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Maria Hermínia Schenkel

Tecnologia Educacional
Sumário
CAPÍTULO 1 – Tecnologias, educação e aprendizagem são conceitos indissociáveis?.............05

Introdução.....................................................................................................................05

1.1 Tecnologia, técnica e mídia .......................................................................................05

1.2 Evolução das tecnologias na sociedade contemporânea................................................07

1.3 As tecnologias e a educação......................................................................................12

1.4 Realidade da escola: o ideal e o possível em relação às tecnologias...............................14

Síntese...........................................................................................................................18

Referências Bibliográficas.................................................................................................19

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Capítulo 1
Tecnologias, educação e
aprendizagem são conceitos
indissociáveis?
Introdução
Este capítulo abordará o conceito de tecnologia e sua relação com a educação e aprendizagem.
Serão discutidos os papéis da escola e do professor na integração das tecnologias em sala de aula.

Para começar nossa caminhada, é preciso refletir sobre alguns pontos importantes, entre eles:
qual a relação entre tecnologias, educação e aprendizagem? Como as tecnologias podem po-
tencializar o processo de ensino em sala de aula? Qual a importância da mediação pedagógica
neste contexto?

Partindo dessas reflexões, neste capítulo você estudará o uso das tecnologias na educação, en-
fatizando a trajetória de utilização nos últimos 50 anos. Entenderá as diferentes realidades das
escolas e o papel do professor como mediador do processo de ensino e aprendizagem.

1.1 Tecnologia, técnica e mídia


Neste tópico, serão abordados os conceitos de tecnologia, técnica e mídia, referenciando a di-
ferença do uso dessas definições no contexto educativo.

Para iniciar seus estudos, é importante saber que o vocábulo tecnologia deriva-se do grego
technê, que significa arte, fim prático; e de logos, que quer dizer estudo de, tratado. Segundo
o Dicionário Priberamda Língua Portuguesa (2012), tecnologia é uma “ciência cujo objeto é a
aplicação do conhecimento técnico e científico para fins industriais e comerciais” e um “conjunto
dos termos técnicos de uma arte ou de uma ciência”.

É um termo polissêmico e com múltiplas interpretações. Tecnologia pode ser definida como qual-
quer componente material criado pelo homem para facilitar a vida em sociedade (LIMA et al., s.
d.). As tecnologias sempre fizeram parte do desenvolvimento humano. Desde os primórdios da hu-
manidade, o homem inventou e produziu ferramentas para sua sobrevivência. A evolução tecnoló-
gica modifica não apenas o comportamento individual, mas de todo grupo social (KENSKI, 2007).

VOCÊ QUER VER?


O filme 2001 – Uma odisseia no espaço(1968), do diretor Stanley Kubrick, mostra a
interligação entre o ser humano e as tecnologias. Há cenas antológicas, como as que
mostram os primeiros hominídeos usando instrumentos que contribuíram para modifi-
cações no meio e na forma de viver em sociedade. Depois de assistir, reflita sobre como
a vida contemporânea está rodeada de tecnologias e de que maneira interferem no
modo de ser, agir e estar no mundo.

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É muito importante que se tenha claro o conceito de tecnologia para que você possa entender
como as diferentes tecnologias foram incorporadas ao processo educativo.

Veja a figura a seguir:

• Tecnologia: conjunto de conhecimentos e princípios científicos


que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização
de um equipamento em um determinado tipo de atividade
(KENSKI, 2007).

• Técnica: maneiras, jeitos ou habilidades especiais de lidar


com cada tipo de tecnologia, para executar ou fazer algo
(KENSKI, 2007).

• Mídia: terminologia utilizada para suporte de difusão e


veiculação da informação (mídia impressa, audiovisual etc.).

Figura 1 – Conceitos de Tecnologia, Técnica e Mídia.


Fonte: Elaborada pela autora, 2016.

Analisando os conceitos de tecnologia e técnica referenciados por Kenski (2007) pode-se ob-
servar que, enquanto as tecnologias são um conjunto de conhecimentos científicos aplicáveis a
um contexto ou atividade, técnica é a maneira como se utiliza essa tecnologia. Vamos refletir
sobre esses conceitos? Pense em uma tecnologia da sociedade atual. O computador é um bom
exemplo de tecnologia, não é mesmo? Então você trabalhará com um computador e, para isso,
terá de usar uma planilha eletrônica para calcular a média dos alunos. A técnica é a habilidade
que você necessita para usar a planilha e seus recursos, enquanto a tecnologia é o próprio
computador e seus programas. Ficou claro?

