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13/06/2023, 18:51 Livro Digital: Educação Inovadora
Índice
Introdução
1 Tecnologias na Educação
2 Educação Inovadora
2.1 O que é inovação?
2.2 Tipos de inovação
2.3 Como inovar?
Considerações finais
Referências
Ficha Técnica
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13/06/2023, 18:51 Livro Digital: Educação Inovadora
Introdução
Atualmente vivenciamos inúmeras mudanças advindas dos avanços tecnológicos, que se refletem nos diversos setores da sociedade. A
cada instante nos deparamos com novas formas de visualizar, compartilhar e interagir; surpreendemo-nos com a velocidade da
distribuição de informações de forma global.
Voluntariamente ou não, todos nós estamos envolvidos neste novo cenário tecnológico.
O uso em aparelhos menores que acompanham os usuários em seus deslocamentos geográficos, possibilitam a conexão quase que em
tempo integral. Segundo Kensky (2013), a rapidez dos avanços tecnológicos e o crescimento exponencial das novas tecnologias, como
smartphones, tablets e celulares, desbancaram o uso dos computadores pessoais. Em menos de duas décadas, as redes informáticas deram
origem a indefinidos recursos que foram incorporados ao nosso cotidiano. Essa situação já leva os principais desenvolvedores,a rotularem
como a era pós PC (do inglês, Personal Computer, ou Computador Pessoal).
Nessa perspectiva, assista ao vídeo abaixo, que representa, com bom humor, como os dispositivos móveis, as redes sociais e a
conectividade constante vêm alterando nossos comportamentos.
EXCÊNTRICO
É interessante observar o quanto as tecnologias interligam e facilitam a vida das pessoas; por outro lado, é necessário refletir sobre seu
impacto na sociedade (conforme ilustra e exemplifica o vídeo acima).
Neste curso, iremos destacar como as tecnologias estão envolvidas na educação, que, por sua vez, precisa também de atualização e
inovação, como afirma Werlayne Leite (2014) em seu artigo Sociedade moderna e tecnologias na educação:
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Essa contextualização inicial sobre as tecnologias no mundo e as transformações provocadas por seu desenvolvimento na sociedade atual
serve para mostrar a abrangência e a importância da tecnologia na atualidade, sendo esse o ponto de partida do nosso estudo neste
curso. Vamos agora estudar e entender um pouco mais os conceitos e a evolução das tecnologias e depois as perspectivas do que está
por vir.
Bom estudo!
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1 Tecnologias na Educação
No amplo estudo das tecnologias aplicadas ao desenvolvimento educacional, ou simplesmente das tecnologias educacionais, é comum a
utilização de termos como "tecnologia", "tecnologia de informação e comunicação", "mídia", "mídias de massa", "mídias digitais", "novas
mídias", "internet", "web 2.0", entre outros. Muitas vezes os termos são adotados como sinônimos, de modo pouco rigoroso. Como são
termos amplos, difusos e, muitas vezes, convergentes, sua conceituação torna-se difícil e controversa, de modo que dependerá
essencialmente da base de autores utilizadas para esse fim.
Durante a década de 1950, a psicologia da aprendizagem tornou-se campo de estudo curricular da tecnologia educacional. Já na década
de 60, houve grande avanço no desenvolvimento dos meios de comunicação de massa no âmbito social. A "revolução eletrônica" foi
sustentada em um primeiro momento pelo rádio e pela televisão.
Para fortalecer o impulso da tecnologia na educação, na década de 1970, houve o marco do desenvolvimento da informática, com a
utilização de computadores no ensino assistido por computador – EAC, que ocorreu nos Estados Unidos, momento de realização de
experiências para mostrar que a utilização de computadores no ensino poderia ser eficaz e econômica, já que professores poderiam
propor novas possibilidades de estudo com seu conhecimento de conteúdos.
As tecnologias acompanham o crescimento da humanidade em diferentes descobertas e atingem diversas áreas de atuação. Na educação,
as tecnologias auxiliam e podem promover melhores apresentações de conteúdos e interações, mesmo entre pessoas localizadas em
diferentes locais do globo terrestre. A escola e as tecnologias são eleitas para atender a sociedade e suas demandas, acompanhando o
contexto em que se encontra. “A escola de hoje é fruto da era industrial, foi estruturada para preparar as pessoas para viver e trabalhar na
sociedade e agora está sendo convocada a aprender, devido às novas exigências de formação de indivíduos” (SERAFIM; SOUZA, 2011, p.
20).
Desta forma, podemos dividir em quatro grandes períodos a história das tecnologias educacionais - se é que podemos chamá-las assim,
uma vez que a maior parte das inovações tecnológicas se deu em outros campos, sendo, na maior parte das vezes, apenas adaptada para
o ensino e a aprendizagem. De todo modo, podemos dividir essa história da seguinte maneira:
Apresentamos, a seguir, uma linha do tempo adaptada do site Porvir que representa a evolução do uso de tecnologias na educação.
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Tecnologias na
Educação
A linha do tempo a seguir apresen
principais Tecnologias utilizadas na E
Caso não consiga acessar a linha do tempo das tecnologias educacionais, faça o download dela clicando aqui.
A área educacional está se adaptando às caraterísticas da nova sociedade, formada por indivíduos com
perfil já modificado pela convivência com as tecnologias. Hoje as crianças têm contato com as tecnologias
desde os primeiros anos de vida e, assim, já crescem ambientadas às novas formas de interagir, trocar
conhecimentos e realizar estudos. A educação pode ser partilhada pelos estudantes no contexto da comunidade onde vivem e também
através de ferramentas disponibilizadas pelas tecnologias, incluindo as redes sociais, através de computadores e/ou dispositivos móveis.
Enfim, a escola atual precisa se organizar de forma inovadora, empreendedora, para efetivar planos de trabalhos, levando em consideração
as necessidades colocadas pela sociedade tecnológica. Os desafios na aprendizagem e para manter a motivação se tornam ainda maiores,
sendo preciso buscar formas atraentes de ensino dentro e fora de sala de aula.
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As TICs favorecem essas práticas, pois contribuem para a ocorrência das interações dentro do processo educacional no qual o objetivo
maior está na aprendizagem motivadora, em que alunos e professores se sentem parte do processo de construção coletiva na formação
de cidadãos atuantes na sociedade onde vivem.
O nível de influência das TICs na educação chega ao ponto de alterar a forma como as aulas são planejadas, pois não basta o professor
preparar uma aula fechada, entre as quatro paredes da sala de aula; ele precisa prever aulas que se conectem com assuntos do dia a dia
do aluno, seja na comunidade, cidade, estado, país ou mundo. Veja Abaixo o video onde o Prof. André Azevedo da Fonseca da UEL fala
sobre como usar as Novas Tecnologias na Educação.
