionadas a aparelhos
eletrônicos, jogos e eventualmente algum programa ou sistema.
Mas tecnologia não é só isso! Tecnologia não é sinônimo de avanços em aparelhos
eletroeletrônicos e jogos ou programas de computador.
Você para a sua moto no posto de gasolina para abastecer e o que possibilita que
se encha o tanque, é resultado da tecnologia para extrair o petróleo das profundezas do
oceano ou de várias camadas no subsolo, do emprego de outra tecnologia para separar as
impurezas (areia, argila, pedaços de rocha, água salgada.), o combustível para ir do
reservatório ao tanque acontece através da bomba que é uma tecnologia.
Quando dá a partida para sair do posto, há muita tecnologia no motor que faz o
veículo andar, nos freios que o fazem parar, nos pneus que rolam sobre o asfalto, este que
é fruto também da tecnologia e de outro subproduto (feito do petróleo) do petróleo.
E eis que para as pessoas que moram em apartamento ao chegar em casa e subir
pelo elevador até seu apartamento, a tecnologia permite que não tenha que usar as
escadas. Já dentro dela e ao abrir a torneira para matar sede, mais um conjunto de
tecnologias permitiu que de lá saísse água potável. Ao sentar-se à mesa, o prato de arroz
com feijão, é repleto de tecnologias para produção dos grãos e o seu preparo.
E até quando você termina o seu dia, veste tecnologia, deita-se sobre tecnologia e
cobre-se com tecnologia. Há tecnologia na produção dos tecidos do pijama, no colchão e
no cobertor.
Enfim, somos circundados por tecnologias que permitem a criação de boa parte de
tudo que consumimos, sejam eles bens duráveis ou não.

A TECNOLOGIA E SEUS PAPEIS

Depois de tudo isso, não resta dúvida que a tecnologia vai bem além dos eletrônicos
do supermercado ou da loja virtual na Internet. Mas ela não tem apenas o papel de estudar
os meios para se produzir objetos com bons resultados e que fazem parte do nosso dia a
dia.
A tecnologia tem também papel social, científico, educacional, cultural, sanitário. Ela
está presente em várias áreas.
Por meio de estudo e pesquisa científicos, conduzidos em universidades
como USP e Unicamp, institutos como o Butantan, fundações como a Fiocruz e até mesmo
na indústria, que ocorre o desenvolvimento de medicamentos, vacinas e outros produtos da
indústria farmacêutica, que são repletos de tecnologias.
É por aplicar a tecnologia, que é possível dar uma nova perspectiva econômica e por
consequência social, ao semiárido no Nordeste brasileiro, através da irrigação por poços
artesianos, permitindo a agricultura familiar, de subsistência ou mesmo para
comercialização, usando tecnologia desenvolvida em uma das muitas unidades
da EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA é empresa pública
de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. É voltada
para a inovação, que foca na geração de conhecimentos e tecnologias para a agropecuária brasileira).
Também graças a tecnologia, que é possível transportar de modo seguro desde outro
continente as pessoas, ou ir ao Museu da Imagem e do Som e fazer um passeio pela
história de décadas de imagens e sons produzidos pelo homem.
E se você quer fugir de tudo isso e quer apenas voltar ao passado, quando a
tecnologia ainda não estava tão intrincada em nossas vidas e resolve apenas ler um livro
impresso em papel, como era tão comum há não tanto tempo, saiba que no papel, na tinta,
na impressão e na encadernação deste livro, há muita tecnologia!
Enfim, a tecnologia, que é o estudo dos conhecimentos e/ou habilidades necessários
para se fazer algo, constitui mais do que um simples sinônimo dos avanços em uma
determinada área, como por exemplo, eletrônica. A tecnologia consiste dos conhecimentos
adquiridos para se fazer coisas e produzir resultados em diversas áreas, como a científica,
cultural e até mesmo social, melhorando a vida das pessoas e da sociedade como um todo.

HISTÓRIA DA TECNOLOGIA
A história da tecnologia é a história das ferramentas e das técnicas úteis para fazer coisas
práticas. Relaciona-se intimamente com a história da ciência, que inclui a maneira como os
seres humanos adquiriram o conhecimento básico necessário para construir coisas úteis.
Os esforços científicos, especialmente nos tempos modernos, dependeram em regra
de tecnologias específicas que permitiram aos seres humanos sondar a natureza
do universo, de forma mais precisa do que é permitida pelos nossos sentidos. Os artefatos
tecnológicos são produtos de uma economia, são uma força para o crescimento
económico e constituem uma parte importante da nossa vida cotidiana. As inovações
tecnológicas afetam e são afetadas pelas tradições culturais de uma sociedade. Elas são
igualmente uma forma de desenvolver e projetar o poder militar.

EXEMPLOS TECNOLOGIAS PRIMITIVAS

* Fogo, usado desde o paleolítico, * Roda, 4.000 a.C.


possivelmente pelo homo erectus (Homem
* Escrita. 3.500 a.C.
primitivo) há 800.000 anos.
* Bronze, 3.300 a.C.
* Ferramentas de pedra, criadas
possivelmente há 100.000 anos. * Ferro, 1.500 a.C.
* Arco, 9.º milénio a.C. * Catapulta, 399 a.C.
* Agricultura, 8.000 a.C. * Ferradura, 300 a.C.

