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ESTRATÉGIAS E TECNOLOGIAS
#CURRÍCULO LATTES#
Plano de Estudo:
• Afinal, o que é tecnologia?
• As tecnologias e Educação
• O ensino na sociedade da informação
• A ação docente e o uso das tecnologias
Objetivos de Aprendizagem:
• Compreender o que é a tecnologia
• Analisar como acontece a interligação entre tecnologia e Educação
• Identificar como ocorre o ensino na sociedade da informação
• Compreender como ocorre a ação docente por meio do uso das novas tecnologias
INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), para dar início a nossa discussão sobre Prática de Ensino:
Estratégias e Tecnologia, é necessário que você tenha em mente qual é a definição sobre
tal assunto. Portanto, o que é tecnologia?
Na concepção de Kenski (2015), a discussão acerca das tecnologias é algo tão
antigo quanto a origem da espécie humana, pois não está relacionada somente a objetos
e técnicas digitais recentes; e, por conta da engenhosidade humana, foram surgindo as
mais variadas técnicas e recursos de tecnologia. Isso se dá, pois, o uso do raciocínio
lógico pelo ser humano garante um processo de muitas inovações, dando origem aos
mais variados instrumentos, ferramentas, recursos e produtos que envolvem a tecnologia
e criação desses recursos.
Partindo agora para uma discussão mais recente sobre a definição de tecnologia,
Veraszto et al. (2009, p. 22) enfatizam que não é possível apresentarmos uma definição
exata, pois ao longo da história da sociedade, o conceito deste termo é interpretado de
inúmeras maneiras, de acordo com cada contexto social. Os autores afirmam que “[...]
em diferentes momentos da história da tecnologia vem registrada junto com a história
das técnicas, com a história do trabalho e da produção do ser humano”.
SAIBA MAIS
Como alunos e faculdades se adaptaram ao ensino a distância: estudantes e
universidades relatam suas experiências depois de um ano assistindo as aulas a
distância devido à pandemia
Para muitos universitários, a transição da “sala de aula física” para a “sala de aula virtual”
teve início ainda no primeiro mês de pandemia, em março de 2020. Caroline Belo, que
concluiu a graduação em jornalismo na Universidade Veiga de Almeida no fim do ano
passado, conta que, inicialmente, a instituição deu quinze dias para os alunos ficarem
em casa. Mas, após perceberem que o retorno demoraria mais, as aulas online
começaram.
Nesta universidade do Rio de Janeiro, as aulas foram realizadas com auxílio de uma
plataforma para EaD (educação a distância) que já fazia parte da realidade da instituição.
A jornalista conta que os professores também utilizaram outros recursos, como a
ferramenta de videoconferência do Microsoft Teams e o Google Drive.
Ainda assim, nem todos começaram no mesmo momento. Inês Lopa, que estuda direito
na Unirio (Universidade Federal do Rio de Janeiro), conta que suas aulas só tiveram
início em outubro de 2020. Nesta instituição, as atividades foram realizadas através das
plataformas Google Classroom e Google Meet.
Também é importante lembrar que esta não é uma realidade de todos. Conforme aponta
um relatório da UNICEF apresentado em agosto, 463 milhões de crianças em todo
mundo não conseguiram acessar o ensino a distância durante o fechamento das escolas.
Além disso, segundo a TIC Domicílios 2019, 28% dos lares brasileiros não possuem
acesso à internet, especialmente nas zonas rurais.
[...]
#SAIBA MAIS#
Caro(a) aluno(a), agora que você já sabe o que é tecnologia, como ela se
desenvolveu e como é compreendida desde o passado até os dias atuais, é importante
que seja analisado como acontece a relação entre Tecnologia e Educação. Tal
importância se dá, pois, afinal, você está cursando uma licenciatura e sua principal
atuação será a docência, ou seja, o campo da Educação.
Brito e Purificação (2015) enfatizam que o desenvolvimento da ciência está
associado ao desenvolvimento da tecnologia, vez que os aspectos tecnológicos podem
ser entendidos como uma forma de aplicar o conhecimento científico, como foi visto no
tópico anterior. Com isso, podemos compreender que o homem, por meio de suas
invenções, criou a ciência, a tecnologia e apresentou mudanças assertivas em relação à
sociedade e a natureza.
Porém, é válido ressaltar que, os diferentes contextos e grupos sociais que são
evoluídos de acordo com o passar dos anos vão criando novas formas de transmitir os
“[...] conhecimentos, valores, regras, normas e procedimentos, com o intuito de garantir
o convívio entre homens e difundir a cultura de cada sociedade, o que ocorre por meio
da educação” (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015, p. 22).
É válido ressaltar que o uso desses três termos é correto, pois depende de sua
aplicação no discurso, uma vez que uma enfatiza a descrição do uso dos recursos
eletrônicos como fonte de comunicação e busca de informação. Outra é empregada para
descrever todos os recursos digitais utilizados, enquanto a última está relacionada aos
recursos eletrônicos, digitais ou não.
Logo, por meio dessa colocação, podemos perceber que a escola utiliza a
tecnologia, mas apenas como um recurso de ajuda para determinados momentos,
deixando de lado a busca de sua verdadeira maneira de auxílio em sala de aula, pois por
mais que as instituições escolares utilizem computadores e internet, ainda são muito
restritos e ligados apenas a determinadas disciplinas ou currículos escolares.