Gradativamente professores e alunos estão visualizando novas formas de trabalhar o processo de ensino e aprendizagem, que passa a
ocorrer de forma mais colaborativa, já que o professor deixa de ser soberano, dono do conhecimento. Os alunos passam a ter um papel
mais ativo, deixam de ser meros expectadores de apresentação de conteúdos e passam a trabalhar em conjunto com o professor na
construção do conhecimento e do processo de ensino e aprendizagem. O comportamento do professor se enriquece quando executa as
funções de mediador, incentivador ou motivador da aprendizagem, apresentando-se como elo entre o aprendiz e sua aprendizagem,
sempre inovando na aplicação de metodologias e tecnologias que estão a sua disposição.
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2 Educação Inovadora
Braz Rodrigues Nogueira ficou conhecido como o educador que inovou na educação utilizando uma marreta. Isso mesmo: uma marreta.
Foi, literalmente, derrubando muros e paredes, que o então diretor de uma escola de Heliópolis, São Paulo, deu início a uma gestão
participativa com a comunidade, promovendo também a colaboração entre alunos e professores. Confira a palestra dele no
TEDxRibeirão, clicando aqui.
"Tiramos várias paredes internas da escola. Tiramos o muro de alvenaria. Mas as paredes que precisamos tirar são outras. São paredes
invisíveis, aquelas que estão nas nossas cabeças e são muito mais difíceis de quebrar" diz Braz Nogueira em sua palestra. Os cenários são
complexos, os problemas envolvem uma série de fatores, e é justamente por isso que precisamos de um olhar inovador para a educação.
Complementando essa ideia, assista, no vídeo que segue, alguns trechos selecionados de uma entrevista realizada pelo programa "Um
Brasil" com três educadores e suas experiências com inovação.
Você precisa saber
Para José Manuel Moran, pesquisador de Novas Tecnologias, "uma educação inovadora pressupõe desenvolver
um conjunto de propostas com alguns grandes eixos que se integram, se complementam, se combinam. Os eixos
precisam estar focados em uma aprendizagem inovadora, no desenvolvimento da
autoestima/autoconhecimento, na formação do aluno-empreendedor e do aluno-cidadão." Clique no botão que
segue e conheça melhor cada um dos eixos propostos por Moran.
Como conclui Moran, no artigo anterior, "As tecnologias não são a solução mágica, mas permitem pensar em alternativas que otimizem o
melhor do presencial e o melhor do virtual" (MORAN, 2004, p. 355). A aplicação da tecnologia por si só não garante que os problemas
sejam resolvidos, que os alunos aprendam melhor ou que os processos fluam com mais agilidade. É preciso se apropriar da tecnologia e
utilizá-la de forma criativa, colaborativa e aliada com objetivos propostos.
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A inovação acompanha a humanidade desde sempre na busca pela sobrevivência e melhores condições de vida. A escrita, o fogo, o motor
a vapor e a lâmpada, por exemplo, são descobertas e artefatos que foram incorporados pelo ser humano e mudaram a nossa forma de
viver.
Inicialmente, a inovação era movida pelo chamado “gênio inventor” – indivíduo que mergulhava em suas ideias, nos laboratórios
domésticos, geralmente de forma independente, e, a partir de experimentos, criava artefatos que depois seriam absorvidos pela
sociedade. Por exemplo, Thomas Edison, Leonardo Da Vinci, Melitta Bentz e Santos Dumont. Em seguida, com o crescimento das grandes
empresas, surgiram os centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com alto investimento e equipes de especialistas. É o caso da Xerox,
3M, Bell Labs, entre outras. Em contraponto aos grandes centros de P&D, observa-se uma terceira era, a dos inovadores de garagem e das
startups – ideias e soluções ligadas principalmente à tecnologia digital, encabeçada por nomes como Intel, Apple, Google, Facebook,
Linkedin e WhatsApp.
Hoje, vivemos a chamada "era da inovação aberta", da cocriação. Não é que não existam mais gênios inventores ou grandes centros de
P&D, mas entendemos que juntos podemos mais. Nesse sentido, a inovação também passa a ser mais estudada e incentivada para além
das empresas e centros de pesquisa. Falamos cada vez mais em inovação social, inovação em serviços públicos, inovação nas cidades,
inovação política e, claro, inovação na educação.
Mas, e aí... o que se entende por inovação, afinal? Navegue pelos slides que seguem para conhecer alguns conceitos de inovação.
Observe que os conceitos tratam de dois pontos chave da inovação: a novidade e a aplicação/aceitação dessa novidade.
A invenção mais conhecida do Thomas Edison é a lâmpada incandescente. Mas quando criou a lâmpada, Edison sabia que ela não
seria útil sem um sistema de geração e transmissão de energia elétrica. Então, criou esse sistema também. É aí que reside a inovação:
não no artefato em si, mas na visão de como esse artefato poderá ser incorporado pela sociedade.
Descoberta é a revelação de coisas ou fenômenos. Quando alguém percebe esse fenômeno pela primeira vez, caracteriza-se
uma descoberta.
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Invenção é algo inédito produzido pelo ser humano, independentemente da sua utilidade, que geralmente pode ser replicado e/ou
patenteado.
Inovação é quando alguma ideia passa a ser incorporada por outras pessoas e é vista como novidade por elas.
Nem toda descoberta leva a uma invenção e nem toda invenção leva a uma inovação. Por outro lado, inovações podem nos levar a novas
descobertas e facilitar que novos inventos surjam. A criação do WhatsApp, por exemplo, foi possível em função de ter partido de uma
série de inovações anteriores. A descoberta de um novo planeta, de uma nova substância, de um novo vírus são todas impulsionadas pelas
inovações anteriores.
Nesse sentido, precisamos considerar que “a inovação existe em determinado lugar, tempo e circunstância, como produto de uma ação
humana sobre o ambiente ou meio social” (CUNHA, 2008, p. 24). Isto é, a inovação tem um tempo: soluções que já foram inovação no
passado, hoje já não são mais novidade. Da mesma forma, a inovação tem um contexto: ideias que podem não ter aplicação ou não serem
novidade para uma determinada realidade, podem ser altamente inovadoras para outras. É o caso das lâmpadas de garrafa PET do
brasileiro Alfredo Moser, que já iluminam casas no mundo inteiro.
No próximo tópico, você verá alguns tipos de inovação e entenderá melhor como desenvolver um comportamento criativo em busca da
inovação.
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Pare um segundo para fazer uma viagem no tempo. Nós vamos para 1999, 20 anos atrás (nem foi tanto assim, né?). Você se lembra de
onde estava e o que fazia? Como você se comunicava com as pessoas? Como buscava informações? De lá pra cá uma série de inovações
impactaram significativamente a nossa vida. A expansão da internet, a evolução dos computadores e, mais recentemente, a popularização
dos smartphones nos trouxe facilidades antes nem imaginadas. Junto às facilidades, também surgem novas rotinas, novas necessidades e
novos problemas (além dos velhos).
O físico Adam Kahane comenta que hoje lidamos com diversos problemas complexos para os quais não há uma única solução, uma
resposta certeira. Para estes desafios, e a educação é um deles, o nosso olhar deve ser sistêmico e nosso direcionamento inovador.
Mas antes de tratarmos de como inovar, vale compreender que há dois tipos básicos de inovação: a incremental e a radical.