A RODA FOI INVENTADA EM 4000 A.C., E TORNOU-SE UMA DAS


TECNOLOGIAS MAIS FAMOSAS E ÚTEIS DO MUNDO. RODA NO MUSEU
NACIONAL DE TEERÃO, NO IRÃO.)
ACOMPANHE ABAIXO UM HISTÓRICO DA HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO
TECNOLÓGICA:

1291 - Na Itália surgem os primeiros espelhos.


1454 - O alemão Johann Gutenberg. Inventa a máquina chamada de Imprensa. Com está
máquina o homem passou a produzir de forma mais rápida e eficiente, os livros. Esse
invento causou uma revolução na cultura da época.
1590 - O holandês Zacharias Janssen (1580-1638) fabrica o microscópio, utilizando
técnicas usadas na fabricação de lentes para óculos.
1707 - O físico inglês John Floyer inventa o relógio de pulso.
1712 - O engenheiro inglês Thomas Newcomen inventa a máquina a vapor.
1800 - O físico italiano Alessandro Volta cria a bateria elétrica.
1822 - Foi produzida a primeira imagem reconhecida como fotografia pelo francês JOSEPH
NICÉPHORE NIÉPCE
1839 - O artista e pesquisador francês Louis-Jacques-Mandé Daguerre tira a primeira
fotografia, com sua máquina chamada daguerreótipo
1860 - O inventor belga Jean-Joseph-Etienne Lenoir desenvolve o primeiro motor a
explosão.
1874 - Foi inventado o rádio
1879 - O americano Thomas Alva Edison inventa a lâmpada elétrica.
1906 - O brasileiro Alberto Santos Dumont voa em paris no 14 bis e passa também a
ser considerado um dos pais da aviação junto com os irmãos Wright.
1941 - O engenheiro inglês Frank Whittle desenvolve o avião a jato.
1947 - A televisão começa a chegar nos lares de pessoas de todo o mundo.
1961 - Lançada a Vostok, a primeira nave espacial tripulada por ser humano a sair da
atmosfera terrestre.
1965 - Lançados os primeiros satélites de comunicação. Inaugura uma nova era na
transmissão de dados eletrônicos.
1972 – Era realizada, pela Rede Globo, a primeira transmissão de um programa a
cores pela TV brasileira. 
1977 - Lançado nos Estados Unidos o primeiro telefone celular.
1981 - A internet chegou ao Brasil.
1998 - Lançado no Brasil os primeiros DVDs.
1990 - Chegada do celular ao Brasil.
1999 - A Internet cresce no mundo todo em velocidade impressionante. Os arquivos
de MP3 começam a ser usados.
Durante o período conturbado pela Segunda Guerra Mundial – 1939 / 1945 – foi
desenvolvida investigação e implantação de projetos de electrónica e computadores das
quais uma pequena parte é publicamente conhecida. Só a partir de 1996 a NSA liberta os
denominados “segredos de guerra” e começam a ser conhecidos publicamente fatos que
conduzem ao refazer de uma “história oficial” há vários anos repetida e induzida na área da
Ciência da Computação.
O primeiro computador eletromecânico foi construído por Konrad Zuse o Z1. Foi na
Segunda Guerra Mundial que realmente nasceram os computadores atuais. A Marinha
americana, em conjunto com a Universidade de Harvard, desenvolveu o computador
Harvard Mark I, projetado pelo professor Howard Aiken, com base no calculador analítico
de Babbage. O Mark I ocupava 120m³ aproximadamente, conseguindo multiplicar dois
números de dez dígitos em três segundos.
Simultaneamente, e em segredo, o Exército Americano desenvolvia um projeto
semelhante, chefiado pelos engenheiros J. Presper Eckert e John Mauchy, cujo resultado
foi o primeiro computador a válvulas, o Eletronic Numeric Integrator And Calculator  ENIAC,
capaz de fazer quinhentas multiplicações por segundo. Tendo sido projetado para calcular
trajetórias balísticas, o ENIAC foi mantido em segredo pelo governo americano até o final
da guerra, quando foi anunciado ao mundo. ENIAC, computador desenvolvido pelo Exército
Americano.

AVANÇOS TECNOLÓGICOS DA GUERRA FRIA

A Guerra Fria foi um período de conflitos não armamentista que ocorreu após a Segunda
Guerra Mundial e durou até a queda da União Soviética em 1991. Um dos marcos deste
período foi a corrida espacial, disputa que deu início a uma série de inovações
tecnológicas. Veja algumas das inovações desenvolvidas nesse período, alguns nós
usamos até hoje.

