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Psicologia, Tecnologia e Inovação

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UA1 - Sociedade da Informação e Tecnologia: conceitos e novas abordagens
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1. UA1 - Sociedade da Informação e Tecnologia: conceitos e novas

abordagens
Caro acadêmico, seja muito bem-vindo!
Creio que você deve ter ficado instigado ou estar se perguntando sobre a relação desta disciplina com a Psicologia.
Vivemos em uma sociedade global e interconectada o que tem transformado nossos hábitos, relacionamentos, o
mundo do trabalho, a produção de conhecimento e pesquisa, os processos comunicacionais e vários outros aspectos
da vida em sociedade. A sociedade da informação é caracterizada pela tecnologia e inovação o que demanda o
desenvolvimento de novas habilidades e competências, abordagem multidisciplinar e empreendedora no
enfrentamento de desafios e busca de oportunidades.
Nesta Unidade de Aprendizagem, serão apresentadas as características da Sociedade da Informação, os conceitos

de tecnologia e de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICS). Salientou a importância das leituras
complementares, bem como dos vídeos e links sugeridos que irão colaborar para o enriquecimento dos seus estudos.
Ao final da unidade, você deverá apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as principais características da Sociedade da Informação
Compreender a evolução sócio histórica do conceito de tecnologia.
Compreender os impactos das tecnologias no mundo globalizado.
Bons estudos!
Prof.ª Dr.ª Jacqueline da Silva Figueiredo Pereira. Doutora e Mestra em Educação pela Universidade Federal de Minas
Gerais. Graduada em Pedagogia pela FaE/UFMG. Atua como docente nas Faculdades Promove de Sete Lagoas e em
outras IES em cursos de graduação e pós-graduação, presencial e EaD. Desenvolve pesquisa no campo das políticas
públicas, formação profissional e gestão organizacional com foco nos impactos das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs).
Introdução
Nesta unidade estudaremos a Sociedade da Informação, evolução do conceito de tecnologia e de Tecnologias de

Informação e Comunicação (TICs) bem como os impactos das tecnologias no mundo globalizado. Isso porque a
sociedade da informação, caracterizada pela grande difusão das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)
demandam a formação de profissionais dotados da capacidade de resolver os problemas complexos de uma
sociedade em constante transformação.
Compreender as dinâmicas sociais e os impactos das tecnologias na sociedade da informação e da comunicação é

fulcral, já que a Sociedade em Rede ou Sociedade da Informação apresenta, de acordo com Castells (2000) as
seguintes características:
Informação como matéria-prima: as tecnologias são desenvolvidas para possibilitar a atuação do homem sobre
informação de forma a convertê-la em conhecimento.
Grande difusão tecnológica: os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade uma vez que a informação
é parte integrante de toda atividade humana, individual ou coletiva.
Predomínio da lógica de redes: integração e conectividade possibilitadas pela tecnologia nos mais diversos
processos e relações.
Flexibilidade: processos reversíveis e alta capacidade de reconfiguração dos sistemas e processos.
Convergência de tecnologias: microeletrônica, telecomunicações, computadores, dentre outras promovendo o

desenvolvimento tecnológico em diversas áreas do conhecimento.
As Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) têm trazido novos desafios à formação de profissionais das
diversas áreas do conhecimento. O mundo globalizado e a sociedade do conhecimento ou sociedade em rede
demandam profissionais com domínio da linguagem digital e que saibam integrar de forma criativa e inovadora essa
linguagem nos diferentes espaços e contextos. De acordo com Lévy (1993), as TICs têm possibilitado novas maneiras
de pensar e de conviver e promovido a integração cultural e a troca de conhecimento com pessoas do mundo todo.
Assim, os psicólogos e psicólogos precisam aprender a trabalhar de forma científica, adotando as premissas da
ciência e do método científico e estar aptos a fazer uso das tecnologias de forma a contribuir para a ampliação e
abrangência do conhecimento produzido pela Psicologia e do seu impacto social.
Evolução do Conceito de Tecnologia
Durante o seu processo evolutivo, os seres humanos desenvolveram a capacidade de aprender e de transmitir os
conhecimentos e experiências apreendidos para as gerações futuras, de forma a assegurar a sobrevivência da
espécie e lidar com o ambiente em que viviam. A aprendizagem é o processo por meio do qual novos conhecimentos
são adquiridos, novas habilidades e competências são desenvolvidas e, nesse processo ocorrem mudanças no
comportamento dos indivíduos e do grupo. (MARTINS, 2012).
Nas relações estabelecidas com o meio diante da luta pela sobrevivência, os homens criaram e construíram
ferramentas utilizando os recursos disponíveis na natureza. Utensílios, ferramentas, adornos feitos primeiramente de
gravetos, pedra e conchas coletadas e, à medida que foram dominando novas tecnologias, como o fogo, novas
matérias-primas foram utilizadas como o barro e os metais como o bronze, ferro, ouro e prata, por exemplo.
Na Pré-História, os homens habitavam as cavernas, passaram a dominar o fogo, desenvolveram a agricultura e a