A inovação incremental é aquela que mantém as características básicas de determinada solução, mas adiciona ou altera outros
elementos que potencializam o seu resultado. Por exemplo, a bicicleta sem marchas e a bicicleta com marchas. Outro exemplo, se
olharmos para inovação em serviços, poderíamos mencionar o atendimento de postos de saúde com uma nova organização dos
agendamentos.
A inovação radical (ou para alguns autores, disruptiva) é aquela que modifica substancialmente uma realidade a partir de uma ideia.
Por exemplo: o MP3 em relação ao CD, assim como o e-mail e a internet móvel. Alguns pesquisadores recentes também consideram
o Uber e o Airbnb exemplos de inovações radicais que descentralizam a oferta, feita pela e para a rede, e avaliada pelos próprios
usuários.
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Seja incremental ou radical, o importante é saber que você também pode inovar!
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Bom, agora que você já está ciente do que é inovação e porque ela é importante nos dias de hoje, podemos seguir caminho e
compreender o comportamento inovador.
Retomando os conceitos de inovação que vimos anteriormente, você deve lembrar que os dois elementos que caracterizam a inovação
são a novidade e a aplicação/incorporação da novidade pelas pessoas. Nesse caso, é recomendado:
Além disso, inovar exige ao mesmo tempo boas ideias e capacidade de executar essas ideias. Joy Paul Guilford, um psicólogo que estudou
criatividade, colabora nesse sentido dizendo que há dois tipos de pensamento criativo que se complementam: o divergente e o
convergente.
No pensamento divergente nossa mente está aberta. É o momento de criar opções, de colocar pra fora todas as ideias e impressões, por
mais malucas que elas pareçam. Uma ideia pode levar à outra, então, no pensamento divergente não se faz nenhuma análise ou crítica.
Já no pensamento convergente, nosso foco está em considerar o contexto e analisar todas as ideias. Criticar, questionar, relacionar e
fazer escolhas.
De modo geral, alternamos estes modos de pensar durante o dia, dependendo das situações. Mas é comum que não consigamos nos
desconectar da mente analítica, que critica ideias. Por isso, quando nos deparamos com um problema, procuramos logo fazer escolhas
para encontrar uma solução. Nesse caso, partimos das opções disponíveis, que nem sempre resolvem a situação.
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Ainda sobre esse assunto, leia o texto que o professor Luís Lindner escreveu para o site Vem convergir.
Acesse aqui
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Se pensarmos bem, é natural que, com um maior envolvimento no nosso próprio processo de aprendizagem, aprendamos mais. É mais
fácil dar um significado ao que estamos aprendendo quando questionamos e experimentamos. A compreensão dos conteúdos tende a ser
mais ampla e profunda.
As metodologias ativas de aprendizagem surgem como uma possibilidade de maior envolvimento dos educadores e dos estudantes no
processo de ensinar e aprender.
Metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efetiva dos estudantes na construção
do processo de aprendizagem, de forma flexível, interligada e híbrida. As metodologias ativas, num mundo
conectado e digital, expressam-se por meio de modelos de ensino híbridos, com muitas possíveis combinações.
José Moran
Para compreender a importância das Metodologias Ativas e como elas estão impactando na educação, leia o
artigo do professor José Manuel Moran.
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Nesta seção vamos compartilhar algumas estratégias de Aprendizagem Ativa, que são um conjunto de práticas que põe o estudante no
papel de protagonista do seu processo de aprendizado, retirando-o do papel passivo de receptor do conhecimento.
Este texto foi cedido pelo Prof. Bartholomeo Barcelos (2018) como contribuição com a unidade curricular e complementado pelas professoras Rafaela Lunardi Comarella
(2019) e Caroline Lengert (2020)
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Os especialistas que participaram da elaboração do relatório NMC Horizon Report (2017), que apresenta as tendências para a educação
nos próximos anos, concordam que as tecnologias são relevantes para o planejamento e para as decisões na área da educação. Os
critérios para a escolha das tecnologias apresentadas abaixo consideraram o respectivo potencial e relevância para o ensino, a
aprendizagem e o desenvolvimento da criatividade nos processos educacionais e estão organizadas em sete categorias descritas a seguir.
As tecnologias de consumo
São ferramentas criadas para fins recreativos e profissionais que não foram concebidos, pelo menos inicialmente, para uso
educacional, embora possam servir bem como uma ajuda para o aprendizado e são adaptáveis para uso em instituições
educacionais. Essas tecnologias podem ser aplicadas em instituições porque as pessoas já as utilizam em casa ou em outros
ambientes.
Drones
Ferramentas de comunicação em tempo real
Robótica
Tecnologias úteis no dia a dia, como planilhas, editor de texto.
Estratégias digitais
Não são tecnologias, mas são formas de usar dispositivos e softwares para enriquecer o ensino e o aprendizado, seja dentro ou fora
da sala de aula. Estratégias digitais eficazes podem ser usadas na aprendizagem formal e informal; o que os torna interessantes é que
eles transcendem as ideias convencionais para criar algo novo, significativo e inovador.
Tecnologias da Internet
Incluem técnicas e infraestruturas essenciais que ajudam a tornar as tecnologias com as quais interagimos em rede mais
transparentes e mais fáceis de usar.
Blockchain, ou rede de segurança com blocos encadeados, muito utilizada nas transações com criptomoeda (bitcoin)
Digital Scholarship, traduzido do inglês como bolsa digital, refere-se aos recursos digitais utilizados para fins de pesquisas
acadêmicas.
Internet das Coisas
Syndication Tools ou plataformas de distribuição de conteúdo, como o Slideshare, o Tumblr, o iTunes e o Youtube.
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Laboratórios Virtuais e Remotos, que são os laboratórios virtuais para experiências científicas
Crowdsourcing, que é um processo colaborativo, que acontece quando as pessoas se reúnem pelas redes sociais e compartilham
conhecimentos para resolver problemas e desenvolver novas soluções
Identidade Virtual ou identidade on-line, é a identidade social que um usuário utiliza em comunidades virtuais ou sites
Redes Sociais Virtuais
Mundo Virtual, que são os ambientes imersivos que simulam ambientes reais, nos quais os usuários interagem por meio de
avatares.
As tecnologias de visualização
Abrangem desde infográficos simples até formas complexas de análise de dados visuais. O que eles têm em comum é que eles
aproveitam a capacidade inerente do cérebro de processar rapidamente informações visuais, identificar padrões e sentir a ordem em
situações complexas. Essas tecnologias constituem um grupo crescente de ferramentas e processos, para a mineração de grandes
conjuntos de dados, a exploração de processos dinâmicos e, em geral, para simplificar algo complexo.
Impressão 3D
Visualização de Informações, através de linhas do tempo ou infográficos
Realidade Mista
Realidade Virtual
Tecnologias Facilitadoras
São aquelas que têm o potencial para transformar e modificar aquilo que esperamos dos nossos dispositivos e ferramentas. Fazer
uma conexão com a aprendizagem utilizando essas tecnologias pode ser mais difícil, mas é a partir desse grupo de tecnologias que a
verdadeira inovação tecnológica do futuro começa a se desenvolver. São tecnologias que permitirão ampliar o alcance das
ferramentas e, por conseguinte, torná-las mais capazes e úteis e, muitas vezes, mais fáceis de serem utilizadas também.