Primeiro satélite artificial e o GPS


Hoje em dia nós somos dependentes de satélites. Seja para comunicações ou para
utilizarmos o GPS. Mas o primeiro satélite artificial foi desenvolvido pela União Soviética. O
Sputnik-1 foi lançado em 1957. Como dito acima, o GPS é uma invenção desta época. Foi
criado para fins militares durante a Guerra Fria, assim como praticamente todas as
invenções desta época.
Primeiro homem no espaço e o primeiro pouso na Lua
Em 1961, de novo a União Soviética realiza um feito histórico, Iuri Gagarin foi a primeira
pessoa a orbitar a Terra. Em 1969, os Estados Unidos “vencem” a corrida espacial ao
realizarem o primeiro pouso na Lua, tornando Neil Armstrong e Buzz Aldrin os primeiros
humanos a caminharem na Lua.
Forno de Micro-ondas
Sim, sabe aquela pipoca que adoramos fazer no micro-ondas? Então, ela foi o primeiro
alimento no mundo a ser preparado para ser utilizando nesse equipamento. Percy Spencer,
um engenheiro americano, trabalhava na construção de peças capazes de gerar ondas
eletromagnéticas (magnetrons), para fins militares, mas após horas trabalhando, Spencer
percebeu que um chocolate que estava em seu bolso derreteu, assim foi criado o forno de
micro-ondas.
Computadores e a Internet
Os computadores começaram a ser construídos ainda durante a Segunda Guerra, mas só
foram finalizados realmente em 1946, durante a guerra fria. O ENIAC ou “cérebro gigante”,
como foi chamado pela imprensa na época, pesava 30 toneladas e ocupava cerca de 165
m². A internet também é fruto dessa época. Os Estados Unidos buscavam um meio de
comunicação e de armazenamento de dados que continuasse funcionando mesmo que
parte dele tivesse sido bombardeado. Assim surgiu a ARPANET, construída em 1969, foi a
primeira rede de computadores. Inicialmente era de uso exclusivo de militares, mais tarde
foi liberada para uso acadêmico.
Câmeras Digitais
Desenvolvida pela Nasa em 1976, o satélite KH-1 “Kennan” foi o primeiro equipamento com
uma câmera óptico-elétrica capaz de transmitir as imagens em formatos digitais. O
desenvolvimento dessa tecnologia permitiu a criação das câmeras digitais.

A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NO NOSSO COTIDIANO

O mundo está em constante evolução. Coisas que antes eram impossíveis aos
nossos olhos, hoje são consideradas comuns no nosso cotidiano, e até mesmo
indispensáveis. Anos atrás era inacreditável imaginar que com um pequeno aparelho em
mãos conseguiríamos acessar praticamente qualquer conteúdo que quiséssemos de
qualquer lugar do mundo, não é verdade? Essa e outras mudanças foram possíveis graças
à tecnologia e a forma como ela avança cada vez mais.

Impactos gerados pela tecnologia


Essas mudanças impactam também o comportamento do ser humano, que tem que
aprender a acompanhar essa evolução e conviver com novas tecnologias. Essa adaptação
traz consigo uma série de benefícios, como melhora na qualidade de vida, acesso rápido e
fácil ao conhecimento, simplificação da troca de informações e a quebra de várias barreiras
da comunicação. Outro fator de destaque é a inclusão social. Constantemente surgem
novas tecnologias que auxiliam na rotina de pessoas com deficiências físicas e cognitivas,
ajudando que essas pessoas tenham mais facilidade para se inserir na sociedade e tenham
um padrão de vida melhor.
Aprendizado: O aprendizado tornou-se mais interativo e colaborativo, ajudando as
pessoas a se envolverem melhor com o material que estão aprendendo e com o qual têm
problemas. Com a criação da internet, os alunos e professores obtém melhor acesso aos
recursos, além de acesso a quase tudo online. As pessoas podem acessar o aprendizado
por meio do YouTube e da mídia social, por exemplo. Isso, para alguns alunos, se tornou
uma grande vantagem, e aprenderam uma metodologia diferente do que a de sentar para
assistir a palestras e ler livros didáticos.

Comunicação: Compartilhar informações nunca foi tão simples. Muitos aplicativos


tecnológicos e plataformas de mídia social têm fornecido uma excelente maneira de se
conectar com o mundo inteiro. Podemos nos conectar com nossas famílias ou amigos
mesmo quando estamos a quilômetros de distância. A comunicação é vital em todas as
esferas e a tecnologia oferece as melhores plataformas.
Tecnologia Moderna e World Wide Web: A World Wide Web, o famoso www, é definida
como todo o conteúdo da Internet, como páginas da web, vídeos e imagens, que são
exibidos em HTML e podem ser acessados por meio do navegador do usuário.
O acesso a esta rede através de um protocolo de comunicação conhecido como
HTTP, foi inventado por Tim Berners-Lee em 1991. Após a invenção da Web, e quando se
tornou acessível a todas as pessoas, suas páginas foram preenchidas com milhões de
sites que atendem as pessoas em suas vidas, fornecendo informações e conhecimento e
permitindo que as pessoas se comuniquem por meio de programas que permitem ver quem
está chamando, imagens estáticas e em movimento.
Privacidade: Embora o acesso a tudo online nos dê um nível incomparável de
conveniência, também nos torna vulneráveis. Cada movimento que fazemos online é
registrado e deixamos pegadas digitais onde quer que visitemos. Hackers e golpistas
sabem disso e trabalham duro para explorá-lo para obter ganhos financeiros.

O QUE SÃO FAKE NEWS?