pecuária deixando a vida nômade para se tornarem sedentários. Sem a necessidade de mudanças contínuas em
busca de alimento, surgiram os povoados que se transformaram em cidades, desenvolveram a língua escrita, novas
funções como a administração das vilas e cidades e uma diversidade de profissões: mercadores, ferreiros, padeiros,
artesãos, comerciantes dentre outras.
Nos primeiros tempos, a humanidade foi utilizando os recursos naturais disponíveis para atingir fins específicos de
sobrevivência e manutenção da espécie e para benefício próprio, como as pedras, ossos, galhos e troncos de árvores,
pele de animal. Assim, os seres humanos se tornaram capazes de modificar a natureza fazendo uso de tecnologia.
No processo de interação com o meio, domínio e transformação da natureza, o comportamento humano e o curso da
história da humanidade são largamente determinados pela tecnologia já que a ela é criada, moldada e sofre
interferência do meio em está inserida (GRINT; WOOLGAR, 2013 apud VERASZTO et al 2008). É, segundo os autores, um
processo dinâmico, contínuo, impulsionado pelas novas descobertas que irão gerar novas necessidades, demandas
e a substituição de tecnologias antigas por novas.
Figura 1: Domínio do fogo. Figura 2: Uso de lanças e estratégias na caça.
Figuras 3 e 4: Sedentarismo: surgimento dos povoados, vilas e cidades. Sofisticação da divisão social.
Tecnologia, palavra de origem grega formada pela junção dos vocábulos téchne (artefato) e logos (pensamento,
razão), ou seja, conhecimento transformado ou manifestado em ferramentas (MOREIRA & QUEIROZ, 2007). Dessa
forma, o conceito de tecnologia pode ser compreendido como tudo que é construído pelo homem a partir da
utilização de diversos recursos naturais, tornando-se um meio pelo qual se realizam atividades com objetivo de criar
ferramentas instrumentais e simbólicas para transpor barreiras impostas pela natureza e estabelecer uma vantagem
competitiva. (GOMES, RODRIGUES, 2014).
Na Revolução Industrial, no século XIX, a tecnologia passou a ser associada ao mundo do trabalho, à técnica
necessária à produção de bens e serviços. Tecnologia passou a ser entendida como
um conjunto de conhecimentos práticos, aplicáveis e teóricos, de métodos, procedimentos, diretrizes, experiências,

dispositivos e equipamentos, relacionados a um dado produto ou serviço, que definem as possibilidades de produção
de bens e serviços para o atendimento de necessidades da sociedade. (CARRETEIRO, 2009, p. 41).
A tecnologia também pode ser compreendida como um conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos
empregados na produção e comercialização de bens e serviços (LONGO, 1984).
O desenvolvimento da indústria demanda cada vez mais a superação da tecnologia precedente para a
sobrevivência das organizações. Nesse cenário, segundo Figueiredo (2009), as organizações de sucesso eram as
organizações dotadas de capacidade tecnológica – um conjunto de recursos de natureza cognitiva que possibilita o
uso eficaz de conhecimento e habilidades técnicas, não apenas na melhoria e desenvolvimento de produtos e
processos, como também na melhoria de tecnologias existentes, gerando novos conhecimentos e habilidades em
resposta ao ambiente altamente competitivo, característico da sociedade globalizada. São indicadores da
capacidade tecnológica (LALL, 1992; FIGUEIREDO, 2009):
Indicadores relativos à tecnologia: transferência de tecnologia (seleção, aquisição, adaptação, venda, etc.) e a
idade da tecnologia;
Indicadores relativos às atividades de P&D: investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a cooperação com

outras instituições;
indicadores relativos às patentes: número de registros, impacto das patentes e o tempo elas permaneceram sendo
citadas;
indicadores referentes aos produtos e ao processo produtivo: desenvolvimento de novos produtos e processos,
melhoria dos já existentes, a aquisição, adaptação e manutenção de máquinas e equipamentos;
indicadores de relacionamentos: relacionamentos internos entre setores e funções, com instituições de pesquisa,
clientes e fornecedores e a comunicação;
indicadores de mercado: orientação para o mercado e a fatia de mercado;
indicadores referentes às estruturas organizacionais;
indicadores de financiamentos e programas de incentivos governamentais;
indicadores relativos ao conhecimento e ao aprendizado: conhecimento das pessoas, qualificação e tempo de

