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Sumário

Introdução ........................................................................................................................ 3

1. A História da Tecnologia na Educação – A Chegada do Mundo Digital .................... 5

1.1 A Evolução da TICS Dentro do Processo de Aprendizado.................................. 7

1.2 Nativos Digitais – Conhecendo as Novas Gerações ......................................... 10

2. Professor Conectado, Alunos Interessados ............................................................ 12

2.1 O preparo do professor para lidar com as TICS ............................................... 13

2.2 - - PENSADORES DA EDUCAÇÃO E SUAS CONTRIBUIÇÕES .............................. 15

3. Recursos tecnológicos: ame-os ou deixe-os? ......................................................... 17

3.1 Metodologias ativas ......................................................................................... 18

3.2 Trabalhando com Gameficação ....................................................................... 19

3.3 O uso de Softwares educacionais .................................................................... 22

3.4 – Ideias na utilização do word, excel e power point ....................................... 23

4. O uso das Redes Sociais em sala de aula ................................................................ 30

5. Sugestões de trabalho com o email ........................................................................ 34

6. O letramento digital ................................................................................................ 40

6.1 – O uso do computador e a transdisciplinaridade ........................................... 41

6.2 - COMO REALIZAR PESQUISAS ONLINE – FAKE NEWS ..................................... 43

7. O QUE ESPERAR NA TECNOLOGIA PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOS?........................ 46


INTRODUÇÃO
Olá querido aluno(a) do nosso Curso Normal a Distância!

Essa é a nossa apostila de Tecnologia de Informação e Comunicação voltada para a


Educação. O termo tecnologia remete-nos à evolução, progresso e comodidade.
Porque então, ainda encontramos tanta resistência a chegada dessa tecnologia em
nossas salas de aula? Porque muitos ainda criticam o uso dessa tecnologia, sentindo-se
por vezes ameaçados diante da imensa variedade de recursos que nos são
apresentados todos os dias? Porque tantos educadores apresentam resistência e pré-
conceitos sobre as TICs e seu uso dentro da área educacional? Os motivos são os mais
diversos: medo de ser substituído pela máquina, medo do novo e de enfrentar novas e
desafiadoras realidades, receio de saber “menos” do que o aluno, uma vez que as
novas gerações já nascem inseridas dentro desse universo, nascem nativos digitais.

Mesmo assim, dificilmente hoje podemos pensar em um professor que não utilize a
tecnologia, o computador e o acesso à internet para preparar suas aulas. Inclusive
vocês, nossos alunos que se utilizam da tecnologia para acessar a nossa plataforma e
cursar o nosso curso. Como isso seria possível sem a tecnologia que nos rodeia?

Sem dúvida, a dependência da tecnologia e o seu uso de forma exagerada (seja dentro
ou fora de sala de aula) podem apresentar algumas divergências por parte de
educadores e pais e isso significa que algo que seria um forte aliado pode vir a servir
tanto para boas quanto para más ações.

Assim sendo, o objetivo de nossa apostila é levá-lo a discutir e refletir sobre as


vertentes que podem ser percorridas para que, na sua atuação como professor, você
possa se valer das inúmeras possibilidades trazidas pelo uso da TICs na Educação, bem
como apresentar aqui exemplos de trabalhos que são desenvolvidos e de tecnologias
que tem sido usadas de forma vasta para ampliar e sedimentar conteúdos atuais nesse
mundo digital onde vivemos.

O que observamos hoje, é que embora muitas escolas possuam computadores, uma
internet de alta velocidade, tablets em sala de aula, salas e espaços MAKER, entre
outros, esses recursos ainda são sub utilizados, faltando capacitação para os
professores e uma exploração desses instrumentos em sua totalidade.

Esperamos que nessa apostila você encontre meios, recursos e materiais de estudo
para desmistificar vários desses assuntos que já foram suscitados na nossa introdução.
Nosso objetivo é capacitar e abrir a mente de cada um de vocês, mostrar que vocês
são capazes de ter a tecnologia atual como grande aliada. Vamos apresentar um pouco
da trajetória da evolução das TICS dentro do processo de aprendizado e tratar de
conceitos atuais e extremamente importantes como: cultura maker, metodologias
ativas, gerações digitais, gameficação e a utilização eficaz das ferramentas que usamos
no dia a dia (word, excel, power point, youtube).

Sobretudo, interessa-nos abordar atividades em que os nossos alunos tenham a


possibilidade de utilizar as TICs como recurso didático e pedagógico, tornando-se
agentes condutores do seu próprio aprendizado, sendo mediados por nós, professores.
Nos próximos capítulos, vamos refletir sobre o que a tecnologia tem para nos oferecer,
como e onde podemos buscar capacitação profissional para isso, conhecer os mais
variados recursos tecnológicos disponíveis para utilização em sala de aula – sempre
trabalhando junto com nossos alunos, que com certeza, muito tem para acrescentar
sobre esse assunto.
1. A História da Tecnologia na Educação – A Chegada do
Mundo Digital

Quando pensamos nas TICs- Tecnologias da Informação e Comunicação- voltada para


educação, logo pensamos em tablets, Smart Phones, Smartboards, notebooks e tudo o
que se pode pensar de mais moderno. No entanto, tecnologia remete a tudo que é
construído pelo homem a partir da utilização de diversos recursos naturais. Ou seja, a
linguagem escrita, os números, o pensamento – tudo isso pode ser considerado
tecnologia. Na idade da pedra por exemplo, homens usavam elementos da natureza e
construíam para si ferramentas capazes de protegê-los de animais selvagens.
Conforme o homem foi evoluindo, assim também as tecnologias que eram criadas por
ele.

Desde 1650, aparatos tecnológicos eram utilizados e criados para auxiliar nas mais
diversas áreas da educação como Horn book (Figura 1) (madeira impressa para
alfabetizar crianças) e o Ferrule (Figura 2) (madeira mais grossa que servia como
indicador).

FIGURA 1 - HORN-BOOK. FONTE: WIKIMEDIA

DISPONÍVEL EM HTTPS://PICRYL.COM/MEDIA/SPEARHEAD-AND-FERRULE-918B7D, ACESSO EM 17/02/2020


FIGURA 2 – FERRULE. Fonte Picryl Media,

Disponível em: https://picryl.com/media/spearhead-and-ferrule-918b7d, acesso em 14/02/2020

Mais à frente, nos deparamos com o ábaco, instrumento utilizados por povos
primitivos para fazer contas (considerado como o primeiro computador), e achegada
dos computadores modernos em meio a segunda guerra.

No Brasil, a década de 80 foi marcada por grandes investimentos governamentais


voltados para a informática na educação. Desde então, várias instituições de prestígio
com a UFRJ, UFRGSS e UNICAMP tem desenvolvidos pesquisas sobre o uso do
computador na educação brasileira, utilizando o mesmo para diversas pesquisas
acadêmicas e núcleos de tecnologia. No ano de 2005, um projeto denominado “um
aluno por computador” foi desenvolvido pelo governo com o objetivo de ampliar o
acesso e uso da tecnologia em sala de aula. Apenas em 2008 esses computadores
chegaram em 300 escolas brasileiras através de 150 mil laptops. Esse evento, para
muitos, seria a chegada do mundo digital para os alunos e escolas contempladas, e a
tecnologia que chegava seria uma intervenção educacional transformadora, que
auxiliaria o aluno no processo de construção de seu conhecimento.
1.1 A Evolução da TICS Dentro do Processo de Aprendizado

Temos acompanhado nas últimas décadas variadas mudanças sofridas pela sociedade
em diversos aspectos: sociais, econômicos e políticos. A educação (e tudo que ela
engloba: professores, escolas, materiais didáticos e alunos) foi uma das que mais
sofreu com essas transformações, uma vez que a chegada das TICs trouxe uma
enxurrada de informações que muitas vezes professores e alunos não estavam
preparados para absorver. O avanço tecnológico se colocou presente em todos os
campos da vida social, invadindo a vida do homem no interior de sua casa, na rua onde
mora, e como na educação não poderia ser diferente, invadiu também as salas de
aulas com os alunos, possibilitando que condicionassem o pensar, o agir, o sentir e até
mesmo o raciocínio com relação as pessoas.

Desde a invenção do computador por John Vincent Atanasoff, que é creditado o


mérito de ser o inventor do primeiro computador electrónico em 1939, a tecnologia
avançou de maneira muito rápida, sendo marcada pelo início de uma nova forma de se
transmitir informações, de realizar cálculos, aperfeiçoando a forma do homem de se
comunicar e evoluir. Em todo esse processo muito se inventou e desenvolveu, várias
fases aconteceram para que hoje pudéssemos ter tantos avanços tecnológicos de
grande importância para a sociedade.

As tecnologias da informação, ou como conhecemos atualmente, as novas tecnologias


da informação e comunicação (TIC) não teriam como ficar de fora de toda essa
evolução ao longo das décadas, proporcionando uma variedade de informações que o
tratamento digital nos proporciona, como, imagem, som, movimento, representações
de dados, um vasto quadro de conteúdos que podem e devem ser objetos de estudos.