A utilização de mídias digitais como uma estratégia didática no cenário
educacional está cada vez maior, pois é notório que, nas últimas décadas, as escolas
estão recebendo cada vez mais alunos envolvidos com os mais diversos contextos
tecnológicos, trazendo, assim, o uso dessa estratégia como uma forma de oportunizar
uma resposta para as diferenças individuais e as mais variadas maneiras de
aprendizagem.
Com isso, é notório perceber que o ambiente que menos utiliza as tecnologias de
forma mais assertiva e objetiva seriam as escolas, principalmente pelos professores e
demais envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, visto que ainda existem
muitas questões a serem debatidas, como, por exemplo, a maneira correta como as
tecnologias devem ser utilizadas em sala de aula e quais os recursos tecnológicos
viáveis a serem utilizados (BITTENCOURT; ALBINO, 2017).
Sabendo que a educação é o pilar fundamental para o processo de
desenvolvimento dos discentes, é necessário levar em consideração o que já vem sendo
debatido por envolvidos na educação ao longo dos anos, percebendo, assim, que
Além de que
Não há dúvida de que as novas tecnologias de comunicação e
informação trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a
educação. [...] Para que as TIC’s possam trazer alterações no processo
educativo, no entanto, elas precisam ser compreendidas e incorporadas
pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as
especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garantir que
o seu uso, realmente, faça a diferença. Não basta usar a televisão ou o
computador, é preciso saber usar de forma pedagogicamente correta a
tecnologia escolhida (KENSKI, 2015, p. 46).
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
Logo, por meio disso, podemos compreender que o papel da escola e do professor
não é simplesmente apresentar coisas e informações, mas sim apresentar uma forma de
evidenciar e mediar o conhecimento. Com isso, a escola que apenas transmite e propaga
o uso da memorização, passa a dar lugar para uma instituição escolar que aborda o
conhecimento e a descoberta das coisas utilizando das mais diversas formas de
informações já apresentadas na sociedade, dando, assim, maior foco da educação
escolar.
A evolução das tecnologias da informação apresentou uma nova maneira de
transformação da educação escolar, em que a utilização da tecnologia passou a ser
muito evidente em boa parte das escolas públicas que utilizam o ensino tradicional.
“Numa sociedade em que produtores e consumidores do media interagem, onde os
jovens frequentemente dão mais importância aos meios de divulgação [...] será
indispensável que a escola aprenda interiorizar uma ‘cultura de convergência’ [...]”
(RUIVO; MESQUITA, 2013, p. 11).
Além disso, é importante frisar que a educação e o uso das novas tecnologias da
informação e comunicação no contexto escolar deve ser compreendido como uma união
de recursos e metodologias em busca de habilidades e competências para o êxito
profissional e social do aluno e não somente como um meio fácil de utilizar em todos os
processos de aprendizagem (RUIVO; MESQUITA, 2013).
REFLITA
Caro(a) aluno(a), vimos que a tecnologia está cada vez mais presente na
Educação e nos mais variados contextos sociais, porém é necessário repensar na
realidade que cada estado, cada cidade e cada escola estão inseridas, para, somente
assim, identificar quais são os benefícios da inserção das novas tecnologias no contexto
escolar.
Portanto, ao se pensar em utilizar esses recursos, aliados às metodologias de
ensino, a principal ação e mais importante é analisar o Projeto Político Pedagógico das
escolas e verificar quais são suas necessidades e potencialidades, de forma que sejam
identificadas as melhores maneiras de utilizar essas ferramentas.
#REFLITA#
REFLITA
Caro(a) aluno(a), baseado no que foi explanado neste tópico de discussão e nas
leituras complementares, na sua opinião, todos os professores estão preparados para
utilizar as novas tecnologias em suas práticas pedagógicas?
[...]
1 INTRODUÇÃO
Mediante ao grande desenvolvimento tecnológico que vem sendo apresentado na
sociedade contemporânea, faz-se necessário discutir sobre os benefícios do uso das
ferramentas tecnológicas na construção do conhecimento. Para nortear essa
investigação partimos do seguinte questionamento geral: Como acontece a relação entre
a educação e as novas tecnologias no processo evolutivo do ensino e da aprendizagem
na sociedade contemporânea? Para respondê-lo, objetivamos compreender a relação
entre a educação e as novas tecnologias no processo evolutivo do ensino e da
aprendizagem nessa sociedade tão multifacetada. A partir do objetivo geral da pesquisa
construímos algumas questões geradoras dos objetivos específicos. Foram elas: Qual a
relação existente entre a educação e as novas tecnologias no ambiente escolar
contemporâneo? Qual a importância das novas tecnologias no processo de ensino e
aprendizagem? Qual o papel do professor antes do desenvolvimento tecnológico e o seu
papel após esse desenvolvimento? Quais são os desafios impostos pela sociedade
contemporânea diante da diversidade de conhecimentos no mundo globalizado? Os
objetivos específicos gerados pelas questões foram: estabelecer relação entre a
educação e as novas tecnologias no ambiente escolar contemporâneo; analisar a
importância das novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem na sociedade
contemporânea; comparar o papel exercido pelo professor antes do desenvolvimento
tecnológico e o papel do professor contemporâneo e apresentar os desafios impostos
pela sociedade contemporânea diante da diversidade de conhecimentos no mundo
globalizado. Após os questionamentos e objetivos delineados buscou-se uma imersão
nos trabalhos de alguns autores que também discutem temas voltados para as
tecnologias, motivação, educação contemporânea, o papel do professor etc. O
dinamismo das novas tecnologias nos impulsiona a entender a educação de forma
diferente. Leva-nos à reflexão de nossa prática e nos impulsiona a novos paradigmas
que reflitam essa necessidade humana de se completar, de desvendar, descobrir e se
refazer.