Computação Afetiva
Inteligência Artificial
Big Data, ou seja, a área que trata, analisa e obtém informações a partir de um conjunto de dados
Eletrovibração, ou TouchScreen - tela sensível ao toque
Tela Flexível ou tela visual eletrônica
Banda larga móvel, através de redes portáteis ou sem fio
Nova geração de baterias, com maior capacidade e mais segurança
Open Hardware, ou circuitos eletrônicos e hardware de computador que podem ser copiados
Speech-to-Speech Translation ou tradução simultânea de fala
Assistentes Virtuais
Redes wireless com maior potência
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Dentre todas estas tecnologias que acabamos de ver, os especialistas destacaram 6 com o potencial para promover mudanças reais na
educação. Particularmente no desenvolvimento de pedagogias e estratégias de aprendizagem ativas, a organização do trabalho dos
professores e a organização e entrega de conteúdo.
Essa previsão foi feita a partir do NMC Horizon Report, publicado em 2017. Podemos ver que algumas de suas previsões já estão se
tornando realidade. O nosso papel agora, como docentes, é nos atualizar sobre essas tecnologias, e buscar lutar contra as barreiras e
desafios que ainda atrapalham o seu uso na educação. Para isso, nosso papel como professores se amplia: seremos desde atores políticos,
exercendo pressão por mais investimento e estrutura; até atores locais, criando e inovando na fase prática da sala de aula. Vamos conhecer
um pouco mais sobre essas tecnologias que o relatório destaca:
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Aprendizagem móvel
A onipresença dos dispositivos móveis está mudando a maneira
como as pessoas interagem com o conteúdo e seus arredores. À
medida que o poder de processamento de smartphones,
smartwatches e tablets continuam a aumentar drasticamente, o
aprendizado móvel permite que os alunos acessem materiais em
qualquer lugar, geralmente em vários dispositivos. A
conveniência está impulsionando a demanda por essa
estratégia, com potencial para novos modelos de ofertas móveis
aprimoradas que podem aumentar o acesso à educação. Os
professores estão usando os recursos dos celulares para
incentivar abordagens de aprendizado mais profundas, criando
novas oportunidades para os alunos se conectarem ao conteúdo
do curso. Aplicativos móveis, por exemplo, permitem
comunicação bidirecional em tempo real e ajudam os
educadores a responder de forma eficiente às necessidades dos
alunos. Esse desenvolvimento está causando impacto tanto na
oferta quanto na criação de conteúdo educacional. Pesquisas de
campo revelaram que os educadores ainda precisam de apoio
técnico e pedagógico de suas instituições para integrar os
celulares em seus currículos.
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Inteligência artificial
No campo da inteligência artificial (IA), os avanços na ciência da
computação estão sendo usados para criar máquinas
inteligentes que mais se assemelham aos seres humanos em
suas funções. A engenharia do conhecimento que permite que
os computadores possam simular a percepção humana, a
aprendizagem e a tomada de decisão é baseada no acesso a
categorias, propriedades e relações entre diferentes conjuntos
de informações. O aprendizado de máquina é um subconjunto
da IA, que dá aos computadores a capacidade de aprender sem
serem programados explicitamente. Como outra importante
área de pesquisa, as redes neurais imitam a função biológica do
cérebro humano para interpretar e reagir a estímulos
específicos, como palavras e tom de voz. As redes neurais são
valiosas para interfaces de usuário naturais mais sofisticadas, por
meio de reconhecimento de voz e processamento de linguagem
natural, e permitem que os seres humanos interajam com as
máquinas de maneira semelhante à interação entre elas. À
medida que as tecnologias subjacentes continuam a se
desenvolver, a IA tem o potencial de melhorar o aprendizado
on-line, o software de aprendizado adaptativo e os processos de
pesquisa de uma maneira que responda e se envolva com os
alunos de forma mais intuitiva.
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A interface natural
Uma lista crescente de dispositivos construídos com interfaces
naturais de usuário (NUIs) aceita entradas na forma de pulsação,
arrasto e outras formas de tocar, movimentos da mão e do
braço, movimento do corpo e, cada vez mais, linguagem natural.
Tablets e smartphones foram um dos primeiros dispositivos que
permitiram aos computadores reconhecer e interpretar gestos
físicos como meio de controle. Esses NUIs permitem que os
usuários participem de atividades virtuais com movimentos
semelhantes aos que usariam no mundo real, manipulando o
conteúdo de maneira intuitiva. Há um nível crescente de
fidelidade interativa nos sistemas que englobam gestos,
expressões faciais e suas nuances, bem como a convergência da
tecnologia de detecção de gestos com o reconhecimento de
voz. Embora já existam muitas aplicações de reconhecimento de
voz e gestual, desenvolvimentos em tecnologia háptica,
sensações táteis que transmitem informações ao usuário, estão
criando novas áreas de pesquisa científica e aplicação na
educação.
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"O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a
aplicação desses conhecimentos e dessa informação para a geração de conhecimentos e de dispositivos de
processamento/comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu
uso" (CASTELLS, 2003, p. 69).
"Essa nova possibilidade criada pelo uso do conhecimento para realimentar inovações torna exponencial o seu
ritmo, requerendo um constante acompanhamento em suas diversas aplicações. Assim é que se entende a
sociedade pós-industrial como sociedade do conhecimento, trazendo para o centro a educação e o acesso à
informação, com influência direta nas instituições educacionais, em suas diferentes dimensões" (KIPNIS, 2009, p.
209).
Conforme nos explicam Castells (2003) e Kipnis (2009), vivemos em um ciclo que transita de modo constante entre a inovação e seu uso,
em um ritmo rápido, e que requer constante acompanhamento. É o contexto da Sociedade do Conhecimento, que insere a informação
no centro de suas atividades, nos mais diferentes setores, incluindo a educação. Alteram-se as perspectivas para os professores que têm a
responsabilidade de preparar um aluno que, por sua vez, vive em um mundo que rapidamente se transforma a partir de um
desenvolvimento tecnológico acelerado.
Como então utilizar essa realidade para melhorar a educação? Para começar, assista o vídeo a seguir que mostra a visão de um
empreendedor de 19 anos de idade de como a educação será no futuro. O estudante João Gabriel Alkmim é um aluno que, motivado em
responder essa pergunta, criou uma empresa para entregar essas inovações a instituições de ensino em todo o mundo.
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No vídeo, o jovem empreendedor imagina uma escola sem papel, totalmente conectada por tecnologia, em rede e de modo colaborativo,
num ambiente seguro e focado, que respeita o ritmo de aprendizagem de cada um. Alkmim destaca que o maior poder que a tecnologia
tem na educação é a possibilidade de humanizá-la a partir de diferentes recursos. Ele relata como a tecnologia pode servir para promover
experiências de ensino e aprendizagem por meio de simulações interativas, realidade virtual e realidade aumentada. E é, de fato, nesse
caminho que os relatórios de tendências educacionais mais reconhecidos no mundo direcionam o olhar daqueles que procuram antever o
que está para acontecer.