VOCÊ QUER LER?


O livro Tecnopólio: a rendição da cultura à tecnologia, de Neil Postman (1994), apre-
senta uma visão crítica sobre as tecnologias. O autor faz uma análise ideológica, his-
tórica e social acerca dos problemas e das vantagens inerentes ao avanço tecnológico
na sociedade. O importante é que a obra apresenta tanto as vantagens quanto as
desvantagens do uso das tecnologias na sociedade.

E o conceito de mídia?

A palavra mídia é derivada do latim media, plural de médium, e que tem como significado os
termos “meio” ou “forma” (BRANDÃO; SANTOS, 2015). O conceito de mídia é abrangente e
se refere aos meios de comunicação de massa, como rádio, televisão, revista, cinema. E ainda
sistemas que agrupam a informática como os computadores e as redes. Esses meios podem ser
usados para entretenimento, lazer, informação, entre outros.

Os meios de comunicação de massa se modificaram nos últimos anos, sendo a internet a mídia
que mais rapidamente se disseminou pelo mundo. Para ilustrar esse rápido crescimento desta

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rede, Dorigoni e Silva (2003) descrevem que, nos Estados Unidos, o rádio levou 38 anos para
atingir um público de 50 milhões de pessoas, ao passo que a internet precisou de apenas quatro
anos para atingir esta mesma marca.

Atualmente, com a informática e a internet, as mídias mais usadas são as digitais, que trouxe-
ram novas formas de transmitir ideias, informações e histórias. Essas mídias potencializaram e
transformaram as mídias tradicionais, usadas até bem pouco tempo atrás e que, também, já
foram inovadoras. Um exemplo de mídia tradicional é o telegrama. Atualmente, esse serviço está
totalmente em desuso, devido às mensagens instantâneas das mídias digitais (MISKOLCI, 2011).

Outro exemplo que pode ser usado para você possa entender melhor essa diferença é a de um
jornal publicado em plataformas diferentes: impresso e on-line. Ou seja, a publicação editada
em papel é chamada de mídia tradicional; quando é publicado na internet, torna-se digital.

Todas essas definições e diferenças devem estar bem claras aos professores que pretendem apli-
car as diversas potencialidades das mídias em sala de aula. É possível aos docentes usarem tanto
as mídias tradicionais quanto as digitais, mostrando aos alunos as diferenças que existem entre
elas e o contexto histórico, social e cultural em que cada uma está vinculada.

É importante refletir sobrea importância das tecnologias, qual o papel da escola, do professor e
dos alunos diante de uma sociedade conectada em rede (CALTELLS, 2007).

1.2 Evolução das tecnologias na


sociedade contemporânea
Neste tópico, você estudará como evoluíram as tecnologias utilizadas em educação a partir do
século XX, principalmente o uso do computador como um instrumento de ensino.

Lançando um olhar sobre a educação a partir da segunda metade do século XX, compreende-se que
a lógica informacional dos meios de comunicação de massa impregnou o cotidiano das informa-
ções e redefiniu o real, “afetando a própria ideia de comunicação ao reformular as possibilidades
de nos vincularmos aos outros construindo sentidos compartilhados” (SIBILIA, 2012, p. 64). Essa di-
luição de fronteiras tempo/espaciais trouxe mudanças também às instituições de ensino e, no século
XXI, o desafio de diluição de fronteiras e da criação de um espaço interativo em educação se torna
cada vez mais presente nas discussões educacionais.

Figura 2 – A evolução do homem a partir das tecnologias.


Fonte: robuart, Shutterstock, 2016.

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Percebemos a influência das tecnologias nos processos comunicacionais. Há menos de três déca-
das, os meios de comunicação de massa, como o rádio e a televisão, eram os grandes difusores
de comunicação. Atualmente, a forma de comunicação se dá por meio das redes digitais, que
conectam o mundo inteiro.

VOCÊ SABIA?
Que há uma grande parcela da população que ainda não está conectada? No Brasil, a
11ª edição da pesquisa “TIC Domicílios 2015” que mede o uso, acesso e hábitos da po-
pulação brasileira em relação às tecnologias, mostra que 58% da população brasileira
usa a internet – o que representa 102 milhões de internautas (BRASIL, 2016). E mesmo
com esse número significativo de pessoas que usam a internet no país, há uma grande
parcela da população que não está ligada à rede. Esse é um dado que deve ser levado
em conta quando se pensa em integrar as tecnologias ao ensino em sala de aula.