[....]
Oriento que você, caro(a) aluno(a), leia o texto na íntegra por meio da referência
apresentada:
SILVA, Renildo Franca da.; CORREA, Elenice Sena. Novas tecnologias e educação: a
evolução do processo de ensino e aprendizagem na sociedade contemporânea.
Educação e linguagem, São Paulo, n. 1, p. 23-35, jun. 2014.
LIVRO
FILME/VÍDEO
Plano de Estudo:
• Educação a Distância e Ensino a Distância
• Educação Híbrida e Ensino Híbrido
• Ensino Remoto Emergencial
• A Educação no século XXI
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e definir o que é Educação a Distância e Ensino a Distância
• Conceituar e definir o que Educação Híbrida e Ensino Híbrido
• Compreensão sobre o Ensino Remoto Emergencial
• Analisar a Educação do século XXI
INTRODUÇÃO
Neste mesmo decreto é enfatizado sobre algumas questões para oferta da EAD,
como: possibilidade da educação básica e superior ser ofertada nesta modalidade,
criação, organização e oferta de cursos a distância, desde que pensadas e vistas as
formas corretas sobre o desenvolvimento dessas ofertas, para que o processo de ensino
e aprendizagem, aliado com a tecnologias, seja assertivo.
Pensando agora na questão do ensino a distância, Fernandes, Henn e Kist (2020,
p. 4) relatam que “são necessárias apenas três letras – EAD – para abarcar vários
significados. Educação a distância, ensino a distância, educação aberta a distância, entre
outros [...]”. Logo, podemos verificar que o ensino a distância e a educação a distância
abarcam basicamente a mesma proposta de relacionar a educação em lugares
diferentes, de forma física, por meio dos recursos tecnológicos e de comunicação.
REFLITA
Ao longo deste tópico, caro(a) aluno(a), foi possível identificar que a Educação
pode ser promovida por meio da tecnologia e pela modalidade EAD. Com isso, como
você vê a importância do ensino a distância no Brasil?
Fonte: o autor.
#REFLITA#
2 EDUCAÇÃO HÍBRIDA E ENSINO HÍBRIDO
Destarte a isso, Moran (2015) nos apresenta que a educação pode ser vista como
híbrida, pois acontece no contexto de uma sociedade imperfeita e contraditória em suas
políticas públicas e modelos de ensino, tendo muitas vezes as competências e
habilidades, valores e comportamentos não coerentes por parte de alguns gestores,
docentes e todos os envolvidos nos processos de escolarização.
Logo, podemos entender que o ensino é híbrido, pois todos nós somos aprendizes
e professores produtores de informação e de conhecimento, onde passamos de apenas
consumidores para produtores de informação por meio dos mais variados recursos
tecnológicos, e todos podem aprender uns com os outros das mais diversas maneiras.
Bacich e Moran (2015) apresentam que discutir sobre educação híbrida deve partir
do pressuposto de que não temos uma única e correta maneira de aprender e ensinar,
visto que existem inúmeras metodologias de ensino e, em relação ao ensino híbrido, o
trabalho colaborativo está aliado ao uso de recursos tecnológicos e das tecnologias
digitais para propiciar momentos de aprendizagem que se expandam apenas na
realização nas salas de aulas tradicionais, pois aprender com os pares envolvidos no
processo educativo se torna ainda mais significativo quando existe um objetivo em
comum a ser buscado.
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
3 ENSINO REMOTO EMERGENCIAL
Por conta da COVID-19, a escola passa a ser entendida como um dos espaços
mais propícios para o risco de transmissão, pois, por conta de sua multiplicidade e
heterogeneidade, cria vínculos entre as pessoas que são menos propensas aos sintomas
da doença. Nas escolas, crianças e adolescentes possuem o contato com diversos
grupos familiares devido sua socialização com os docentes, profissionais das escolas e
familiares de forma geral, e devido a isso, as políticas públicas mundiais de retorno às
atividades coletivas vêm deixando as escolas em último plano de retomada, conforme
informações e dados da ONU e UNESCO (ARRUDA, 2020).
Devido a essa não volta das escolas, o bloqueio do acesso a retomada de
atividades presenciais nas instituições escolares reconfigurou a sociedade e passou a
ser entendido mais do que apenas um problema educacional, vez que nas medidas
tomadas de tempos e movimentos foram modificados “famílias passaram a coadunarem
as responsabilidades do trabalho e da vida dos estudantes em tempos ampliados e em
contexto ora da necessidade da manutenção do emprego [...], ora no contexto de
confinamento de espaços [...]” (ARRUDA, 2020, p. 259).
#SAIBA MAIS#
Um dos fatores que estão mais associados com a educação no século XXI, como
já mencionado, é o uso dos recursos tecnológicos. Mas, afinal, qual é o impacto disso na
educação do século atual? Ora, podemos observar que um dos grandes desafios que as
instituições escolares apresentam é a falta de conhecimento em relação aos novos
modelos de metodologias e recursos educacionais baseados nas novas tecnologias e,
com isso, esse pode ser entendido como um dos fatores mais indicados para a sua não
utilização, de forma assertiva e efetiva no que se relaciona ao processo de ensino e
aprendizagem (BITTENCOURT, ALBINO, 2017).
