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TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR.

Jocimar Ribeiro da Silva2

Blanca Martín Salvago 3

RESUMO

Diante da evolução das tecnologias e sua consequente disseminação e influencia em vários


setores da sociedade moderna, este artigo tem como objetivo pretendido abordar a partir da
reflexão e da posição de vários autores sobre a importância das tecnologias digitais na educação,
preconiza –se que a educação é chave para o surgimento de profissionais capacitados para
atender as demandas exigidas no mercado de trabalho da sociedade do conhecimento, além
disso, o uso das tecnologias na educação tem sido um desafio quando se trata de como e quais
tecnologias utilizar como benefício para o aluno e professor. Dessa forma, este artigo tem como
intuito, através de uma revisão bibliográfica, levantar informações sobre como as tecnologias
digitais podem ser ferramentas essenciais para aprimoramento educacional e capacitação
profissional de educadores e educandos.

PALAVRAS-CHAVE: 1 TECNOLOGIAS DIGITAIS. 2 EDUCAÇÃO.


3.COMUNICAÇÃO 4. MÍDIAS DIGITAIS

_________________________

INTRODUÇÃO

A educação enfrenta grandes desafios decorrentes da profunda restruturação


econômica, políticas e culturais que surgiram com o avanço das tecnologias de informação e
comunicação na sociedade contemporânea.
Na Era do Conhecimento, cenário atual, onde o modelo de desenvolvimento é
centrado em informações, o grande desafio de educadores e alunos é acompanhar os mais
diversos mecanismos de transmissão. Este novo cenário também exige um novo currículo

1
Trabalho de Conclusão de Curso de pós-graduação em Docência do Ensino Superior Latu sensu em Educação a
Distância pelo Convênio UCDB/ Portal Educação.
2
Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Federal do Amazonas. E-mail:jocimar_ep@hotmail.com
3
Professora Orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso.Coordenadora Pedagógica da UCDB Virtual.
Membro do GETED – Grupos de Estudo e Pesquisa e Tecnologia Educacional e Educação a Distância .Doutorada
em Educação (PPGE UCDB). E-mail:blanca@ucdb.br
2

escolar baseado em novas habilidades como comunicação, rápida adaptação, pensamento


crítico, resolução de problemas e inovação, atualmente também exigidos no mercado de
trabalho. A facilidade de acesso dos recursos digitais pelos jovens também obriga o processo
de ensino - aprendizagem a se adaptar e acolher esses recursos como forma de integração e
aproximação de educadores e alunos.

Um dos desafios que as instituições de ensino encontram neste momento é a falta


principalmente de acompanhamento bem como conhecimento e treinamento em mídias digitais
de toda comunidade acadêmica. Esse pode ser um dos fatores que têm contribuído para a não
utilização adequada das novas tecnologias disponíveis nas atividades de ensino e aprendizagem.
O avanço das tecnologias de informação e comunicação também pode ser o motivo que
favoreceu para que as instituições de ensino e, em particular as formas de ensino-aprendizagem,
não acompanhassem a evolução e disponibilidade tecnológica.
Baseado nessa necessidade e considerando a necessidade da comunidade
acadêmica de se alinhar sobre o uso das tecnologias digitais, bem como alinhar os objetivos da
educação com as exigências que o mercado tem que é obter profissionais capacitados e
atualizados frente a sociedade do conhecimento, adotou-se para o desenvolvimento do trabalho,
através da discrição de alguns tópicos pontuais sobre a influência da tecnologia na sociedade e
posteriormente como utilizar algumas dessas ferramentas tecnológicas mais utilizados para o
benefício do ensino aprendizagem.

1 TECNOLOGIAS DIGITAIS
1.1.DEFINIÇÃO

Devido ao fato que atualmente há muitas informações sobre o termo tecnologia, é


imprescindível para a compreensão e desenvolvimento do artigo partir de uma definição que
melhor se enquadra no contexto do assunto definido, assim como é relevante destacar sua
importância na sociedade, sem intenção de se esgotar no assunto, apenas direcionando o tema.
A palavra “tecnologia” possui origem grega e é formada por duas palavras:
“tekne”, que significa “técnica”, e “logos” que significa “conjunto de saberes” A tecnologia
consegue permear todas as áreas do conhecimento, permitindo transformar o meio ambiente,
com finalidade (PINOCHET, 2014, p.20).
Nesse contexto Verazsto et al (2008, p.7) frisa:
3

[...]é importante frisar, que muitas vezes ao falarmos em tecnologia pensamos


imediatamente dos produtos mais sofisticados que estão ganhando o mercado
neste exato momento. Porém, a tecnologia não consiste somente nisso.
Precisamos lembrar que a nossa história tecnológica começou junto com o
primeiro homem quando ele descobriu que era possível modificar a natureza
para melhorar as condições de vida de seu grupo.