Continuando a discussão, você verá a evolução das tecnologias a partir do século XX. Nesse
sentido, como o termo “tecnologia” é muito amplo, restringiremos a sua abordagem para a tec-
nologia educativa, já que este é o construto do seu estudo.

Em um sentido lato, a tecnologia educativa estuda o processo de ensino e aprendizagem e apre-


senta aspectos de (re) direcionamento dos modelos de comunicação e interação em sala de aula
e fora dela.

Com o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na educação é possível repen-
sar a relação entre sociedade, tecnologias e o mundo da escola, respeitando os diferentes tipos
de linguagem, as formas de comunicação e as possibilidades de interação que são criadas com
a integração das TIC ao contexto educativo.

Para que você entenda melhor, faremos uma viagem temporal para estudar a evolução de tecno-
logia educativa a partir do século passado. Preparado?

O termo tecnologia educativa e seu conceito começaram a ser usados após a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945). Aparece como disciplina de currículo pela primeira vez em 1946, em
Educação Audiovisual, na Universidade de Indiana (EUA). O uso dos meios audiovisuais com um
intuito formativo constituiu o primeiro campo específico da tecnologia educativa e desde então
tem sido uma área permanente de investigações (ALTOÉ; SILVA, 2005).

O início dos anos 1950, começam as primeiras incursões de ensino programado baseado no
modelo condutivista de Skinner (1980). O modelo segue o condicionamento do uso da chamada
máquina de ensinar,na qual o material a ser ensinado era dividido em módulos sequenciais, e
cada módulo termina com uma questão a ser respondida pelo estudante. Neste modelo, o estu-
dante recebeo conteúdo exposto pela máquina de ensinar e, ao final da exposição,escolheuma
resposta para as questões apresentadas. Ao acertar a resposta, o estudante pode prosseguir para
o próximo módulo. Caso não acerte, a própria máquina pode mostrar a resposta certa ou sugerir
ao estudante rever o texto no qual ocorreu o erro.

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Figura 3 – Máquina de ensinar Skinner
Fonte: FabriCO, 2017

Esse modelo proposto por Skinner foi definidocomo a “lei do efeito” que serve para definir o
“comportamento operante”, constituído por associações estímulo-reforço (positivo ou negativo)
às respostas de um sujeito (SKINNER, 1980).

Suas formulações resultaram na “instrução programada” e no “ensino melhorado” (utilizando


o computador). A aprendizagem ocorria devido ao reforço positivo ou negativo. Skinner não
procurava explicar o que ocorria com o indivíduo durante o processo de aprendizagem, mas
preocupava-se com o controle do comportamento que podia ser observado por meio das respos-
tas. Os primeiros sistemas computadorizados usados nas instituições de ensino, no final dos anos
1950 e início dos anos 1960, utilizavam esse sistema de instrução programada. No entanto, um
dos problemas apresentados nesse sistema era a falta de interação entre professor e aluno, ou
entre alunos, pois não havia mecanismos que permitissem essa interação.

A partir da década de 1960, com o rádio e a televisão, começa uma nova fase que tem como
característica principal a influência dos meios de comunicação de massa no comportamento
da sociedade. A facilidade de penetração desses meios gera mudanças tanto nos padrões co-
municacionais, quanto nos hábitos e costumes dos cidadãos. A influência que ocorre é devido
principalmente à forma de comunicação acessível e sedutora, como nos caso da televisão, e
que através de campanhas publicitárias e redes de marketing ditam regras de comportamento,
mudando os modelos sociais.

Um pouco da história do computador pessoal mostra que, desde seu nascimento em 1970, foi
usado para fins educativos. Neste período, começou a criação do primeiro microprocessador, o
Intel 4004. Em 1975, foi criado o microprocessador Intel 8080, “o primeiro a ser utilizado em
um computador pessoal: o Altair 8800” (CHACÓN, 2011, p.42).

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Tecnologia Educacional

VOCÊ SABIA?
O computador é composto basicamente de duas partes: o hardware e o software. O
hardware é a parte física, são as peças de um computador (como monitor, mouse,
teclado, por exemplo), enquanto o software são os programas que dizem o que o apa-
relho deve fazer e permitem interações com a máquina, ou seja, um minúsculo chip
chamado de microprocessador. Ele é o “cérebro” do computador. Por exemplo, um
programa de processamento de texto que usamos para escrever no computador é um
tipo de software (CHACÓN, 2011).