Com seu papel notado e ampliado, as TICs têm se tornado objeto de desejo e
compulsão para alguns educadores. As possibilidades constatadas no uso das TIC são
variadas, oportunizando que o professor apresente de forma diferenciada as
informações. Por meio das TIC, disponibilizamos da informação quando precisamos, de
acordo com nosso interesse.
A nova Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 da educação nacional, propõe uma prática
educacional adequada à realidade do mundo, ao mercado de trabalho e à integração
do conhecimento. Diante disso, fica impossível a não utilização efetiva das TIC dentro
do contexto escolar, bem como todas as implicações que isso acarreta – capacitação
adequada dos professores, investimento em computadores e internet de alta
velocidade, espaços adequados dentro da escola. Já na BNCC, encontramos as 10
competências que irão se articular na construção de conhecimentos, no
desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores dos alunos de
Ensino Básico. Dentro das dez competências, duas vão de encontro a tecnologia
voltada para a aprendizagem, sendo um reflexo da nova realidade que as escolas e
educadores precisam de adequar, não sendo novidade para as crianças de hoje em dia.
Na competência 4, temos:

Ao mencionar o uso de diferentes linguagens como forma do aluno se expressar e se


comunicar e partilhar informações, pode-se e deve-se incluir as formas digitais de
expressão como forma de expressão em conjunto com as demais mencionadas na
competência. Nessa competência se inclui a linguagem digital junto com as demais
linguagens, mostrando que as tecnologias digitais não vieram para substituir, e sim,
trabalhar de forma conjunta com as demais formas de expressão já conhecidas e
usadas nas salas de aula.
Na competência 5, temos:

Nessa competência, as tecnologias digitais são abordadas de forma direta, no intuito


de gerar no aluno um senso crítico, ressaltando as mais variadas formas de uso dessas
tecnologias (com acompanhamento e de forma responsável) dentro e fora de sala de
aula.

Percebe-se que tanto na competência 4 como na 5, a BNCC mostra as novas maneiras


de se assimilar informação e se expressar com objetivos que impactem não só a
realidade individual como a coletiva. A temática das TICs cada vez mais são abordadas
para que as consequências de seu uso de maneira positiva sejam amplificadas dentro
de sala de aula e que cada vez mais, professores e educandos consigam utilizar tudo o
que as redes de comunicação nos oferecem de forma a contribuir com o processo de
aprendizagem.

Tanto uma escola, como um professor que queiram utilizar as TIC com o intuito de
provocar mudanças nos alunos e no processo de aprendizagem como um todo,
necessitam de um novo perfil. As tecnologias digitais são recursos muito próximo dos
alunos, sendo vital para o professor entender como o aluno o aluno de hoje aprende, e
se preparar para utilizar estratégias que tornem a aprendizagem prazerosa e
significativa. O simples acesso à tecnologia, em si, não é o aspecto mais importante,
mas, sim, a criação de novos ambientes de aprendizagem e de novas dinâmicas sociais
a partir do uso dessas novas ferramentas.
1.2 Nativos Digitais – Conhecendo as Novas Gerações

A cada dia nos deparamos em nossa sala de aula com alunos que convivem
diariamente com a tecnologia digital. Até mesmo alunos com menor poder aquisitivo
tem acesso a smartphones e internet de alta velocidade. A faixa etária do uso da
internet vem se ampliando, se antes era acessada mais pelos jovens, hoje vemos o
aceso crescente por parte de crianças cada vez mais jovens – para jogar em sites
específicos, ver vídeos online, baixar aplicativos, ou seja, estão totalmente conectados
nesse mundo digital.

Esses alunos são chamados de nativos digitais – uma geração que possui habilidades
tecnológicas intrínsecas. O termo foi criado em 2001 pelo autor Marc Prensky (2001),
para definir aqueles que cresceram em uma cultura digital e que, por isso, teriam
habilidades diferenciadas, como processar múltiplas vias de informação e usar
intuitivamente as ferramentas tecnológicas. Os primeiros nativos digitais são aqueles
nascidos a partir de 1980. A segunda geração dos nativos digitais começa em 2004,
depois da invenção do Facebook.

São atuantes na construção e na busca por respostas, sempre em tempo real. Por fim,
em 2011, mais uma transformação importante foi observada neste público. A criação
de aplicativos como Snapchat e Instagram fez surgir a terceira geração dos nativos
digitais, transferindo o protagonismo do conteúdo para o formato multimídia e
popularizando os Stories – disponíveis para consulta por apenas 24h e que tornaram
mais forte a percepção de que o virtual tem que ser vivido de forma simultânea e
integrada com o real.

Nossos alunos fazem parte da geração que já nasceu com o celular na mão, se
conectando com a internet e compartilhando informações em tempo real. Eles têm a
capacidade de fazer múltiplas atividades ao mesmo tempo, são mais tolerantes a
diversidades e nãos e assustam com mudanças, ao contrário, são habituados a ela.
Experimentam e vivenciam múltiplas possibilidades oferecidas por novos aparatos
digitais. Portanto, esse fascínio característico da Geração Y pela descoberta e
experimentação deve ser explorado pela escola, de forma a direcioná-la para um
ensino e uma aprendizagem que dialoguem e interajam com os novos meios
tecnológicos.

Persky (2011) ainda afirma que aqueles de uma geração anterior, que acompanharam
a evolução das tecnologias digitais, são os chamados de “imigrantes digitais”, ou seja,
aqueles que precisam se adaptar à nova realidade. Os professores fazem parte desse
segundo grupo, ou seja, aqueles que precisam se adaptar às tecnologias digitais e seus
impactos dentro e fora de sala de aula. Afinal, se faz necessário uma adaptação na
maneira de ensino com a agilidade de pensamento e acesso à informação que nossos
alunos são expostos. Cabe aos educadores se adaptarem a estas características e
adequarem suas estratégias de ensino para apoiarem os jovens em seu caminho de
desenvolvimento de aprendizado.

Fonte: site Nova Escola, disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/7681/quem-sao-os-novos-alunos-os-


nativos-digitais, acesso em fevereiro de 2020.
2. Professor Conectado, Alunos Interessados

A inevitabilidade das TICs dentro de sala de aula já é algo perceptível nas escolas e
por parte dos professores da atualidade. A cada dia surgem novas possibilidades,
novas tecnologias, novos equipamentos, mídias e aplicativos. Diante de tudo isso, fica
o desafio e o questionamento por parte dos professores: como estar atualizado e
pronto para mediar todos os recursos disponíveis com o processo de aprendizado? O
que fazer para estar preparado para utilizar e usar as ferramentas digitais com
confiança, reconhecendo as curiosidades e saber prévio do aluno sem impor o seu
ponto de vista diante de um assunto tão vasto e dominado pelos alunos? Será que com
a tecnologia atual, nós professores sobramos? Nos tornamos obsoletos, não
necessários para os alunos que hoje tem acesso a todo conteúdo disponibilizado na
WEB?

Esses questionamentos são legítimos e todo professor da atualidade já teve esse


tipo de pensamento rondando sua mente. A diferença está em como nos
posicionamos dentro dessa nova realidade vivida pelos docentes do século 21:
precisamos estar conectados. A nossa vida e tudo o que fazemos fora de sala de aula
está conectado começa a se ligar com a tecnologia, então tudo está conectado.
Vivemos em um mundo imprevisível onde as coisas não só resolvidas apenas dentro de
sala de aula, mas onde os professores e alunos aprendem entre si em todos os
espaços. Hoje em dia o aluno tem acesso ao conteúdo disponível na WEB, consegue
tirar dúvidas com robôs de inteligência artificial e encontra respostas para quase tudo
online. O professor por sua vez, ficou com o papel de ajudar o aluno a desenvolver
competências socio emocionais, competências cognitivas, visão do futuro, solução de
problemas... Isso a internet não é capaz de prover para o nosso aluno. O papel
fundamental do professor passa a ser mentor, orientador. Mas para desempenhar essa
função, sabemos que não basta equipar salas de aula ou dar equipamentos eletrônicos
para os professores. É preciso preparo, estudo e capacitação para os profissionais
envolvidos no processo de aprendizagem.
2.1 O preparo do professor para lidar com as TICS

A tecnologia é algo que este em tudo e que poder ser usada tanto para o bem
como para o mal. Ela nos abre as portas para o mundo, nos ligando com pessoas de
longe e nos permitindo fazer coisas fascinantes, permitindo a fazer quase tudo. Ao
mesmo tempo, pessoas que querem usar a tecnologia para o mal encontram
formas fantásticas de fazê-lo: para prejudicar alguém, espalhar notícias falsas,
roubar informações. Não se pode fugir da tecnologia, mas nada acontece se não
nos interessamos por ela. Mesmo aqueles que tem acesso aos mais modernos
equipamentos e internet de alta velocidade e qualidade, não chegam a usufruir de
maneira plena tudo o que é oferecido se não houver interesse - e no caso dos
professores, capacitação adequada para se utilizar tudo o que é apresentado como
moderno e inovador.

A autora Rosangela Souza Vieira, no seu artigo intitulado “O Papel das


tecnologias da informação e comunicação na educação a distância: um estudo
sobre a percepção do professor/tutor”, citar dois desafios dentro do espaço
educacional: potencializar o uso das TICs dentro do espaço educacional para
enriquecer e facilitar esse processo, e capacitar pessoas para utilização dessas
ferramentas de forma eficiente e consciente. A mesma autora ainda cita duas
possibilidades para se fazer uso das TICs: A primeira é que o professor deve ser
usuário dessas tecnologias para poder instruir os alunos. É preciso utilizar tudo o
que temos de recurso hoje em dia para poder instruir e “falar a mesma linguagem
dos alunos.” A segunda é que o professor precisa criar condições para o aluno
possa se expressar utilizando essas novas linguagens, trazendo para dentro de sala
as informações e conhecimentos práticos já adquiridos pelos alunos, para que eles
consigam reconstruir e materializar seus pensamentos através dessas novas
linguagens, transformando todas essas informações em conhecimentos práticos
para o dia a dia.