Usando esse contexto sobre a finalidade da tecnologia, ao se referir sobre


“tecnologias digitais” estará se referindo de forma mais sucinta sobre o termo tecnologia da
informação e comunicação – TIC - que é o mais comum para se referir aos dispositivos
eletrônicos e tecnológicos, incluindo-se computador, internet, tablet, smartphone que são
ferramentas aprimoradas para facilitar e melhorar a comunicação. Como o termo TIC abrange
tecnologias mais antigas como a televisão, o jornal e o mimeógrafo, pesquisadores têm utilizado
o termo Novas Tecnologias para se referir às tecnologias digitais Kenski (1998) apud Costa,
Duqueviz e Pedroz (2015, p.2) ou Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação – TDIC
– Baranauskas, e Valente (2013) apud Costa, Duqueviz e Pedroza (2015, p.2) Neste artigo,
utilizaremos TDIC, novas tecnologias e tecnologias digitais indistintamente para nos referirmos
a computador, tablet, celular, smartphone e qualquer outro dispositivo que permita a navegação
na internet.

1.2.CONTEXTUALIZANDO A TECNOLOGIA NA SOCIEDADE


Como cita Freitas (2009, p.10), “Percebe-se que as transformações tecnológicas
vividas pelos sujeitos na contemporaneidade representam não só a introdução de equipamentos
e técnicas nas sociedades, mas principalmente mudanças de ordem sociais, políticas e culturais
de trabalho [...]”.
Algumas dessas características serão pontualmente mencionadas do
desenvolvimento do trabalho, uma vez que estas modificações implicam na reestruturação dos
discursos educacionais, sabe-se que a sociedade exige que a educação prepare o aluno para se
adaptar às novas situações a cada dia e por essa razão é preciso que o educador compreenda e
analise as transformações ocasionadas pelas tecnologias digitais, e baseado nisso, trazer a
reflexão sobre uma possível reestruturação do papel pedagógico do professor dentro deste
contexto.
Com base no que foi proposto, segundo Cohen e Schmidt (2013, p.8):
As tecnologias de comunicação progrediram numa velocidade sem
precedentes. Na primeira década do XXI, o número de pessoas conectadas à
internet em todo o mundo aumentou de 350 milhões cúbicos para mais de dois
bilhões. [...] Até 2025, a maior parte da população mundial terá saído, em uma
geração, da quase total falta de acesso a informação não filtradas para o
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domínio de toda a informação do mundo através de um aparelho que cabe na


palma da mão.

Brittos (2002) acrescenta que as tecnologias geram impacto econômico, político e


social. “As novas configurações trazem, portanto, benefícios e prejuízos já que facilitam por
um lado e por outro demandam a necessidade de um conhecimento maior para acessá-las, além
de afastar os indivíduos do contato físico, trazer diferenças sociais à tona. ” (KONH e MORAES
2007, p.7). Em uma breve análise, desde a Revolução Industrial, as empresas conseguiam
vantagens competitivas substituindo máquinas por pessoas.
“E com o passar de anos, as máquinas, dotadas de altas tecnologias, tomaram conta
do setor de produção de bens e serviços, substituindo a mão operária e exigindo que os poucos
funcionários sejam dotados de um conhecimento técnico cada vez mais avançado e específico”
(KONH E MORAES, 2007, p.11).

Partindo disso, notamos que a maior parte da história industrial, o progresso


tecnológico era direcionado, principalmente, para o componente físico
daquilo que as empresas faziam. Atualmente, o ritmo das mudanças
tecnológicas se dá ao contrário. As tecnologias da informação estão
avançando mais rapidamente do que as tecnologias para o processamento
físico (JOIA et al, 2012, p.12).

Isto quer dizer que há diminuição absoluta e relativa da importância da parte


material usada na produção de bens e serviços e um aumento de programas digitais. Um
exemplo são os softwares, que podem ser desenvolvidos, produzidos, adquiridos, distribuídos,
consumidos e descartá-los sem necessariamente envolver a criação de novas formas materiais
(LATRES et al, 2018). Citando de exemplos desse novo padrão, temos as músicas, livros e
vídeos que são produtos que não têm quase componente físico, podemos ler um livro sem ter
ele necessariamente na mão, ou ter muitos livros ao mesmo tempo em apenas em um celular,
tablete ou computador e até descarta-los sem fazer lixo. Exemplo também, os eletrodomésticos
e carros que têm cada vez mais partes eletrônicas, permitindo controles sofisticados, baseados
em sistema de informação. Seja para facilitar sua manutenção, seja acrescentando
funcionalidades, tais como painéis digitais e mensagem em voz.
“A produção de tecnologia, ciência e inovações tecnológicas é imprescindível para
que o capitalismo possa renovar-se e ampliar sua margem de lucro, a partir de base industrial
consolidada” Poschman (2008) apud Mancebo, Vale e Martins (2015, p.16). “Para muitos
pesquisadores, a reestruturação contínua da economia é fundamentalmente acarretada pelos
avanços da TI.” Tapscott e Caston (1993) apud Pitassi e Leitão (2002, p.82).
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Como afirmam Turban e Volonino (2013, p.2):


Os novos desenvolvimentos em Tecnologia de Informação (computadores e
suas capacidades de processo de informação) são importantes para todas as
disciplinas de negócios, porque elas desencadeiam mudanças no mercado, nas
operações, nos comércios eletrônicos, na logística, nos recursos humanos, no
setor financeiro, na contabilidade e no relacionamento com consumidores e
parceiros de negócios.