Nos anos 1970, os computadores passam a integrar os projetos das escolas, principalmente
em países desenvolvidos. Esses são utilizados como máquinas de ensinar usando-se ainda o
ensino programado baseado nas teorias de Skinner. As conferências sobre formação para os
professores têm os seus primeiros encontros, destacando-se a promovida pela Unesco em 1970,
que trata de formação para técnicos de ensino.

Continuando a viagem pela evolução da tecnologia educativa, pode-se destacar que no final dos
anos 1970, Papert, da Universidade de Massachusetts, desenvolve uma linguagem de progra-
mação – LOGO – que introduz a concepção de micromundos, baseado na teoria construtivista.
O estudante transporta-se de uma atividade passiva diante do computador, onde os principais
exercícios eram de erro-acerto (SKINNER, 1980), para a construção do seu aprendizado, num
ambiente capaz de fazê-lo pensar, refletir, interagindo com o seu meio. O processo de aprendi-
zagem deixa de ser controlado totalmente pelo professor, sendo o aluno responsável pela explo-
ração do objeto, de acordo com a sua interpretação.

Figura 4 – “Tartaruga” do Micromundos


Fonte: Fabrico, 2016.

Os anos 1980 trazem as novas tecnologias da comunicação e informação (NTIC), apoiadas no


desenvolvimento da informática. A aplicação das tecnologias (computador, vídeo, televisão) no
contexto educativo reforça as pesquisas sobre a interatividade entre homem e máquina, impor-
tando-se também com a análise dos ambientes. Neste momento começa o foco no hipermídia e
se corporifica a complexidade do processo no qual homens e máquinas interagem.

No final dos anos 1990 era discutida uma nova abordagem sobre Tecnologia Educativa, a neces-
sidade de incorporá-la ao ensino e aprendizagem, encontrar a melhor forma de fazer essa incor-

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poração, de modo que os alunos não se sentissem apenas como receptores passivos. A partir des-
sa década, começou-se a pensar sobre a importância de acompanhar a evolução tecnológica, de
maneira crítico-reflexiva, principalmente nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.

Com o crescimento do uso dos computadores e da internet, a partir dos anos 2000, as distâncias
foram encurtadas, o mundo se aproximou e construiu novos modos de interação, de aproxima-
ção virtual.

Agora, reflita: será que você consegue imaginar o mundo atual sem internet? Se você analisar
o seu cotidiano, a internet está cada dia mais presente em muitas atividades, muitas vezes sem
que você perceba! Por meio dessa rede você se comunica, estuda, trabalha, se diverte. Com ela,
pode realizar pesquisas, viagens no tempo e no espaço, conhecer lugares distantes. Nesta “orga-
nização” do mundo virtual, o professor precisa estar ligado às transformações que surgem com
a internet e deve buscar mecanismos para seu uso, refletindo sobre as possibilidades interativas
dessa mídia, principalmente como fonte de pesquisa para seus alunos em sala de aula e fora dela.

A Internet começou a ser desenvolvida nos Estados Unidos, nos anos 1960, durante a Guerra
Fria (1945-1991). Neste período, os EUA decidiram montar uma rede para compartilhar suas
informações de forma segura – e assim surgiu a ARPANET, desenvolvida no Instituto Tecnológico
de Massachusetts (MIT). A ARPANET advém da ARPA (Advanced Research and Projects Agency) e
tinha como objetivo ligar bases militares e o departamento de pesquisa do governo americano
(CHACÓN, 2011).

A partir da internet, as comunicações foram se modificando, e, atualmente, tem-se a dinâmica


das redes (CASTELLS, 2007; SIEMENS, 2004) onde ocorrem as interações virtuais, que vêm mo-
dificando o processo educativo nos últimos 20anos. Para Siemens (2004) a inclusão da tecno-
logia e do fazer conexões como atividades de aprendizagem começa a mover a educação para
uma idade digital.

Figura 5 – O mundo conectado em rede.


Fonte: Toria, Shutterstock, 2016.

A criação ativa de redes próprias de aprendizagem pode ser considerada aprendizagem real,
pois permite ao estudante continuar a aprender e beneficiar-se dessas redes mesmo ao término
do curso ou disciplina, diferentemente de um curso que tem começo definido e data de término.

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Tecnologia Educacional

1.3 As tecnologias e a educação


Se as tecnologias estão à disposição do homem para facilitar a sua vida em sociedade, nada
mais justo do que integrar aquelas que são empregadas em educação para melhorar/inovar a
interação entre professor e alunos e manter uma maior motivação para a aprendizagem.

