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TECNOLOGIA E SISTEMAS

Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3

Tecnologia e Sistemas .................................................................................... 4

O uso da tecnologia na educação ................................................................ 6


Tecnologia educacional: A relação ensino e aprendizagem ...................... 10
O uso da Tecnologia Assistiva na Educação ............................................. 16
Importância da Tecnologia Assistiva no Ensino ..................................... 23

REFERÊNCIAS ............................................................................................. 30

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,
de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Tecnologia e Sistemas

O termo “tecnologia” vem do grego tekhne que significa “técnica, arte, ofício”,
juntamente com a palavra logos, também grega, que refere-se ao “conjunto dos
saberes”. A tecnologia é um objeto de estudo constante da ciência e da engenharia
que envolve vários instrumentos, técnicas e métodos que visam a resolução de
situações problemáticas.

De acordo com o dicionário Michaelis, “tecnologia” é:

1. Tratado das artes em geral.

2. Conjunto dos processos especiais relativos a uma determinada arte ou


indústria.

3. Linguagem peculiar a um ramo determinado do conhecimento, teórico ou


prático.

O termo “tecnologia” veio da revolução industrial, no final do Século XVIII, e


desde então sem se expandido para diversas outras áreas, mas como bem
sabemos é dentro das áreas da engenharia que o termo é mais aplicável.

No geral, o termo “tecnologia” tem sido utilizado dentro das atividades que
podemos chamar de “atividades meio”, que são as organizacionais, estruturais, de
informática, de treinamento, etc. e também em
atividades que denominamos “atividades fim”,
que são os produtos, o processo, os
equipamentos, etc.

Tecnologia envolve um conjunto de


métodos, instrumentos e técnicas da
engenharia e ciência com o intuito de resolver
problemas. O termo tecnologia é muito amplo, desse modo, todos tem seu jeito de
entender seu significado. O uso da tecnologia serve para várias coisas em nosso dia
a dia, usamos a tecnologia para ampliar nossas habilidades. Um dos principais usos
da tecnologia é o desenvolvimento da aprendizagem.

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Há muitas formas de compreender a tecnologia. Para alguns ela é fruto do
conhecimento científico especializado. É, porém, preferível compreendê-la da forma
mais ampla possível, como qualquer artefato, método ou técnica criado pelo homem
para tornar seu trabalho mais leve, sua locomoção e sua comunicação mais fáceis,
ou simplesmente sua vida mais satisfatória, agradável e divertida.

Neste sentido amplo, a tecnologia não é algo novo - na verdade, é quase tão
velha quanto o próprio homem, visto como homem criador (homo creator). Nem
todas as tecnologias inventadas pelo homem são relevantes para a educação.
Algumas apenas estendem sua força física, seus músculos. Outras apenas lhe
permitem mover-se pelo espaço mais rapidamente e/ou com menor esforço.
Nenhuma dessas tecnologias é altamente relevante para a educação. No entanto,
as tecnologias que amplificam os poderes sensoriais do homem, sem dúvida, o são.

O mesmo é verdade das tecnologias que estendem a sua capacidade de se


comunicar com outras pessoas. Mas, acima de tudo, isto é verdade das tecnologias,
disponíveis hoje, que aumentam os seus poderes mentais: sua capacidade de
adquirir, organizar, armazenar, analisar, relacionar, integrar, aplicar e transmitir
informação. As tecnologias que grandemente amplificam os poderes sensoriais do
homem (como o telescópio, o microscópio, e todos os outros instrumentos que
estendem e ampliam os órgãos dos sentidos humanos) são relativamente recentes
e foram eles que, em grande medida, tornaram possível a ciência moderna,
experimental.

As tecnologias que estendem a capacidade de comunicação do homem,


contudo, existem há muitos séculos. As mais importantes, antes do século
dezenove, são a fala tipicamente humana, conceitual (que foi sendo desenvolvida
aos poucos, desde tempos imemoriais), a escrita alfabética (criada por volta do
século VII AC), e a imprensa, especialmente o livro impresso (inventada por volta de
1450 AD).

Os dois últimos séculos viram o aparecimento de várias novas tecnologias de


comunicação: o correio moderno, o telégrafo, o telefone, a fotografia, o cinema, o
rádio, a televisão e o vídeo. Mais recentemente, como veremos, o computador se

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tornou um meio de comunicação que engloba todas essas tecnologias de
comunicação anteriores.

As tecnologias que aumentam os poderes mentais do homem, e que estão


centradas no computador digital, foram desenvolvidas em grande parte depois de
1940 - mas só começaram a ter um grande impacto na sociedade a partir do final da
década de 70, com a popularização dos microcomputadores e sua interligação em
redes. O computador, além de ser uma tecnologia fundamental para o
processamento das informações, vem, gradativamente absorvendo as tecnologias
de comunicação, à medida que estas se digitalizam.