Pode-se afirmar que nada que envolva negócios ou estratégia corporativa deixa de
passar pela tecnologia da informação. Pois a tecnologia é a ferramenta que traz consigo
agilidade e precisão necessária para que as empresas possam atualmente “sobreviver” em um
mercado globalizado, como consequência isso gera um forte impacto na economia do país,
acarretando ao governo a necessidade de se adaptar a “economia do conhecimento” buscando
ações e estratégias de desenvolvimento da tecnologia nacional, e a utilizando para seus fins
sociais e econômicos. Não há dúvida que o crescimento do PIB e a viabilização de melhores
condições de vida para o conjunto da população dependem de um aumento de produtividade
associado ao desenvolvimento tecnológico. Isso não será possível sem uma base educacional
focada para isso.
Apenas como confirmação, temos no Brasil, o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) criado pela Lei 1.310, de 15 de Janeiro de
1951, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, a qual cita o Capítulo I, art.2 do Decreto
n. 8.866, de 3 de outubro de 2016: “O CNPq tem por finalidade promover e fomentar o
desenvolvimento científico e tecnológico do País e contribuir na formulação das políticas
nacionais de ciência, tecnologia e inovação”. Dentre as diversas atribuições destaca-se
principalmente o incentivo a pesquisas tecnológicas, voltadas para questões de relevância
econômica e social relacionadas a necessidades específicas de setores de importância nacional
ou regional.
A tecnologia pode ainda ser largamente aplicada para aperfeiçoar a própria
gestão do governo [...]. A possibilidade de acesso aos serviços, de participação
nas decisões e acompanhamento dos atos governamentais por parte de todos
os cidadãos, portanto, impõe a adoção de meios e métodos digitais por parte
do governo, em todos os poderes constituídos e níveis governamentais, do
emprego das tecnologias de informação e comunicação em benefício da
eficácia, responsividade, transparência e governança (BRASIL, 2000, p.8
apud BUENO, 2003, p.27).

Uma forma de disseminar conhecimento ou informação é através das tecnologias


digitais, com o uso das mídias sociais, que são ferramentas populares, para servir de exemplo,
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foi citado sobre essa questão em uma das revistas mais importantes do Brasil: A revista Veja
(2018, p.32) “os políticos mais populares já entenderam a importância de ter presença digital,
tanto que o ex-presidente Lula e o deputado Jair Bolsonaro, os líderes nas pesquisas eleitorais,
dão atenção especial às redes sociais”.
E acrescenta:
O desafio brasileiro na eleição presidencial de 2018 será justamente evitar que
as redes sociais exerçam aqui o papel desagregador e disseminador de
falsidades e invencionices que já desempenhou em outros países, entre os
quais estão algumas das mais prósperas democracias do mundo (VEJA,
2018, p.34).

É inevitável atualmente, mais do que nunca, admitir que tecnologias são instrumentos
valiosos nas questões políticas, porque facilitam informações às quais todos podem ter acesso,
como alocação de recursos ou escândalos de corrupção, mas ao mesmo tempo, perigosas pela
sua própria reprodução democrática, como pontua Ford e Ford (1995) apud LEITÃO E
PITASSI (2002, p.82): Conhecimento é um processo coletivo e cultural, e as interações sociais
humanas são compostas pela comunicação”, que por isso, vivemos, de fato, um momento de
democratização de tecnologia e informação (ROCHA et al, 2014, p.26).