Fake News são notícias falsas divulgadas principalmente nas redes sociais. Os
boatos têm informações irreais que apelam para o emocional do leitor/espectador.
"Fake News são notícias falsas publicadas por veículos de comunicação como se
fossem informações reais. Esse tipo de texto, em sua maior parte, é feito e divulgado com o
objetivo de legitimar um ponto de vista ou prejudicar uma pessoa ou grupo (geralmente
figuras públicas).
As Fake News têm um grande poder viral, isto é, espalham-se rapidamente. As
informações falsas apelam para o emocional do leitor/espectador, fazendo com que as
pessoas consumam o material “noticioso” sem confirmar se é verdade seu conteúdo.
O poder de persuasão das Fake News é maior em populações com menor
escolaridade e que dependem das redes sociais para obter informações. No entanto, as
notícias falsas também podem alcançar pessoas com mais estudo, já que o conteúdo está
comumente ligado ao viés político."
"COMO SURGIU O TERMO FAKE NEWS?
O termo Fake News ganhou força mundialmente em 2016, com a corrida
presidencial dos Estados Unidos, época em que conteúdos falsos sobre a candidata Hillary
Clinton foram compartilhados de forma intensa pelos eleitores de Donald Trump.
Apesar do recente uso do termo Fake News, o conceito desse tipo de conteúdo falso
vem de séculos passados e não há uma data oficial de origem. A palavra “fake” também é
relativamente nova no vocabulário das pessoas. Até o século XIX, os países de língua
inglesa utilizavam o termo “false news” para denominar os boatos de grande circulação.
As Fakes News sempre estiveram presentes ao longo da história, o que mudou foi a
nomenclatura, o meio utilizado para divulgação e o potencial de persuasão que o material
falso adquiriu nos últimos anos.
Muito antes de o Jornalismo ser prejudicado pelas Fake News, escritores já
propagavam falsas informações sobre seus desafetos por meio de comunicados e obras.
Anos mais tarde, a propaganda tornou-se o veículo utilizado para espalhar dados
distorcidos para a população, o que ganhou força no século XX.

COMO FUNCIONAM AS FAKE NEWS?

A produção e veiculação de Fake News constituem um verdadeiro mercado,


conforme mostra o especial do jornal Correio Braziliense (para ter acesso à matéria
completa, clique aqui). Esse universo é alimentado por pessoas de grande influência,
geralmente políticos em campanha eleitoral, que contratam equipes especializadas nesse
tipo de conteúdo viral. Essas equipes podem ser compostas por ex-jornalistas, publicitários,
profissionais de marketing, profissionais da área de tecnologia e até mesmo policiais, que
garantem a segurança da sede e dos equipamentos utilizados.
Alguns produtores de Fake News compram ilegalmente os endereços de e-mail e
números de telefone celular de milhões de pessoas para “disparar” o conteúdo falso. Existe
a preferência por contatos de líderes religiosos ou de movimentos políticos, já que eles
repassam aos seus seguidores e pedem que a informação (tida como verdadeira) seja
compartilhada.
Nas redes sociais, são criados perfis falsos (com fotos, dados pessoais e
publicações diárias) que começam a interagir com outras pessoas para dar veracidade.
Depois, os perfis começam a espalhar notícias e vídeos de sites falsos e incentivam seus
contatos a fazerem o mesmo.
Os sites que contêm as Fake News, em sua maioria, também são parte da estratégia
das equipes especializadas nesse serviço. Os responsáveis pelas informações virais
compram domínios de páginas e adotam uma identidade visual semelhante à do alvo
(partido político, por exemplo), começam com publicações por vezes verdadeiras e, assim,
atraem seu público. Com o ganho de relevância nos sites de busca, os produtores de Fake
News passam a publicar informações falsas como se fossem reais.
Os contratantes investem altos valores para que as notícias falsas sejam produzidas
e veiculadas de forma sigilosa e sem deixar rastros para possíveis investigações. Existem
gastos com alojamento temporário e com produtos como celulares pré-pagos e
computadores, os quais são jogados fora após a produção das notícias.
Pagamentos que são feitos costumam sair de cartões recarregáveis para que não
haja rastreamento. É comum a prática de utilizar o CPF das pessoas a serem difamadas
para que os cartões possam ser cadastrados e utilizados. Segundo a matéria do Correio
Braziliense, a tática faz com que a vítima que decida investigar a movimentação acabe
chegando ao seu próprio documento, impedindo-a de continuar a procura pelos criminosos.
Para evitar a perseguição, os produtores mudam de local constantemente, assim
como os profissionais de tecnologia da equipe alteram o IP (tipo de endereço do
computador). O conteúdo produzido é guardado nas chamadas “nuvens”.
O alto investimento em tecnologia e a adoção de estratégias para evitar identificação
de quem contrata o serviço e das pessoas que o fazem são medidas que dificultam o
rastreamento dos disseminadores de Fake News. Além da dificuldade de localização dos
culpados, a legislação brasileira não tem uma punição exclusiva para esse tipo de crime.
Uma história parece duvidosa? Desconfie e pesquise! As Fake News costumam ser
sensacionalistas e apelam para a emoção do leitor.

POR QUE AS PESSOAS COMPARTILHAM FAKE NEWS?