treinamento.
Com o passar dos anos, a tecnologia passou a fazer parte do nosso dia a dia, cada vez mais inserida em nosso meio:
em casa, na escola, nos momentos de lazer, promoção do bem-estar, muito além da indústria e não apenas
vinculada a produtos e serviços, demandando nova abordagem da tecnologia. A tecnologia passou a ser
considerada como “conhecimento sistemático derivado da pesquisa científica” (GAGNE, 2013, p. 3).
Silva (2018) define tecnologia da seguinte forma:
é o conhecimento científico (teoria) transformado em técnica (habilidade). Esta, por sua vez, irá ampliar a
possibilidade de produção de novos conhecimentos científicos. A tecnologia envolve um conjunto organizado e
sistematizado de diferentes conhecimentos, científicos, empíricos e até intuitivos voltados para um processo de
aplicação na produção e na comercialização de bens e serviços. (SILVA, 2018, p.3).
Figura 1: Elementos de tecnologia
Fonte: Silva (2018), adaptação.
Figura 2: Áreas da tecnologia
Fonte: Matos (2005).
Tecnologia envolve, portanto, a junção entre conhecimento e técnica demandando investimento, pesquisa e
qualificação para seu aprimoramento e desenvolvimento de novas tecnologias. De acordo com Mattos (2005), a
tecnologia pode se apresentar de duas formas, sendo elas: explícita que diz respeito ao conhecimento ou habilidades
das pessoas ou expressa como informações contidas em documentos, como relatórios, registros de patentes, croquis,
etc. e, implícita, conhecimentos e habilidades incorporadas em bens e serviços e armazenada no cérebro das
pessoas. Não só a técnica e os recursos se tornam elementos importantes no que tange à tecnologia, a mobilização
dos conhecimentos, das habilidades e competências das pessoas se torna imperativa no contexto da globalização e
da Sociedade de Informação e Comunicação.
A Sociedade do Conhecimento
A partir das últimas décadas do século XX têm ocorrido transformações significativas nas estruturas econômica,
social e política em âmbito mundial, entre elas, o acirramento da globalização, a hegemonia do neoliberalismo e o
avanço das tecnologias que vêm impactando os Estados/Governos. Mudanças importantes também têm sido
observadas nos modos de objetivação das relações de trabalho e, muitos autores, entre eles, Coutinho (2008) têm
apontado para uma crise da sociedade do trabalho e o fim do trabalho como categoria fundante do ser humano e
de suas formas de sociabilidade.
O processo de reestruturação produtiva teve início na década de 70, no contexto da crise do fordismo, “caracterizada
pelo esgotamento econômico do ciclo de acumulação (tendência decrescente da taxa de lucro) e pela
intensificação das lutas de classe ocorridas no final dos anos 60 e início dos anos 70” (ANTUNES, 1995, p.31). Desde
então, o mundo tem passado por profundas mudanças nos sistemas produtivos, visando, principalmente, à
superação do modelo taylorista-fordista. Neste contexto de reestruturação produtiva – aqui entendida como a
justaposição do taylorismo a novas modificações no processo produtivo: introdução de novas tecnologias, mudanças
organizacionais, inovações gerenciais e novas formas de gestão da força de trabalho (MACHADO; FIDALGO, 2000) -,
assiste-se aos efeitos heterogêneos e não coetâneos desse processo.
A discussão acerca da centralidade do trabalho e sua importância para constituição do sujeito trabalhador e de suas
relações com o meio social é enfatizada por Lancman: (2008):
O trabalho é mais do que o ato de trabalhar ou de vender sua força de trabalho em busca de remuneração. Há
também uma remuneração social pelo trabalho, ou seja, o trabalho enquanto fator de integração a determinado
grupo com certos direitos sociais. O trabalho tem, ainda, uma função psíquica: é um dos grandes alicerces de
constituição do sujeito e de sua rede de significados. Processos como reconhecimento, gratificação, mobilização da
inteligência, mais do relacionados à realização do trabalho, estão ligados à constituição da identidade e da
subjetividade (p. 31).
Neste contexto, o trabalho tem se caracterizado por relações fluidas e vulneráveis que têm provocado alterações
importantes no/a trabalhador/a, ao mesmo tempo em que são instituídas novas formas de inserção e de exclusão
social. Estas mudanças no mundo do trabalho têm provocado mudanças no modo como os/as trabalhadores/as se
relacionam com o contexto do trabalho. As mutações do mundo do trabalho e suas consequências para as
subjetividades dos/as trabalhadores/as atingem numerosas categorias de trabalhadores.
O processo de globalização caracterizado pela grande difusão tecnológica, principalmente pelas tecnologias de
informação e comunicação (TIC) que propicia o acesso rápido às informações, promove a interconectividade e reduz
distâncias não foi capaz de superar velhos desafios como a pobreza, a concentração de renda em um grupo
pequeno de indivíduos e países, os impactos ambientais negativos e a garantia dos direitos humanos.
As novas tecnologias de base flexível características desse novo modo de produção bem como as inovações
organizacionais passaram a demandar um novo tipo de organização e de trabalhador. Houve, portanto, um
entendimento de que era necessário (re) qualificar a força de trabalho para atender às novas necessidades
impostas pelos processos de reestruturação da produção e pelas novas formas de organização do trabalho, pois a
nova forma de produzir estaria exigindo uma gama de conhecimentos e atitudes completamente diferente da
requerida pelo modo de produção anterior.
As novas tecnologias possibilitaram o surgimento de uma nova organização social na qual o conhecimento, a
tecnologia, a informação e a conectividade são os paradigmas, as bases das sociedades modernas. Para Castells
(2000) o que é mais distintivo em termos históricos entre as estruturas econômicas da primeira e da segunda
metade do século XX é a revolução nas tecnologias da informação e sua difusão em todas as esferas de atividade
social e econômica, incluindo sua contribuição no fornecimento da infra-estrutura para a formação de uma
economia global. (CASTELLS, 1999, p. 28).
Essa penetrabilidade das tecnologias de informação e comunicação nos setores produtivo, social, cultura,
educacional, no cotidiano das pessoas e na sociedade como um todo tem recebido vários nomes: “sociedade pós-
industrial”, “sociedade em rede”, “sociedade da informação”, “sociedade do conhecimento” e outros. O que esses
conceitos trazem em comum é o fato de que as tecnologias, a informação e o conhecimento ganham centralidade e
se revestem de atualidade, de modernidade, de algo novo, inovador. Segundo Castells (1996),
A nova economia está organizada em torno de redes globais de capital, administração de empresas e informação
cujo acesso ao saber tecnológico (know-how) está nas raízes da produtividade e competitividade. Firmas de
negócios (business firms) e, cada vez mais, organizações e instituições são organizadas em redes de geometria
variável cujo entrelaçamento suplanta as tradicionais distinções entre corporações e pequenos negócios,
atravessando setores e espalhando-se ao longo de diferentes clusters geográficos de unidades econômicas. De
acordo com isto, o processo de trabalho é cada vez mais individualizado, o trabalho é desagregado na sua
performance e reintegrado no seu resultado através de uma multiplicidade de tarefas interconectadas em diferentes
lugares, conduzindo a uma nova divisão do trabalho baseada mais nos atributos e capacidades de cada trabalhador
do que na organização das tarefas. (CASTELLS, 1996, p. 471).
A sociedade da informação passa a demandar um novo perfil de força de trabalho. Polivalência, proatividade,
engajamento, domínio de novos conhecimentos, inteligência emocional, capacidade de transformar informação em
conhecimento são algumas habilidades e competências requeridas aos trabalhadores, ao mesmo tempo em que
surgem novas relações de trabalho. Isso porque a incorporação das tecnologias de informação e de comunicação
nos processos produtivos passou a ser o diferencial de competitividade das organizações. O acesso e as facilidades
de comunicação e a redução dos custos de produção e transporte em decorrência direta ou indiretamente das
inovações tecnológicas teriam criado as condições materiais necessárias para a concretização e a intensificação do
processo de globalização (ANTUNES, 2000).
Diante das transformações e novos requerimentos trazidos pelo processo de globalização intensificado pelas
tecnologias da informação e da comunicação (TICs), ter acesso à informação e ser capaz de convertê-la em
conhecimento é fulcral para as organizações. Assim, é imperativo, no cenário atual, que as organizações sejam
capazes de extrair os conhecimentos gerados e acumulados pelos seus colaboradores, saberes esses de origens
diversas: experiências profissionais anteriores, processos formativos, familiares, adquiridos na convivência social, por
exemplo.
Mas, o que é conhecimento?
Conhecimento é uma mistura fluída de experiência condensada, valores, informação contextual e insight
experimentado, a qual proporciona uma estrutura para avaliação e incorporação de novas experiências e
informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar
embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas
organizacionais (DAVENPORT E PRUSAK, 2000, p.68).
Dentre os conhecimentos estão: a) conhecimento tácito que é o conhecimento pessoal de cada indivíduo, fruto das
suas experiências e) conhecimento explícito, conhecimento formalizado em documentos, frases, regras e outros
códigos, de maneira que pode ser facilmente transmitido e difundido, inclusive por meio de cursos e treinamentos. É
necessário que os gestores escolares cultivem um ambiente de trabalho saudável, bem como zele pelas relações
com a comunidade e com os parceiros por meio do estabelecimento de regras e normas claras e comuns a todos,
transparência nas relações, manutenção do diálogo, respeito mútuo e segurança.
Em relação às formas de articulação entre o conhecimento tácito e explícito denominado o ciclo da GC segundo
Nonaka e Takeuchi (1997):
Socialização: processo de compartilhamento de experiências;
Externalização: processo de articulação do conhecimento tácito em conceitos explícitos;
Combinação: é onde ocorre a sistematização de conceitos de um sistema de conhecimento, ou seja, a associação