Os autores supracitados mencionam que estamos vivendo em uma nova
realidade de Educação, baseada na era da informação e da tecnologia, em que alunos
e professores mudaram seus pensamentos e formas de agir, assim como tudo mudou
nos últimos anos. Com isso, é perceptível que as novas tecnologias estão cada vez mais
inseridas no contexto social e educacional dos alunos, e é necessário repensarmos as
práticas pedagógicas e o que abordar em sala de aula, de forma que não sejamos
considerados analfabetos tecnológicos, desafio esse que se enquadra aos docentes e
discentes. Por conta disso, as escolas possuem o papel de preparar em seus alunos a
intenção de serem cidadãos críticos e ativos na sociedade em que estão inseridos,
passam a identificar a necessidade de seguirem o ritmo de desenvolvimento da
tecnologia.
Destarte a isso, Masetto (2015), nos menciona que em relação aos desafios para
a docência na contemporaneidade relacionados ao cenário da revolução das TICs
envolvem eixos de ensino que precisam de uma certa atenção e discussões para
imediatas soluções. Dentre essas, a construção e socialização do conhecimento
interdisciplinar, a valorização do processo de aprendizagem e a formação de
profissionais capazes de atuarem de forma assertiva e efetiva.
Com isso, entramos em uma discussão de que refletir a educação no século XXI
é algo complexo, pois temos uma associação obsoleta do passado e o que se esperar
do futuro, o que acaba gerando uma incerteza, vez que também precisamos focar no
presente. Tal discussão se torna complexa, devido ao fato de que a Educação, assim
como a sociedade em geral, passa por inúmeras transformações nos diferentes
contextos sociais e precisamos seguir fielmente essas mudanças, vez que não há como
desenvolver, no nosso caso, uma educação de qualidade se ficarmos presos ao passado
e não identificarmos as potencialidades apresentadas no século XXI, principalmente no
que se refere o uso das novas tecnologias (CLOCK et al., 2018).
Diante de tudo o que foi discutido, precisam pensar que a Educação para o século
XXI precisa ser vista na perspectiva progressista, a qual colabora para a transformação
de uma sociedade e foque em um ensino de qualidade e que atenda às demandas
tecnológicas que nos são apresentadas cada vez mais no contexto educacional. Vemos
aí que o processo de ensino e aprendizagem não pode ser entendido como apenas uma
mera transmissão, repetição e decoração de conteúdos programáticos, mas sim estarem
vinculadas a realidades que permeiam a escola, os docentes e alunos em sua realidade
social, para que, com isso, formemos discentes que sejam capazes de ter consciência
de sua realidade e responsabilidade enquanto cidadão crítico e reflexivo, utilizando-se
de forma correta dos recursos digitais e todas as tecnologias que lhe são apresentadas,
de forma que as utilize como uma estratégia de ensino.
REFLITA
Fonte: o autor.
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
[…]
1 INTRODUÇÃO
Desde a década de 1990, quando as discussões nacionais em educação levaram
ao estabelecimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD – Lei n°
9394/96), a Educação a Distância (EaD) foi se desenhando como modalidade
educacional.
Em um cenário em que o Banco Mundial e seus organismos apontavam para os
atrasos da educação brasileira, incitando-lhe postura de avanço, o mesmo órgão
direcionava políticas econômicas de cortes de gastos públicos ou redução de
investimentos. Assim, o Ministério da Educação passava a direcionar, por meio de
financiamentos, editais, portarias e decretos, a expansão do Ensino Superior via
Educação a Distância, ao passo que as Universidades viam seus investimentos
congelados. Sem a ampliada discussão sobre os impactos das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs) para a educação em todos os níveis, e a sensação
de transferência de recursos para uma “experiência” em demérito de cursos e instituições
existentes, estabelecia-se uma distinção que ainda vige na atualidade entre o que se
deve pensar, discutir e realizar para o ensino presencial e o ensino a distância.
Neste texto se objetiva abordar a Educação a Distância (EaD) em sua
necessidade de real inserção na discussão curricular em educação. Para tanto,
considera-se a historicidade da modalidade e o currículo como campo cultural em
disputa. Apresentado na forma de ensaio teórico, pauta-se em autores basilares aos
conceitos fundamentais para a discussão de currículo e tecnologias de informação e
comunicação, tanto quanto em pesquisadores da educação e suas contribuições no
debate sobre as políticas de EaD e democratização do ensino. Este trabalho resulta dos
estudos, investigações e discussões realizados pelo Grupo de Pesquisa de Educação a
Distância e Tecnologias Educacionais (GPEaDTEC) da Universidade Estadual de
Maringá, coordenado pela Professora Maria Luisa Furlan Costa. O grupo se dedica às
questões históricas, metodológicas, políticas e práticas mediadas pelas tecnologias de
informação e comunicação, com ênfase nas ações institucionais e governamentais
desenvolvidas na modalidade de educação a distância.
Oriento, caro(a) acadêmico(a), que, para melhor compreensão do texto e dos conteúdos
apresentados em nossa disciplina, especificamente nesta unidade, faça a leitura
completa do artigo, por meio da referência a seguir:
Fonte: BASSO, Silvia Eliane de Oliveira, et al. EaD, currículo e Hegemonia: o necessário debate. EmRede
– Revista de Educação a Distância, v. 7, n. 1, p. 225-241, 2020. Disponível em:
https://www.aunirede.org.br/revista/index.php/emrede/article/view/559. Acesso em: 24 mar. 2021.