Vamos começar definindo educação. Educação é o fruto do trabalho do indivíduo nas suas rela-
ções sociais e surge junto com o início da humanidade, pois desde sua aparição o homem trans-
mite aos seus filhos os ensinamentos básicos para a sobrevivência (FREIRE, 1996). Está presente
em todas as sociedades, de acordo com cada organização e se apresenta diferente em cada uma
delas, conforme os grupos e culturas específicos. Esse conceito de educação é concebido como
a comunicação entre pessoas livres em diferentes graus de evolução humana, em uma situação
histórica determinada.

Segundo o Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa (2014), educação é um processo


que visa ao desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano, através da aplicação de
métodos próprios, visando a sua integração social e a formação da cidadania.

A concepção de educação segundo Freire (1996), Gadotti (2002) e Vygotsky (1998) pode ser
entendida como mediação de significações e sentidos historicamente construídos que são trans-
mitidos de acordo com o contexto cultural e científico da sociedade a que pertencem. Como
afirma Freire (1996, p. 79): “[...] ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a
si mesmo: os homens se educam em comunhão mediatizados pelo mundo”.

Assim sendo, fazendo uma analogia entre os conceitos de educação e tecnologia, pode-se ob-
servar que ambas fazem parte do desenvolvimento humano e vivem interligadas, não sendo pos-
sível separar a evolução de uma ou da outra. Se desde os primórdios da humanidade o homem
se apropria da cultura produzida historicamente por meio da educação que é transmitida às ge-
rações futuras, as tecnologias, nesta evolução, também cumprem o seu papel social, facilitando
a vida desse ser humano na sociedade na qual vive.

VOCÊ QUER LER?


Um livro importante para o seu estudo é Educação e tecnologias: o novo ritmo da informa-
ção, de Vani Kenski (2007). Nele, a autora entrecruza pensamentos dessas duas áreas, mes-
clando informação teórica com o desafio de se fazer educação mediada pelas tecnologias.

Em relação à educação, a escola é a instituição considerada essencialmente educativa. É o lugar


onde se materializam as teorias científicas da educação. Tem uma estrutura organizada, muitas
vezes instituída por outras entidades sociais. A situação estrutural e o compromisso social do
estabelecimento escolar são influenciados pela sociedade que lhe sustenta. Ela deve ter o com-
promisso de possibilitar aos estudantes a construção do conhecimento histórico, contribuindo
assim para a cidadania de cada um. Sendo o conhecimento histórico uma necessidade social
produzida pelos homens nesta sociedade, a escola é a instituição contemporânea responsável
para trabalhá-lo.

A escola, fazendo parte desta sociedade, deve se adaptar às necessidades que se apresentam e
assumir o papel de mediadora entre o acesso às tecnologias, o seu uso e a forma de interpretá-
-las. A maioria dos jovens que chega às escolas faz parte deste contexto informacional. Cresce-
ram com os jogos, com o telefone celular, usando computador e suas redes, e são familiarizados

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com os meios de comunicação. Mas ainda há uma grande parcela da população, sobretudo
nas escolas públicas, que está à margem deste processo e ainda não tem acesso às tecnologias.

Figura 6 – As tecnologias educativas conectam a escola ao mundo.


Fonte: Moon Light Photo Studio, Shutterstock, 2016.

Se a escola ainda não se adaptou ao mundo das tecnologias, é preciso que ela repense suas
ações por meio de projetos que liguem as tecnologias que estão ao redor com o cotidiano esco-
lar. Além disso, é preciso refletir como e por que as tecnologias serão incorporadas ao processo
ensino e aprendizagem.

E o que se entende como aprendizagem? Neste estudo, aprendizagem será definida segundo o
conceito do sócio construtivismo de Vygotsky (1998), que enfatiza que a interação social, a cul-
tura e a linguagem exercem forte influência sobre a aprendizagem e são fatores importantes para
a formalização de conceitos e para a configuração da estrutura mental (LINS, 2003).

Para Vygotsky (1998), o papel da sociedade na construção das funções intelectuais superiores
é fundamental para que o funcionamento cognitivo perpetue as formas culturalmente organiza-
das, a partir das interações sociais. Ou seja, primeiro o plano social e, posteriormente, o plano
psicológico; primeiro entre os sujeitos, e depois inerente ao próprio sujeito, na qual o sujeito re-
solve ativamente os problemas inicialmente na presença das outras pessoas e, progressivamente,
passa a realizá-los autonomamente. E, desse modo, num processo gradual de internalização.