de conceitos e
Internalização: trata da incorporação do conhecimento explícito em tácito, assegurando a expansão da

experiência prática.
Figura 3: Processo de produção e incorporação do conhecimento - Gestão do conhecimento
Fonte: Leite, Gontijo e Meneghelli (2011, p. 30).
Figura 4: Espiral do Conhecimento - formas de articulação entre o conhecimento tácito e explícito.
Fonte: Lucchesi (2012), adaptado.
Estudos como os de Antunes (2000), apontam para a intensificação das diferenças entre os trabalhadores. Se por um
lado, principalmente nas economias centrais, registra-se a presença de trabalhadores altamente qualificados e bem
remunerados, por outro, nos países emergentes e em desenvolvimento, a precarização do trabalho é mais evidente.
Outra marca importante da sociedade do conhecimento oriunda da grande difusão das tecnologias da informação e
da comunicação é a mudança na compreensão e vivência do espaço e tempo. A percepção de que o tempo está
acelerado propiciada pela construção dos novos espaços virtuais e desterritorializados (LÉVY, 2011).
A Psicologia, com destaque para a Psicologia do Trabalho, a Sociologia, a Economia, a Ergonomia e a Educação, são
ciências que têm buscado compreender o lugar ocupado pelos sujeitos na sociedade da informação, os impactos do
novo paradigma produtivo sobre os trabalhadores, formação de trabalhadores, relação entre concepção e execução
no ambiente de trabalho e o papel das tecnologias na extinção e criação de postos de trabalho. Aspectos como a
saúde no ambiente de trabalho, a qualificação requerida aos trabalhadores, as formas de controle, as relações de
poder e as novas formas de organização do trabalho também têm despertado o interesse de pesquisadores das
diversas áreas do conhecimento (LEAL, 2006).
Silva (2000) chama a atenção para o fato de que as TICs implicam em formar profissionais e indivíduos que são
capazes de aprender em um processo colaborativo, receber, selecionar e enviar informações, estabelecer conexões,
refletir sobre o processo em desenvolvimento em conjunto com os pare, desenvolver a interaprendizagem, a
competência de resolver problemas em grupo e a autonomia em relação à busca e ao fazer por si mesmo, ou seja, o
aprender a aprender, aprender a ser, aprender a conviver e aprender a fazer (Silva, 2000).
Além do desenvolvimento de pesquisas como já apresentado, Leal (2006) chama a atenção para algumas perguntas
que precisam ser respondidas e que dizem respeito aos impactos das tecnologias e do novo paradigma produtivo
nas sociedades modernas. Vejamos algumas:
Quais as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores no uso de tecnologias da informação, como sistemas de
apoio à decisão, quando parte das tarefas que antes cabiam ao operador são incorporadas em um sistema de
tratamento da informação? Quais os limites e capacidades do operador humano e dos sistemas automatizados e
informatizados? Como melhorar a interação homem-máquina para assegurar o bom funcionamento das instalações
e não dificultar e sobrecarregar o trabalho dos homens? Quais as estratégias criadas pelos trabalhadores para lidar
com os conflitos que surgem decorrentes do uso da informação em tempo real no controle do processo, diante dos
limites dado pelas condições físicas, condições organizacionais e divisão de tarefas? Quais os impactos na
subjetividade e saúde dos trabalhadores? (LEAL, 2006, p.33).
Muitas dessas perguntas já se tornaram objeto de estudo e pesquisa no campo da Psicologia. Mas, o que são as
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)?
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)
No início do século XXI, ganha espaço a terminologia Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). É possível
entender a tecnologia da informação (TI) como uma área que abrange hardwares, softwares, sistemas de
telecomunicações e a própria gestão de informação e dados, ou seja, a área da computação para acessar, produzir,
armazenar, transmitir e divulgar informações. Para Faria (2013), essa tecnologia possui como característica a
possibilidade de processamento e armazenamento rápido de informações, com capacidade de trabalhar com voz
humana, textos, dados, imagens e sons. Denominadas de novas tecnologias e/ou multimídias, suas características
mudam profundamente as relações na sociedade e os processos de construção do conhecimento, pelo número de
informações disponíveis e a facilidade de acesso a elas. (FARIA, 2013, P.50).
A sociedade da informação requer o acesso à tecnologia de informação e comunicação, mas, o acesso às TICs não é
suficiente, pois é fulcral saber utilizar essa tecnologia para a busca e a seleção de informações que possibilitam que
os indivíduos passam resolver os problemas do cotidiano, compreender o mundo e atuar como agentes de
transformação nas sociedades em que vivem. Para alguns estudiosos como Castells (2008), a criação de redes de
conhecimentos favorece a democratização do acesso à informação, a troca de informações, experiências e boas
práticas e o desenvolvimento humano. Estudiosos do mundo do trabalho e dos impactos das tecnologias no setor
produtivo discutem sobre os desafios encontrados pelas empresas e pelos governos na viabilização da inclusão
digital e redução das desigualdades sociais.
Molin (2010) destaca o grande potencial das TICs em promover mudanças ao afirmar que:
As TIC vêm exercendo poderosa influência em nossa cultura, nos levando a passar sucessivas transformações de
natureza científica, tecnológica, política, econômica e cultural. Obrigam os trabalhadores, 17 em especial os docentes,
a se defrontarem com constantes desafios provocados por transformações, incertezas, e complexidade da ciência,
pelas demandas da sociedade do conhecimento e pela disseminação do acesso às tecnologias da informação e
comunicação (MOLIN, 2010, p.32).
O termo Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs) é utilizado para designar a utilização de aparatos
tecnológicos a fim de obter, armazenar e processar informações, estabelecer comunicação entre diferentes
dispositivos (desktops, laptops, tablets, smartphones, computadores, por exemplo) a fim potencializar, disseminar e
compartilhar informações e conhecimento. (MACHADO, LIMA, 2017).
As TICs podem ser definidas como o conjunto de todas as tecnologias que permitem a produção, o acesso e a
propagação de informações, assim como de tecnologias que permitem a comunicação entre pessoas, empresas,
governos, etc. e as aplicações de TICs visam proporcionar o acesso à automação da informação e comunicação nos
diversos setores produtivos e sociais. Lopes (2009, p. 89) destaque o potencial inovador das TICs ao afirmar que a
capacidade tecnológica e desenvolvimento regional influenciam-se reciprocamente: a um padrão elevado espacial