LIVRO
• Título: Metodologias Ativas: para a educação presencial,
blended e a distância
• Autor: João Mattar (2017).
• Editora: Artesanato Educacional.
• Sinopse: Blended learning (aprendizagem híbrida), sala de
aula invertida (flipped classroom), peer instruction, método
do caso, aprendizagem baseada em problemas e
problematização, aprendizagem baseada em projetos,
pesquisa, aprendizagem baseada em games e gamificação,
dramatização e simulação, design thinking, colaboração,
avaliação por pares, autoavaliação, portfólios...
Neste livro, João Mattar aborda essas metodologias ativas com orientações e exemplos
para a educação presencial, semipresencial e a distância, na educação básica,
corporativa e no ensino superior. Se você é um professor, aluno, gestor ou interessado
na área, encontrará aqui um rico material que combina metodologias de ensino e
aprendizagem inovadoras com o uso de novas tecnologias em educação, como games.
Uma imersão na área com uma linguagem dialógica e uma ampla bibliografia de
referência.
FILME/VÍDEO
BACICH, L.; MORAN, J. Aprender e ensinar com foco na educação híbrida. Revista
Pátio, n. 25, p. 45-47, jun. 2015.
MATTAR, J.; MIRANDA, C. ABC da EaD. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
Plano de Estudo:
• Tecnopólio
• Cibercultura
• Virtualização
• Humanidades Digitais
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar o Tecnopólio
• Compreender a Cibercultura
• Estabelecer a técnica da Virtualização
• Compreender as Humanidades Digitais
INTRODUÇÃO
Bons Estudos!!!
1 TECNOPÓLIO
Caro(a) aluno(a), iremos iniciar nossa discussão acerca das humanidades digitais
e formação em cultura digital discutindo sobre o Tecnopólio, que nada mais é do que a
rendição da cultura à tecnologia, ou seja, as pessoas, em uma sociedade geral,
apresentam uma crença fiel e exagerada no que diz respeito às tecnologias e a ciência,
levando a ideia de que ambas devem definir os rumos que as pessoas devem seguir
enquanto civilização consciente. Logo, por meio dessa crença, os indivíduos são
educados a aceitar tal realidade e deixar que continuem suas vidas sem questionar seus
rumos (CARRER, 2016).
De forma geral, a prova do ENEM possui como principal objetivo que a educação
seja a eficiência e a “melhoria dos índices e da elevação do Brasil nos rankings de
avaliação internacional”, o que somente é possível caso haja melhoras nos resultados
obtidos pelos estudantes do Ensino Médio, Ensino Superior e Ensino fundamental, por
meio das provas ENEM, ENADE e Prova Brasil, respectivamente.
Vemos que as notas obtidas são baseadas na aplicação de cálculos meramente
técnicos, deixando de lado a capacidade e possibilidade de análise humana e, com isso,
passam apenas a comparar a inteligência humana à uma coisa ou objeto, que é natural
e independente do contexto social, em que apenas a aplicação de cálculos e a ciência
natural são levadas em consideração, e, a partir disso, vemos a inteligência sendo
associada apenas enquanto pode ser medida ou atribuída de um valor (BARBOSA;
MARCELINO, BAZZO, 2012).
Em seu livro sobre o tecnopólio, Postman aborda a transformação da educação e
propõe que seja pensado, em debate, a possibilidade de um combate afetuoso a este
modelo de avaliação que é imposto pela sociedade, pensando, assim, em ações que não
visem somente uma preocupação do escritor, mas podem ser vistas nas discussões de
outras obras literárias (BARBOSA; MARCELINO, BAZZO, 2012).
REFLITA
“O professor americano Neil Postman nos deixa uma questão para pensar: o ser humano
está se tornando um escravo da tecnologia e/ou um crente alienado da ciência?”
(BARBOSA; MARCELINO; BAZZO, 2012, p. 5).
O que você pensa sobre isso, caro (a) aluno (a)?
Fonte: Barbosa, Marcelino e Bazzo (2012).
#REFLITA#
2 CIBERCULTURA
Neste tópico iremos falar sobre a condição social denominada como Cibercultura.
Para discutirmos esse assunto, é necessário enfatizarmos que no decorrer dos dias
presenciamos cada vez mais as transformações em nossa sociedade, transformações
essas que são oriundas da tecnologia. Com isso, cada vez mais as pessoas passam a
se integrar ao espaço público, de forma que sejam criados e alterados conteúdos de
multimídia, como, por exemplo, os dispositivos móveis que nos permitem que estejamos
conectados a todo momento.
De acordo com Santos (2011), a cibercultura é a cultura contemporânea
estruturada pela utilização das novas tecnologias em redes do ciberespaço. Seus
primeiros estudos sobre o assunto apontam que a cibercultura pode ser entendida como
um modelo híbrido da internet e infraestrutura tecnológica, com as pessoas envolvidas
em processos de comunicação por meio das redes sociais.
Carvalho (2020) relata que o que deu origem ao que chamamos hoje de
cibercultura, está relacionado com um conjunto de técnicas, práticas culturais e
tecnologias que foram desenvolvidas conseguinte a segunda metade do século XXI, e
pode ser compreendida como uma nova interligação entre a sociabilidade e a novas
tecnologias, dando origem a uma cultura contemporânea.