Para acompanhar toda a demanda já citada até agora, o professor precisa


buscar conhecimento e ter cada vez mais um conhecimento holístico acerca das
TICs. Várias formações já foram oferecidas desde a década de 90 para capacitação,
como o Programa Nacional de Informática em Educação, que visava à preparação
de professores para o uso da informática com seus alunos e a criação de centros de
informática educativa nas Secretarias Estaduais de Educação. Mais recentemente,
temos o programa do MEC chamado Programa Nacional de Tecnologia Educacional
(ProInfo), incorporado à prática pedagógica de diferentes áreas de conhecimento,
favorecendo a aprendizagem do aluno, com a capacitação do professor com o foco
de incorporar e utilizar as novas tecnologias, visando a quebra de velhos
paradigmas adotados pela escola tradicional.

Além dessas formações, muitas outras tentativas de se modernizar e se


adequar à nova realidade virtual que vivemos já ocorreram - computadores em
sala de aula, doações de notebooks para professores e alunos, projetores estalados
nos tetos das salas de aula, apostilas e livros em PDF, matrículas digitais e
livros/apostilas em PDF. Mas nada disso, como já se foi dito, faz diferença se não
houver interesse por parte do professor e capacitação para o uso de tudo isso de
forma apropriada.

Assim sendo, temos algumas características desse novo professor, que tem sua
função com mediador, orientador, alguém que possibilita e cria oportunidades de
ensino e aprendizado:

➢ Ele precisa ser usuário das novas mídias e tecnologias que hoje nos
cercam. Redes sociais, utilizar e-mail, navegar na internet com
confiança e habilidade para poder interagir de forma plena e eficaz com
o aluno;
➢ O professor precisa ter qualificação e treinamento para voltar todo a
tecnologia atual para educação. A escola precisa investir, antes até de
adquirir o maquinário adequado, nos profissionais envolvidos no
processo de educação. Cursos, palestras e capacitação para
desenvolver no professor confiança no momento de utilizar
computadores e dispositivos alocados dentro da escola;
➢ O professor precisa estar equipado para treinar e buscar essas
habilidades. Isso implica em ter computadores adequados, programas e
softwares compatíveis com a realidade que muitos dos nossos alunos já
vivem.
Sabemos que essa não é a realidade vivida pela maioria dos profissionais da
educação atualmente. Muitos são cobrados diariamente para se adequar a realidade
virtual de hoje em dia, mas não encontram recursos financeiros para investir em
equipamentos, cursos e softwares. Muitas escolas precisam decidir como investir e
optam por equipar as salas com computadores e projetores, deixando os professores
sem treinamento ou qualificação. Nos capítulos seguintes de nossa apostila, veremos
possibilidades e ramos da tecnologia voltada para o ensino de modo a ampliar a nossa
visão enquanto educadores que o mundo não é o mesmo de ontem e que precisamos
aprender a aprender.

2.2 - - PENSADORES DA EDUCAÇÃO E SUAS CONTRIBUIÇÕES

Diversos autores, contemporâneos e um pouco mais arcaicos (quando ainda não


tínhamos internet ou recursos tecnológicos) escreveram sobre as questões relativas ao
processo ensino aprendizagem, a fim de estabelecer a ponte entre a ação pedagógica
e as TICs. Todos com pensamentos e ideias atuais e relevantes para reflexão.

Iniciamos citando Paulo Freire que tem uma frase famosa e merece ser
repetida: "Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se
educam entre si, mediatizados pelo mundo." (FREIRE, 1987, p.78). A frase escrita em
1987 não poderia ser mais atual, o acesso rápido ao mundo potencializa a mediação
feita por ele. A conectividade que hoje vivemos amplifica as possibilidades de situação
de aprendizagem. Essas interações que são facilitadas com o uso das TICs também nos
remetem a Vygotsky (1984) afirma que é na interação entre aqueles que sabem mais
com aqueles que ainda não conseguem fazer sozinhos que o pensamento se
desenvolve.

Autores atuais como o professor e fundador da Escola do Futuro da USP José


Moran, espanhol naturalizado brasileiro, possui vários textos publicados sobre
tecnologias voltadas para a educação, com temas como transformação da Educação
com metodologias ativas e modelos híbridos. Numa entrevista concedida para a revista
Cidade Verde em setembro de 2019, ele diz: “As escolas precisam preparar os alunos
para um mundo imprevisível, onde a criatividade vale mais do que o simples acúmulo
de conhecimento, como ocorria no passado”. (MORAN, 2019)
Por fim, vamos mencionar o autor que criou o termo “Nativos Digitais”, Marc
Prensky. Ele começou a sua carreira como professor em Nova Iorque e tem seu foco
profissional na reforma da educação básica, abordando temas como ferramentas
digitais, pedagogia e currículo. Ele já foi citado em nossa apostila anteriormente e é um
autor que vale a pesquisa e leitura. O termo Nativo Digital, criado por ele, é definido
por ele como:

“Como devemos chamar esses "novos" alunos de hoje? Alguns se referem a eles como
o N [paraNet] -gen ou D [para digital] -gen. Mas a designação mais útil que encontrei
para eles é Nativos Digitais. Hoje, nossos alunos são todos "falantes nativos" da
linguagem digital de computadores, videogames e a Internet.” (PRENSKY, 2001)

Todos esses autores e outros da atualidade, acrescentam para a elaboração do


processo de comunicação, interação, de ensino e de aprendizagem, deve-se buscar
uma aprendizagem essencialmente ativa. O aluno aprende algo novo e incorpora a
essa experiência toda a sua bagagem de experiências.
3. Recursos tecnológicos: ame-os ou deixe-os?

As possibilidades de uso das TICS são vastas e geram nos educadores de hoje
questionamentos como: Serei substituído? Serei obrigado a usar tudo isso? Afinal, as
TICS são boas ou ruins para educação de uma maneira geral? Mas será que precisamos
ser tão extremos e pensar no ame ou deixe-os?

Há vários pontos para serem observados na introdução de tecnologias dentro


do ambiente escolar: custos de investimentos, capacitação profissional, potencial de
interação dos alunos, bem como a sua autonomia no processo de aprendizado. O que
se percebe hoje é que precisamos ir além do simples “contra” ou “a favor”. É preciso
se evitar generalizações e promover debates construtivos com toda a comunidade
escolar da melhor utilização dessas tecnologias dentro e fora de sala de aula. Muitas
campanhas são feitas sobre o uso dos equipamentos eletrônicos por crianças muito
novas e de todos os malefícios que isso causa. Porém, cada dia vemos que não é
preciso generalizar, mas sim, avaliar o uso e seus benefícios de forma geral das TICs
dentro de sala aula e no contexto de mundo globalizado que vivemos. Assim sendo, a
escola deve se perguntar e avaliar constantemente: todos tem conhecimento das
ferramentas propostas? A escola tem o equipamento necessário para o uso de forma
adequada e eficaz? Professores e equipe escolar estão de acordo com o projeto e com
as ferramentas tecnológicas a serem implementadas no espaço escolar?

Outro fator importante que precisamos nos atentar é para o modismo. Muito
do que se vê nas escolas hoje em dia, são verdadeiros modismos e não inovações que
promovam a diferença para o professore e seus alunos. Esse fato muitas vezes causa a
resistência e repulsa por parte dos professores – eles não se sentirem envolvidos no
processo de modernização do espaço escolar e do processo de aprendizagem, se
sentem levados pelo modismo que a escola está querendo “empurrar” para ganhar
mais alunos e matrículas. A palavra inovação nos remete a algo que seja novo,
novidade. Esse conceito de novo vai variar de acordo com a realidade de cada escola:
um computador com acesso a internet em uma escola rural é uma inovação. Porém, o
mesmo não ocorre com escolas de grandes centros urbanos, escolas onde os alunos
possuem grande poder aquisitivo.
Diante de todo esse cenário, cabe aos professores avaliar como a tecnologia vai
ajudar e se comportar dentro do contexto escolar onde o professor está inserido. Até
agora fica claro que as TICs são realidade dentro de nossa sala de aula e não há como
fugir dela. Há uma gama de recursos tecnológicos que podem ser aplicados em sala de
aula e avaliação desses recursos e seus impactos em sala só pode ser feita de maneira
plena quando o professor tem total conhecimento das tecnologias atuais – ainda que
não use ou não concorde com o uso dentro de sala. Para que essa avaliação e debate
de até onde elas são realmente necessárias ou modismo, como visto, o professor e
todos os envolvidos no processo de aprendizagem precisam estar inteirados dessas
tecnologias, aplicativos e inovações tecnológicas atuais para que se tenha subsídios
verdadeiros e consistentes para um debate produtivo e eficaz sobre o assunto.