de adoção de novas tecnologias será de esperar que correspondam novas atividades inovadoras, originando novas
estruturas territoriais, através da instalação de empresas mais avançadas ou da reestruturação das existentes, mais
eficientes e competitivas.
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) são, portanto, ferramentas utilizadas na produção,

processamento e distribuição de informação por meio de meios tecnológicos digitais. As TICs têm impactado
fortemente as relações interpessoais e profissionais, as formas como as pessoas se relacionam entre si e com o
mundo (CASTELLS, 2008). No campo da Psicologia o debate se dá, principalmente, em relação ao uso das TICs em
seus aspectos éticos, impactos na subjetividade dos indivíduos e nas relações sociais, com enfoque nas
consequências de sua utilização como ferramenta nos processos de psicoterapia (LEITÃO e NICOLACI-DA-COSTA,
2005). As TICs são utilizadas nas mais diversas áreas, como, por exemplo, na indústria, no comércio, no agronegócio,
na saúde e na educação, com o objetivo de proporcionar o acesso à automação da informação e da comunicação.
As Tecnologias de Informação e Comunicação, de acordo com Moraes (2018), contribuem, de diversas maneiras para
o desenvolvimento local, regional e global, pois:
Viabilizam o crescimento econômico, mediante investimentos em tecnologias, crescimento do setor de TICs e

impacto em outros setores;
Proporcionam bem-estar social por meio do aumento do acesso e oferta de serviços, competitividade, melhores
oportunidades de negócio e possibilidades de emprego;
Oferecem qualidade de vida por intermédio da aplicação das TICs na educação, na saúde, cultura, etc.;
Promovem a melhoria dos serviços públicos oferecidos aos cidadãos e o aperfeiçoamento dos processos de
tomada de decisão. Além de possibilitar a implantação de estratégias de gestão mais dinâmicas, eficientes,
eficazes em um período menor de tempo.
As TICs têm proporcionado novas maneiras de pensar e de conviver o que tem contribuído para promover a
integração cultural, a troca de conhecimento com pessoas do mundo todo. Nas organizações, a existência de
barreiras culturais, sociais, tecnológicas, geográficas, temporais, entre outras, tornam a comunicação uma tarefa de
muita complexidade e, as TICs têm contribuído para a redução dessas barreiras e criado novas oportunidades no
campo dos negócios.
Kenski (2003) constatou em seus estudos que a sociedade do conhecimento é essencialmente diferente da
sociedade industrial que a antecedeu, que era baseada na produção e no consumo de produtos padronizados já que
se caracteriza pela personalização das interações com a informação e as ações comunicativas. Nesse novo cenário,
o elemento comum subjacente aos diversos aspectos de funcionamento das sociedades emergentes é o tecnológico
que gera produtos que têm como algumas de suas características a possibilidade de interação comunicativa e a
linguagem digital.
No entanto, as TICs não têm sido capazes de reduzir a assimetria entre países ricos e pobres, na distribuição de renda,
a pobreza e as desigualdades sociais e econômicas, demandando ações nos campos político, econômico e social,
principalmente por parte dos governos e em âmbito global.
Na Unidade de Aprendizagem 1, estudamos a Sociedade da Informação, evolução do conceito de tecnologia e de

Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) bem como os impactos das tecnologias no mundo globalizado.
Vimos que tecnologia é entendida, na atualidade, como conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos
diretamente aplicáveis à produção ou melhoria de bens ou serviços e que sempre fez parte do cotidiano dos seres
humanos desde a Pré-História.
Estudamos que as TICs representam o conjunto total das tecnologias que permitem a produção, o acesso e a
propagação de informações entre as pessoas, as organizações e os governos em nível global. As novas tecnologias
possibilitaram o surgimento de uma nova organização social na qual o conhecimento, a tecnologia, a informação e a
conectividade são os paradigmas, as bases das sociedades modernas. A penetrabilidade das tecnologias de
informação e comunicação nos setores produtivo, social, cultura, educacional, no cotidiano das pessoas e na
sociedade como um todo tem recebido vários nomes: “Sociedade Pós-industrial”, “Sociedade em Rede”, “Sociedade
da Informação”, “Sociedade do Conhecimento” e outros.
No entanto, as TICs não têm sido capazes de reduzir a assimetria entre países ricos e pobres, na distribuição de renda,
a pobreza e as desigualdades sociais e econômicas, demandando ações nos campos político, econômico e social,
principalmente por parte dos governos e em âmbito global. A sociedade da informação é caracterizada pela
tecnologia e inovação o que demanda o desenvolvimento de novas habilidades e competências, abordagem
multidisciplinar e empreendedora no enfrentamento de desafios e busca de oportunidades.
As Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs) são uma das principais características da Sociedade da
Informação ou Sociedade do Conhecimento e têm impactado fortemente os modos e hábitos de vida, o mundo do
trabalho, a educação, os processos de formação e qualificação dos trabalhadores dentre outros aspectos das
sociedades modernas. A automação tem se tornado corriqueira nos diversos setores produtivos, na administração
pública, novas estratégias organizacionais têm sido implantadas de forma a tornar a máquina pública mais eficiente
e eficaz. Esse cenário causa inquietude, principalmente, nos trabalhadores que temem serem substituídos pela
Inteligência Artificial.
A Inteligência Artificial (AI) diz respeito à complementaridade entre seres humanos e máquinas. A AI promove a
inteligência humana ou irá substituí-la?
Assista ao filme “Inteligência Artificial” e depois reflita sobre essa questão.
A. I. Artificial Intelligence Soundtrack - John Williams
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Questão 1: Leia os textos.
Texto 1
A difusão do uso e o amplo acesso às TICs são estratégicos, mas podem também ser instrumentos de dependência
(de tecnologias, de equipamentos, conteúdos, estilos de vida e consumo) e de reprodução de desigualdades. Daí que
a participação proativa na sociedade da informação requer mais do que simplesmente inclusão digital. É necessário
criar condições de apropriação social tanto desse aparato tecnológico – o que implica capacidade de os diferentes
grupos sociais fazerem frente uso dos novos meios, contribuindo para a melhoria de suas condições de vida e de
trabalho -, quanto da capacidade de apropriação da informação e do conhecimento hoje estratégicos do ponto de
vista capacidade de aprendizado, inovação e desenvolvimento. Isto requer o amplo acesso aos meios materiais, às
oportunidades de educação, trabalho e renda, como também o direito à cidadania, à democracia política e à
diversidade cultural.
ALBAGLI, S.; MACIEL, M.L. Informação, conhecimento e desenvolvimento. In: MACIEL, M. L. e ALBAGLI, S.; (Orgs.). Informação
e desenvolvimento: conhecimento, inovação e apropriação social. Brasília: UNESCO; Instituto Brasileiro de Informação
em Ciência e Tecnologia/IBICT, 2007.
Texto 2
A tecnologia não é apenas um canal para se comunicar, cuja comunicação traz o significado de ação recíproca que
ocorre entre emissor e receptor da mensagem, mas sim faz parte do ato comunicativo, estando integrada a ele. É
uma nova maneira de aprender e agir, é construir novos alicerces na forma de comunicar e conhecer. Com isso, a
lógica da atual sociedade consolida-se para a lógica das redes.
FORESTI, A. A era digital: apropriação tecnológica e inclusão digital. Oficina da Net, ago. 2013. Disponível em:
< https://www.oficinadanet.com.br/post/11209-a-era-digital-apropriacao-tecnologica-e-inclusao-digital>. Acesso
em: 13 fev. 2023.
Esse novo paradigma tem as seguintes características fundamentais:
a) Informação como matéria-prima e alta penetrabilidade da tecnologia.
b) O declínio das transformações técnicas e territórios virtuais.
c) A liberdade individual e a padronização cultural.
d) sócio interatividade e unidade tecnológica.
e) A tecnosfera e o ciberespaço.
Questão 2: A partir das duas últimas décadas do século XX e início do século XXI, o mundo vem assistindo a um
crescente avanço das tecnologias da informação e da comunicação e o surgimento da Sociedade do Conhecimento.
A tecnologia é elemento central das sociedades modernas. Sobre alguns significados do termo tecnologia, leia e
analise as assertivas abaixo.
I. Tecnologia é palavra origem latina formada pela junção dos termos "tekhne" que significa "técnica, arte, ofício” e
"logia" que significa "estudo.
II. Tecnologia diz respeito ao conjunto de todas as técnicas de que dispõe uma determinada sociedade em qualquer
fase de seu desenvolvimento.
III. Tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto

de instrumentos, métodos e técnicas que visam a resolução de problemas. É uma aplicação prática do
conhecimento científico em diversas áreas de pesquisa.
IV. Tecnologia é o conjunto dos instrumentos, métodos e técnicas que permitem o aproveitamento prático do
conhecimento científico.
V. Tecnologia é o conjunto de princípios e concepções de que dispõe uma sociedade e aplicados em diversas
situações e contextos práticos visando assegurar a eficiência e eficácia dos setores produtivos e a diminuição da
fadiga no trabalho.
Está correto o que se afirma em:
a) I, III, IV e V.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) I, II e V.
e) III e IV.
Questão 3: Analise com atenção o esquema abaixo.
Fonte: Leite, Gontijo e Meneghelli (2011, p. 30).
O esquema representa impactos da tecnologia e das tecnologias da informação e da comunicação no processo de