Segundo levantamento feito por veículos de comunicação, como a Folha de São
Paulo, as páginas de Fake News têm maior participação dos usuários de redes sociais do
que as de conteúdo jornalístico real. De 2017 a 2018, os veículos de comunicação
tradicionais apresentaram queda de 17% em seu engajamento (interação), enquanto os
propagadores de Fake News tiveram um aumento de 61%.
Para legitimar as Fake News, as páginas que produzem e divulgam esse tipo de
informação costumam misturar as publicações falsas com a reprodução de notícias
verdadeiras de fontes confiáveis. Outro problema presente nas redes sociais são as
chamadas sensacionalistas que induzem ao erro. Quem deseja espalhar um boato pode
retirar de contexto um dado ou declaração para usar em seu título ou no texto de sua
postagem."
"Outra característica das Fake News é a utilização de montagens em vídeos e imagens. O
usuário da internet é muito visual, por isso, uma foto manipulada ou fora de contexto pode
ser facilmente divulgada como verdadeira.

Manipulação de imagens
Nem tudo é o que parece
É provável que 90% das pessoas no seu feed de Instagram tenha uma beleza
extraordinária. E no seu círculo social real? Quantas pessoas você realmente vê por dia
com essa beleza? Talvez nem 5%? Pois é, ... A manipulação de fotos, há poucos anos,
restringia-se aos especialistas. Antes das imagens digitais, ela era feita recortando e
colando pedaços de filmes fotográficos para fabricar uma cena. Usava-se até pintura à
mão. Quando surgiram as imagens computadorizadas, editores recorriam a softwares
caríssimos e computadores potentes para fazer essas alterações. Hoje, você pode editar
uma foto na tela do seu celular.
Para a manipulação de imagens, em que são utilizados truques como: ângulo,
iluminação e maquiagem para ressaltar resultados em postagens de antes e depois. “

CONSEQUÊNCIAS DAS FAKE NEWS


Divulgar Fake News é um ato muito perigoso. Compartilhar informações falsas, fotos e
vídeos manipulados e publicações duvidosas pode trazer riscos para a saúde pública,
incentivar o preconceito e resultar em mortes. Veja alguns exemplos:

• Linchamento de inocentes
Em 2014, o Brasil presenciou o caso de uma Fake News que teve um fim trágico.
Notícia divulgada pelo UOL Notícias relatou que moradores de Guarujá/SP lincharam uma
mulher até a morte por causa de um boato divulgado no Facebook. Ela foi acusada de
sequestrar crianças para fazer rituais de magia negra, no entanto, a informação era falsa.
O uso das redes sociais para compartilhar notícias também perpetua a violência por
causa das Fake News em outros países. A Índia é um cenário preocupante na divulgação
de vídeos falsos pelo WhatsApp. Em 2018, cenas fictícias foram editadas e veiculadas
como suposto sequestro de crianças em Rainpada, uma vila local na Índia (Para ler a
notícia, clique aqui). Desesperados, os moradores começaram a perseguir os supostos
sequestradores, resultando na morte de cinco pessoas.

• Questões de Saúde Pública


Movimentos antivacinação voltaram a crescer nos últimos anos. Algumas pessoas
contrárias ao uso de vacinas disseminam notícias falsas e propagam suas visões de que
vacinar a população faz mal, o que é um problema grave, pois a resistência à vacinação
coloca em perigo a população.
Por causa do crescimento de casos de sarampo no Brasil em 2018, o Ministério da
Saúde teve que promover campanhas de vacinação. Para combater as fake news sobre o
assunto e incentivar a participação nas campanhas, o Ministério da Saúde (MS) precisou
lançar propagandas e informativos de combate às fake news sobre vacinas em diferentes
veículos de comunicação e nas redes sociais.
• Preconceito - Xenofobia
O discurso de ódio que toma conta das redes sociais resultou em ataques a
acampamentos de imigrantes venezuelanos. Moradores de Paracaima, cidade de Roraima
pela qual as pessoas vindas da Venezuela entram no Brasil, usaram paus, pedras e
bombas caseiras para atacar os acampamentos.
Outro exemplo foi o de um comerciante que ficou ferido após ser assaltado por um
grupo de venezuelanos. As fakes News sobre o caso divulgaram que o comerciante não foi
socorrido porque a prioridade era atender imigrantes venezuelanos. A informação causou
revolta na população da cidade, que passou a atacar os imigrantes.

COMO COMBATER AS FAKE NEWS?


O combate às Fake News é algo difícil. Os mecanismos de produção e veiculação das
falsas informações são muito eficientes e escondem a identidade dos criminosos.
Para o usuário da internet, o importante é conseguir identificar uma notícia falsa ou
sensacionalista e não compartilhar conteúdo duvidoso. Agências de jornalismo
especializado são uma ferramenta útil para saber se um conteúdo é Fake News ou não.
A Agência Lupa é uma criação da Revista Piauí com a Fundação Getúlio Vargas e
com a rede Um Brasil. Lançada em 2015, o site analisa conteúdo nacional e internacional e
classifica-os em: verdadeiro; verdadeiro, mas…; ainda é cedo para dizer; exagerado;
contraditório; insustentável; falso e de olho.
O Boatos.org é um site formado por vários jornalistas brasileiros que investigam
conteúdos que circulam nas redes e informam aos leitores se são verdadeiros ou falsos.
Outra agência especializada em desvendar Fake News é “Aos Fatos”. Seus
criadores fazem parte de uma rede internacional de investigadores e trabalham com a
análise dos assuntos mais populares da internet. O site possui uma parceria com o
Facebook para ajudar os usuários do Messenger (serviço de mensagens instantâneas da
empresa) na navegação e identificação da veracidade dos posts. As notícias são definidas
pela equipe como verdadeiras, imprecisas, exageradas, contraditórias, insustentáveis e
falsas."