E por esta razão é de fundamental destacar, que os educadores atuais estão cada
vez mais inseridos em uma sociedade que se organiza e funciona cotidianamente com o uso das
tecnologias digitais para disseminar informações, exigindo destes profissionais atenção e
acompanhamento. Afirma-se que “os usuários que nasceram a partir de 1990, nasceram em um
mundo circundado pela tecnologia e usam as mídias digitais como parte integrante da sua vida”
(COSTA, DUQUEVIZ E PEDROSA, 2015, p.2). Pode -se então concordar que os alunos de
hoje já crescerem informatizados, o que torna imprescindível para educação que os professores
e demais profissionais acompanhem este processo de inserir as tecnologias de informação no
ensino-aprendizagem.
Segundo Setton (2011), as mídias devem ser vistas como agentes de
socialização, segundo a autora elas funcionam como instâncias transmissoras de valores,
padrões e normas de comportamento e também servem como referencias identitárias. “Dessa
forma fica evidente que a informação, na sociedade atual, é o mecanismo mais importante na
qual se relacionam e se concretizam as comunidades.” (KOHN E MORAES, 2007, p.2)
Como afirma Santos (2001) a tecnologia da informação é uma inteligência social
e coletiva com o qual interagimos. E as mídias são o aparato onde as informações são
produzidas, e atualmente tem como suporte material as tecnologias digitais (SETTON, 2011).
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Ao mesmo tempo que, “as tecnologias de comunicação oferecem oportunidades de rupturas


culturais e técnicas. O modo como interagimos e vemos a nós mesmo continuará sendo
influenciado e conduzido pelo mundo online ao nosso redor. (SETTON 2011, p.10).
No cotidiano, o ser humano está inserido em um ambiente essencialmente
tecnológico, de modo que não conseguimos e muitas vezes não queremos nos separar dela, uma
vez este meio busca de modo constante atender aos anseios públicos.
E acrescenta:
“No cenário mundial, o impacto mais significativo da difusão das tecnologias de
comunicação será na maneira como elas ajudam a deslocar a concentração de poder para longe
dos Estados e instituições, transferindo para os indivíduos”. (SETTON, 2011, p.11.)
Existe uma acusação de que as tecnologias levam ao isolamento do indivíduo, a
um menor contato face a face, no entanto segunda a investigação do autor leva exatamente ao
contrário, segundo ele:
A maior parte das vezes os utilizadores de Internet são mais sociáveis, têm
mais amigos e mais contatos e são social e politicamente mais activos do que
os não utilizadores. Além disso, quanto mais usam a internet, mais se
envolvem simultaneamente, em interacções, face a face em todos os domínios
das suas vidas (CASTELLS, 2014, p.29 apud PORTO e SANTOS, 2014,
p.29).

É inevitável entender que a tecnologia digital se tornou uma parte integrante da


sociedade, que transformou o modo como vivemos, não apenas facilitando nosso modo de
viver, mas quebrou barreiras geográficas, facilitando a comunicação, a disseminação de
informações, de produtos, culturas, linguagens, entretanto, com tanta democracia, há
necessidade de separar informação de conhecimento, pois infelizmente, todos tem algo a falar,
nesse sentido, como educadores, é importante ter uma reflexão crítica a respeito da sociedade
do conhecimento, e como ensinar os alunos a escolher as melhores informações e transformá-
las em conhecimento para sua capacitação pessoal e profissional.

2 TECNOLOGIA NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Vivemos em uma sociedade no qual exige imperativa necessidade de formar


educadores capazes de refletir sobre sua prática docente para que consigam corresponder à
demanda de educar as novas gerações para os desafios do novo milênio. Ensinar nos dias atuais
exige outros conhecimentos, habilidades e atitudes que não está somente na informação, no
conteúdo.
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Para Freitas e Almeida (2012, p. 32):

Dentro de uma nova pedagogia que acolha metodologias de ensino com o uso
das TIC’s, além da facilidade e da qualidade de informações que se tornam
disponíveis e das inúmeras possibilidades de um processo de aprendizagem
interativo/construtivo, espera-se contribuir para a autonomia intelectual do
aluno. Ao adaptar-se ao uso das tecnologias, ela poderá buscar respostas às
suas próprias inquietações, e essa busca – incluindo-se aí a seleção e análise
das informações, é uma das maiores contribuições que a aprendizagem pela
tecnologia pode dar ao aluno.

“A partir da década de 1990, são encontrados documentos oficiais que recomendam a


inserção e incentivo ao uso das tecnologias digitais em educação por serem consideradas
ferramentas que viabilizam a criação de espaços ais significativos de aprendizagem”. (MAIA e
BARRETO, 2012, p.48)
É relevante reforçar que a educação básica e o ensino superior são lóci de
aprendizagem e devem criar condições para que os estudantes adquiram habilidades
educacionais, profissionais, analíticas e de trabalho, ou seja, saibam utilizar o pensamento
científico, articulado com as novas tecnologias da informação e da comunicação (DAROS e
CAMARGO, 2018, p.23)
Dessa forma, será abordada direções, ou seja, possibilidades de uso de algumas
tecnologias digitais, destacando que a finalidade não é substituir as formas clássicas de ensino,
mas como um complemento diante da prática pedagógica do educador, que prioriza seu caráter
objetivo, primando pelo planejamento e sistematização do ensino. Pois como afirma Bonnis
(2000, p.139) apud Mercado (2002, p.50): Nada substitui um bom professor que sabe muito e
consegue dividir seu conhecimento [...] o computador em sala de aula é um simples instrumento
que pode ser potencializado pelo professor”.
Entretanto, é como afirma Sousa et al (2016 p.155):
Com advento da internet como hipermídia e sobretudo, a convergência das
mídias, pode-se afirmar que o saber pode ser acessado e compartilhado em
qualquer local e não mais restrito à sala de aula. Portanto, o cenário que se
desenha para educação é de preparar os alunos para pensarem criticamente.