produção do conhecimento produzido pelas ciências, criação e aperfeiçoamento de tecnologia denominado
a) Teia da melhoria contínua.
b) Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC).
c) Gestão do Conhecimento.
d) Fluxograma das informações e feedbacks.
e) Gestão do capital intelectual.
Questão 4: As Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs) são uma das principais características da
Sociedade da Informação ou Sociedade do Conhecimento e têm impactado fortemente os modos e hábitos de vida,
o mundo do trabalho, a educação, os processos de formação e qualificação dos trabalhadores dentre outros
aspectos das sociedades modernas. Assim, podemos compreender as TICS como
a) técnicas que proporcionam bem-estar social por meio do aumento do acesso e oferta de serviços,
competitividade, melhores oportunidades de negócio e possibilidades de emprego.
b) softwares que possibilitam o processo de produção, seleção, análise e disseminação de informações políticas e
econômicas globalmente.
c) ferramentas utilizadas na produção, processamento e distribuição de informação por meio de meios tecnológicos
digitais.
d) conjunto de conhecimentos sobre a sociedade da informação ou em rede que torna os setores produtivos mais
eficientes, eficazes e dinâmicos.
e) Tipo de inteligência artificial voltada para a otimização dos recursos humanos e naturais oportunizando a
integração do mundo em redes conexões.
Questão 5: As TICs têm proporcionado novas maneiras de pensar e de conviver o que tem contribuído para promover
a integração cultural, a troca de conhecimento com pessoas do mundo todo. Nas organizações, a existência de
barreiras culturais, sociais, tecnológicas, geográficas, temporais, entre outras, tornam a comunicação uma tarefa de
muita complexidade e, as TICs têm contribuído para a redução dessas barreiras e criado novas oportunidades no
campo dos negócios.
Considerando as informações acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Nesse novo cenário, o elemento comum subjacente aos diversos aspectos de funcionamento das sociedades
emergentes é o tecnológico que gera produtos que têm como algumas de suas características a possibilidade de
interação comunicativa e a linguagem digital.
PORQUE
II. As TICs não têm sido capazes de reduzir a assimetria entre países ricos e pobres, na distribuição de renda, a
pobreza e as desigualdades sociais e econômicas, demandando ações nos campos político, econômico e social,
principalmente por parte dos governos e em âmbito global.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
Para ampliar o seu conhecimento, veja abaixo as sugestões da professora:
Assista: Entrevista com o sociólogo espanhol Manuel Castells autor do livro A sociedade em rede.
Roda Viva – Manuel Castells/1999 - Disponível em:<
Manuel Castells | 1999
Tocar Vídeo
>. Acesso em 15 de fev. de 202.
Assista: Entrevista com Sérgio Risola, diretor do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia. O CIETEC é a
entidade gestora da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica USP-IPEN, estabelecida com a missão de
promover o Empreendedorismo Inovador, incentivando a transformação do conhecimento em produtos e serviços de
valor agregado para o mercado.
Opinião – O papel da Ciência, Tecnologia e Inovação – Disponível em: <
Opinião | O papel da Ciência, Tecnologia e Inovação | 28/10/2020
Tocar Vídeo
>. Acesso em 05 de fev. de 2023.
Leia: Artigo que apresenta uma reflexão sobre os desafios éticos do mundo técnico e tecnológico nos dias atuais.
GOMES, Rogério. Desafios éticos do mundo técnico e tecnológico: entre recurso e vulnerabilidade. Revista - Centro
Universitário São Camilo - 2010;4(1), p. 75-85. Disponível em:< https://saocamilo-
sp.br/assets/artigo/bioethikos/73/75a85.pdf>. Acesso em 05 de fev. de 2023.
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho – ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. Campinas: Boitempo
Editorial, 2000.
CASTELLS, Manuel. Fluxos, redes e identidades: uma teoria crítica da sociedade informacional. In: Novas perspectivas
críticas em educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, cap. 1, p. 3-32.
_________. A era da informação: economia, sociedade e cultura. In: A Sociedade em rede. São Paulo : Paz e Terra,
2000. v. 1.
FIGUEIREDO, P. Gestão da Inovação: conceitos, métricas e experiências de empresas no Brasil. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
GRINT, K.; WOOLGAR, S. The machine at work: technology, work and organization. 2013.
LALL, S. Technological capabilities and industrialization. World Development, v. 20, n. 2, p. 165-186, 1992.
LEAL, R. M. de A.C. O trabalho humano na sociedade da informação: desfazendo alguns equívocos. Trabalho &
Educação, vol. 15, n° 1, jan./jun, 2006, p. 32 – 43.
Leitão, C. F., & Nicolaci-da-Costa, A. M. Impactos da internet sobre pacientes: A visão de psicoterapeutas. Psicologia
em Estudo, 10, 2005, p. 441–450.
LÉVY, P. Inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2003.
LONGO, W. P. O desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. Coleção Brasil: 500 anos, Vol II. Belém: Editora da
Universidade da Amazônia. 2000.
MACHADO, F. C.; LIMA, P.W. O Uso da Tecnologia Educacional: Um Fazer Pedagógico no Cotidiano Escolar. SCIENTIA CUM
INDUSTRIA, V. 5, N. 2, PP. 44 — 50, 2017. Disponível em:< file:///D:/Downloads/5280-21114-1-PB.pdf>. Acesso em 05 de fev.
de 2023.
MORAIS, R. de. Gamificação no ensino de operações matemáticas. 2018. 40 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Francisco Beltrão, 2018. Disponível em:
< http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/11611 >. Acesso em 05 de fev. de 2023.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 21ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2014.
VERASZTO, E. V; SILVA, D. da; MIRANDA, N. A.; SIMON, F. O. Tecnologia: buscando uma definição do conceito. Prisma.com
ISSN: 1646-3153, nr. 7, 2008.
1- O gabarito é a alternativa de resposta A, informação como matéria-prima e alta penetrabilidade da tecnologia que
constituem as principais características do novo paradigma, ou seja, da Sociedade da Informação. Distratores: B está
incorreta, pois o novo paradigma não promove o declínio das transformações técnicas, muito pelo contrário, é
marcado por elas. C está incorreta já que o novo paradigma não promove a padronização cultural e a liberdade
individual diz respeito a outras esferas com a dos direitos humanos e civis. D está incorreta uma vez que a unidade
tecnológica não caracteriza o novo paradigma que tem como marca a grande produção e diversidade de
tecnologias. A alternativa de resposta E está incorreta, pois a tecnosfera é um conceito criado pelo engenheiro norte-
americano, Peter Haff, para se referir à esfera da atividade tecnológica e ciberespaço é o espaço de comunicação
por rede de computadores.
2- O gabarito é a alternativa de resposta C, pois as assertivas II, III e IV apresentam conceitos aceitos de tecnologia.
Distratores: I – a palavra tecnologia se origina do grego e V, a tecnologia não representa um conjunto de princípios
(conjunto de normas ou de padrões de conduta a serem seguidos) e concepções (pontos de vista). Além disso, as
tecnologias são múltiplas, empregadas em diversas situações e contextos com objetivos variados.
3- O gabarito é a alternativa de resposta C, que apresenta o conceito de Gestão do Conhecimento. Teia da melhoria
contínua é uma prática que as organizações adotam quando buscam aperfeiçoar seus produtos, serviços e
processos. Ela consiste na análise detalhada dos processos internos procurando quais atividades podem ser
melhoradas. Fluxograma das informações é o percurso percorrido pelas informações em uma dada organização e
feedbacks são os retornos da avaliação de um trabalho ou ação prestado por outrem. A gestão do capital
intelectual objetiva utilizar todo o potencial criativo e inovador da equipe.
4- O gabarito é a alternativa de resposta C, pois entende-se Tecnologias de Informação e Comunicação como o