Tentar identificar e organizar ‘tendências’ em qualquer área de atividade humana, para apresentação a outros, é
um esforço ao mesmo tempo presunçoso e de um valor bastante limitado no tempo. Presunçoso porque o
autor está assumindo que detém um controle informacional firme sobre o fluxo de atividades da área; e de valor
limitado no tempo porque as tendências da atualidade não necessariamente continuarão por muito tempo. Ou,
nas palavras do falso ingênuo Yogi Berra, jogador norte-americano de beisebol: Previsão é muito difícil,
especialmente quando for sobre o futuro!” (FREDRIC LITTO, 2009, p. 14).
Em nosso estudo, adotamos como referência para descrever as tendências para a educação nos próximos anos, um relatório
denominado NMC Horizon Report, que é um relatório global de tendências para a Educação que identifica tópicos que muito
provavelmente irão impactar o setor educacional nos próximos anos em todo o mundo.
A relevância das análises desse relatório se explica devido ao seu caráter global (os fatores descritos advêm de especialistas de diversos
países); a sua amplitude (NMC Horizon Report apresenta tendências para educação superior, para o ensino fundamental e médio); à
utilização de uma metodologia refinada para a coleta de dados e, por fim, devido à recorrência com que vêm sendo realizado (15 anos) e
ao grande número de participantes, especialistas renomados e reconhecidos internacionalmente ao longo desses anos. A ultima edição
disponível é a de 2017 e foi elaborada por um grupo de 78 especialistas em educação e tecnologia, de 22 países diferentes.
Nela são apresentados um consenso de tópicos que, segundo o relatório, terão impactos significativos na prática da educação superior ao
redor do mundo nos próximos cinco anos. Os tópicos do relatório estão descritos com mais detalhes a seguir.
1) O relatório completo pode ser encontrado em: <https://www.nmc.org/publication/nmc-horizon-report-2017-higher-education-edition/>. Acesso em: 12 abril 2018.
2) O método Delphi é um instrumento de análise de dados que implica na constituição de um grupo de especialistas em determinada área do conhecimento que são
convidados a responder a uma série de questões. Após responderem, os resultados dessa primeira fase são analisados e a síntese da análise é comunicada aos membros do
grupo que, após tomarem conhecimento, respondem novamente. As interações se sucedem desta maneira até que um consenso entre a maioria dos participantes seja
obtido.
https://moodle4.ifsc.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=1815 24/47
13/06/2023, 18:51 Livro Digital: Educação Inovadora
Segundo os especialistas envolvidos no NMC Horizon Project, as seis tendências que provavelmente afetarão a tomada de decisões e o
planejamento tecnológico até 2022 são:
Aprendizagem colaborativa
A aprendizagem colaborativa, que se refere ao trabalho
conjunto de estudantes e educadores em atividades, baseia-se
na perspectiva de que a aprendizagem é um construto
social. Essa abordagem inclui atividades normalmente centradas
em quatro princípios gerais: a posição central do aluno, a ênfase
na interação, o trabalho em grupo e o desenvolvimento de
soluções para desafios reais. Além de melhorar o engajamento e
o desempenho dos alunos, um dos principais benefícios da
aprendizagem colaborativa é que ela reforça a abertura à
diversidade, expondo os alunos a pessoas de diferentes
características demográficas. Os educadores também participam
da aprendizagem colaborativa por meio de comunidades de
prática on-line, nas quais ideias e conhecimentos são trocados
regularmente. Embora essa tendência seja baseada na
pedagogia, a tecnologia desempenha um papel importante em
sua implementação; serviços baseados em nuvem, aplicativos e
outras ferramentas digitais promovem conectividade constante
e permitem que alunos e educadores acessem e contribuam
para a criação de espaços de trabalho compartilhados a
qualquer momento. Além disso, por meio de plataformas de
aprendizagem adaptativa e de consultoria aos alunos, as
informações podem ser compartilhadas dentro de uma
instituição para expor o desempenho do aluno a fim de atualizar
o projeto educacional e a orientação dos alunos.
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13/06/2023, 18:51 Livro Digital: Educação Inovadora
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13/06/2023, 18:51 Livro Digital: Educação Inovadora
A computação na nuvem
Cada vez mais os serviços virtuais utilizam a chamada "nuvem".
Entre as vantagens de se trabalhar em nuvem estão a
colaboração, o armazenamento de arquivos e a virtualização. O
número de aplicativos que utilizam tecnologias na nuvem tem
crescido a ponto de ser difícil, hoje, não encontrar alguém que
não utilize algum serviço do tipo.
Para educação:
Realidade Aumentada
A Realidade Aumentada (RA) é uma ferramenta com grande
potencial. Basicamente, faz-se uma sobreposição de
informações virtuais no ambiente tridimensional real. Ao
incentivar o uso de dispositivos móvel, essa nova experiência
gera inúmeras possibilidade de acesso à informação e novas
oportunidades para aprendizagem.
Para educação:
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13/06/2023, 18:51 Livro Digital: Educação Inovadora
Aprendizagem online
De um modo geral, aprendizagem online refere-se a todas as
oportunidades educacionais formais e informais que acontecem
pela web. Aprender online ficou evidente com o crescimento de
cursos oferecidos nessa modalidade, diversificando as
metodologias de ensino. Mas a tendência que não pode ser
ignorada vai além dos cursos formais: as pessoas acessam muito
mais informações e aprendem muito online. Difícil encontrar
hoje alguém que não tenha buscado a solução de algum
problema no Youtube, por exemplo.
Para educação:
Mídias sociais
Hoje,todos são produtores e consumidores de informação. E
mais: estamos em rede, socializando o tempo todo. Precisamos
olhar para as mídias sociais e analisar quais elementos desses
recursos podem ser aproveitados e integrados na educação.
Para educação:
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13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
Análise da aprendizagem
A partir do momento em que as pessoas utilizam sistemas
digitais, é possível registrar os passos, dados, resultados,
percursos dessas pessoas. Todos esses dados podem ser
analisados, trazendo insights importantes para tomada de
decisão. Surge aí o web analytics, uma ciência comumente
empregada em negócios para verificar as atividades comerciais,
identificar tendências de custos e prever o comportamento dos
consumidores. A educação está embarcando em uma busca
semelhante à da ciência de dados, com o objetivo de traçar o
perfil do aluno e coletar o maior número possível de
informações sobre suas interações individuais em atividades de
aprendizagem online. O objetivo é construir melhores estruturas
pedagógicas, capacitar os alunos a terem um papel ativo em seu
aprendizado, identificar alunos em risco e avaliar fatores que
afetam a conclusão dos estudos e o sucesso do aluno.