O uso da tecnologia na educação

Várias expressões são normalmente empregadas para se referir ao uso da


tecnologia, no sentido visto, na educação. A expressão mais neutra, "Tecnologia na
Educação", parece preferível, visto que nos permite fazer referência à categoria
geral que inclui o uso de toda e qualquer forma de tecnologia relevante à educação
("hard" ou "soft", incluindo a fala humana, a
escrita, a imprensa, currículos e programas,
giz e quadro-negro, e, mais recentemente, a
fotografia, o cinema, o rádio, a televisão, o
vídeo e, naturalmente, computadores e a
Internet).

Não há porque negar, entretanto, que,


hoje em dia, quando a expressão
"Tecnologia na Educação" é empregada, dificilmente se pensa em giz e quadro-
negro ou mesmo de livros e revistas, muito menos em entidades abstratas como
currículos e programas. Normalmente, quando se usa a expressão, a atenção se
concentra no computador, que se tornou o ponto de convergência de todas as
tecnologias mais recentes (e de algumas antigas).

E especialmente depois do enorme sucesso comercial da Internet,


computadores raramente são vistos como máquinas isoladas, sendo sempre

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imaginados em rede - a rede, na realidade, se tornando o computador. Faz sentido
lembrar aos educadores o fato de que a fala humana, a escrita, e,
consequentemente, aulas, livros e revistas, para não mencionar currículos e
programas, são tecnologia, e que, portanto, educadores vêm usando tecnologia na
educação há muito tempo.

É apenas a sua familiaridade com essas tecnologias que as torna


transparentes (i.e., invisíveis) a eles. "Tecnologia na Educação" é uma expressão
preferível a "Tecnologia Educacional", pois esta sugere que há algo intrinsecamente
educacional nas tecnologias envolvidas, o que não parece ser o caso.

A expressão "Tecnologia na Educação" deixa aberta a possibilidade de que


tecnologias que tenham sido inventadas para finalidades totalmente alheias à
educação, como é o caso do computador, possam, eventualmente, ficar tão ligadas
a ela que se torna difícil imaginar como a educação era possível sem elas.

A fala humana (conceitual), a escrita, e, mais recentemente, o livro impresso,


também foram inventados, provavelmente, com propósitos menos nobres do que a
educação em vista. Hoje, porém, a educação é quase inconcebível sem essas
tecnologias. Segundo tudo indica, em poucos anos o computador em rede estará,
com toda certeza, na mesma categoria.

A tecnologia na educação oferece diferentes possibilidades que podem ser


exploradas de acordo com cada professor e turma, tendo sempre como objetivo o
melhoramento do tempo em sala de aula.

O uso das tecnologias corresponde a essa diversidade de opções que


colaboram e aprimoram a qualidade do ensino com o aprimoramento da qualidade
do ensino

As tecnologias como redes sociais, por exemplo, permitem que o aluno


enxergue em seus professores e diretores muito mais do que personagens
autoritários do ensino. A integração permite que o estudante os veja como amigos
dispostos a lhes ajudar a alcançar seus objetivos.

O uso da tecnologia na educação é a oportunidade que possibilita a


perceptível melhoria do desempenho dos alunos. Com aulas mais interessantes e

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integração facilitada, a dedicação do estudante aumenta e possibilita que este
alcance melhores resultados;

Alunos, independente se estão no ensino fundamental ou na faculdade, se


desmotivam de assistir as aulas graças à inflexibilidade que muitos profissionais
ainda assumem no trato do ensino. Ao acrescentar a tecnologia dentro da sala de
aula, fica muito mais fácil prender a atenção do
estudante que deixa de faltar e de ser
reprovado neste contexto;

E o maior benefício, sem dúvida


alguma, é que a utilização da tecnologia na
educação promove a curiosidade e o interesse
em continuar o processo de aprendizagem,
mesmo após o dia escolar ter acabado gerando excelentes resultados para todos os
envolvidos no ramo da educação.

A tecnologia surge para facilitar a vida humana e seus afazeres. Assim, a


sociedade cada vez mais se torna tecnológica, inclusive na educação que necessita
de especialização de suas ciências.

Neste contexto, aparece um novo formato de educação, no qual giz, quadro e


livros não são mais os únicos instrumentos para dar aulas que os professores
possuem, necessitando assim desenvolver um conjunto de atividades didático-
pedagógica a partir das tecnologias disponíveis na sala de aula e as que os alunos
trazem consigo.

Em sala de aula, as principais tecnologias usadas pelos professores são o


quadro e o giz, pelos alunos são os materiais escolares (lápis, caneta, caderno etc.),
carteiras e cadeiras. Existe ainda no colégio a TV-pendrive, o data-show, aparelho
de DVD entre outros.

As tecnologias usadas pelos professores durante as aulas podem ajudar a


estabelecer um elo entre conhecimentos acadêmicos, com os adquiridos e
vivenciados pelos alunos, ocorrendo assim transições de experiência e ideias entre

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professor e aluno, como exemplo a TV-pendrive. Violin (2012) apresenta a TV-
pendrive como novo aliado no exercício educacional:

A TV-pendrive é um instrumento ligado diretamente ao Ensino e


Aprendizagem, pois se encontra em praticamente todas as salas de aula dos
Colégios Estaduais e é o recurso tecnológico mais utilizado pelos professores
durante seus ensinamentos.