A interação evidencia que o ser humano não é moldado por uma inteligência nata, mas com
as interações complexas se transforma e se preenche a partir de redes de conhecimento (ALLE-
GRETTI, 2012). Segundo Mattar (2013), a pedagogia sócio construtivista desenvolveu-se para-
lelamente à evolução das tecnologias e por isso permite um olhar mais “bidirecional” de muitos
para muitos, onde se acredita que:

[...] na pedagogia socioconstrutivista, a aprendizagem não é mais concebida como localizada


apenas nas mentes dos indivíduos, mas também em contextos, relacionamentos e interações.
Os professores, por sua vez, não se limitam a transmitir informações para serem consumidas
pelos alunos, mas orientam-nos no processo de integração e construção de conhecimento
(MATTAR, 2013, p. 24).

Nesta perspectiva, o uso do computador no processo de ensino e aprendizagem, por exemplo,


se estabelece como um instrumento de interação entre professor e aluno e entre alunos.Em sala
de aula o professor deve atender às necessidades dos alunos, procurando elementos que venham

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Tecnologia Educacional

trazer motivação e sentido ao ato de aprender. A tecnologia pode ser usada a favor da educação,
como recurso para aprimorar e inovar o processo de ensino e aprendizagem. Mas é importante
enfatizar que não são as tecnologias que irão gerar mudanças, mas uma perspectiva crítica do
professor diante das tecnologias, das suas contribuições e limitações. E o professor é o mediador
nesse processo, e sua presença e orientação devem ser valorizadas.

Segundo Masetto (2006), a mediação pedagógica significa a atitude, o comportamento do profes-


sor que se coloca como facilitador, incentivador e motivador da aprendizagem, ou seja, uma ponte
móvel entre o aprendiz e sua aprendizagem. Esta ponte não é estática, mas uma ponte “rolante”,
em movimento duplo, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos.

Essa mediação se tornará diferenciada com o uso das tecnologias, pois há a complexidade dos
meios que serão utilizados para que a mesma aconteça. O professor tem de escolher as ferra-
mentas adequadas para que consiga atingir os objetivos pretendidos e a ponte que é citada por
Massetto (2006) não é feita através do contato face a face, mas através de um mundo tecnoló-
gico que deve servir para aproximar o aluno do conteúdo e do próprio professor.

Observe o caso prático a seguir, com um exemplo que ilustra a importância da mediação do
professor no uso das tecnologias:

Caso
Será usado um exemplo de um fato ocorrido há menos de cinco anos em uma escola num
bairro de uma capital da Região Sul do país. A professora de informática, que era responsável
pelo laboratório, levou seus alunos para trabalhar com os computadores. Ao chegar ela pediu
que todos ficassem em silêncio e ligassem o computador (todos ao mesmo tempo). Quando os
alunos ligaram o computador ela começou a explicar o que tinha sido visto na última aula e
mostrou alguns componentes importantes do computador, relembrando para o que servia cada
um deles. A professora ficava ao nível do hardware, poucas vezes trazia softwares que pudessem
ser usados para dinamizar as aulas. Neste mesmo dia, a professora pediu a todos os alunos que
acessassem a internet em uma página escolhida por ela. Nesta página, todos leram um texto e
depois responderam questões que tinham como alternativas: “Certo” ou “Errado”. É importante
salientar que se tratam de alunos entre 9 e 11 anos, letrados. O que pode ser ilustrado com esse
exemplo? Você percebe alguma diferença dessa mediação do ensino programado de Skinner?
Você entende que a atitude e do papel do professor nesse contexto? E a importância da media-
ção como uma ponte rolante?

1.4 Realidade da escola: o ideal e o


possível em relação às tecnologias
Que tipo de escola se tem no Brasil? Em primeiro lugar, O Brasil é um país de tamanho conti-
nental, com diferenças étnicas, culturais e sociais. Por isso, quando se fala em escola, deve-se
pensar: de qual escola se está falando? Pública? Particular? Da região Norte, na zona ribeirinha,
ou da região Sudeste, no centro de uma capital? De uma escola indígena? Rural? Urbana? Qui-
lombola? São tantas diferenças encontradas entre elas que, para qualquer intenção da escola
e dos professores em refletirem sobre a integração das tecnologias em sala de aula, deve-se ter
claro que a escola é um mundo, não é uma instituição única, padronizada e homogênea.