2.1.REDES SOCIAIS COMO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO.

Não existe ensino sem comunicação, ela está intimamente ligada a didática. “A boa
comunicação e o bom relacionamento são os meios de expressão e tem aqui um papel
importante, pois são alimentos do espírito do estudante que vão ativar sua inteligência para que
a adaptação e assimilação do conhecimento aconteçam. (PASSOS, 2016, p.46) ou como afirma
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(SOUSA et al, 2016, p.41): “ Comunicação e educação estão cada vez mais interdependentes,
o que constitui para o educador um grande desafio na dimensão pedagógica de sua atividade
técnico-científica”. A utilização das redes sociais como facebook, whatsapp twitter, que são
aplicativos proporcionados também pelos smatphones, computadores e tablets, permitem
transferências de áudios, arquivos e imagens e são oportunidades para a construção da
comunicação e relacionamento entre os alunos e professores. Sendo assim, esses professores e
alunos podem utilizar de algumas dessas redes como plataforma de ensino e para trocar
experiência, avaliações e conteúdos com informações de aprendizagem em todos os níveis de
estudos. As redes sociais têm um imenso mar de informações, sobre diversos assuntos, páginas
de estudo, grupos fechados, sobre matérias, questionários, pesquisas que contribuem para
agregação de conhecimento, claro que usando moderadamente para o assunto[...] (TORRES,
2017, p.28).
A vantagem ao se usar redes sociais é que elas têm sido utilizadas principalmente
por jovens para se comunicar entre eles, sobre seu uso segundo pesquisa do instituto de pesquisa
Nielsen de junho de 2013, aplicativos mais baixados pelos brasileiros são 68% aplicativos de
jogos, 67% baixam redes sociais, 51% de navegação de mapas e pesquisas e 49% de vídeos e
segundo o mesmo instituto somos o segundo país que mais utilizam redes sociais. As redes
sociais também podem ser utilizadas por professores como plataforma de intercâmbio de
informação e comunicação. (LORENZO, 2016, p.30) ou como declara TORRES (2017, p.27)
[...] ela pode ser utilizada como ferramenta de pesquisas, atividades, apresentações, debates,
comunicação, questionamentos [...].
Um exemplo prático do uso das redes sociais é o exemplo citado pela revista
Educação (2018) da professora de português que incorporou o uso Whatsapp
para o estudo dos gêneros textuais, onde ela criou um grupo com estudante
que passaram a mandar textos produzidos em casa pela rede.

Outra vantagem proporcionada por essas redes sociais, é possibilidade de gravação


de voz que podem expandir a possibilidades de integração de atividades orais no
ensino/aprendizagem de línguas, por exemplo (ARAGÃO, 2017, p.4). A vantagem de utilizar
estes recursos é que permite a interagir com os alunos através de um ambiente comum e familiar
a eles, e desenvolver aproximação com alunos que são introspectivos ou tímidos em sala de
aula, que evitam de se expressar como tirar dúvidas por insegurança ou timidez.
Com a utilização de um espaço de colaboração, como redes sociais, o
professor por sua vez terá a oportunidade de verificar aspectos muitas vezes
difíceis de serem identificados em uma sala de aula, como a capacidade de
elaborar textos, melhoria do desenvolvimento na escrita, a pesquisa sobre um
assunto, a apresentação de uma opinião e o debate entre os alunos.
(LORENZO, 2013, p.30)
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As redes sociais, ainda, podem auxiliar professores e alunos, na organização das


aulas, por meio de agendas que podem ser publicadas com datas e eventos importantes, como
avaliações, entregas de trabalhos, palestras, entre outros.

2.2. TECNOLOGIAS AUDIO-VISUAIS.


Um das vantagem da tecnologia é trazer hoje a integração de todos os espaços e
tempos (BACICH et al, 2015, p.36) sendo assim, uma vantagem para proporcionar a
implantação de novos processos de ensino, de modo que venha potencializar a aprendizagem e
mais, acrescenta-se a ideia de Daros e Camargo (2018, p.28) em que “cada vez mais os alunos
demandam métodos de ensino aprendizagem centrados neles”
Os meios audiovisuais são práticos pois podem ser emitidos de diversas formas, por
exemplo, através datashow, Smartv, ou Tv com entrada USB, ou DVD, computador e ou
notebook, ainda mais com a popularização do youtube, onde se encontra uma variedade de
conteúdos sobre diversos assuntos. “Esses meios atraem e são tão populares por que tem sua
base numa linguagem complexa, sensorial que atinge nossa percepção como um todo, de forma,
gratificante e que deve muito de sua expressão ao cinema. ” (CRUZ, 2007, p.26)

O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e escrita.


Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não separadas.
Daí a sua força. Somos atingidos por todos os sentidos e de todas as maneiras.
O vídeo nos seduz, informa, entretém, projeta em outras realidades (no
imaginário), em outros tempos e espaços. (MORAN, 1995, p.28)

Além da integração de todos os sentidos, é possível, através dessa técnica como cita
Napolitano (2003), que há outra possibilidade de uso: promoção de discussões e
questionamentos sobre os conteúdos trazidos pelos filmes, ou vídeos, exemplificando os
conteúdos de sala de aula, comparando as realidades, assim como com as realidades de seus
alunos, trazendo assim, uma participação maior do aluno, criando neles, a oportunidade de
manifestar um pensamento crítico, ou desenvolvimento de se expressar em público, refletir
sobre o assunto, questionar e até mesmo trazer novas ideias.
A TV para servir de exemplo, é uma ferramenta existente em quase todos os lares
brasileiros, segundo o site Agência Brasil, apenas 2, 9% dos 69 milhões de casa não tem
televisão, e atualmente mesmo que a pessoa não tenha internet ou celular em sua residência,
por exemplo, o usuário consegue ainda obter muitas informações políticas, econômicas, sociais
do Brasil e do mundo (mesmo que tendenciosas), através da TV, assim como, é possível
11

aprender coisas novas, como receitas, artesanatos, através também da TV. Para finalizar
defendendo o uso da TV como instrumento de aprendizagem, enfatiza-se que ela já é um
instrumento de aprendizado muito comum ainda que discreto, pois ela já está inserida no dia-
a-dia da sociedade, e principalmente jovens, a TV consolida as tendências de modas como o
vestir e o falar e também pode consolidar opiniões, por isso utilizar a TV como recurso para
melhorar a qualidade do ensino- aprendizagem é muito eficaz. Uma iniciativa que não ia no
sentindo de qualidade de ensino, mas em relação a quantidade foi o Telecurso 2000 que
disseminava conhecimento a milhares de pessoas através da televisão em horário marcado,
características estas que se assemelham a um ensino a distância.

2.3.COMPUTADOR, INTERNET E O ENSINO A DISTÂNCIA


A chegada dos computadores ao sistema educacional desafiou a educação a
repensar o processo de construção do conhecimento principalmente com a internet que não é
um fenômeno efêmero que desaparecerá com o passar dos anos. Sua aplicação hoje já atinge
basicamente todas as áreas.
De acordo com Maia e Barreto (2012, p.15):
Faz-se necessário que administradores e professores deixem para
trás a ideia de que o computador é simplesmente mais um
instrumento para ser usado de forma pontual na prática docente e
passem a percebê-lo como ferramenta que pode promover
desenvolvimento cognitivo e social dos educandos.

O uso do computador pelos alunos deve se dado de forma crítica e criativa, exigindo
para tanto motivação, concentração e autonomia (RIBEIRO et al, 2012)
As tecnologias Web permitem aos professores definir estratégias pedagógicas
inovadoras que incluam a utilização de software social como ferramenta de trabalho de modo
a flexibilizar os contextos de aprendizagem (PORTO e SANTOS, 2014, p.350) ou como Cruz
(2007, p. 28) cita “ a comunicação via Internet é diferente da que ocorre via TV: deixa de ser
uma comunicação de massa e passa a ser dirigida e direcionada conforme a escolha do
navegador.”
Como declara Da Silva (2013, p.17): [...] a internet passou a ser a ferramenta
fundamental, trazendo consigo novos conceitos que gradativamente, incorporam-se ao
cotidiano da comunidade escola: e-learning, educação on-line, aprendizagem mediada por
computador...[...]
E durante os últimos anos, as instituições educacionais vêm passando por um
processo de mudança muito mais significativo em relação a internet com destaque para o
12

crescimento da Educação a distância no processo educacional. Com uso de computadores e da


Internet, a EaD minimizou seu maior problema em termos de interação: a distância física entre
o educador e o educando. (OLIVEIRA, 2017, p.20)
A educação a distância, ao longo dos anos vem sendo oferecida a partir
de diversos meios: correio tradicional, rádio, televisão e por fim pela
internet; para servir aos mais diferentes objetivos: aumentar o acesso à
educação em todos os níveis do ensino, instrução técnico-
profissionalizante, treinar profissionais, alfabetizar, proporcionar
atividades culturais,, qualificar em grandes extensões professores,
apoiar as aulas ministradas nos níveis fundamental, médio e, ampliar a
oferta de cursos superiores (RASLAN, 2009, p.23-24 apud
DUTRA, 2016, p.12)