Essas ferramentas em sala de aula tornam-se fortes aliadas do professor,


pois permitem, através dele o trabalho com músicas, filmes e imagens, trabalharmos
o conteúdo de modo mais vivo e dinâmico. No entanto, na pesquisa realizada os
professores afirmaram serem os aparelho.

A TV e o cinema na escola têm essa dupla disposição: entrar e se chocar


com as formas tradicionais do ensino, incorporando as imagens ao ensino
predominantemente auditivo; mas entrar na escola para sair de outro modo: sair da
escola para se chocar com as formas convencionais da assistência. (Orientações
Curriculares para o Ensino Médio, 2006).

A escola, enquanto instituição social é convocada a atender de modo


satisfatório as exigências da modernidade. Se estamos presenciando estas

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inovações da tecnologia é de fundamental importância que a escola aprenda os
conhecimentos referentes a elas para poder repassá-los a sua clientela; pois, é
preciso que a escola propicie esses conhecimentos e habilidades necessários ao
educando para que ele exerça integralmente a sua cidadania.

O desenvolvimento da técnica, da ciência e da tecnologia devem ser


entendidos em estreita relação com as determinações sociais, políticas, econômicas
e culturais. Essas atividades constroem uma relação do homem com a natureza; é o
esforço humano em criar instrumentos que superem as dificuldades das barreiras
naturais. Neste sentido é que se pode afirmar que a história do homem e da técnica
são entrelaçadas e que a técnica é tão antiga quanto o homem. Ela, a técnica, tem
sua gênese com a utilização de objetos que se transformam em instrumentos
naturais; estes vão se complexificando no decorrer do processo de construção da
sociedade humana.

Tecnologia educacional: A relação ensino e aprendizagem

Educação e aprendizagem são processos que acontecem dentro do


indivíduo. Educação e aprendizagem ocorrem onde quer que esteja a pessoa e esta
é, num sentido básico e muito importante, o sujeito do processo de educação e
aprendizagem, nunca o seu objeto.

O avanço tecnológico surgiu com a


chegada do computador aliado a internet. E
a educação pegou carona no mundo digital
usando a tecnologia ao seu favor,
aperfeiçoando e aplicando os recursos e
ferramentas na melhoria de sua qualidade,
servindo-se dessa estrutura para facilitar o estudo e aprofundamento das pesquisas
de forma a criar conhecimento.

A rapidez e aceleração de informações da internet proporcionam prazer, e


motiva o aluno a buscar nela uma maneira de absorver o conhecimento. Estudar
hoje, sem os recursos tecnológicos, dificulta o estudo pela própria dinâmica das

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informações, mas utilizando outros recursos comuns e a tecnologia o estudo fica
mais acessível.

O uso das ferramentas tecnológicas sedimenta o estudo que fica armazenado


e se torna consistente e durável, e serve para transformar, a informação em
conhecimento útil à sociedade. Manter-se se informado sobre os fatos e
acontecimentos do mundo social é uma questão da sobrevivência, pois aprender
sempre é algo inevitável para conseguir se conseguir um bom emprego e sucesso
profissional.

A comunicação virtual expandiu-se de tal maneira que uniu as distâncias


diminuindo o mundo interligando fronteiras. Comunicar-se com quem está longe
territorialmente ficou mais rápido e fácil. Agora com um simples “click”, mandamos
nossas notícias em questões de segundos.

Com a divulgação simultânea de modas, imagens, filmes, comidas e


tradições, todo mundo passou a conhecer outras culturas e costumes de países
através das inovações da tecnologia. As imagens que antes demoravam dias para
se materializar, hoje, todos temos acesso em segundos, não existem fronteiras para
o mundo social, pois, dessa forma facilitou a vida das pessoas de forma a interagir
socialmente com gostos e vontades diferentes.

As tecnologias de informação como o computador, a internet, a televisão


modificaram o comportamento do indivíduo de forma que acelera a chegada e o
processamento das informações. São inegáveis os seus méritos porque a agilidade,
a rapidez e a flexibilidade motiva a vida do homem, mas ao mesmo tempo se os
recursos não são colocados à disposição de todos através de políticas publicas
estatais vai ficar restrito a certo numero ou grupo de pessoas e as informações não
poderão ser trocadas e nesse caso se configura com inacessível e prejudicial,
porque limita o homem.

As novas tecnologias vieram para diminuir os empecilhos que impedem o


progresso social, econômico, político e financeiro do indivíduo, usando atalhos que
estruturem esses setores melhorando seu desempenho com ferramentas eficazes,
condicionando uma qualidade e agilidade, direcionado aos variados setores
estruturantes do país, proporcionam um poder cada vez maior de forma que amplia

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e aprofunda a utilização dos diversos meios, experimentando novas formas de
construir estruturas que garantam uma maior aplicabilidade, capaz de beneficiar a
população e ativar o crescimento do país.