Há um livro chamado Levantando a pedra de Stoer e Cortesão (1999) que usa uma metáfora
para explicar esse complexo mundo que encontramos em cada escola. Os autores descrevem
que, quando uma pessoa passeia pela praia, na maré alta, os rochedos e as pedras parecem
estar sempre ali, úmidos e tranquilos. Sobre essas pedras, descortinam-se pequenos animais que

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ali repousam. Porém, no passeio coma maré baixa, ou levantando uma dessas pedras, um outro
mundo se revela. Uma outra multidão de seres se torna visível e se movimenta. Pode-se descobrir
uma turbulência feita de coexistências, de partilhas, de conflitos. O desvendar desse mundo,
muitas vezes até de violência, que está velado pode assustar quem decidiu saber o que estava
escondido. Mas se alguém construiu a ideia de que a pedra não pode, não deve ser mais do que
se revela na superfície, não entende que a beleza serena das rochas convive com o fervilhar de
vida e de conflitos que sob elas se ocultam.

Diante dessa metáfora, começa-se a pensar na realidade da maioria das escolas, num mundo
que há em cada uma delas, nos problemas e nas possibilidades de se fazer educação de qualida-
de com poucos recursos. Depara–se com questões de ordem política como a pouca valorização
do professor, da depreciação das escolas públicas no Brasil, mas mesmo diante das dificuldades,
precisam-se encontrar caminhos que levem a realizar um ensino com qualidade. Ao mesmo tem-
po, deve-se pensar nas escolas que já são consideradas de excelência e possuem capacidade
tecnológica para sejam desenvolvidos projetos que extrapolam ao nosso próprio domínio.

O ambiente escolar, seja ele em escola pública ou particular, pode trazer uma possibilidade de
se criar uma sala de aula contextualizada ao momento social e histórico em que se encontram
professores e alunos, tendo no mundo tecnológico um dos possíveis caminhos para inserir os
estudantes nas diferentes linguagens que fazem parte da sociedade contemporânea. Hoje não se
pode apenas ler e escrever. É preciso entender, por exemplo, os mapas virtuais, games, a internet,
os cartões magnéticos, além dos textos impressos que circulam na sociedade. Trabalhar com as
diferentes linguagens textuais introduzindo as tecnologias da informação e comunicação a esse
processo pode ser uma alternativa para conquistar o interesse dos alunos e, também, estimular o
trabalho docente. Com as TICs, é possível refletir sobre a linguagem e promover a interpretação
crítica sobre as tecnologias e o avanço tecnológico imposto à sociedade nesta última década.

O importante é que, mesmo que o professor não tenha na escola as condições de integrar as
tecnologias digitais, por exemplo, ele explore as possibilidades que estão ao seu alcance.

Muitas vezes o possível que se encontra não é o ideal que se vê em outros contextos ou em outras
culturas. Se não há equipamentos de última geração, é preciso que se realize o possível diante das
opções disponíveis para que um mundo possa ser descoberto, entendido, não somente consumi-
do. A escola vive um caminho que precisa de mudanças em toda a sua estrutura e para isso deve
estar atenta ao ensino de qualidade, mesmo que definir o que é qualidade não seja tarefa fácil.

VOCÊ QUER VER?


O vídeo Especial Tecnologia na Educação – por que usar tecnologia aborda as tecno-
logias e a partir de três desafios da educação brasileira: equidade, qualidade e con-
temporaneidade. Assista ao vídeo e veja se você concorda com a professora. Discuta
com seus colegas esses desafios a partir da realidade de escola que você conhece. Para
assistir acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=IzsHAiCvxR8>.

Para Moran (2006) o ensino de qualidade envolve muitas variáveis, entre as quais: uma organi-
zação inovadora, aberta, dinâmica, com um projeto pedagógico coerente; uma organização que
congregue docentes bem preparados tanto intelectual quanto emocionalmente, que sejam bem
remunerados; uma organização que tenha estudantes motivados, também preparados intelectual
e emocionalmente e que possam gerenciar seu trabalho individual e grupal.

Para o autor, esse ensino de qualidade é caro, por isso são poucos que têm acesso a ele. Mesmo
que sejam criadas instituições de excelência, a maioria ainda levará muito tempo para evoluir a
um padrão de excelência.

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Tecnologia Educacional

Dessa maneira, chega-se a um ponto muito importante deste estudo. Se educação, tecnologias e
aprendizagem são conceitos indissociáveis, como integrar as tecnologias na escola que vão além
do quadro, do giz ou do pincel? Que responsabilidade tem a escola para que essa integração re-
almente aconteça, mesmo não sendo espaço de excelência como foi referido por Moran (2006)?