3.1 Metodologias ativas

As Metodologias ativas têm sido algo muito falado e comentado nas escolas que
estão em busca de uma modernização no seu sistema de ensino. Mas o que seria isso?
De que forma essa “nova” metodologia poderia contribuir de maneira significativa com
o processo de aprendizagem dos meus alunos e o que ela tem a ver diretamente com
as TICs? De acordo com o autor José Moran (2018), temos:

“Metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efetiva dos


estudantes na construção do processo de aprendizagem, de forma flexível, interligada
e híbrida. As metodologias ativas, num mundo conectado e digital, expressam-se por
meio de modelos de ensino híbridos, com muitas possíveis combinações. A junção de
metodologias ativas com modelos flexíveis e híbridos traz contribuições importantes
para o desenho de soluções atuais para os aprendizes de hoje.” (MORAN, 2018)

Na citação acima, três aspectos da metodologia ativa são destacados: sua


forma flexível, interligada e híbrida. São estratégias de ensino que centram a
participação do aluno de forma mais intensa no processo de aprendizagem, com
modelos híbridos onde tanto o aluno quanto o professor têm muito para oferecer e
ensinar. Ainda de acordo com o autor, temos:

“As metodologias ativas dão ênfase ao papel protagonista do aluno, ao seu


envolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do processo,
experimentando, desenhando, criando, com orientação do professor; a aprendizagem
híbrida destaca a flexibilidade, a mistura e compartilhamento de espaços, tempos,
atividades, materiais, técnicas e tecnologias que compõem esse processo ativo.”

(MORAN, 2018)

De uma maneira geral e mais simplificada, pode-se dizer que as metodologias


ativas são aquelas mais centradas nos seres humanos, estado presas a um processo
mais humanizado e menos tecnológico modelo de educação. O aluno é o protagonista
de seu aprendizado e o professor, parte desse processo. O ensinar e aprender se
convertem para processos de pesquisa, de questionamento, de criação e de reflexão,
sendo a sala de aula como espaço privilegiado de co-criação, onde professor e aluno
vão aprender juntos a partir de situações concretas, problemas, vivências e
experiências.

Com o avanço da tecnologia, vemos cada vez mais os alunos assumirem esse
papel de co-autores dentro de sala de aula. Quantas vezes ouvimos um professor dizer
que o aluno sabe mais sobre esses assuntos tecnológicos do que ele mesmo? Pois é
nesse momento que usamos a metodologia ativa, tendo no aluno um aliado e
totalmente envolvido em sala de aula, tornando a aprendizagem algo prazeroso e
inspirador. Dessa forma, a metodologia ativa como um processo de aprendizado que
vai encorajar e motivar o aprendizado do aluno de forma crítica e reflexiva, diante da
séria de estímulos que eles são expostos todos os dias com o avanço da modernidade.
Nesse universo onde tudo já vem pronto e “mastigado” saber lidar e usar com as
metodologias ativas dentro de sala de aula é grande forma e grande aliada no uso das
TICs em sala de aula.

3.2 Trabalhando com Gameficação

Muito antes de chegar a internet e de termos essa “explosão” digital que agora
vivenciamos, as antigas gerações tinham acesso a modernidade através dos
videogames. Se iniciou ainda na década de 80 com o videogame chamado ATARI e
cada vez mais jogos eletrônicos foram tomando espaço na vida dos adolescentes e
jovens da época. Porém, nem se pensava em incluir tais jogos ou ideias dentro de sala
de aula, deixando os games para espaços reservados, dentro das casas ou ainda, nos
locais chamados fliperamas, onde jovens e adolescentes da época se reuniam para
jogar. Com a chegada da internet e com os avanços tecnológicos, o acesso a esses
jogos (agora mais modernos e com muito mais possibilidades), fica democratizado e
ampliado, chegando a sala de aula através a gameficação.

A gameficação nada mais é do que a utilização da mecânica dos games – com


cenários, gráficos atrativos e claro, a competição – para se ter espaços de
aprendizagem que potencializem o desenvolvimento de habilidades cognitivas,
motoras e sociais. O termo gameficação foi usado pela primeira vez pelo pesquisador
britânico Nick Pelling (MEDINA, 2013) e consiste em utilizar a mecânica dos jogos
(como pontuação e recompensas) em atividades que não fazem parte do contexto dos
jogos, mas sim, que estão dentro do currículo. Dessa forma, esperava-se que os alunos
ficassem mais engajados e motivados a resolver situações e problemas que eram
propostos em sala de aula pela as mais variadas disciplinas. É o famoso “aprender
brincando” que já se fala e se ouve há muito tempo, mas agora de forma mais
moderna e enquadrada ao modelo de sala de aula.

Dois ótimos exemplos de gameficação dentro de sala de aula é a utilização do


aplicativo Kahoot e MInecraft for education. O primeiro é uma plataforma de criação
de questionários baseado em jogos de perguntas de múltiplas escolhas, que permite
aos educadores investigar, criar, colaborar e compartilhar conhecimentos.

Figura 3: logotipo do aplicativo KAHOOT. Fonte: wikimedia. Disponível no site:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Kahoot_Logo.svg, acesso em fevereiro de 2020.
Para utilização desse aplicativo em sala de aula, assim com outro, são necessárias
algumas ferramentas, tais como:

➢ Acesso a internet
➢ Dispositivo móvel, como celular ou tablet
➢ Computador ou tablet par controle do professor
➢ Projetor para mostrar as perguntas para toda a sala

Esse game vai funcionar como um questionário, daqueles que são passados com
frequência em sala de aula para ser copiado no caderno. Porém, por ser tratar de um
game, a gameficação vai trazer conteúdos como pontuação, imagens, gráficos e
ranking nas respostas para esse questionário, o que motiva e instiga o aluno e sua
participação efetiva em sala de aula, exemplificando bem o que acabamos de mostrar.
Similares ao Kahoot, temos o quizzlet, socrative e muitos outros que utilizam a ideia de
atividades de sala de aula como questionário e dever de casa em games para serem
usados em sala de aula.

O segundo exemplo foi o uso em sala do Minecraft for education. Bem conhecido de
todos, o jogo minecraft se tornou popular por possuir uma versão para o celular e não
apenas para computadores ou videogames. Já vendo o cenário de gameficação dentro
das salas de aula, uma versão do jogo de blocos foi desenvolvida para ser utilizada
por professores de todo o mundo aproveitando as possibilidades que o game
oferece para deixar as aulas ainda mais atrativas e engajadas. Ele funciona da
mesma forma que a versão conhecida mundialmente, a grande diferença é o
controle do professor no mundo criado pelo ele mesmo, de acordo com o tema que
será tratado em sala de aula.

Vale ressaltar que os jogos, a gameficação abordada aqui, deve funcionar como
algo a mais para ser oferecido em sala de aula e que de maneira alguma devem
ser implantados sem uma vasta discussão dentro do cenário escolar de cada um.
A mudança que os jogos ou qualquer outro aparato tecnológico possa se dispor a
fazer precisa passar por questões mais amplas como infraestrutura nas escolas,
qualificação do professores, salários dignos que nos permitam ter esses recursos
tecnológicos de maneira acessível para que aí sim, em um trabalho colaborativo o
docente construa práticas inovativas e dinâmicas, construam trilhas diferenciadas
par aprender de forma lúdica, resgatando o desejo de aprender na escola e indo
além dos elementos que compõe a gameficação.

3.3 O uso de Softwares educacionais

Softwares são programas de computador que vão ser aliados aos demais programas
para auxiliar alunos e professores no processo ensino- aprendizado. Os softwares
podem ser considerados programas educacionais a partir do momento em sejam
utilizados e pensados de maneira a contribuir com o processo de ensino –
aprendizagem, projetados por meio de uma metodologia que os contextualizem no
processo ensino-aprendizagem. Desse modo, mesmo um software detalhadamente
pensado para mediar a aprendizagem pode deixar a desejar se a metodologia do
professor não for adequada ou adaptada a situações específicas de aprendizagem.

Os softwares podem ser classificados nos seguintes grupos:



Softwares tutoriais: apresentam conceitos e instruções para a realização de
tarefas específicas, com baixa interatividade. Muitos tutoriais ensinam a utilizar
programas de computador.


Softwares de exercitação: permitem atividades interativas por meio de
respostas às questões apresentadas. O professor pode propor exercícios sobre
conceitos apresentados em aula.


Softwares de investigação: possibilitam a localização de informações sobre
diversos assuntos, como, por exemplo, as enciclopédias.


Softwares de simulação: são recursos usados para o aprendizado de um piloto,
pois simulam a realidade. É o caso dos simuladores de voo.


Softwares de entretenimento: os jogos podem ser utilizados com finalidades
educativas, além de tornar as aulas mais atraentes e divertidas. Há jogos
matemáticos, de raciocínio lógico, de leitura e escrita. Podem ser usados desde
a Educação infantil.


Softwares abertos: Apresentam várias ferramentas como editores de texto,
banco de dados, planilhas eletrônicas.
Há diversos tipos de softwares (programas de computador) que podem ser
usados em educação, dentro desses grupos aqui mencionados. Um bom exemplo é
o GEOGEBRA, um software de matemática que permite desenhos e jogos para o
auxílio em matemática, ciências, tecnologia e engenharia. É um software que
permite uma maior interatividade do aluno e que facilita o aprendizado de coisas
complexas de uma forma mais atrativa e “real”.

Softwares também são muito utilizados para alunos com necessidades


especiais. Ao utilizar recursos visuais e sonoros, esses softwares promovem
autonomia e inclusão desses alunos. Um ótimo exemplo disso são 3 softwares
desenvolvidos e criados pelo departamento de ciência da computação da
Universidade de Brasília (UnB). São programas que fazem parte do Projeto
Participar, que visa o ensino de gestos sociais e alfabetização de autistas e o uso
social da Matemática, como o uso de calculadora, de células monetárias e leitura de
relógio digital. O programa foi criado em 2014 e os softwares podem ser baixados e
utilizados de forma gratuita através do site http://www.projetoparticipar.unb.br/
(acesso em fevereiro de 2020).