As informações apresentadas nesta página foram adaptadas do relatório Panorama Tecnológico NMC 2015 – Universidades Brasileiras,
uma análise regional do Horizon Project. Podemos ver e sentir, enquanto lemos, que demos alguns passos para frente desde que o
relatório foi publicado. Infelizmente, a pandemia do Coronavírus veio para mudar nossas vidas, e teve também algum impacto nessa
questão: as pessoas conseguiram ver que é sim possível aprender em casa, é possível usar a tecnologia cada vez mais em favor da
educação.
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13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
Os seis desafios descritos a seguir foram selecionados pelo painel de especialistas do NMC Horizon Report em uma série de ciclos de
discussão, chegando ao consenso de que a adoção de novas tecnologias pode ser prejudicada se estes desafios não forem resolvidos.
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13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
Diferença de desempenho
A diferença na realização, também conhecida como diferenças
na conclusão dos estudos universitários, reflete uma disparidade
nas matrículas universitárias e no desempenho acadêmico entre
grupos de alunos de acordo com sua condição socioeconômica,
raça, etnia ou gênero. Embora os avanços tecnológicos
emergentes, como os cursos didáticos digitais e os recursos
educacionais abertos (REA) tenham facilitado a interação com os
recursos de aprendizagem, ainda há problemas importantes de
acesso e equidade entre os estudantes de famílias de baixa
renda e minorias, monoparental e outros grupos
desfavorecidos. A abordagem única dos paradigmas tradicionais
no ensino contrasta fortemente com uma população estudantil
global cada vez mais diversificada, onde são necessárias
estratégias de ensino mais flexíveis. O desafio que o ensino
enfrenta é tentar atender às necessidades de todos os alunos,
alinhando o currículo a resultados de aprendizado mais
profundos e à aquisição de habilidades do século XXI facilitadas
por estratégias e sistemas de aprendizado personalizados. Apoio
aos alunos com base em dados que promovam o alcance de
objetivos e emprego remunerado.
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13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
As ideias surgem da "colisão" de palpites, de "meias ideias" com outras "meias ideias"; logo, estar informado e socializar com outras
pessoas é essencial. Algumas ideias surgem de analogias, adaptações e inspirações em situações diferentes, mas que com uma
abordagem criativa, conectada a ideias de outros, são elementos que podem ser incorporados à sua ideia. À propósito, você sabia que a
abertura das latas de sardinha foram inspiradas nas cascas de banana? Bom... curiosidades à parte, nesta seção do material, separamos
alguns sites, portais e blogs que trazem boas ideias para quem busca inovar na educação.
Na sequência, vamos estudar sobre o Design Thinking, uma metodologia que pode te ajudar a ter mais e mais ideias inovadoras.
Porvir
O Porvir é uma iniciativa de comunicação e mobilização social que mapeia, produz, difunde e compartilha referências sobre inovações
educacionais para inspirar melhorias na qualidade da educação brasileira e incentivar a mídia e a sociedade a compreender e
demandar inovações educacionais.
Acesse
Janelas de Inovação
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13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
Com apresentação da filósofa e escritora Viviane Mosé, o Janelas da Inovação é uma série de vídeos do Canal Futura que apresentam
documentários sobre iniciativas inovadoras na educação brasileira, produzidos e dirigidos por jovens realizadores nas cinco regiões
brasileiras. Inspire-se com exemplos positivos.
Acesse
CIEB
O Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) é uma associação sem fins lucrativos criada para impulsionar uma
transformação sistêmica, por meio da inovação e tecnologia, que promova maior equidade, qualidade e contemporaneidade na
educação pública brasileira.
Acesse
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13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
Nesse tópico, queremos problematizar com você sobre a educação inclusiva e a democratização da educação. Você já pensou que essas
questões também podem ser uma inovação, especialmente na educação brasileira?
Como sabemos, a educação brasileira tem um histórico de exclusão. Desde a educação dos jesuítas, passando pela vinda da Coroa
Portuguesa para o Brasil, a educação teve um caráter elitista, era feita para poucos. Com o tempo, as ideias de universalização do acesso
ao ensino foram crescendo e chegamos a uma realidade em que o acesso ao ensino público é garantido a quase todos. Mas ainda persiste
uma nova forma de exclusão: essa educação é a mesma para todos? A educação de qualidade chega realmente a todos?
A inclusão pode então ser tratada aqui como um conceito amplo: não apenas referente às PCD (pessoas com deficiência), por exemplo,
mas também de maneira geral, considerando os locais mais pobres, locais sem acesso a internet, onde a estrutura, tanto física quanto
humana, não chega.
O desafio é pensar uma educação igualitária, conjunta; que independa de habilidades ou capacidades específicas ou de uma posição
socioeconômica ou cultural. E é aí que aparece uma tarefa fundamental: não confundir essa igualdade necessária na educação com a
igualdade entre pessoas.
"Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes
quando a igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de
uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades".
Boaventura de Sousa Santos
No contexto da educação inclusiva e democrática, essa é a inovação necessária: encontrar meios para entender e atender cada grupo e
cada pessoa com suas demandas particulares. Ou seja, encontrar os caminhos para responder eficientemente à diversidade, que estará
presente em qualquer grupo de estudantes.
Nesse sentido, as possibilidades para a educação de um modo geral e para a EaD (Educação a distância) são muitas. O professor precisa
estar conectado com essas possibilidades pedagógicas e tecnológicas, de modo a conciliar as inovações tecnológicas com a necessidade
da inclusão e da democratização da educação no nosso país. Isso também é pensar e fazer uma educação inovadora.
O texto a seguir, de David Rodrigues, traz algumas reflexões sobre a utilização das tecnologias para pensarmos a educação inclusiva.
Leitura sugerida
As tecnologias de informação e comunicação em tempo de educação inclusiva, de David Rodrigues.
Este texto faz parte do livro: GIROTO, Claudia Regina Mosca; POKER, Rosimar Bortolini; OMOTE, Sadão (orgs.). As
tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. São Paulo: Cultura acadêmica, 2012.
Ler o Texto
https://moodle4.ifsc.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=1815 38/47
13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
Podemos então, segundo David Rodrigues (2012) delinear três passos para pensar essa inovação inclusiva na educação, respeitando a
diversidade:
É um fato que a educação de qualidade, no Brasil, está isolada, em ilhas. Alguns poucos locais (normalmente capitais) contam com
estrutura e gestão para construir essa qualidade. Mas, mantendo a analogia com as ilhas, existem grandes oceanos, ao redor delas, onde a
maioria da população encontra uma educação com nível bem abaixo do desejado, ou que nem mesmo tem o acesso ao ensino.
Mas afinal, o que é uma educação de qualidade? O que é essa qualidade? Sem dúvidas, é um conceito dinâmico, que depende do
contexto. HOJE, o que se espera da educação? A primeira resposta que vem à cabeça é que o que se espera é que ela se envolva com o
cotidiano e trate do que seja útil ao estudante. Logo, as tecnologias educacionais são, hoje, esperadas em uma educação de qualidade.