VOCÊ O CONHECE?
O prof. José Manuel Moran é um pesquisador contemporâneo, nascido na Espanha,
em 11 de maio de 1946. Trabalha no Brasil desde 1988 na área de tecnologias. Foi um
dos pioneiros na abordagem das tecnologias em educação. Além de livros publicados,
possui um site no qual se encontram seus principais artigos. Para conhecer melhor este
autor, acesse:<http://www2.eca.usp.br/moran/>.

Pelo que se pode concluir até o momento, as tecnologias fazem parte do universo escolar há
muito tempo. Se tecnologia pode ser definida como tudo que for criado para auxiliar o homem
na sua vida diária, você perceberá que a seleção de um livro, um filme ou uma charge de um
jornal, por exemplo, são tecnologias à disposição do professor. O uso do computador, com seus
softwares – como um editor de texto e suas reais potencialidades –, a seleção de informações
na internet para uma pesquisa e outros recursos que a rede permite também são tecnologias à
disposição do professor para o seu fazer pedagógico. Para Guattari (1992) as transformações
tecnológicas (informática, telemática, robótica) operam também no âmbito da subjetividade psi-
cológica. As máquinas tecnológicas de informação e comunicação interferem no sistema de
memória e inteligência e também na sensibilidade, nos afetos e nos “fantasmas” inconscientes.

Para o autor, é preciso evitar qualquer ilusão progressista ou sistematicamente pessimista em


relação às TIC. Existe uma atitude anti modernista que rejeita maciçamente as inovações tecnoló-
gicas, principalmente as que estão ligadas à informática. Mas o que precisa ser levado em conta
é como e com quais objetivos são usadas as TIC no processo educativo.

De acordo com Guattari (1992), a melhor opção é a criação, a invenção de novos universos de
referência, enquanto a pior é a homogeneização universalista e reducionista da subjetividade.
Para não ocorrer essa homogeneização em educação, é necessário abrir-se para o mundo tec-
nológico incorporando novos universos de referência que liguem as demarcações cognitivas às
demarcações afetivas.

Um desafio é caminhar para uma educação que integre as tecnologias e, também, todas as
dimensões do ser humano, pois mesmo com todo o aparato tecnológico que se possa dispor na
escola, não é ele que garantirá a qualidade do processo de aprendizagem. Precisa-se de um
ambiente que veja o ser humano como ser integral, no qual o papel do professor é fundamental
para criar um ambiente interativo, preocupado com o emocional, o estético e o ético.

16 Laureate- International Universities


Figura 7 - Há diversas possibilidades de tecnologias que podem ser usadas na escola.
Fonte: Ellagrin, Shutterstock, 2016.

Neste contexto, a questão da afetividade também é fator dinamizador do processo de ensino e


aprendizagem, sendo que a sua transversalização contribui para que a educação tecnológica
tenha em seu âmago a verdadeira atenção ao ser humano, promovendo a interatividade afetiva
entre os pares. Segundo Levy (2007, p.47), “nada é mais precioso que o humano [...]”. E, ainda:

[...] É por isso que defendemos que é preciso ser economista do humano, que é bom cultivá-lo,
valorizá-lo, variá-lo e multiplicá-lo e não esbanjá-lo, destruí-lo, esquecê-lo, deixá-lo morrer por
falta de cuidados e de reconhecimento (LEVY, 2007, p. 47).

Por isso, para integrar as tecnologias no processo educativo é importante que a instituição de
ensino esteja preparada para discutir as questões contemporâneas sobre tecnologias de forma
crítica, entendendo que mesmo dentro de realidades pouco improváveis de incorporá-las ao
processo educativo elas possam ser um ponto para discussão para compreender as diferenças
sociais, econômicas e culturais e tentar superar esse desafio. Se as tecnologias podem ser vistas
como uma forma de manter a equidade, diante de um país com tantas diferenças, como foi visto
no início deste estudo, sua integração ao processo precisa estar na pauta das escolas e de seus
projetos educativos.

17
Síntese Síntese
Você concluiu os estudos sobre as tecnologias, educação e aprendizagem. Com esse conheci-
mento, esperamos que você esteja apto a diferenciar as tecnologias, técnicas e mídias, assim
como o processo evolutivo das tecnologias, particularmente das tecnologias educativas e as
possibilidades de seu uso na escola.

Neste capítulo você teve a oportunidade de:

• relacionar os conceitos de tecnologia, técnica e mídia, analisando as diferenças entre


esses termos;

• conhecer a evolução das tecnologias e a importância das mesmas para a evolução da


sociedade;

• discutir o uso das tecnologias em educação, com enfoque nos últimos 50 anos;

• entender as diferentes realidades das escolas, inferindo o que pode ser construído a partir
do contexto real.
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