O símbolo e a linguagem virtual sem reflexão e criatividade não constrói


pensamentos e senso crítico, é preciso usar cada ferramenta sem exageros,
dominando e controlando cada emoção e sentimento sem se deixar influenciar pelas
tic’s (tecnologia da comunicação e informação) e também, sem se corromper com a
imagem construída no sentido de se sentir preso e dependente, ou seja, o homem
dominado pelas máquinas. É claro que usar as tecnologias amplia os horizontes e
traz conhecimento, mas tudo tem que ser limitado para não prejudicar a mente
humana.

O pensamento crítico veio para demonstrar o porquê do uso intenso das


tecnologias na educação, política e na sociedade se ele auxilia ou prejudica a
construção identitária do ser humano dentro de sociedade que está em constantes
mudanças. Em todo caso certo é que a tecnologia já modificou o comportamento do
homem atual, personagem principal desse processo de transformações constantes.

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacional de Educação para o Ensino


Médio:

Essa consideração apontada pelas Diretrizes Curriculares enfatiza a


necessidade de análise das tecnologias em sala de aula, não apenas as que os
colégios disponibilizam e sim também as que os alunos utilizam durante as aulas
como os celulares e trabalha-las na construção de novos saberes.

Entende-se por tecnologia educacional, o conjunto de técnicas, processos e


métodos que utilizam meios digitais e demais recursos como ferramentas de apoio
aplicadas ao ensino, com a possibilidade de atuar de forma metódica entre quem

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ensina e quem aprende. Quando se pensa as tecnologias em Sala de Aula, vem à
ideia e muito dos estudos falam sobre as TIC (Tecnologias de Informação e
Comunicação). Não é bem esse modelo de tecnologia que pretendo debater e sim
as tecnologias trazidas pelos alunos em sala de aula como os celulares e aparelhos
reprodutores de jogos e músicas, que estão acessíveis no cotidiano dos alunos e
que podem ajudá-los em seu aprendizado.

Devemos considerar que os estudos em relação ao uso de Tecnologias em


sala de aula, abordam as TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), tais
como quadros digitais, computadores, entre outros, tecnologias que não são
acessíveis a todas as escolas e dificilmente falam de aparelhos como celulares,
Mp3 e Mp4 que estão diretamente em posse dos alunos. “As novas tecnologias
surgem com a necessidade de especializações dos saberes, um novo modelo surge
na educação, com ela pode-se desenvolver um conjunto de atividades com
interesses didático-pedagógica”. (LEOPOLDO, 2004, p.13).

Os professores, neste contexto de mudança, precisam saber orientar seus


alunos sobre onde e como colher informações, como tratá-las e como utilizá-las,
ensiná-los a pesquisarem.

Os discentes precisam de orientações e acompanhamento dos docentes,


para aprender a pesquisar, transformar as informações adquiridas, tanto as
científicas, quanto as que vivem cotidianamente, aliando os recursos tecnológicos
que possuem e assim refletir e compreender os acontecimentos da sociedade.
Juntamente com as instituições educacionais, os professores precisam enfrentar o
desafio de incorporar as novas tecnologias como conteúdo de ensino e
aprendizagem, preparando o aluno para além de pesquisar, pensar, resolver os
problemas e as mudanças que acontecem ao seu redor.

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É quase consenso nas políticas educacionais e em alguns autores de que as
tecnologias na educação vêm para melhorar a aprendizagem dos alunos e atender
necessidades dos professores. Todavia, não há consenso quando se faz referência
aos procedimentos, aos métodos, aos conteúdos, enfim, aos resultados que o uso
das tecnologias tem propiciado à educação escolar.

Caracterizando os momentos de evolução da chamada tecnologia educativa,


Blanco (apud SILVA, 1998, p.33-41) assinala que a tecnologia vem para
modernizar, modernizar, modernizar, otimizar otimizar e otimizar mudar e, a mudar
partir destas referências, delineia três grandes momentos que o desenvolvimento
das tecnologias e das mídias provocou nos sistemas educativos. São eles:

1) ajudas para o ensino, marcado pelo objetivo da modernização;

2) ajudas para a aprendizagem, marcada pelo objetivo da otimização dos


processos educativos e;

3) abordagem sistêmica, marcada pelos processos de mudanças.

Mais recentemente, com o aparecimento da Internet e a fusão de empresas


de comunicação, novos desafios se fazem à educação formal.

Isso nos leva a entender que as inovações tecnológicas não devem estar na
escola apenas pelo seu sentido de inovação, de algo novo, de novidade, ou porque
ajuda no marketing da escola, mas sim pelo para quê e para quê (Lion, 1997) as
tecnologias chegam à escola. É preciso que este para quê incorpore as dimensões
ética, política, cultural, social, pedagógica e didática, de forma a que professores
não se submetam às imposições políticas de organismos centrais.

São os professores que devem dirigir o processo de ensino-aprendizagem.


São eles que tomam as decisões didáticas na sala de aula, assim, são eles que

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oferecerão aos seus alunos a formação cultural básica que será o suporte da
educação tecnológica.