Diante dos vários tipos de softwares disponíveis para utilização como recurso
pedagógico, o ideal é que a escola faça uma análise prévia dos programas que
pretende utilizar, a fim de avaliar se os programas são apropriados às necessidades
das disciplinas e aos objetivos que os professores e a própria escola pretendem
atingir com sua utilização.

3.4 – Ideias na utilização do word, excel e power point

Com certeza os nomes WORD, EXCEL e POWER POINT são comuns na nossa
mente quando pensamos em computador e seu uso. São ferramentas do pacote office,
já usadas de longa data e essenciais para nosso uso no dia a dia. Essas ferramentas são
comumente adquiridas com o pacote Microsoft office, mas também são
disponibilizadas em versões gratuitas no Linux, que desempenham a mesma função.
O WORD ( figura 4) é o editor de texto mais usado no mundo e muito comum
para professores. E nele que digitamos e montamos folhas, trabalhos para nossos
alunos, textos dos mais variados usos e modelos.

Figura 4: logotipo do Microsoft Word. Fonte: Wikimedia. Disponível no site:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Microsoft_Office_Word_(2000%E2%80%9302).svg, acesso em fevereiro
de 2020.

Ele permite várias possibilidades de uso que otimizam o tempo de confecção e


formatação do texto. Pela facilidade de integrar imagens, tabelas, design e formas,
uma das ideias que se podem trabalhar com essa ferramenta são os gêneros digitais,
como memes, histórias em quadrinhos, charges... Sendo o word uma página em
branco, é possível criar, formatar, editar, salvar documentos eletrônicos, misturando
elementos visuais e verbais. Imagina um ditado onde os alunos podem separar em
colunas de acordo com o campo semântico do aluno? Com certeza irá transformar algo
simples e habitual em algo inovador e motivador para o aluno.

O POWER POINT ( figura 5) recurso do Office utilizado para fazer apresentações


diversas. Seu principal objetivo e passar as ideias de forma clara e atrativa.

Figura 5- logotipo do Microsoft Power Point. Fonte: wikimedia. Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Microsoft_Office_PowerPoint_(2018%E2%80%93present).svg, acesso em
Fevereio de 2020.

Cada vez mais temos em sala de aula projetores presos no teto, com
possibilidade de conexão com o computador e a projeção dele na parede. Nesse caso,
o Power Point é o programa que de apresentação de slides, em que você pode inserir
tudo o que quiser: vídeos, imagens, gráficos. Com a utilização desse recurso, é possível
deixar a aula fluir e produzir jogos, quis, apresentações e jogos interativos que vão
deixar a aula mais dinâmica e divertida. Embora não seja específico para games, com o
Power Point é possível montar produções mais básicas até de nível avançado. Ele
possui recursos de animação que permitem que imagens apareçam, desapareçam,
avancem ou retrocedam. Há ainda a possibilidade de inserir botões e links com ações.
Apesar de ser uma ferramenta já incorporada no nosso cotidiano, sempre vale a pena
olhar e reinventar novas formas de se utilizar no dia a dia.

O EXCEL (figura 6) costuma ser o vilão dessas ferramentas que estamos


apresentando. Diversas vezes ouvimos professores falando que não sabem como usar
e geralmente fazem tabelas no WORD, por achar mais fácil.

Figura 6- Logotipo do Microsoft Excel. Fonte: wikimedia. Disponível em:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Microsoft_Excel_Logo.svg, acesso em Fevereiro de 2020.

Porém, o EXCEL é um grande aliado para se fazer tabelas, fórmulas, células,


organizar em diversas formas qualquer tipo de lista. Por se tratar de um aplicativo
riquíssimo em recursos, é sempre possível descobrir funcionalidades e truques que
podem facilitar bastante a elaboração ou a edição de uma planilha nele. O uso do Excel
tem de ser dinâmico, desafiador e capaz de despertar o interesse e o crescimento
intelectual. Por ser programa com células, fórmulas e colunas, ele é um convite para
ser usado nas aulas de matemática, contribuindo para o raciocínio lógico e criatividade
dos alunos.

Todas as ferramentas apresentadas aqui nos ajudam a inovar em sala de aula e


são imprescindíveis tanto para nós enquanto professores e enquanto alunos. Em sala
de aula, precisamos sempre conhecer, vivenciar e experenciar essas ferramentas
aliadas ao currículo para tornar as nossas aulas cada vez mais atrativas.
4- Utilizando a internet como recurso pedagógico

Todas as oportunidades e interações pedagógicas que o computador e seu uso


em sala de aula nos oferecem não seriam as mesmas sem a internet. A possibilidade
de acesso a milhões de informações num piscar de olhos sem dúvida foi algo
revolucionário para professores e alunos, uma verdadeira revolução nas pesquisas e
nos trabalhos realizados em casa e na escola. A internet tem o poder de revolucionar
as abordagens educacionais tradicionais, sendo capaz de contribuir tanto para
instrução como para construção do conhecimento. É inegável todas as contribuições
que a internet trouxe para o cotidiano: realizamos transições bancárias, fazemos
compras virtualmente, procuramos receitas, conversamos ao vivo com pessoas há
milhares de quilômetros de distância. Se do ponto de vista pessoal e profissional isso
acontece, não há como ignorá-la na escola.

É possível apontar uma série de usos pedagógicos da Internet tais como:


➢ O trabalho com fontes variadas para pesquisa de assuntos
apresentados pela escola ou mesmo assunto de interesse do próprio
aluno.
➢ Utilização de páginas específicas sobre educação, blogs de escolas que
merecem ser visitados e estudados, e diversas outras páginas
disponíveis.
➢ A chance de estabelecer comunicação e interação com outras escolas
seja do nosso país ou de outros países em todos os continentes através
de recursos como e-mails, twitter e outras mídias sociais ou de
comunicação;
➢ Possibilidade efetiva de desenvolvimento da autonomia e aprendizado
individualizado, além do desenvolvimento do raciocínio lógico.
➢ Facilitação da troca de experiências entre professores/professores,
aluno/aluno e professor/aluno.
A internet está cada vez mais interessante e criativa, possibilitando a
exploração de um número incrível de assuntos. Porém, se o aprendiz não tem um
objetivo nesta navegação, ele pode ficar perdido e acabar olhando e encontrando
assuntos que não acrescentam na sua jornada em busca do conhecimento. Se a
informação obtida pelo aluno não é posta em uso, não há nenhuma maneira de
estarmos seguros de que o aluno compreendeu o que está fazendo. E são nesses casos
que nós, professores precisamos estar atentos e intervir com o papel de orientar a
comunicação entre os participantes na busca de atingir os objetivos propostos na
atividade. Sobressai nesse caso a figura do professor como mediador.

4.1 Existe vida fora do Youtube


Toda vez que pensamos em acesso a internet liberado em nossa sala de aula, a
primeira coisa que vem a nossa mente é o uso do Youtube. Sem dúvida, é uma
excelente fonte de vídeos cada vez mais inserida nos cotidianos familiares, sociais e
principalmente escolares. O Youtube foi criado em 2005 como um site de
compartilhamentos de vídeo na internet.

Atualmente o Youtube está em mais de 100 países, 80 idiomas e possui mais de


dois bilhões de usuários. Pode-se encontrar praticamente de tudo em vídeos nessa
plataforma: de vídeos caseiros e simples até vídeos mais elaborados, com grandes
produções. A facilidade de se acessar com celular, tablet ou qualquer dispositivo com
acesso a internet este recurso vem sendo utilizado em vários espaços sociais, seja para
divulgar informações científicas, como também os mais variados tipos de linguagens
que circulam na sociedade, como por exemplo: receitas, piadas, entrevistas, etc. A
infinidade de tutoriais e vídeos de ensino disponibilizados na plataforma, torna o
Youtube uma ferramenta que pode contribuir e muito no processo de ensino
aprendizado, também como ferramenta de inclusão. Há diversos canais que
disponibilizam legendas e tradução para libras de vídeos famosos no mundo todo
permitindo que o aluno entre em contato com as diferentes formas de expressão e
produção dos sinais, além de romper com a ideia de uma língua unificada à medida
que se apresentam, contextualizadamente, “as variações regionais”, presentes nas
línguas, e por esta razão, são encontradas na Língua de Sinais.

Apesar de todas as vantagens apresentadas aqui do uso do Youtube, como diz o


título: Existe vida além do Youtube. Isso porque frequentemente recorremos ao
Youtube toda vez que temos acesso a internet e computador em nossa sala de aula.
Mas há muito mais na internet disponível para ser usado com nossos alunos para
inovação, para incrementar as nossas aulas. Alguns deles são:

➢ Blogs: também chamados de caderno digitais, são páginas na web que


permitem postagens que são organizadas em ordem cronológica ou em
links. Num blog várias pessoas podem postar, sendo uma ótima forma
de escrita coletiva e colaborativa, onde os alunos podem compartilhar
informações e construir a aprendizagem de forma coletiva. Não há
limite para o que pode ser publicado, nem limite para quem pode
publicar. Com a mediação adequada do professor, são ótimos espaços
online para publicar resultados de pesquisas em sala de aula, ou ainda
para aumentar a interação dos alunos com a ajuda do recurso
tecnológico. Também é ótima ideia visitar blogs de outras escolas e ver
o que outros alunos de outras partes do mundo tem aprendido e
descoberto.
➢ Ferramentas Google: além da ferramenta de pesquisa Google, que é
ótima para ser usada em sala de aula e será explorada com mais
detalhes em nossa apostila posteriormente, há disponível outras
ferramentas incríveis, capazes de incrementar aulas de diversas
disciplinas. Como o Google Earth, que mostra lugares com imagens reais
e atuais. Os alunos podem fazer um passeio ao redor da escola ou
mesmo em cidade ao redor do mundo sem sequer sair de sala. O Google
Maps apresenta um mapa interativo, capaz de revolucionar as aulas de
geografia.