Para Peters (2003) apud da Silva (2013, p16) a evolução da EaD teve um grande
impulso na década de 70 quando empresários passaram a incentivar a realização de cursos
seguindo moldes da indústria: produção em massa a baixo custo. No Brasil, iniciou sua
penetração nas instituições de Ensino Superior brasileiras públicos e privadas há pouco tempo;
mais precisamente com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei n. 9496/96 que
introduziu em seu artigo 80 a possibilidade da EaD em todos nos níveis de ensino. Araújo
Júnior (2016)
Na modalidade EaD, o aluno pode estudar, interagir com outros alunos e
professores, tutores e instituições, refletir e aprender em local e horário de sua escolha, bastando
atualmente para isso ter acesso a um computador conectado à internet. Neste modelo a figura
do professor ainda se faz presente, sendo até o diferencial, por que sem ele os cursos oferecidos
através dessa modalidade de ensino, correm o risco de apenas informar o aluno sobre o conteúdo
ofertado, e um ensino baseado em apenas memorização não capacita as pessoas para atuarem e
sobreviverem na sociedade do conhecimento (Armado, 2011) como diz Sousa et al (2016,
p.69):
[...] adeptos ou não às inovações tecnológicas, os professores devem
reconhecer que graças a ela a informação não é mais privilégio de
poucos, e o que vale não é possui-las, mas interpretá-las em outras
palavras, transformar informação em conhecimento” sendo o
professor uma figura essencial para converter essa informação em
conhecimento.

Segundo o Silva (2003) apud Sousa (2016, p. 46) afirma que a EaD online é uma
exigência da cibercultura, isto é, de um novo contexto socioeconômico-tecnológico.
“Cibercultura diz a respeito às técnicas, às práticas, às atitudes, aos modos de pensamento e de
valores que desenvolvem juntamente com o ciberespaço” (DA SILVA, 2013, p.13) e sobre o
termo “Ciberespaço” conceitua-se de acordo com Forresti (2000, p.17):
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É novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial


dos computadores. O termo especifica não apenas a
infraestrutura material da comunicação digital, mas também o
universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os
seres humanos que navegam e alimentam esse universo.

Como afirma Leonel et al (2016, p.7) “ O fato do qual nos encontramos no Brasil é
incontestável: a implantação, o crescimento vertiginoso e a multiplicação sem limites dos
cursos de educação a distância. E tudo indica que será essa, a nova tendência da cultura do
ciberespaço, ou seja, tais cursos vieram para ficar com eles nossas preocupações de educadores.
Como já observa Da Silva (2013, p.17): “[...] isso faz com que o simples ensino a
distância cada vez mais se esvazie em nome da educação distância e muito, provavelmente,
num futuro, simplesmente educação”.
Nessa perspectiva, impõe novas exigências à qualidade da educação e,
consequentemente atenção especial à formação de professores, para que esses possam se
apropriar de forma adequada de todos os dispositivos tecnológicos e intelectuais que são
exigidos da cibercultura.
[...] professores, por sua vez, precisam experimentar essa construção coletiva,
estimulados não apenas por uma formação inicial mais instigante, mas por
meio da educação continuada, a partir de programas que contenham uma
proposta coautoral, que lhes possibilitem vivenciar o fazer “fazendo-se”; vale
dizer, refletir sobre sua própria aprendizagem, com vistas a reforçar sua
prática docente. (LEONEL et al, 2016, p.118)

Neste contexto, para acompanhar as rápidas mudanças em curso é de extrema


relevância a aquisição de novas capacitações e conhecimentos, o que significa intensificar a
capacidade de aprender e interagir. No entanto, essas transformações que devem ser absorvidas
devido aos novos discursos educacionais, não devem ser encaradas como uma imposição, e
nem buscar ser um especialista em inovações tecnológicas, mas significa ensinar de acordo com
a realidade dos educandos.
Segundo Da Silva (2013, p.14): As novas formas de aprender requerem novas
formas de ensinar reforçando o desafio da superação dos paradigmas das fórmulas prontas, das
teorias absolutas e determinantes.
Pois como afirma Soto, Mayrink e Gregolin (2009, p.16) “ O acesso ás novas
tecnologias viabiliza outras interfaces, práticas e linguagens, compelindo-nos a lidar com
multiletramentos [...]
Considerando essa pretensão de ensinar inserindo tecnologias digitais como meios
de comunicação, ou desenvolvimento de habilidades profissionais, entendemos também que as
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faculdades devem ter projetos permanente e continuo de formação docente na área de Educação
e Tecnologia, o que agregaria melhores condições de trabalho para os docentes.
Isso se justifica, de acordo com Sousa e et al (2016, p.169) pois diante da velocidade
da informação e de grande mutação tecnológica e das convergências das mídias, as faculdades
não devem ficar ausente desse contexto.
De acordo com (LEKAN e GRINKAUT, p.9, 2014):

Para que aconteça um avanço na área das tecnologias educacionais, as


instituições de ensino precisam preparar os seus docentes, para que estes
obtenham domínio técnico e pedagógico. Ter acesso e domínio aos recursos
que se pretende utilizar são requisitos básicos, necessário a todo docente. A
falta de preparação ou insegurança dos professores com a nova ferramenta
pode prejudicar o processo de ensino e aprendizagem, tornando este
improdutivo ou como acontece muitas vezes, o professor não se arrisca a fazer
uso das TIC´s em suas aulas.