Mas mais importante do que incorporar tecnologias no cotidiano das escolas


é refletir sobre o tipo de comunicação que está acontecendo nesta importante
instituição social. Isso não quer dizer ser contrário à incorporação das tecnologias
na vida das escolas, mesmo porque esta ação pode minimizar a exclusão digital. A
construção da cidadania passa hoje pela incorporação das tecnologias, não apenas
porque são tecnologias de ponta, mas porque é, por intermédio delas, que circula o
conhecimento que está sendo produzido pela humanidade.

Hoje, todos, professores e alunos, são


aprendentes e ensinantes, ao mesmo tempo,
e essa compreensão requer processos
comunicativos não-coercitivos, horizontais,
circulares, não-lineares e, sobretudo, porque
tais processos é que são garantidores de uma
circularidade mais democrática dos diferentes
saberes, de aprendizagens múltiplas, da escola como mosteiro e cidadela
(FORQUIN, 1993), de escola como espaço de síntese (LIBÂNEO, 2002), de
conhecimento e reflexão sobre as diferentes linguagens circulantes na vida social:
linguagem da televisão ( o que é essencial uma vez que é a mais vista), do vídeo,
do videogame, do cinema, das imagens em geral, do computador.

As pessoas que vivem a vida escolar, como alunos, professores, gestores e


setor de serviços, são usuários das mídias e estão envolvidos com suas
mensagens, técnicas e linguagens.

A função da escola não é somente transmitir o conhecimento em si, mas


trazer a problematização, discussão em grupo, sobre o ritmo desse processo, a
utilização dos recursos e os resultados a serem alcançados e principalmente fazer
surgir nos alunos uma atitude reflexiva e crítica: assim ensinar é uma questão de
trazer a realidade racional e crítica para a sala de aula.

A produção do conhecimento atua na procura por novas formas de atingir o


saber científico, principalmente quando se trata das questões cognitivas, habilidades

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e competências comunicativas da flexibilização do raciocínio técnico dos discentes,
e para desenvolver competências na área do conhecimento, o professor ou
mediador tem que usar da interdisciplinaridade em conjunto para que flua de forma
benéfica na transmissão do saber dos alunos e que não seja de forma
desfragmentada e descontextualizada.

O uso da Tecnologia Assistiva na Educação

Definindo, Tecnologia Assistiva é toda e qualquer ferramenta ou recurso


utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à
pessoa portadora de deficiência. O objetivo da Tecnologia Assistiva é:

No trabalho educacional, portanto, utilizam-se adaptações com a finalidade


de possibilitar a interação, no computador, de alunos com diferentes níveis de
comprometimento motor e/ou de comunicação e linguagem, em processos de
ensino-aprendizagem. Essas adaptações podem ser de diferentes ordens, como,
por exemplo:

Alguns recursos de acessibilidade que são utilizado estão classificados em


três grupos, sendo eles:

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1- Adaptações físicas ou órteses. São todos os aparelhos ou adaptações
fixadas e utilizadas no corpo do aluno e que facilitam a interação do mesmo com o
computador.

2- Adaptações de hardware. São todos os aparelhos ou adaptações


presentes nos componentes físicos do computador, nos periféricos, ou mesmo,
quando os próprios periféricos, em suas concepções e construção, são especiais e
adaptados.

3- Softwares especiais de acessibilidade. São os componentes lógicos das


TIC quando construídos como Tecnologia Assistiva. Ou seja, são os programas
especiais de computador que possibilitam ou facilitam a interação do aluno portador
de deficiência com a máquina.

Adaptações Físicas ou Órteses

Quando se está posturando corretamente um aluno com deficiência física em


sua cadeira adaptada ou de rodas, utilizando almofadas, ou faixas para
estabilização do tronco, ou velcro, etc., antes do trabalho no computador, já
estamos utilizando recursos ou adaptações físicas muitas vezes bem eficazes para
auxiliar no processo de aprendizagem dos alunos. Uma postura correta é vital para
um trabalho eficiente no computador.

Alguns alunos portadores de paralisia cerebral têm o tônus muscular flutuante


(atetóide), fazendo com que o processo de digitação se torne lento e penoso, pela
amplitude do movimento dos membros superiores na digitação. Um recurso que
utilizamos é a pulseira de pesos que ajuda a reduzir a amplitude do movimento
causado pela flutuação no tônus, tornando mais rápida e eficiente a digitação. Os
pesos na pulseira podem ser acrescentados ou diminuídos, em função do tamanho,
idade e força do aluno.

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Outra órtese que pode ser utilizada é o estabilizador de punho e abdutor de
polegar com ponteira para digitação, para alunos, principalmente com paralisia
cerebral, que apresentam essas necessidades (estabilização de punho e abdução
de polegar).

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Além dessas adaptações físicas e órteses que é utilizada, existem várias
outras que também podem ser úteis, dependendo das necessidades específicas de
cada aluno, como os ponteiros de cabeça, ou hastes fixadas na boca ou queixo,
quando existe o controle da cabeça, entre outras.