➢ QR Code (figura 7): o QR code é uma evolução do código de barras e


consegue ser lido ou escaneado pela maioria dos celulares e dispositivos
com câmera. Há diversos sites que permitem que se crie QRCodes que
vão representar desenhos, palavras, textos ou ainda direcionar para
páginas especificas. Em 2015, o aplicativo WhatsApp passou a usar o
QRCode para fazer a verificação do uso pelo computador dando acesso
através do código. As possiblidades de uso são grandes, e dentro de sala
de aula pode ser usado para um caça palavras diferente, ou ainda para
passar informações para os alunos e pais de forma diferenciada.

Figura 7- QR Code para acesso a conta do Youtube. Produzido através do site: https://www.the-qrcode-
generator.com/, acesso em março de 2020.

Não há necessidade do professor ser um especialista na internet e nas variadas


possibilidade de uso que ela permite, porém é preciso saber usar o que temos a
disposição e conhecer as possibilidades dessa ferramenta dentro do processo de
ensino e aprendizagem, se aproveitando de todos os recursos para tornar as aulas
cada vez mais prazerosas próximas da realidade dos alunos. E lembre-se sempre que
existe vida (e muita) fora do Youtube, mas isso não descarta de forma alguma o uso
dessa plataforma de vídeos em nossa realidade docente. O Youtube pode e deve ser
usado! Mas lembre-se sempre de pensar além!
4. O uso das Redes Sociais em sala de aula

As redes sociais fazem parte do cotidiano de todos hoje em dia. Quem não tem um
perfil no Facebook ou Instagram é considerado um peixe fora d’água, uma pessoa “de
outro mundo”. Elas são usadas com diversas finalidades: divulgar uma pessoa ou
produto, acompanhar pessoas famosas com suas fotos bem tiradas, saber um pouco
da vida das pessoas, expor sua opinião sobre um determinado assunto. É um espaço
democrático, onde se postar o que se pensa e arcar com as consequências do que se
posta.

Mas a grande questão para nós educadores é: será que as redes sociais podem
ser usadas como recursos pedagógico? Ou seria apenas um local para entretenimento
e sem possibilidades de uso dentro de sala de aula? Assim como as demais TICs, as
redes sociais podem e devem ser utilizadas em sala de aula. Elas favorecem a
aprendizagem colaborativa, por ser um espaço democrático e de ampla exposição. Nas
redes sociais também é possível o aluno se relacionar a e ter contato com pessoas de
diversas culturais e aspectos sociais, o que expande o acesso do nosso aluno com o
mundo, cada vez mais o aproximando como cidadãos do mundo. Por fim, as redes
sociais estão presentes em todo smartphone e seu uso está cada vez mais difundido e
facilitado em dispositivos móveis variados. Vamos refletir nas três maiores redes
sociais que temos hoje em dia e seus possíveis usos dentro de sala de aula:

➢ Facebook (figura 7) : criado em fevereiro de 2004, em Harvard, nos EUA por


Mark Zuckerberg e três amigos, um deles, o brasileiro Eduardo Severin,
Facebook é o campeão de acessos e usuários.

Figura 8- Logotipo do Facebook. Fonte: Pixabay, disponpivel em:


https://pixabay.com/pt/illustrations/facebook-logotipo-rede-social-rede-76534/, acesso em março de
2020.
Nessa rede social é possível criar e fazer parte de grupos de interesse, criando
uma rede de aprendizagem colaborativa dentro da área específica de
conhecimento. É possível pesquisar grupos de diversos interesses e divulgar
eventos, pesquisar, compartilhar arquivos – tudo de maneira muito rápida e
atual. O professor pode criar um grupo para a sua turma como local de
compartilhamento de ideias e trabalhos colaborativos, além da possibilidade de
vídeos e LIVES, como webinars, transformando a rede social em um grande e
ampla sala de aula.

➢ Twitter (figura 8): O Twitter foi criado em março de 2006 por Jack Dorsey,
Evan Williams, Biz Stone e Noah Glass e foi lançado em Julho de 2006 nos EUA.

Figura 9- Logotipo do Twitter. Fonte: Pixabay, disponpivel em:


https://pixabay.com/pt/illustrations/logotipo-twitter-3491390/, aceso em março de 2020.

É um microblog onde o usuário pode escrever o que pensa ou o que quiser


mas com um número reduzido de letras – são apenas 140 caracteres. É uma
rede social muito utilizada por empresas, pelo próprio governo e milhões de
pessoas cadastradas na plataforma. As informações vêm de forma muito
acelerada e o acesso aos dados expostos é praticamente em tempo real. Pelo
fato de ter o texto reduzido a apenas 140 caracteres, O Twitter pode ser uma
excelente ferramenta de auxilio nas redação, na escrita de forma sucinta, com
as informações de forma direta e concisa. Assim como o Facebook, o Twitter
amplia o contato com pessoas de diversas culturas e nacionalidades. Autores
de livros, pessoas famosas, artistas diversos- todos esses são possíveis de
serem contatados através dos Tweets (nome que se dá as postagens escritas na
plataforma). Uma ótima ideia é compartilhar suas aulas e descobertas no
Twitter, com auxílio dos alunos e contactando as pessoas envolvidas- autores
de livros e grandes pensadores da atualidade. Pessoas como Romero Brito,
Ziraldo, Maurício de Souza estão presentes no Twitter.

➢ Instagram (figura 8): lançado em 2010 pelo norte-americano Kevin Systrom e


pelo brasileiro Mike Krieger, ambos engenheiros de software. Após o
lançamento para o programa Android em 2012, a empresa foi vendida para o
Facebook por 1(um) bilhão de dólares, aproximadamente 4 bilhões e meio de
reais.

Figura 10- Logotipo do Instagram. Fonte: Pixabay, disponpivel em:


https://pixabay.com/pt/illustrations/instagram-s%C3%ADmbolo-logotipo-foto-
1581266/, acesso em março de 2020.
Trata-se de uma rede social onde o usuário vai interagir com fotos e
vídeos. É muito famosa entre os influenciadores digitais: pessoas que postam
constantemente para conseguir seguidores. Quanto mais seguidores do seu
perfil, mais eles conseguem patrocínio e visibilidade dentro da plataforma.
Outro recurso muito utilizado são as famosas hashtags palavras que são
acompanhadas junto com o símbolo # que servem como um mecanismo de
busca das publicações e auxiliam no momento de categorizar o que se posta e
o que se deseja ver. Por ser muito visual e ilustrativo, o Instagram pode ser
usado em sala de aula para expor trabalhos dos alunos de maneira criativa,
tendo a criação com um processo coletivo entre todos os alunos envolvidos.
Também é uma excelente ferramenta de busca para os mais variados assuntos,
inclusive para se observar a produção de outras escolas no Brasil e no mundo.
As redes sociais, como pudemos observar, vão favorecer as relações
pessoais, permitindo a expansão de tudo o que é visto de sala de aula. São
excelentes ferramentas de compartilhamento de informações, permitindo que
o aluno se envolva ainda mais no seu próprio processo de ensino aprendizado,
sendo motivado a compartilhar aquilo que vive e aprende em sala de aula. Ao
dispor das redes sociais no processo de ensino aprendizado, o professor
permite que seu aluno tenha participação ativa dentro do processo de criação
de seu próprio conhecimento e expande tudo o que se vê e aprende em sala de
aula de forma criativa e inovadora.
5. Sugestões de trabalho com o email

O e-mail é a ferramenta mais antiga e mais usada até hoje pelos


usuários da internet. Ainda quem afirme não estar familiarizado com a tecnologia, com
certeza tem um e-mail, ainda que não esteja ativo. É o e-mail que nos permite enviar e
receber mensagens pela internet. As contas podem ser criadas nos provedores de acesso
particulares que são pagos, mas hoje em dia com a popularização da internet e com a
quantidade de provedores gratuitos, a maioria dos e-mails pode ser feitos de forma
gratuita, criando a possibilidade de recebimento e envio mensagens de correio eletrônico
de qualquer computador que esteja conectado à internet em qualquer parte do planeta e
a qualquer hora. Os celulares também são utilizados cada vez mais para isso. Pela
facilidade no uso (basta apenas digitar a mensagem, enviar e conferir na sua caixa de
entrada por mensagens novas) o e-mail fica como um recurso altamente utilizado por
todos.

Apesar de sua simplicidade de uso, possui uma ampla possibilidade de recursos:


envio de arquivos, lista de e-mails, facilidade com aplicativos para o celular,
agendamento de mensagens, calendários e outros. Uma outra característica
interessante desse serviço é que não precisamos estar conectados quando o remetente
nos envia uma mensagem. A qualquer momento que se acessa a caixa de e-mail, as
mensagens estão lá. Também é interessante arquivar as mensagens de acordo com uma
classificação que nos interesse.

Altamente utilizado por ambientes corporativos, o e-mail também apresenta


várias possibilidades de uso dentro de sala de aula. Ele cria um vínculo professor aluno
que vai além das paredes de sala de aula, permitindo que o professor enviar tarefas,
tirar dúvidas ou repassar material de estudo quando por algum motivo o aluno se ausenta
da aula. Com o uso do e-mail a comunicação entre a equipe escolar também pode ser se
dinamizada.