Pensando no contexto brasileiro, é claro que a muito tempo a questão virtual está
inserida em nossa sociedade sem ao menos notarmos isso, vez que viemos
acompanhando o desenvolvimento das gerações que estão relacionadas com a
tecnologia e como utilizar a mesma, onde o comportamento das pessoas deixou de se
limitar apenas aos relacionamentos pessoais e passaram a evidenciar cada vez mais o
uso dos recursos tecnológicos e da internet (REZENDE, 2020).
Analisando de uma forma geral e completa, tudo que está relacionado à cultura
digital relacionado com os aspectos técnicos relacionados “à cultura, à religião, ao
comportamento humano e principalmente ao uso e mudança da tecnologia pode ser
considerado de cibercultura” (REZENDE, 2020, p. 6).
O conceito de Web 2.0, apresentado por Tim O’Reilly, define a web como
uma plataforma na qual se consome e se produz conteúdo e pela
facilidade de publicação, deu poder ao indivíduo, transformando-o de um
simples consumidor de conteúdo da web 1.0 para também um produtor
de conteúdo. Esse conceito aproveita a inteligência coletiva com a
contribuição do usuário e cria uma rede de informações por meio da
contribuição dos integrantes da rede (REZENDE, 2020, p. 17).
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
3 VIRTUALIZAÇÃO
Complementar a isso, Pimenta (2001) evidencia que, em sua obra, Pierre Lévy
apresenta o quão fácil e enganosa é a oposição entre real e virtual. O virtual se opõe ao
atual, conforme tende a se atualizar sem que se chegue a uma ideia concreta e efetiva.
Ainda argumenta que o virtual se diferencia, também, do possível devido a já estar
construído e latente, pronto para se tornar algo real, não tendo a criatividade do virtual.
Por meio disso, o virtual passa a ter uma condição de fornecimento de tensões
para o processo de criação no qual se utiliza da atualização, de forma que não seria algo
previsível e estático, pois essa ideia de virtual se relaciona com a produtividade textual
resultante do trabalho da desconstrução (PIMENTA, 2001).
Com base nisso, entendemos que esse fenômeno que envolve a virtualização
afeta o aspecto cognitivo dos indivíduos, e passa a instaurar um conceito de inteligência
coletiva, potencializada pelas novas tecnologias e recursos tecnológicos, por meio da
interação entre as pessoas e suas trocas de conhecimento de maneira coletiva. Com
isso, é viável destacar que a virtualização amplia um campo de estudo e pesquisa amplo
na medida em que a tecnologia e a cibercultura avança, passam a propiciar ainda mais
estranhezas sobre a investigação, modificação e cognição humana (MENDES, 2010).
SAIBA MAIS
O virtual, o real e o atual — como é viver numa sociedade virtual (baseado em
Pierre Lévy)
“O virtual não se opõe ao real, mas sim ao atual”. Virtual vem do virtus latim, que
significa força, potencial, o que pode vir a ser. O virtual é uma extensão natural do real,
e é basicamente uma transformação daquilo que é atual em algo potencial. Confuso!
Mas vamos tentar entender esse conceito, porque a ideia de virtualização para Lévy é
realmente ampla (e interessante).
Oposições
O primeiro ponto a entender são os antônimos. Lévy toma emprestado uma
distinção entre possível e real, feita por Deleuze em “Diferença e Repetição”. O possível
tem todas as características do real, mas de forma latente. Para que ocorra uma
passagem possível ou real, basta efetivar sua existência. “O possível é exatamente como
o real: a falta de presença […] A diferença entre o possível e o real é, portanto, puramente
lógico”. Um edifício pode ter sua distinção de um edifício real apenas um fato deste último
existir e outro não. “Cada entidade carrega e produz suas virtualidades […] Uma
atualização é criação, criação de uma forma a partir de uma configuração dinâmica de
forças e finalidades”.
O processo de atualização leva a mudanças irreversíveis, ou a virtualização leva
apenas as possibilidades. Nesse sentido, o oposto do real seria possível, e sobraria
para o virtual ser oposto do atual. Essa diferenciação parece banal, mas é fundamental
para entender o que realmente é a virtualização que estamos falando nesse texto (e na
obra de Lévy).
#SAIBA MAIS#
4 HUMANIDADES DIGITAIS
Para finalizar nossa unidade, caro(a) aluno(a), neste momento iremos falar sobre
as Humanidades Digitais.
Por meio disso, podemos entender que as Humanidades Digitais podem ser
entendidas como um novo campo do saber e como apresenta os indicadores de um
campo firmado por meio de diversas associações, estudos e programas de ensino e
investigação do ensino. Essa nova maneira de investigação e desenvolvimento sobre as
áreas de humanidades e ciências da informação orientam uma parte de pesquisa para
identificar, definir e descrever métodos, práticas e normas que o sustentam.
Pimenta (2016, p. 20) complementa que “as Humanidades Digitais são um campo
auto-reflexivo capaz e desejante de que a aplicação das tecnologias digitais voltadas às
Humanidades seja ela própria o objeto de investigação do pesquisador”. A partir disso,
podemos compreender que as humanidades digitais são marcadas pelas questões que
envolvem a sua prática e sua técnica, que fazem parte de um canal de diálogo entre
essas duas questões.