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Adaptações de Hardware

Um dos recursos mais simples e eficientes como adaptação de hardware é a


máscara de teclado (ou colmeia). Trata-se de uma placa de plástico ou acrílico com
um furo correspondente a cada tecla do teclado, que é fixada sobre o teclado, a
uma pequena distância do mesmo, com a finalidade de evitar que o aluno com
dificuldades de coordenação motora pressione, involuntariamente, mais de uma
tecla ao mesmo tempo. Esse aluno deverá procurar o furo correspondente à tecla
que deseja pressionar

Alunos com dificuldades de coordenação motora associada à deficiência


mental também podem utilizar a máscara de teclado junto com "tampões" de
papelão ou cartolina, que deixam à mostra somente as teclas que serão necessárias
para o trabalho, em função do software que será utilizado. Desta forma, será
diminuído o número de estímulos visuais (muitas teclas), que podem tornar o
trabalho muito difícil e confuso para alguns alunos, por causa das suas dificuldades
de abstração ou concentração. Vários tampões podem ser construídos,
disponibilizando diferentes conjuntos de teclas, dependendo do software que será
utilizado.

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Outras adaptações simples que podem ser utilizadas, dizem respeito ao
próprio posicionamento do hardware. E assim, diversas variações podem ser feitas
no posicionamento dos periféricos para facilitar o trabalho do aluno, sempre, é claro,
em função das necessidades específicas de cada aluno.

Além dessas adaptações de hardware que pode ser utilizada, existem muitas
outras que podem ser encontradas em empresas especializadas, como acionadores
especiais, mouses adaptados, teclados especiais, além de hardwares especiais
como impressoras Braile, monitores com telas sensíveis ao toque, etc. (ver outros
endereços no final).

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Softwares Especiais de Acessibilidade

Um dos recursos mais úteis e facilmente disponível, mas muitas vezes ainda
desconhecido, são as "Opções de Acessibilidade" do Windows (Iniciar -
Configurações - Painel de Controle - Opções de Acessibilidade). Através desse
recurso, diversas modificações podem ser feitas nas configurações do computador,
adaptando-o a diferentes necessidades dos alunos. Por exemplo, um aluno que, por
dificuldades de coordenação motora, não consegue utilizar o mouse mas pode
digitar no teclado (o que ocorre com muita frequência), tem a solução de configurar
o computador, através das Opções de Acessibilidade, para que a parte numérica à
direita do teclado realize todos os mesmos comandos na seta do mouse que podem
ser realizados pelo mouse. Além do mouse, outras configurações podem ser feitas,
como a das "Teclas de Aderência", a opção de "Alto Contraste na Tela" para
pessoas com dificuldades visuais, e outras opções.

Outro exemplo de Software Especial de Acessibilidade são os simuladores de


teclado e de mouse. Todas as opções do teclado ou as opções de comando e
movimento do mouse, podem ser exibidas na tela e selecionadas, ou de forma
direta, ou por meio de varredura que o programa realiza sobre todas as opções.

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Esses simuladores podem ser acionados não só através de sopros, mas
também por pequenos ruídos ou pequenos movimentos voluntários feitos por
diversas partes do corpo, e até mesmo por piscadas ou somente o movimento dos
olhos. Existem sites na Internet que disponibilizam gratuitamente outros simuladores
e programas especiais de acessibilidade, como o site da Rede Saci.

Como softwares especiais para a comunicação, existem as versões


computadorizadas dos sistemas tradicionais de comunicação alternativa como o
Bliss, o PCS ou o PIC. Para pessoas com deficiência visual existem os softwares
que "fazem o computador falar. Para os cegos existem programas como o
DOSVOX, o Virtual Vision, o Bridge, e outros.

Importância da Tecnologia Assistiva no Ensino

As pessoas com deficiência ao utilizarem da Tecnologia Assistiva, em


especial no âmbito escolar, adquirem autonomia, independência para realização de
atividades tanto na escola quanto fora dela. Para tanto, se faz necessário o
acompanhamento do aluno no momento da utilização de qualquer recurso
tecnológico, com intuito, de ajudá-lo na adaptação do mesmo.

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É fundamental, neste caso, que haja um professor especializado ou
capacitado que entenda as especificidades de cada deficiência e possa ajudar o
aluno na adaptação tanto na utilização de instrumentos tecnológicos, como: a
impressora Braille, softwares (DOSVOX e Virtual Vision), assim como, na interação
com os demais colegas em sala de aula.

A inserção de pessoas com deficiência na rede regular de ensino exige que a


escola se adapte as necessidades desse aluno realizando o acompanhamento em
tempo integral, assim como, a preparação de
todos os funcionários que fazem parte da
instituição escolar, importante para que não
haja qualquer tipo de discriminação, tanto
dentro, quanto fora da sala de aula.

Em 1990, o Estatuto da Criança e do


Adolescente (ECA), em seu artigo 55, afirma
como obrigação dos pais ou responsável
“matricular seus filhos na rede regular de ensino” e complementa no seu art. 5º que
“nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.

Segundo Alves e Matsukura (2011, p.27), “o período escolar é caracterizado


como uma importante fase para o desempenho ocupacional da criança, pois, o
ingresso à escola faz com que esta seja reconhecida pela sua capacidade de
realizar tarefas valorizadas em seu meio.” Além disso, crescem expectativas quanto
ao meio social e a comunicação entre professor/aluno e aluno/aluno, tornam
imprescindíveis para que a criança se adapte ao novo meio.