Queremos apresentar agora uma sugestão de uso do e-mail para turmas do


primeiro ciclo do ensino fundamental – que são as turmas que vocês estarão aptos a
ministrar aulas ao se formarem conosco. Mesmo a maioria dos alunos, a partir do primeiro
ano mesmo, saiba o que é e esteja familiarizado com o uso do e-mail, eles ainda não
possuem um endereço nem autonomia para acessar e trocar mensagens com seus
professores. Porém, há algumas possibilidades de uso mediadas pelo professor que vão
contribuir para o processo de ensino aprendizagem com mais essa ferramenta tecnológica:

1- Através do e-mail da escola ou de um e-mail criado pelo professor da turma, os


alunos podem trocar mensagens com alunos de qualquer parte do mundo,
vivenciando a cultura de forma clara e concreta. O conteúdo das mensagens
enviadas por e-mail pode ser muito diversificado. Podem ser enviados textos,
imagens, vídeos, sons, documentos, animações e até mesmo programas;

2- Os e-mails também podem ser usados como ferramenta para produção de


textos colaborativos, de forma coletiva. O professor pode criar um e-mail para
a turma, algo como: turma1001@gmail.com e dessa forma, uma turma trocar
e-mail com a outra. Além de incentivar a troca de mensagens e a escrita
coletiva, os alunos criam vínculo com os demais colegas da escola e trabalham
de forma moderna o gênero carta – praticando saudação, fechamento,
remetente...

3- Os e-mails também são excelente forma de trabalhar a interdisciplinaridade e


os temas transversais. Professores de língua estrangeira podem utilizar para se
comunicar com outras crianças ao redor do mundo, transformando o ensino da
língua como algo vivo e concreto. No caso dos temas transversais, pela
facilidade do e-mail e da ampla divulgação dos endereços eletrônicos de mais
variadas empresas e instituições, pode-se trabalhar temas como reciclagem,
preservação ambiental, cuidado com animais, educação no trânsito e
desenvolver com os alunos uma lista de perguntas ou sugestões que podem ser
repassadas para as instituições que cuidam desses assuntos.

Todas essas sugestões e considerações sobre as mensagens eletrônicas nos


remetem ao processo de escrita, essencial para os alunos do primeiro ciclo do
fundamental. Com o auxílio de dispositivos como o e-mail, o aluno pode além de
aprender, ressignificar o processo de escrita, produzindo textos cada vez mais por
estarem mais envolvidos, de forma cada vez mais direta. Quanto mais reflexivo o
processo do ato de escrever, mais a produção escrita será significativa par ao
aluno.

4.4 – As ferramentas Google

Já vimos como as ferramentas oferecidas pelo Google nos ajudam a ir além do


uso do Youtube. Com certeza em algum momento da sua vida você já utilizou alguma
ferramenta disponibilizada pelo Google. O e-mail do Gmail é um dos mais usados no
mundo, sem contar a ferramenta de pesquisa, o navegador de internet... Porém, o
Google vai além e disponibiliza um conjunto fantástico de ferramentas para auxiliar
professores e alunos no processo de ensino – aprendizado. É um conjunto de
ferramentas capaz de potencializar o ensino e o melhor: todas são oferecidas de forma
gratuita.

Algumas ferramentas Google que estão disponíveis que vão turbinar as suas aulas e
ajudar muito no nosso trabalho pedagógico. Primeiro, você precisa ter uma conta do
Gmail. Depois, você tem acesso a diversas ferramentas Google, todas conectadas pela
conta que você criou. Vamos apresentar as ferramentas mais usadas para fins
pedagógico, mas encorajamos você a buscar todas as opções que ter uma conta
oferece.

1- Google Classroom (figura 9): é uma ferramenta de sala de aula virtual, onde
o professor pode se comunicar, acompanhar o progresso dos alunos, postar
material de estudo e atribuir trabalhos com pontuação e data de envio.

Figura11- Logotipo do Google Classroom. Fonte: Wikimedia, disponível em:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Google_Classroom_Logo.png acesso em março de 2020.

2- Google Maps (figura 10): é ideal no auxílio das aulas de geografia. Com essa
ferramenta é possível analisar mapas de maneira interativa e com
informações visuais e mundiais para de modo que os alunos possam criar,
explorar e colaborar com ferramentas de mapeamento.

Figura 12- Logotipo do Google Maps. Fonte: Pixabay, disponível em:


https://pixabay.com/pt/illustrations/google-mapas-navega%C3%A7%C3%A3o-
gps-mapas-1797882/ acesso em março de 2020

3- Google Hangout (figura 11): é um sistema de vídeo conferência, onde é


possível se conectar por vídeo ou por mensagem de texto com outras
pessoas que também tenham a conta no Gmail. Ideal para ser usado em
reuniões remotas ou ainda para conectar os alunos com
pessoas do mundo todo.

Figura 13- Logotipo do Google Hangout. Fonte: wikimedia, disponível em:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hangouts_icon.svg, acesso em março de
2020.
4- Documentos Google (figura 12): com essa ferramenta é possível se criar
documentos online de forma colaborativa, com mais de um usuário em
tempo real. A proposta de uma atividade em grupo para a turma com
modificações colaborativas é uma excelente ideia.

Figura 14- Logotipo do Google Documentos. Fonte: wikimedia, disponível em:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Antu_google-docs.svg, acesso em
março de 2020.

5- Google Agenda (figura 13): Nessa ferramenta, você pode lançar seus
compromissos e organizar sua agenda. Ainda é possível criar eventos e
convidar pessoas, ideal para organizar reuniões ou encontros. Pode ser
criado quantos calendários desejar.

Figura 15- Logotipo do Google Agenda. Fonte: wikimedia, disponível em:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Google_Calendar_icon.svg, acesso em
março de 2020.

6- Google Earth (figura 14): Essa ferramenta se assemelha com o Google


Maps, porém todas as imagens aqui estão em 3D. É possível se estudar o
relevo, sobre a profundidade dos oceanos, florestas do planeta etc. Está
tudo em 3D, não há ilustrações melhores do que as da realidade.

Figura 16- Logotipo do Google Earth. Fonte: wikimedia, disponível em:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Google_Earth_icon.svg, acesso em
março de 2020.

7- Google Livros (figura 15): Com os eBooks, ficou muito mais fácil praticar a
leitura e adquirir conhecimento. Aqui você consegue fazer uma pesquisa
sobre os E books disponíveis e baixar os que estão disponibilizados de
forma gratuita, não necessitando o uso da internet. Você também consegue
ler partes de livros pagos. Os livros também podem ser facilmente
exportados para leitores de livros digitais e aplicativos especializados, como
o iBooks, da Apple.
Figura 17- Logotipo do Google Livros. Fonte: wikimedia, disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Google_Play_Books_icon_(2016).svg
acesso em março de 2020.

Além de todas as ferramentas disponíveis com a conta do Gmail, o Google


também disponibiliza um centro de treinamento online para professores, onde
professores tem acesso a cursos e dicas para uso de todos os aplicativos. Também é
possível fazer uma prova online e tirar a certificação de Educador Google nível 1 e 2.
Vale muito a pena ver e conferir através do site:
https://teachercenter.withgoogle.com/ (acesso em março de 2020).
6. O letramento digital

Ao se refletir sobre o espaço escolar, remetemos a saberes deveriam capacitar os


alunos para uma vivência de todas as práticas sociais necessárias que se esperam, para um
convívio em sociedade, de uma pessoa que domina a leitura e a escrita. O avanço tecnológico
que vivemos hoje, com o crescente aumento das ferramentas tecnológicas, tem exigido de
nossos alunos a aprendizagem de comportamentos e raciocínios específicos, quase como uma
nova leitura no mundo. Dessa forma, surge um novo tipo de letramento, chamado letramento
digital. Esse novo letramento vai levar em consideração a necessidade dos nossos
alunos de dominar um conjunto de informações e habilidades mentais que devem ser
trabalhadas de modo a capacitar os alunos a viverem como verdadeiros cidadãos neste
novo milênio.

Magda Soares foi a primeira autora a fazer menção o termo Letramento Digital
no seu artigo “Novas Práticas de Leitura e Escrita: Letramento na Cibercultura” na
revista Educação e Sociedade. Nesse texto, ela define letramento digital como: “um
certo estado ou condição que adquirem os que se apropriam da nova tecnologia digital
e exercem práticas de leitura e de escrita na tela, diferente do estado ou condição – do
letramento – dos que exercem práticas de leitura e de escrita no papel.” (SOARES,
2002, p. 151).

Letramento está diretamente associado a alfabetização, mas se difere porque


vai além dos códigos e faz relação com informações fora do texto falado ou escrito e
criando vínculos com a realidade onde o aluno está inserido. Diante da modernidade e
da era tecnológica que vivemos, os alunos precisam ser letrados digitalmente, ou seja,
ter habilidades que vão além dos códigos que vão capacitar e preparar para serem
cidadãos da era moderna em que vivemos. Ou seja, o uso social das práticas de leitura
e de escrita presentes no computador-internet.