De fato, o uso da expressão “Humanidades Digitais” pode ser apenas a
ponta visível de um processo mais profundo: a crescente integração de
tecnologias computacionais às pesquisas em ‘humanidades’ – processo
que alguns consideram inexorável, e que colocaria desafios importantes
para as humanidades e suas práticas tradicionais. Para alguns
pesquisadores, essa integração e os desafios que ela coloca mereceram
atenção suficiente para compor uma comunidade de práticas unida em
torno de um termo próprio, como vimos (SOUSA, 2015, p. 1).
REFLITA
“É preciso lembrar que a BNCC também apresenta, entre as competências gerais que
os estudantes devem desenvolver até o fim da educação básica, os conceitos de cultura
digital, pensamento crítico e comunicação, entre outros, que dialogam diretamente com
a ideia de educação midiática” (THOBIAS, 2021, p.1).
#SAIBA MAIS#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Introdução
Fonte: LEMOS, André. O que é cibercultura? Professor Wagner Verchai de Lima, Porto Alegre, 2013.
Disponível em: https://profwagner.wordpress.com/2013/09/05/o-que-e-cibercultura/. Acesso em: 30 mar.
2021.
LIVRO
Plano de Estudo:
• Métodos de Ensino On-line
• A Educação Onlife
• Nativos ou Nômades Digitais
• O historiador e o uso das tecnologias digitais
Objetivos de Aprendizagem:
• Compreender os métodos de Ensino On-line
• Compreender a Educação Onlife
• Conceituar sobre os Nativos e Nômades digitais
• Analisar sobre o historiador e o uso das novas tecnologias
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à Unidade IV, intitulada “Educar na Era Digital
– formação do professor historiador”, da disciplina de Prática de Ensino: Estratégias e
Tecnologias do curso de Licenciatura em História. Nesta etapa, você irá compreender
um pouco mais sobre algumas informações importantes referentes à formação do
profissional da história por meio da era digital em que estamos inseridos.
No primeiro tópico de discussão desta unidade iremos discutir sobre os métodos
de ensino on-line, e você poderá compreender e analisar quais são os métodos de
ensino/aulas mais utilizados como estratégias pedagógicas na atual sociedade, a da Era
Digital.
No segundo momento de discussão, será abordada a definição de educação
onlife, de forma que você possa verificar a definição dessa nova experiência de realidade
hiperconectada, não fazendo mais sentido questionar-se se estamos on-line ou off-line.
No terceiro tópico iremos conceituar e compreender sobre os Nativos Digitais e
sobre os Nômades Digitais. Você poderá identificar em qual perfil estamos inseridos
atualmente e como esses perfis se enquadram em nossas práticas, sejam pedagógicas
ou profissionais.
Já no quarto e último tópico iremos discutir sobre o historiador e o uso das novas
tecnologias. Será possível compreendermos sobre como o uso dos recursos tecnológicos
podem agregar e modificar a prática do profissional historiador e do docente dessa área.
Bons Estudos!!!
1 MÉTODOS DE ENSINO ON-LINE
Dando início, então, a nossa discussão será acerca dos métodos de ensino on-
line, os quais se referem ao ensino presencial, mas foram adaptados para um modelo
que atendesse os recursos e formatos tecnológicos. O primeiro exemplo que temos é a
Gravação de aulas expositivas:
SAIBA MAIS
Concentre-se no domínio
Desenvolvimento Integrado
Com isso, percebemos que esse é o momento ideal para efetivamente discutirmos
sobre a Educação Onlife, quando temos contato com as tecnologias atuais e
desenvolvem-se pedagogias para a nova realidade hiperconectada. Essa educação
indica que seja um contexto em que não haja o dualismo entre off-line e on-line, e que os
recursos tecnológicos não sejam vistos apenas como instrumentos.
Estamos frente a uma discussão em que devemos inovar o ponto de vista
educacional e não reproduzirmos metodologias da modalidade presencial para a on-line,
em que vemos uma situação de aprendizagem invertida, que nos exige muito mais do
que resolvermos problemas, implicando em uma problematização que o mundo provoca.
A partir disso, vemos que estamos passando por um momento de mudança na
aprendizagem. As escolas feitas por sala de aulas passam a ser uma ecologia de
plataformas de dados, acesso, coprodução e compartilhamento de informações de
maneira interativa, o que nos leva a superar a ideia de uma educação numa perspectiva
de cosmograma da rede compartilha de uma ecologia de aprendizagem num processo
de educação onlife, numa relação de atores humanos e não humanos (SCHLEMMER; DI
FELICE; SERRA, 2020).
REFLITA
#REFLITA#
3 NATIVOS OU NÔMADES DIGITAIS
[...] o termo nativo digital foi sugerido para designar os nascidos a partir
de 1990 e que apresentam características como familiaridade com o
computador, com os recursos da internet e a capacidade de receber em
informações rapidamente, processar em vários assuntos
simultaneamente e desempenhar em múltiplas tarefas. Como nem todos
têm fácil acesso ao computador e aos recursos da internet, pode-
se falar em usuários nativos digitais sem associá-los diretamente a uma
faixa etária específica (BITTENCOURT; ALBINO, 2017, p. 212).
Bates (2017) ressalta que os nativos digitais são aquelas pessoas/alunos que têm
acesso e imersão facilitados com a tecnologia digital, eles pensam e aprendem de
maneira diferente do ensino tradicional – sem uso de recursos tecnológicos – como sendo
um resultado dessa imersão sobre as mídias digitais. Hoje, a maioria dos estudantes
nascem e crescem envolvidos com a tecnologia e as mídias sociais, eles utilizarão as
novas tecnologias da informação e comunicação para o processo de ensino e
aprendizagem.