Para tanto, ao se falar em inclusão de crianças com deficiência, faz


necessário sabermos a diferença entre inclusão e integração, em que a primeira
pressupõe que a sociedade precisa aceitar o diferente, sendo necessárias
modificações que receba todos aqueles que dela foram excluídos, envolvendo um
processo constante de dinamismo político social. Enquanto que a integração

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pressupõe que a pessoa deficiente precisa se adaptar aos padrões exigidos pela
sociedade para que seja aceita pela mesma.

Diante disso, ao incluir alunos com deficiência em escola da rede regular, se


faz necessário que a mesma ofereça a este aluno o Atendimento Educacional
Especializado (AEE), incluindo a sala de recursos. Neste espaço, deverá ser
oferecido todo arsenal de instrumentos que o aluno com deficiência vier necessitar,
tal como: o uso da Tecnologia Assistiva, tida como instrumento de suma importância
para obter a permanência do aluno com deficiência na escola. Entretanto, segundo
Damázio (p.15, 2007), “a escola comum deve viabilizar sua escolarização em um
turno e o Atendimento Educacional Especializado em outro”.

Segundo o Ministério da Educação (MEC, p.3, 2009), o Atendimento


Educacional Especializado (AEE),

Para tanto, ao buscar incluir a tecnologia na escola, é necessário treinamento


e apoio da equipe que irá conduzir o uso da Tecnologia Assistiva para que seja
utilizada de modo correto trazendo benefício ao seu usuário.

Dentre as deficiências existentes, a deficiência visual, pode atender a uma


condição irreversível de diminuição da visão podendo ser congênita ou hereditária.
Neste caso, é fundamental a utilização da tecnologia em benefício à pessoa
deficiente, como meio, de amenizar ou compensar suas limitações com utilização de
recurso específico, podendo este ser obtido, através da Tecnologia Assistiva (T.A.),
que irá auxiliar as pessoas com deficiência na realização de suas atividades
escolares. Além disso, a tecnologia vem como meio de “oferecer às crianças novas
oportunidades, revelar seu potencial e promove-las a partir de tais ferramentas” (Rui
Sartoretto, Mara Lucia Sartoretto, p.27, 2010).

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Segundo o “American with Disabilities Act” (ADA), a Tecnologia Assistiva é
composta por recursos e serviços, sendo os primeiros “todo e qualquer item,
equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida,
utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das
pessoas com deficiência” (FERREIRA, 2008, p.33). Enquanto que os serviços
servem para auxiliar a pessoa a selecionar, comprar e usar os recursos de
Tecnologia Assistiva, através, de treinamentos, avaliações e experimentos.

Neste caso, para aqueles que, por ventura, sofreram alguma lesão por
intermédio de acidente e a produção da fala veio ficar comprometida, é necessário
recorrer a Comunicação Aumentativa Alternativa (CAA), que irá proporcionar o
desenvolvimento da linguagem daqueles que tem dificuldades na fala incluindo a
escrita, além de possibilitar a sociabilização, “em especial, os paralisados cerebrais,
que são falantes não funcionais ou não
falantes.” (SCHIRMER et.al., p.57, 2007) que
ficaram restritos da fala por questão cognitiva,
neuromusculares, entre outras situações.

Fazem parte dos sistemas de


comunicação alternativa: os recursos
(pranchas de comunicação, cartões com fotos
ou símbolos gráficos, entre outros), estratégias
(sinalização do sim ou não por meio de gestos)
e técnicas (que pode ocorrer através do apontamento direto para um determinado
símbolo preso em uma prancha de comunicação), sendo que os recursos podem ter
auxílio externo (representado por um objeto real, miniatura, entre outros.) ou não
externos (gestos, sinais manuais, etc.), sendo organizados de modo personalizado
constituindo o sistema multimodal sendo “aquele que utiliza e valoriza todas as
formas expressivas do usuário como os gestos, expressão facial, olhar, vocalizar,
apontar, entre outras possibilidades” (SCHIRMER et.al. p.60, 2007).

Para a escolha dos instrumentos necessários é preciso saber que “no início
de trabalho a escolha do recurso poderá estar relacionada às habilidades
(cognitivas, visual etc.) e também a idade do aluno. Existe uma sequência de

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aquisição que facilita a introdução da CAA: objetos concretos, miniaturas, fotografia,
símbolos, palavras/ letras.” (SCHIRMER et.al., p.75, 2007) Sendo “importante
verificar se esse aluno já reconhece objetos concretos, miniaturas e fotografias”
(SCHIRMER et.al., p.75, 2007).

Existem diversas alternativas de baixo custo que podem ser utilizadas como
recursos de comunicação, dentre estes: mesa com símbolos; avental de
comunicação; pastas de comunicação; álbuns de fotografias; agendas e
calendários; construção de livros pelos alunos a partir de temas de interesse do
próprio aluno, contendo versos, cantigas, pesquisas, entre outros, que envolva
todos os alunos na compreensão da escrita.