Vejamos por exemplo, a prática de receber e enviar e-mails. O aluno pode ser
capaz e apto a escrever a mensagem, mas precisa compreender, dentro do letramento
digital, a descoberta e a apropriação de abrir a caixa de entrada, descobrir como criar e
como utilizar o correio eletrônico, ate que por fim o aluno se apropria que para ele era
algo inédito e desconhecido- ler e escrever no computador.
6.1 – O uso do computador e a transdisciplinaridade

Nos 4 capítulos anteriores de nossa apostila, já mostramos diversos motivos para


se incluir o uso do computador em sala de aula por docentes e alunos. Porém, sem
dúvida a facilidade de se promover a transdisciplinaridade é um dos fatores mais
motivantes para o uso das TICs no contexto educacional.

O autor e filósofo Jean Piaget seria o autor da primeira definição conhecida para o
termo transdisciplinaridade, que apresentava como sendo uma etapa que sucederia à
interdisciplinaridade e que “não se contentaria em encontrar interações ou
reciprocidades entre pesquisas especializadas, mas situaria essas ligações no interior
de um sistema total, sem fronteira estável entre essas disciplinas” (PIAGET, 1972,
p.144). Ou seja, a transdisciplinaridade busca a integração dos conteúdos vistos e
estudados dentro de sala de aula, levando em consideração os múltiplos saberes e
diferentes níveis dos nossos alunos. Essa abordagem facilita a aprendizagem de
diversos conhecimentos das mais diversas matérias, aproxima as disciplinas ensinadas
em sala de aula e facilita a retenção de conteúdo.

A transdisciplinaridade pode ser abordada e praticada de diversas formas, mas é


mais utilizada através de projetos. As disciplinas se unem para aumentar o interesse
dos alunos e montar um projeto em torno de um tema.
Diante de todo esse contexto de interdisciplinaridade, as Tecnologia de Informação
e Comunicação, as TICs, auxilia de modo a ampliar as relações interativas, criando
condições de aprendizado de forma colaborativa e cooperativa. Muitas vezes há a
proposta de atividades e projetos interdisciplinares, mas o que ocorre é apenas a
interposição das disciplinas sem qualquer diálogo entre elas, o que não traz benefício
ou atua de forma modificar a atuação dos alunos e professores. As TICs auxiliam e vão
atuar dentro dos projetos de forma integradora para que esse tipo de situação não
ocorra.

Um bom exemplo é o uso do programa Scratch (figura 16). O Scratch é um


programa desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Massachussets (MIT, experiente
no desenvolvimento de ferramentas educativas para crianças na idade escolar) e pelo
grupo KIDS da Universidade de Califórnia, Los Angeles.

Figura 18- Logotipo do Scratch.. Fonte: wikimedia, disponível em:


https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fb/Scratch_2.0_Screen_Hello_World.png
acesso em março de 2020.

O Scratch é um programa usado para desenvolvimento de histórias de


animação indicado para crianças a partir dos 8 anos. No Scratch é possível trabalhar
com imagens, fotos, música, criar desenhos, mudar aparência, fazer com que os
objetos interajam. Ele pode ser usado de forma interdisciplinar, criando histórias que
envolvam diversas disciplinas. Como no exemplo apresentado no site Nova Escola
(https://novaescola.org.br/conteudo/249/interdisciplinaridade-um-avanco-na-
educacao, acesso em março de 2020), ocorrido no Colégio Estadual Juvenal José
Pedroso, em Goiânia. As disciplinas de ciências e português se reuniram para criar
histórias onde os personagens eram os órgãos do sistema respiratório. Foram
abordados nas histórias, temas como a poluição e as condições do ar em grades
centros urbanos. Os alunos precisavam conferir a escrita, a produção de texto e a
escrita coletiva, ao mesmo tempo que colocavam todo o conhecimento sobre o
sistema respiratório e os conceitos aprendidos na aula de ciências.

A abordagem interdisciplinar, potencializada com o uso das tecnologias


voltadas para a educação, adiciona uma camada mais profunda à relação entre
diversas disciplinas. Esse tipo de abordagem vai evidenciar a forma como as disciplinas
podem trabalhar de forma coletiva, considerando outras dimensões além da cognitiva
ao trabalhar os conhecimentos.

6.2 - COMO REALIZAR PESQUISAS ONLINE – FAKE NEWS

Fake News, ou Notícias falsas, são aquelas informações e notícias que apresentam
inconsistências e inverdades em seu conteúdo e que são disseminadas através da
internet. Eleita em 2017 como a palavra do ano pelo Dicionário Collins, fake news, na
tradução para o português, significa:

“Informação falsa e em alguns casos sensacionalista apresentada como um fato,


publicada e disseminada na internet.”
(https://www.collinsdictionary.com/pt/dictionary/english/fake-news, acesso em
março de 2020)

Com todo o avanço tecnológico que vivemos, ganhamos velocidade e facilidade


no acesso às informações. Essa mesma velocidade também acontece no momento de
se propagar essas notícias falsas, que ocorrem pelos mais diversos motivos. Um bom
exemplo foi o que ocorreu nas eleições presidenciais nos EUA em 2016. Diversas
notícias falsas difamando a concorrente do eleito Donald Trump, Hillary Clinton, foram
espalhadas online e diversas fontes – como revistas e sites jornalísticos- atribuíram
essas notícias a derrota de Hillary nas eleições. (dados retirados do site da folha de São
Paulo, disponível em https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/11/uso-de-fake-
news-nos-eua-em-2018-ja-ultrapassa-eleicao-de-trump-diz-oxford.shtml – acesso em
março de 2020)
Quantas vezes recebemos informações em nossos celulares e e-mails ligadas a
termas atuais e passamos a frente em verificar a fonte? Essas mensagens muitas vezes
têm apelo emocional ou até um certo sensacionalismo, o que leva as pessoas a
promover e espalhar mais esse tipo de conteúdo do que as notícias que são
verdadeiras.

Além das informações que chegam através das mensagens e de links por
aplicativos, muitas vezes nos deparamos com informações desencontradas e falsas no
momento que vamos realizar buscas online. Há várias maneiras de agir e atitudes que
podem e devem ser tomadas por todos antes de utilizar a informação ou ainda,
propagar alguma informação (figura 17):

Figura 19- Fonte: Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/12158/como-


falar-de-noticias-falsas-em-sala-de-aula, acesso em março de 2020.

1- Fazer uma verificação do site de onde a notícia foi tirada, ler sobre quem
produziu aquele conteúdo que foi compartilhado ou que o aluno encontrou
online;
2- Verifique quem é o autor do texto, sua formação acadêmica e referências;
3- Confira sempre a data e a localização das publicações para verificar se não são
republicações de notícias ou boatos que já circularam anteriormente;
4- Ler e analisar o texto com um trabalho profundo de interpretação do texto
disseminado;
5- Não divulgar ou utilizar o texto caso haja dúvida de sua procedência. Na dúvida,
não repasse!
7. O QUE ESPERAR NA TECNOLOGIA PARA OS PRÓXIMOS 10
ANOS?

Em toda a nossa apostila vimos as diversas possibilidades de uso das


tecnologias usadas para alavancar o ensino em sala de aula e incentivar os nossos
alunos “super conectados” a se interessar cada vez mais sobre o que é ensinado.
Com tantas novidades e com tantas possibilidades dentro do uso de aplicativos,
softwares, vídeos e mídia, a pergunta que deixamos no último capítulo de nossa
apostila é: o que podemos esperar para daqui a dez anos? Com o que vamos lidar
dentro e fora de sala de aula, que tipo de aluno teremos nesse tempo?

Muitas dessas dúvidas já são lançadas hoje em dia quando professores são
confrontados com as tecnologias que já estão presentes em sala de aula. A
maneira como lidamos com toda a modernidade da atualidade se assemelha a
forma como temos que lidar como tudo o que virá nos próximos dez anos. Se
atualmente o professor já tem resistência e não utiliza as possibilidades que a
tecnologia nos apresenta, daqui a dez anos esse quadro só irá se agravar. Os novos
paradigmas que vivemos nos dão uma visão de como será no futuro – livros não
impressos, aumento do uso da realidade aumentada, uma maior portabilidade no
uso de dispositivos com computadores e celulares.

Na verdade, nós não temos saber como será o mundo daqui a vinte, dez, cinco,
ou mesmo três anos. As ferramentas digitais são dinâmicas e se atualizam de
maneira muito rápida. Nossos alunos acompanham todo esse movimento e nós,
professores, precisamos saber o que e como ensinar aos nossos alunos: é preciso
ensinar os alunos a aprenderem! E eles precisarão aprender sempre; precisarão
descobrir soluções para problemas que nem eles, nem nós, imaginamos que
surgirão um dia. Eles terão que agir no tempo deles exatamente como nós
precisamos agir agora, diante de um mundo que jamais sonhamos, onde as
“inovações” são muito mais rápidas do que nossa capacidade de compreender e
dominar todas elas, e onde, mesmo assim, precisamos ser atores e não meros
espectadores. Cabe a nós , professores, agirmos como já falamos em toda a nossa
apostila: estar sempre atento as novas tendências, estudar e buscar
aperfeiçoamento contínuo, ter em mente que nosso currículo está sempre em
construção e que as TICs são inevitáveis e incorporá-las em nossas práticas
cotidianas e pedagógicas deve ser parte do nossas práticas pedagógicas.

Esperamos que esse material tenha contribuído para o seu aprimoramento como
futuro educador conectado e que possibilite o uso adequado das Tecnologias de
Informação e Comunicação, tornando-o não somente hábil na utilização das
ferramentas cada dia mais diversificada, mas especialmente tornando-o um
profissional que cuidará da própria formação continuada e capaz de colocar toda a
tecnologia que conhecemos, e as que seguramente virão, como mais uma ponte entre
seus alunos e você.

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