UTILIZANDO A INTERNET DE FORMA SEGURA

Com a ajuda da internet, avançamos em todos os campos do conhecimento nos


últimos 50 anos. Para o bem, mas também para o mal. Como no caso dos crimes virtuais.
Assim como hoje podemos pagar contas pelo celular e evitar filas nos bancos, há
pessoas que usam o poder da internet para furtar seus dados pessoais ou praticar crimes
com cunho racista.
Entender o que são e como denunciar os crimes virtuais é importante para extinguir
e reprimir as ações de criminosos.
Engana-se quem pensa que os crimes cometidos na internet não são puníveis,
esses crimes são qualificados da mesma forma que os crimes fora da rede, pelas mesmas
leis e com as mesmas punições.
Mas o que são os crimes virtuais?
Crimes virtuais são todos aqueles aplicados por meio da internet ou dispositivo móvel, seja
computador, notebook, tablet ou smartphones.
Quem pratica essas ações tem por objetivo afetar a vítima ou o seu computador, e em
casos mais ousados, afetar uma rede maior de computadores, como o caso de empresas e
departamentos públicos.
Legislação
No Brasil, há duas leis que estabelecem diretrizes de bom uso e protegem os direitos dos
internautas.
A primeira dela é o Marco Civil da Internet, criado em 2014, que estabelece a utilização da
internet no Brasil, indicando os direitos e deveres dos internautas e das entidades que
fornecem serviços virtuais.
Aliado ao Marco Civil, a lei Carolina Dieckmann, criada em 2012, proíbe a tomada de
dispositivo de outra pessoa para ter, mudar ou eliminar dados do proprietário do dispositivo.
A lei diz que invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de
computadores, mediante violação indevida de segurança e com o fim de obter, adulterar ou
destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo
ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita, a pena é de três meses a um ano
de prisão, além das multas.
Ela se estende a quem fabrica, oferta, compartilha, vende ou expande dispositivo ou
programa de computador com o objetivo de motivar a realização de ação criminosa. A
punição pode ser maior se ficar provado que tal invasão trouxe como resultados danos
financeiros.
Como denunciar?
A primeira coisa para fazer a denúncia de crimes virtuais é ter em mãos todos os dados
referentes à ação. A pessoa lesada precisa salvar tudo que pode ajudar na comprovação
do crime.
Entre os dados, incluem-se e-mails, fotos da tela (prints), informações do infrator (endereço
de e-mail que foi enviado pra você, por exemplo), mensagens em rede sociais e tudo mais
que possa servir de prova.
Importante: guarde todos os elementos e documentos consigo.
É preciso procurar uma delegacia de polícia e realizar um boletim de
ocorrência contando o que aconteceu. Em algumas cidades do Brasil já possuem
delegacias de polícia especializadas em crimes cibernéticos, mas pode ser eito o boletim
em delegacias não especializadas. Crimes virtuais que atentem contra os direitos
humanos, como racismo, neonazismo, pornografia infantil, homofobia e aliciamento infantil,
devem ser denunciados tanto no site quanto na delegacia.
Os serviços oferecidos na internet em sua maioria podem ser realizados por
qualquer pessoa sem nenhuma restrição, isso gera a um crime de insegurança e
impunidade. É de extrema importância, que todos entendam que os sites que utilizamos no
nosso dia a dia devem ser questionados sobre os potenciais perigos, garantindo a
segurança dele e de sua família.

Segue abaixo algumas dicas a serem consideradas:

• Não confiar na pessoa que está conversando na internet. Existem pessoas que mentem o
sexo e principalmente a idade tornando a comunicação perigosa.
• É importante sempre tratar as pessoas que estão online com respeito. Jamais enviar
mensagens de e-mails que ofendam as pessoas ou que apresentem palavras impróprias
de serem utilizadas.
• Usar a internet, em uma sala de chat (bate-papo) e perceber que a conversa está
encaminhando para um lado estranho ou que se sinta ofendido, feche o navegador
imediatamente.
• Ao receber e-mails ou mensagens via WhatsApp de pessoas, arquivos ou fotos estranhas
o correto é enviar direto para a lata de lixo. Evite também acessar links estranhos.
• Não faça compras online, em sites suspeitos ou com pessoas de caráter duvidoso.
• Evite proporcionar informação de identificação, bem como nome, número de telefone,
local onde mora, estuda ou trabalha.
• Pense cuidadosamente antes de relevar informação como a idade, estado civil ou
informação financeira.
• Evitar colocar fotografias (principalmente de crianças) na internet disponíveis ao grande
público.
• Não permitir que seu filho marque uma reunião presencial com outro utilizador da rede
sem a sua permissão. Se esta se vier a realizar, deve ser efetuada num lugar público e na
sua companhia.
• Se alguém enviar para seu filho mensagem ou imagens obscenas, imorais ou indecentes,
com a intenção de molestar, abusar, maltratar, ou de torná-lo meio de transmissão. Caso
não consiga eliminar terminar este problema pela simples opção de não responder e
ignorar estes "ataques", recomenda – se que comunique estes acontecimentos aos para o
órgão responsável pela proteção das crianças ou para a esquadra da Polícia de Segurança
Pública mais próxima de sua casa.
Dicas de segurança na internet, acesse o link: https://youtu.be/emT6ltx4OeE