REFLITA
Fonte: o autor.
#REFLITA#
4 O HISTORIADOR E O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS
Dito isso, devemos levar em consideração a crença de que o docente sempre foi
e sempre será um espelho que refletirá sobre o seu aluno, não apenas questões
educacionais, mas também questões de transformações cotidianas, ou seja, ser
professor é preestabelecer cenários que desenvolvam críticas e reflexões, deixando de
lado o ensino que é apenas questionador e reprodutor (WUNSCH; FERNANDES
JUNIOR, 2018).
Pautando-se, agora, em uma discussão voltada para o professor de história e o
uso das tecnologias, Costa (2015) nos afirma que para o pesquisador/professor de
história, a história de forma digital é algo visto como maravilhoso e entendido como um
desafio em diversos sentidos. Nesse contexto, a internet é vista como um recurso novo
e pouco estudado, o que gera novas demandas na questão da historicidade, marcando
a articulação do saber histórico com o repensar das práticas de historiadores e
professores de história.
Isso reflete na questão de que o ensino de história vem sendo cada vez mais
renovado nos últimos anos, com mais ênfase no que se relaciona à inserção de novas
recursos metodológicos e renovação de temas discutidos, porém, é válido ressaltar que
tais renovações ainda não apresentaram grandes interferências na metodologia do
ensino desta disciplina.
Em relação ao ofício do historiador, a internet é entendida como uma nova
categoria de fontes de pesquisas e práticas profissionais e pedagógicas. Na atual
sociedade, após a disseminação das novas tecnologias, foi possível contar com um
suporte inesgotável de novos recursos. Contudo, o uso das novas tecnologias da
informação e da comunicação ainda são poucas as pesquisas e práticas que se utilizam
da tecnologia como fonte de pesquisa, pois os historiadores ainda se sentem receosos
com o aproveitamento dessas novas metodologias (ALMEIDA, 2011).
Com isso, vemos o quanto a tecnologia agrega ao trabalho do historiador, uma vez
que, por meio dela, as pesquisas, por exemplo, foram facilitadas devido a não
necessidade de deslocamento para determinados locais longínquos e complicados para
realizar tais pesquisas. Já para a docência, os recursos tecnológicos facilitam o trabalho
do professor, pois os alunos estão cada vez mais conectados, e nas aulas isso não pode
ser diferente. Hoje, o docente pode se utilizar de diversos recursos e softwares para
agregar em suas práticas pedagógicas, deixando suas aulas mais atrativas e mais
atualizadas mediante à grande evolução da tecnologia e dos recursos que são proventos
dela.
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), chegamos ao final de nossa quarta e última unidade de
discussão sobre a disciplina de Prática de ensino: Estratégias e Tecnologias.
Em nosso primeiro momento de discussão foi possível que você compreendesse
um pouco mais sobre os diferentes métodos de ensino on-line. Foram destacados os
principais, que são: gravação de aulas expositivas e aulas expositivas, o ensino em
pequenos grupos, o ensino baseado em recursos tecnológicos e individualizado, o uso
de ambientes virtuais de aprendizagens, a aprendizagem colaborativa on-line e a
aprendizagem baseada em competências.
No segundo tópico de discussão foram apresentadas as principais informações
acerca da educação onlife. Você, caro(a) aluno(a), pode compreender que não há mais
a necessidade de definirmos se estamos on-line ou off-line devido à experiência da nova
realidade hiperconectada.
No terceiro momento discutimos sobre a conceituação dos Nativos Digitais e
Nômades Digitais, compreendendo que os nativos estão relacionados àqueles que já
nascem e crescem envolvidos com a tecnologia, desenvolvendo novos alunos para a
atual educação. Os nômades digitais são aqueles que aproveitam a tecnologia como um
recurso facilitador para a realização de suas práticas profissionais de forma remota, não
necessitando de uma base fixa para trabalharem.
Por fim, discutimos sobre o historiador e o uso das novas tecnologias,
entendendo como os recursos tecnológicos podem interferir na prática profissional dos
historiadores e dos docentes dessa área do ensino. É válido ressaltar que se fala em uma
competência docente que está associada a dois caminhos, o da visão técnica e o do
professor que visualiza o processo de ensino e aprendizagem como algo coletivo
Para uma ampliação do conhecimento acerca dos assuntos abordados nesta
unidade, não deixe de acessar os materiais complementares dispostos a seguir.
Eliane Schlemmer
José António Moreira
Resumo
Caro(a) aluno(a), sugiro que faça a leitura do artigo completo por meio da referência:
Fonte: SCHLEMMER, Eliane; MOREIRA, José Antonio. Ampliando conceitos para o paradigma da
Educação Digital OnLIFE. Revista Interacções, Santarém, v. 16, n. 55, p. 103-122, 2020.
LIVRO
GOMES, N. S. Nômades digitais: quem são estes novos turistas. 2019. 156f.
Dissertação (Mestrado em Turismo e Desenvolvimento de Destinos e Produtos) –
Universidade de Évora, Évora, 2019.
LAITANO, B. G. (Con)figurações do historiador em um tempo marcado pela disrupção
tecnológica. Esboços, Florianópolis, v. 27, n. 45, p. 170-186, maio/ago. 2020.