E como a inovação se relaciona com essa qualidade esperada? No sentido de que, sendo a qualidade esperada o despertar de habilidades
e capacidades, junto com a perda de dificuldades, uma metodologia ativa, voltada ao aluno, é uma inovação. O modelo tradicional, do
professor como emissor único de conhecimento, é cada vez mais considerado um modelo desatualizado. Ou seja, ao inovar, no nosso
contexto digital, estaremos criando educação de qualidade. E ao incluir e democratizar, estaremos também inovando.
Pensar as tecnologias de informação e comunicação (TICs) como inovação, nesse sentido de inclusão, será também um preparo para
novas metodologias, metodologias ativas, que nos ajudarão em alguns desafios. Por exemplo:
Deixar de pensar as TICs apenas como facilitadoras da prática do professor tradicional (Slides ou videoaulas expositivas), sem
participação dos estudantes.
Deixar de pensar as TICs apenas como estímulo às possibilidades individuais para pensar mais trabalhos em cooperação, em grupos.
Compreender e pensar soluções para a chamada 'infoexclusão', a falta de acesso e de familiarização com as TICs por boa parte da
população.
No vídeo a seguir apresentamos a história de Carlos Souza, que junto com sócios criou a plataforma Veduca, pioneira no Brasil na
produção e disponibilização dos chamados MOOCs (em inglês Massive Online Open Course, em português Curso Aberto Online Massivo).
São cursos abertos, nos quais qualquer pessoa pode se inscrever e obter aquele conhecimento. Realizando as atividades de avaliação, é
possível até mesmo obter certificados. Os MOOCs seguem uma ideia bem inovadora e democrática de educação: "afinal, se é possível
atingir mais pessoas com meu conhecimento, por que não?"
https://moodle4.ifsc.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=1815 39/47
13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
Conhecendo
Entre na plataforma Veduca e procure cursos de seu interesse. Veja como funcionam os MOOCs. Por muito tempo, os
cursos foram gratuitos. Hoje, infelizmente, possuem um custo, mas são preços acessíveis tendo em vista a qualidade do
conhecimento.
Veduca
A intenção deste tópico é estimular em nós, atuais ou futuros professores, pensar as TICs aliadas à educação inclusiva e democrática.
Quando analisamos, percebemos que a relação entre as TICs e a escola ainda está muito atribulada. Faz parte do nosso trabalho fazer a
ressignificação dessa relação, mostrando possibilidades, pensando e inovando com as tecnologias.
Afinal, como também diz David Rodrigues (2016), as tecnologias não são necessariamente um tsunami, que vai destruir tudo o que
sabemos sobre educação. Podem ser um curso d'água agradável, que ajude a florescer coisas novas e tem um potencial para a urgente
ênfase da educação na questão da diversidade e da inclusão.
https://moodle4.ifsc.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=1815 40/47
13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
O design thinking é uma metodologia que considera o ser humano como centro do desenvolvimento de um projeto e possibilita sua
participação ativa desde a identificação do problema até a avaliação das possíveis soluções. Isso porque o design thinking entende que as
pessoas que convivem diariamente com um problema têm muito a contribuir para solucioná-lo.
Design Thinking é uma abordagem para inovação centrada no ser humano, desenvolvida a partir do trabalho
dos designers, integrando as necessidades das pessoas, as possibilidades tecnológicas e os requisitos para o
sucesso do projeto.
Tim Brown, CEO da IDEO
O Design Thinking foi idealizado pela IDEO, uma agência de design, para sistematizar e explicitar alguns métodos, pensamentos e técnicas
utilizados por designers em seus projetos criativos. Como resultado, a metodologia é hoje empregada em diversos setores e contextos,
inclusive na educação, e tem alcançado bons resultados na criação inovadora de produtos, projetos, modelos e serviços.
A IDEO criou um material especial para educadores, que foi trazido para o Brasil pelo Instituto Educadigital. Confira no vídeo que
segue.
05:01
Nesta unidade curricular, aproveitaremos as ideias principais do design thinking para identificar, no contexto escolar da educação
profissional, possibilidades de inovação, inserindo as tecnologias e/ou novas metodologias de ensino nos cursos técnicos.
Design Thinking é centrado no ser humano: começa com uma profunda empatia e um entendimento das necessidades e motivações
das pessoas – neste caso, estudantes, professores, pais, funcionários e gestores escolares que compõem seu cotidiano.
Design Thinking é colaborativo: muitas mentes brilhantes são sempre mais fortes que uma só ao resolver um desafio. A metodologia
apresenta vantagens por considerar as múltiplas perspectivas e a criatividade dos demais para reforçar a sua própria criatividade.
Design Thinking é otimista: a crença fundamental é de que nós todos podemos criar mudanças – não importa quão grande é um
problema, quão pouco tempo temos disponível ou quão restrito seja o orçamento. Não importa que restrições existam à sua volta,
pensar deste modo pode ser um processo divertido.
Design Thinking é experimental: o processo dá a liberdade de errar e aprender com seus erros porque você tem novas ideias, recebe
feedback de outras pessoas, depois repensa suas ideias.
https://moodle4.ifsc.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=1815 41/47
13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
O processo de design thinking é composto por quatro fases: imersão, análise e síntese, ideação e prototipação. Essas fases não ocorrem de
forma linear, mas sim de forma cíclica e iterativa, ou seja, é possível realizar novamente qualquer etapa, à medida que você for refinando
os resultados ou que precisar buscar novos direcionamentos.
Fase 01 - Imersão
A primeira fase do processo de design thinking é chamada imersão. Ainda que as fases não sigam uma lógica linear, a fase de imersão
geralmente é realizada no início de qualquer projeto, pois é nela que se identifica o problema ou oportunidade que vai nos motivar a
encontrar soluções. Mas, assim como todas as fases, a imersão pode ser realizada mais de uma vez.
A imersão é um mergulho no contexto das pessoas para as quais você vai desenvolver ou pensar algo inovador. Essa fase possibilita a
observação das pessoas e de como elas interagem no seu contexto. Permite que você entre no mundo do outro e abra sua mente para
novas possibilidades criativas. Assim, você deixa para trás ideias preconcebidas e formas obsoletas de pensar e, principalmente, mantém
as pessoas para as quais você está projetando no foco do seu trabalho (IDEO, Design Kit, 2015).
Viana et al. (2011) citam dois tipos de imersão. A imersão preliminar visa ao entendimento inicial do problema ou seu reenquadramento e
tem como finalidade definir o escopo do projeto e suas fronteiras, assim como identificar os perfis de usuários e outros atores que
deverão ser abordados. Também possibilita levantar áreas de interesse a serem exploradas na imersão em profundidade, a qual, por sua
vez, busca identificar as necessidades dos atores envolvidos no projeto e prováveis oportunidades que emergem do entendimento de suas
experiências frente ao tema trabalhado.
Fase 03 - Ideação
Nessa fase, você e sua equipe vão começar estabelecendo relações entre o que coletaram na observação e nas conversas durante a
imersão, buscando dar sentido aos dados coletados, para identificar as oportunidades de inovação. As ideias serão muitas, sendo que
algumas delas já poderão ser descartadas e outras poderão se tornar tangíveis, por meio de protótipos rápidos, e ser compartilhadas com
as pessoas que vão dar o feedback. Você continuará nesse processo de iteração, refinamento e construção até ficar pronto para mostrar a
sua solução final (IDEO, Design Kit, 2015).