conjunto de todas as tecnologias que permitem a produção, o acesso e a propagação de informações, assim como
de tecnologias que permitem a comunicação entre pessoas, empresas, governos, etc. e as aplicações de TICs visam
proporcionar o acesso à automação da informação e comunicação nos diversos setores produtivos e sociais.
5- O gabarito é a alternativa de resposta B, já que as duas proposições são verdadeiras, mas a relação entre elas é
de contradição e não de justificativa.
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Caro acadêmico, seja muito bem-vindo!

Nesta Unidade de Aprendizagem, serão apresentadas as características da Sociedade da Informação, os conceitos

Ao final da unidade, você deverá apresentar os seguintes aprendizados:

Identificar as principais características da Sociedade da Informação

Compreender a evolução sócio histórica do conceito de tecnologia.

Compreender os impactos das tecnologias no mundo globalizado.

Nesta unidade estudaremos a Sociedade da Informação, evolução do conceito de tecnologia e de Tecnologias de

Compreender as dinâmicas sociais e os impactos das tecnologias na sociedade da informação e da comunicação é

Flexibilidade: processos reversíveis e alta capacidade de reconfiguração dos sistemas e processos.

Convergência de tecnologias: microeletrônica, telecomunicações, computadores, dentre outras promovendo o

Evolução do Conceito de Tecnologia

Na Pré-História, os homens habitavam as cavernas, passaram a dominar o fogo, desenvolveram a agricultura e a

Figura 1: Domínio do fogo. Figura 2: Uso de lanças e estratégias na caça.

um conjunto de conhecimentos práticos, aplicáveis e teóricos, de métodos, procedimentos, diretrizes, experiências,

Indicadores relativos às atividades de P&D: investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a cooperação com

indicadores de mercado: orientação para o mercado e a fatia de mercado;

indicadores referentes às estruturas organizacionais;

indicadores de financiamentos e programas de incentivos governamentais;

indicadores relativos ao conhecimento e ao aprendizado: conhecimento das pessoas, qualificação e tempo de

Silva (2018) define tecnologia da seguinte forma:

Figura 1: Elementos de tecnologia

Fonte: Silva (2018), adaptação.

Figura 2: Áreas da tecnologia

Fonte: Matos (2005).

Mas, o que é conhecimento?

Socialização: processo de compartilhamento de experiências;

Externalização: processo de articulação do conhecimento tácito em conceitos explícitos;

Combinação: é onde ocorre a sistematização de conceitos de um sistema de conhecimento, ou seja, a associação

Internalização: trata da incorporação do conhecimento explícito em tácito, assegurando a expansão da

Figura 3: Processo de produção e incorporação do conhecimento - Gestão do conhecimento

Fonte: Leite, Gontijo e Meneghelli (2011, p. 30).

Figura 4: Espiral do Conhecimento - formas de articulação entre o conhecimento tácito e explícito.

Fonte: Lucchesi (2012), adaptado.

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)

capacidade tecnológica e desenvolvimento regional influenciam-se reciprocamente: a um padrão elevado espacial

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) são, portanto, ferramentas utilizadas na produção,

Viabilizam o crescimento econômico, mediante investimentos em tecnologias, crescimento do setor de TICs e

Na Unidade de Aprendizagem 1, estudamos a Sociedade da Informação, evolução do conceito de tecnologia e de

Assista ao filme “Inteligência Artificial” e depois reflita sobre essa questão.

A. I. Artificial Intelligence Soundtrack - John Williams

Questão 1: Leia os textos.

Esse novo paradigma tem as seguintes características fundamentais:

a) Informação como matéria-prima e alta penetrabilidade da tecnologia.

b) O declínio das transformações técnicas e territórios virtuais.

c) A liberdade individual e a padronização cultural.

d) sócio interatividade e unidade tecnológica.

III. Tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto

Está correto o que se afirma em:

c) II, III e IV.

Questão 3: Analise com atenção o esquema abaixo.

Fonte: Leite, Gontijo e Meneghelli (2011, p. 30).

O esquema representa impactos da tecnologia e das tecnologias da informação e da comunicação no processo de

a) Teia da melhoria contínua.

b) Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC).

d) Fluxograma das informações e feedbacks.

e) Gestão do capital intelectual.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.