É preciso que os professores se apropriem da importância de seu papel social e tomem


as rédeas do fazer pedagógico, trazendo para a sua prática tanto o novo quanto as mudanças
necessárias para assimilá-lo de forma seletiva e crítica. (SILVA, 2011, p.541)

De acordo com Passos (2016), há um novo perfil de professor que possa corresponder
aos anseios e exigências de uma geração que caminha para numa nova era na educação. Nesse
novo perfil, o profissional da educação é mais arrojado, busca um papel mais ativo, do que ser
simplesmente auxiliador, pois já lida com alunos que já tem certa autonomia para
caminharem sozinhos, dessa forma, o professor terá um papel de mediador, que encontra
autonomia na docência, busca ajustar o ritmo, readequar as metas, auxiliar nas decisões
comuns, aproximar as pessoas, validar os encaminhamentos e sugerir alternativas, ou seja, o
professor é um parceiro e que auxilia os alunos para desenvolver suas potencialidades.

Entretanto o mesmo autor observa que muitos professores atuais pertencem a uma
concepção ambientalista, onde o professor é necessário para colocar na mente do sujeito o
conhecimento, acreditando que o homem nasce com uma mente limpa, como uma folha de
papel em branco, dentro dessa ideia, o educando torna-se passivo, receptivo no processo do
conhecer, pois só o professor detém o poder do conhecimento. “Diferentemente do passado, os
mestres não são detentores absolutos do conhecimento. São facilitadores e isso mexe com sua
forma de atuação. “Nosso modelo exige habilidades como colaboração e flexibilidade [...]”
(VEJA, 2018, p.30)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos dizer que estamos vivendo um tempo marcado pela revolução
tecnológica, em que os meios de comunicação nos unem e nos colocam em contato simultâneo
com o restante do mundo. No âmbito educacional, as tecnologias permitem a ampliação de
novos meios de aprender, mudando o conceito de sala de aula, já que os recursos áudios visuais
proporcionados pelos avanços tecnológicos nos permite a integração de espaço e tempo, assim
como com a inclusão da tecnologia podem ser flexibilizadas as tradicionais aulas presenciais.
Por trás da revolução tecnológica, não se esconde mais as exigências atuais em
torno de uma formação que atenda às necessidades de uma sociedade imersa em tecnologia,
principalmente no mercado de trabalho, com surgimento de novas profissões voltadas
principalmente para esse campo, bem como a informatização de diversos processos em diversas
áreas de profissões já existentes. Nesse sentido, a revisão bibliográfica comprova o papel do
professor como sendo importante mediador do uso educacional da tecnologia, devendo ser ele
o principal autor incentivador do seu uso na sala de aula.
O sucesso da incorporação das tecnologias nas práticas educacionais vai ter como
alicerce o nível de envolvimento, comprometimento e criatividade primeiramente dos
professores, nem sempre as instituições iram proporcionar os recursos físicos, já que muitas
instituições não oferecem o aparato tecnológico, nem disciplina voltada para essa capacitação
profissional. No entanto, há de se concordar, que ainda existe meios que ainda podem ser
utilizados devido a sua natureza democrática com o uso dos smartphones, ou redes sociais, por
exemplo.
Dessa forma observa- se que o professor será o principal líder para a incorporação
de aparato tecnológico na educação, fomentando junto ao corpo docente o uso das tecnologias,
para promover o incentivo certo para que as faculdades se exigiam de ter uma estrutura física e
acadêmica alinhada as necessidades políticas, econômicas e sociais exigidas pela sociedade
informatizada.
Para finalizar, esclarece –se que existem desafios a serem ultrapassados, pois a mera
inserção das tecnologias na educação não implica em adoção de práticas inovadoras, os recursos
tecnológicos podem amplificar e aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem, pois como
foi mencionado, nenhuma tecnologia substitui um bom professor, mas é sim é necessário uma
formação inicial e continuada de profissionais que sejam capazes de mobilizar as tecnologias
para desenvolver propostas metodológicas centradas nos estudantes que possam potencializar
seus conhecimentos e principalmente suas habilidades para o desenvolvimento de uma
sociedade melhor.
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