Fase 04 - Prototipagem
É durante a fase de prototipagem que ocorre a experimentação no processo de design thinking. O protótipo é a transposição das ideias
que estão na sua cabeça para o mundo físico e pode ser qualquer coisa em forma física - um espaço, um objeto, um plano, uma interface
etc. Nos momentos inciais de exploração de uma ideia, o protótipo deve ser rústico e rápido, para que você possa aprender rapidamente e
investigar várias possibilidades diferentes, evoluindo o protótipo junto com a ideia. O protótipo é mais bem sucedido quando as pessoas
podem interagir com ele, sendo que essas interações ajudam a despertar em você uma empatia profunda e dão forma a soluções de
sucesso.
https://moodle4.ifsc.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=1815 42/47
13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
A prototipagem é utilizada por várias razões, como ganhar empatia em fases de pré-solução do seu projeto, explorar e desenvolver
múltiplas soluções, testar e refinar as soluções com os usuários e inspirar as pessoas ao mostrar a sua visão da solução.
Dica de Leitura
Uma leitura interessante para ampliar os conhecimentos sobre o design thinking é o e-book
Inovação Social: Escola de Design Thinking.
https://moodle4.ifsc.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=1815 43/47
13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
E aí, está gostando do conteúdo sobre design thinking? Nós gostamos muito dessa
metodologia, principalmente por ela ser centrada nas pessoas. Porém, não existe uma
única receita de bolo que funcione, ou seja, a metodologia do design thinking deve ajudar
você a pensar e propor soluções para problemas ou fazer acontecer oportunidades
identificadas no contexto no qual você está inserido.
"Sabemos que existe um grande abismo entre a escala dos problemas que enfrentamos e
a escala das soluções que oferecemos” (Social Innovation Book; Young Foundation, 2016).
Acreditamos que você tenha percebido como o Design Thinking pode contribuir para a solução desses problemas, inclusive no contexto
educacional, especialmente em atividades de ensino/aprendizagem.
Nesta Unidade Curricular nós vamos trabalhar com a metodologia do design thinking para identificar possibilidades de inovar na educação
profissional, através da inserção de novas tecnologias e/ou de metodologias de ensino ativas nos cursos técnicos. Para isso, você poderá
vivenciar as quatro fases do design thinking: imersão, análise, ideação, prototipação.
Na fase da imersão, será o momento de coletar informações no contexto escolar, conversar com as pessoas,
observar, identificar os problemas da comunidade e localizar possíveis conteúdos do curso técnico relacionado a
sua área de formação que podem ser ampliados ou inovados com as tecnologias ou metodologias ativas. Você
poderá aproveitar as informações já coletadas durante o trabalho de Observação da Prática Docente.
Na fase da análise, será o momento de organizar as ideias coletadas em campo e pensar possíveis encaminhamentos e
soluções. Você vai analisar o contexto observado para identificar de que forma a inovação pode ser proposta neste
contexto.
Na fase da ideação, você vai gerar ideias e elaborar propostas para inovar na educação profissional e tecnológica,
seja através da inserção de uma nova tecnologia educacional nas aulas e/ou da aplicação de uma metodologia
ativa de ensino.
E então, está empolgado(a) para propor algo inovador para as aulas no ensino técnico?
https://moodle4.ifsc.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=1815 44/47
13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
Considerações finais
A cada ano assistimos à chegada de inovações que facilitam o dia a dia e mudam nossa forma de viver. O que era novo há um ou dois
anos atrás já se popularizou ou tornou-se obsoleto. A educação não foge desse panorama: cada vez mais a tecnologia invade a área do
ensino e revoluciona o processo de aprendizagem. Foi esse um dos objetivos com o estudo deste material, que resume-se na frase da
imagem a seguir:
Inovar na educação é questionar, é transformar. Não é mudar por mudar, mas compreender que vivemos em contextos complexos, com
situações e problemas que envolvem inúmeros fatores, e, por isso, precisamos ter um olhar diferente. Um olhar criativo. Precisamos pensar
em conjunto, fundir ideias e principalmente, saber colocá-las em prática.
A inovação depende da criatividade. Ser criativo é estar aberto para o diferente. Ver com outros olhos aquilo que lhe parece rotineiro ou
sem importância. Você viu, neste livro, que a inspiração pode vir de qualquer lugar. Observe ideias análogas às suas, converse com pessoas
diferentes, compartilhe ideias, faça protótipos. Experimente.
Para pensar de modo inovador, será necessário considerar nossa capacidade de relacionar tecnologia, com imaginação e visão. Soma-se a
esta tríade também a necessidade de experimentação, considerando que os erros devem ser tão bem vindos quanto os acertos, uma vez
que ambos são capazes de promover aprendizado tanto para aqueles que ensinam quanto para aqueles que aprendem.
A educação, em especial a Educação Profissional, está repleta de desafios. O mundo do trabalho está repleto de desafios. Há dificuldades,
sim, mas há também uma série de oportunidades. Oportunidades para inovação esperando por pessoas como você.
Por fim, para encerrar, gostaríamos de destacar que a relevância das tecnologias para a educação não está somente nos conhecimentos
sobre esses recursos, mas sim, na capacidade de imaginação, nos olhares abertos para o novo, na experimentação, possibilitando assim a
inovação.
https://moodle4.ifsc.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=1815 45/47
13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
Referências
ADAMS BECKER, S., et al (2017). NMC Horizon Report: 2017 Higher Education Edition. Austin, Texas: The New Media Consortium.
ALTOÉ, A; SILVA, H. O Desenvolvimento Histórico das Novas Tecnologias e seu Emprego na Educação. In: ALTOÉ Anair; COSTA, Maria Luiza
Furlan; TERUYA, Teresa Kazuko. Educação e Novas Tecnologias. Maringá: Eduem, 2005. p. 13-25.
BROWN, T. Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Rio de Janeiro: Campus, 2010.
CASTELLS, M. A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
COLOMBO, Andréa Aparecida; BERBEL, Neusi Aparecida Narvas. A Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez e sua
relação com os saberes de professores. Semina: ciências sociais e humanas. Londrina, v. 28, n. 2, p. 121-146, 2007. Disponível em:
http://www.sgc.goias.gov.br/upload/links/arq_390_ametodologiadaproblematizacaocomoarcodemaguerez.pdf . Acesso em: 15 fev. 2020.
CROUCH, C. H.,; MAZUR, E. Peer Instruction: Ten years of experience and results. American Journal of Physics, 69, p. 970–977, 2001.
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13/06/2023, 18:52 Livro Digital: Educação Inovadora
Ficha Técnica
Revisão textual
Como referenciar este livro COMARELLA, Rafaela Lunardi; MELLO, Carlos Alberto da Silva. Inovações Educacionais e
Tecnológicas para Educação. Florianópolis: publicação do IFSC, 2018. Disponível em:
https://moodle4.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=1815. Acesso em: 02 jan. 2020. [recurso
digital].
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