OS PERIGOS DAS REDES SOCIAIS

Campanhas de ódio, assédios, exposição da intimidade alheia e até tentativa de


homicídio usando a internet como meio de aproximação são riscos enfrentados com
frequência cada vez maior pelos internautas.
A internet e as redes sociais criaram um espaço infinito para a livre circulação de
ideias e opiniões. A reboque, nesse território são instalados tribunais instantâneos que
elevam ou enterram as reputações de celebridades e gente comum sem a menor piedade.
Nesse meio é possível ter acesso aos mais brilhantes pensadores e conhecer gente
bacana para, no clique seguinte, entrar na mira do pior dos criminosos ou ser vítima do
mais insuspeito mau-caráter. Há notícias falsas, mentiras políticas, campanhas de ódio,
constrangimentos públicos, agressões verbais, preconceitos, assédios, exposições de
intimidade e até tentativa de homicídio usando os canais para aproximação com a vítima.
No caso de repercussão recente mais grave, Elaine Caparróz por pouco não foi
assassinada em seu apartamento, no Rio de Janeiro. Há oito meses ela trocava
mensagens de texto e voz por rede social com Vinícius Serra. O que deveria ser um
primeiro encontro regado a queijo e vinho se tornou um espancamento de quatro horas.
Mãe do lutador de jiu-jitsu Rayron Gracie, ela tinha noções de defesa pessoal, evitando ser
estrangulada mesmo ferida. As razões para a agressão não são claras.
Celebridades também acabam sendo alvos desses ataques. A atriz de
telenovelas Marina Ruy Barbosa se viu envolvida como pivô da separação entre os colegas
de profissão José Loreto e Débora Nascimento. Casada, Marina foi transformada em uma
destruidora do lar alheio. Loreto pouco sofreu da opinião pública. A falta de empatia dos
insensíveis virtuais não perdoa e pessoas são alvos de comentários maldosos, críticas e
gozações em massa nas redes. Nas redes, todos sentem-se protegidos pelo anonimato. As
pessoas ganham coragem para falar o que bem entendem. Acham-se ocultas no meio da
massa.
A incapacidade de respeitar o outro nas redes tem consequências, se engana
aquele que acredita que pode pregar desprezo, ódio e preconceito e não pagar pelos seus
crimes. Em janeiro, em São Paulo, o estudante de Direito Pedro Baleotti foi expulso da
faculdade após publicar um vídeo em que dizia que “essa negraiada vai morrer, vai morrer”.
Ele também foi indiciado por racismo e perdeu o emprego.