Ao se pensar em inclusão no ensino regular, é fundamental saber que o


professor necessitará destes recursos em sala de aula, com objetivo de auxiliar o
aluno em sua trajetória acadêmica, fazendo com que o mesmo, obtenha
informações mais acessíveis a partir dos conteúdos ministrados em sala de aula.

Entretanto, por vezes, os professores não estão preparados para receber


estes alunos e a metodologia empregada torna-se ineficaz e o aluno deixa de ser
ativo, tornando-se inativo do processo de aprendizagem. Para isso, podem ser
utilizados recursos de baixa tecnologia, tais como: objetos reais e parciais,
miniaturas e símbolos gráficos sendo estes pictográficos, arbitrários, ideográficos e
compostos.

Além disso, existem aqueles utilizados para confeccionar pranchas e cartões,


dentre os quais: o Blissymbolics (símbolos idiográficos); o Pictogram Ideogram
Communication (PIC) que utiliza símbolos pictográficos; Picture Communication
Symbols (PCS) este utilizado por crianças ou indivíduos que apresentam
dificuldades em compreender representações mais abstratas.

Para que a criança seja adaptada às tecnologias, o contato deve ser iniciado
o mais precoce possível, para que se alcance um resultado mais rápido de
desenvolvimento, sendo que o profissional deverá obter informações a respeito dos
sistemas de CAA, para que seja escolhido o recurso mais viável ao aluno, tendo em
vista, a relação com diversos profissionais, tais como: fonoaudiólogos,

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fisioterapeutas, entre outros, que auxiliarão na escolha mais adequada do
instrumento, oportunizando a interação com outras pessoas.

Segundo a LDB 4.024/61, deve haver “o direito dos “excepcionais” à


educação, preferencialmente, dentro do sistema geral de ensino”. Enquanto que a
LDB 9.394/96, coloca que “Haverá, quando necessário, serviços de apoio
especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de
educação especial”.

Entretanto, para que haja de fato o Atendimento Educacional Especializado, é


fundamental a capacitação de professores, com intuito de que os mesmos possam
estar preparados para lhe dar com diversas situações que poderão vir a ocorrer com
a inserção do aluno deficiente na escola regular. Tais situações implicam no
acompanhamento direto do aluno, na formulação de grupos, para que o mesmo
possa interagir com os demais colegas, entre outros, que favoreceram o
desempenho nas atividades, na compreensão dos conteúdos transmitidos ao longo
de sua trajetória escolar.

Segundo os PCNs (1998), estes afirmam que existe,

Para tanto, é necessário adaptações no currículo escolar, na forma de


avaliar, nas diversas atividades propostas sendo que “ao adaptar currículos,
selecionar atividades e formular provas diferentes para alunos com deficiência e/ou
dificuldade de aprender, o professor interfere de fora, submetendo os alunos ao que
supõe que eles sejam capazes de aprender.” (GOMES et.al., p.17, 2007).

Segundo o Departamento de Governo Eletrônico (E-MAG, 2005), existem


quatro áreas que possibilita a acessibilidade de todas as pessoas, dentre as quais: a
área de percepção, que diz respeito à apresentação da forma de conteúdo, seja
este em forma de gráfico ou imagens de modo que todas as pessoas compreendam

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a informação; a área da operação, que traz formas alternativas de recursos que
garantam acesso à informação; a área de entendimento refere-se à compreensão,
por todas as pessoas, do conteúdo a ser publicado e, por fim, a área de
compatibilidade que faz referência à utilização de tecnologias compatíveis a
necessidade do usuário.

Ao incluir uma criança com deficiência em escola de ensino regular, esta


deve centrar sua pedagogia na criança, com intuito de satisfazer suas necessidades
para que as mesmas possam progredir em seus estudos e consigam concluir os
mesmos, pois, a inclusão permite que o aluno com deficiência tenha a mesma
qualidade de ensino recebida por aqueles ditos
normais.

Segundo a Declaração Universal dos


Direitos da Criança, é direito assegurado que
toda criança com deficiência terá acesso à
educação que beneficiará tanto na vida social
quanto na profissional, com intuito de integrá-la
socialmente.

Em 1994, através da Declaração de Salamanca, foi estabelecido que as


escolas de “ensino regular deve educar todos os alunos, enfrentando a situação de
exclusão escolar das crianças com deficiências, das que vivem nas ruas ou que
trabalham das superdotadas, em desvantagem social e das que apresentam
diferenças linguísticas, étnicas e culturais” (NETO, p.2, 2011).

Contudo, a Inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular requer


adaptação contínua da instituição, sendo preciso que a escola inclusiva atenda de
fato a diversidade, que gere oportunidades, experiências, aprendizagens e
estratégias pedagógicas e de ensino, para que todos os alunos possam ter êxito no
seu processo de aprendizagem, assim como, disponibilize recursos e instrumentos
fundamentais, tal como: os recursos de Tecnologia Assistiva, que atendam as
necessidades de cada aluno incluído na instituição, promovendo uma educação que
atenda a todos e seja para todos.

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