"Vida perfeita" em redes sociais pode afetar a saúde mental


Em redes sociais, os chamados digitais influencers, ou somente influencers, estão
sempre felizes e pregam a felicidade como um estilo de vida. Essas pessoas espalham
conteúdo para milhares de seguidores, principalmente no Instagram, rede de
compartilhamento de fotos e vídeos, que permite aplicar filtros digitais nas fotos e
compartilhá-los em outras redes sociais.
Os influencers ditam tendência e estão sempre mostrando um estilo de vida
sonhado por muitos, como o corpo esbelto, viagens incríveis, casas deslumbrantes, carros
novos e alegria em tempo integral. Algo bem improvável de ocorrer o tempo todo, aponta
Carla Furtado, mestre em psicologia e fundadora do Instituto Feliciência. 
“A diferença entre a felicidade autêntica, legítima e real e a felicidade postada nas
redes é abismal. Porque a felicidade, tal qual nós abordamos via psicologia positiva, é uma
experiência intrínseca, interna, que pode, claro, ser manifestada, mas nada tem a ver com
a ostentação de felicidade”, afirma a pesquisadora.
A problemática pode surgir com a busca incessante por essa felicidade, que gera
efeitos colaterais em quem consome diariamente a "vida perfeita" de outros. Daí vem o
conceito de positividade tóxica: a expressão tem sido usada para abordar uma espécie de
pressão pela adoção de um discurso positivo aliada a uma vida editada para as redes
sociais.
O engenheiro mecânico Itamar Brandão Sangi, de 28 anos, disse que atualmente se
sente atingido por essa positividade tóxica das redes. “Ao conversar com uma amiga sobre
academia, ela me disse que eu nunca estou 100% satisfeito com o meu corpo, aí eu parei e
pensei. Eu me considero uma pessoa com uma ‘cabeça boa’, mas mesmo assim fico um
pouco insatisfeito por não ter um corpo parecido com aquele influencer”, reflete.
Não é saudável tentar repetir o que se vê na rede. Não é saudável repetir o que
outra pessoa faz, seja uma celebridade ou uma pessoa da rede de convivências.
Formas de felicidade
A felicidade tem alguns princípios iguais para a humanidade, mas a forma de vivê-la é
individual. São quase 8 bilhões de habitantes no planeta. E pode dizer que há quase oito
bilhões de formas de se viver a felicidade, embora a gente tenha quase dois pilares em
comum: uma vida com um pouco mais de emoções positivas do que negativas e a
percepção de uma vida significativa e com propósitos. 
Algumas postagens na rede social podem gerar nas pessoas sensações ruins e o caso da
inveja, mas não é todo o tipo de post que gera esse pensamento tóxico. Por exemplo,
sentir infelicidade por não poder visitar aqueles lugares paradisíacos que
aquele influencer está e ficar deprimida(o).
Uso racional
Para manter a saúde mental e evitar ser atingido pela positividade tóxica, o uso racional
das redes sociais é o mais indicado, aconselha os médicos. É importante o uso racional é o
uso equilibrado da internet, em que a pessoa tem outras fontes de prazer, de passatempo,
de trabalho, que a pessoa consiga conviver com a família, que consiga praticar uma
atividade física, que não se influencie pela vida da outra pessoa. É o equilíbrio do tempo e
das atividades fora das redes a melhor forma de deixar a mente saudável. Atenção, quando
a pessoa está muito restrita, que sente falta, sente abstinência de ficar sem o celular na
mão, este já não é mais um uso racional.
Desejar ter uma vida melhor não é o problema, mas sim acreditar que a felicidade só
será alcançada quando realizar todos os desejos. O problema é quando a gente projeta
que a felicidade só vai vir quando a gente tiver uma casa maravilhosa, quando viver só
viajando, quando tiver aquele carro, quando tiver um milhão de seguidores, por exemplo.
Esse é o problema, desejar uma vida que é muito difícil ter e só depois que atingir todas
essas metas que a gente vai ser feliz. Na verdade, a gente tem que ser feliz e seguir aos
poucos melhorando.
Transtornos mentais
As redes sociais podem oferecer gatilhos mentais para quem tem algum distúrbio ou
transtornos psiquiátricos e agravar os sintomas. A pessoa que já tem transtornos mentais
são as mais vulneráveis, tem outros fatores de risco e a rede pode servir de gatilhos
mentais para muitas coisas, por exemplo, nos transtornos alimentares. Outro exemplo, uma
pessoa que está triste porque não conseguiu tal coisa e a outra pessoa está comemorando
porque conseguiu, ou a pessoa que está triste e vê nas redes sociais só coisas boas; este
também é um gatilho de um paciente deprimido ou ansioso.
Influencers também sofrem
Quem está do outro lado também sofre. Os influenciadores sofrem de uma competição
constante, ficam o tempo inteiro olhando quantas curtidas tiveram, quantos seguidores
ganharam ou perderam. Às vezes, [o influenciador] não quer falar sobre um assunto e
acaba tendo que falar porque os seguidores estão perguntando, então causa muita
ansiedade, tristeza, medo de perder alguma coisa.
A exposição também gera baixa autoestima. Posta uma foto que acha que está
maravilhosa, uma foto cheia de retoques e filtros e sempre outra pessoa vai encontrar
algum defeito, vai criticar. Aí gera o cyberbullying e a pessoa sofre, perde o sono e altera
hábitos de alimentação na busca incessante por uma coisa que não é real. A vida do
influenciador também não é fácil.
A positividade tóxica (mundo perfeito) afeta seguidores e influenciadores. Todos nós
perdemos: quem vai buscar replicar um comportamento e quem é alvo de uma clonagem
simbólica de identidade também pode enfrentar muito sofrimento.

TECNOLOGIA NO MERCADO DE TRABALHO

A tecnologia no mercado de trabalho já não é mais uma tendência, é uma realidade.


A transformação digital aconteceu — e ainda acontece — em todos os segmentos do
mercado, especialmente em razão da pandemia provocada pelo Covid-19. Não é à toa que
o mercado de tecnologia é um dos setores com maior empregabilidade e com maior
demanda por profissionais qualificados.

O impacto da tecnologia no mercado de trabalho

Com os avanços tecnológicos surgem novas soluções para um mercado mais


produtivo e lucrativo, o que resulta em profundas transformações, como a extinção de
determinados cargos e o surgimento de novas profissões.
Para compreender e visualizar esse cenário, basta pensar na Revolução Industrial
em 1760. Afinal, a criação de máquinas substituiu funções que antes eram exercidas pelos
trabalhadores, o que provocou demissões e extinção de cargos. Entretanto, o impacto da
tecnologia também resultou no surgimento de novas profissões ligadas à criação, produção
e manutenção desses novos recursos tecnológicos.
O impacto da tecnologia no mercado de trabalho corresponde ao surgimento de
novas profissões e maior demanda por profissionais qualificados e capazes de lidar com os
recursos tecnológicos.

Você, por acaso, já parou para pensar no quanto o ambiente de trabalho vem
mudando nas últimas décadas?
Para se ter uma ideia dessa verdadeira transformação, basta pensar em como era o
funcionamento das rotinas corporativas nos últimos anos: com muito papel, gasto
excessivo de tempo para realizar tarefas. A maioria das mudanças que vêm ocorrendo é o
reflexo da utilização de diversas tecnologias por empresas dos mais variados segmentos
de mercado.
Com a chegada dos computadores e de dispositivos tecnológicos portáteis, como
tablets e smartphones, a popularização da internet ajudou a realidade se transformar
completamente.
Por isso, é importante usar no ambiente de trabalho os recursos tecnológicos que
sejam capazes de otimizar o desenvolvimento cotidiano das atividades operacionais e
administrativas, deixando a empresa mais eficiente.

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