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JUN 1998 NBR 14113

Móveis para escritório - Sistemas de
estação de trabalho - Ensaios de
ABNT-Associação
Brasileira de
estabilidade, resistência e
Normas Técnicas durabilidade
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Rio de Janeiro
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Origem: Projeto 15:300.01-013:1997

CB-15 - Comitê Brasileiro de Mobiliário
CE-15:300.01 - Comissão de Estudo de Móveis para Escritório
NBR 14113 - Office furnishings - Workstations - Stability, strength and durability
tests
Descriptors: Workstation. Office. Office furnishing
Copyright © 1998, Válida a partir de 30.07.1998
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Estação de trabalho. Escritório. Móvel para 6 páginas
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Sumário Nesta Norma os resultados dos ensaios valem apenas

Prefácio para a configuração de estação de trabalho ensaiada.
1 Objetivo Quando se desejar que os resultados dos ensaios sejam
2 Referências normativas aplicáveis a outros artigos similares, a amostra ensaiada
3 Definições deve ser representativa do produto de linha e, em caso
4 Amostragem de protótipos, ter as mesmas características do produto
5 Métodos de ensaio final.

Prefácio 2 Referências normativas

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o
Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização
Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo
(CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros
(universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os
associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
Esta Norma estabelece os métodos para a determinação
da estabilidade, resistência e durabilidade de estações
de trabalho para escritório.
Esta Norma se aplica, independentemente do tipo de ma-
terial, a todos os tipos de estações de trabalho para es-
critório, sejam elas formadas por subsistemas autopor-
tantes ou estruturalmente vinculados entre si.
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,
ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no
momento desta publicação. Como toda norma está sujeita
a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos
com base nesta que verifiquem a conveniência de se
usarem as edições mais recentes das normas citadas a
seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor
em um dado momento.
NBR 13960:1997 - Móveis para escritório - Termino-
logia
NBR 14109:1998 - Móveis para escritório - Armários
- Ensaios de estabilidade, resistência e durabilidade
NBR 14111:1998 - Móveis para escritório - Mesas -
Ensaios de estabilidade, resistência e durabilidade
ISO 554 - Standard atmospheres for conditioning and/
or testing - Specifications
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3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições
da NBR 13960 e as seguintes.
3.1 ensaios de estabilidade: Ensaios que avaliam a ca-
pacidade do corpo-de-prova de resistir às forças que pos-
sam provocar sua inclinação. A estabilidade é representa-
da pelo valor mínimo das forças horizontais ou verticais
necessário para provocar a elevação de ao menos um
ponto de apoio do móvel do plano de apoio. A força é
expressa em newtons, com arredondamento à unidade.
3.2 ensaios de resistência
3.2.1 ensaios estáticos: Ensaios onde são aplicadas so-
licitações intensas para um número limitado de ciclos,
para assegurar que o móvel possui resistência suficiente
para desempenhar sua função sob condições mais
críticas que as do uso normal.
3.2.2 ensaios de impacto: Ensaios para verificação de re-
sistência e funcionamento do móvel sob o efeito rápido
de cargas que ocorrem ocasionalmente.
3.3 ensaios de durabilidade: Ensaios que simulam o uso
prático de longa duração. Estes ensaios prevêem a
aplicação de solicitações normais para um número ele-
vado de ciclos.
4 Amostragem
Antes do início dos ensaios, deve-se assegurar que o
artigo a ser ensaiado tenha sido produzido a pelo menos
quatro semanas e mantido em condições ambientais
normais. Isso é para assegurar que eles já tenham atin-
gido plenas condições de resistência, principalmente no
caso de possuírem juntas coladas.
Se for indicada atmosfera especial para condicionamento
das amostras e realização dos ensaios, esta deve ter
temperatura de (27 ± 2)°C e umidade relativa de
(65 ± 5)%, conforme indicado na ISO 554 para climas
tropicais.
As amostras devem ser escolhas aleatóreas de produtos
de linha ou, no caso de protótipos, ter as mesmas caracte-
rísticas do produto a ser comercializado. No caso de siste-
mas a serem montados pelo consumidor, devem-se uti-
lizar as instruções do manual para montagem. Como o
sistema pode ser configurado de diferentes maneiras,
deve-se escolher o arranjo mais adverso para cada
ensaio. Caso não sejam fornecidas instruções de fixação
e montagem dos componentes, o procedimento adotado
deve ser re-gistrado no relatório de ensaio. As amostras
devem ser sempre inspecionadas antes e após cada nível
de ensaio, verificando-se e registrando-se as eventuais
alterações. Os ensaios devem ser realizados na estação
de trabalho completamente montada.
5 Métodos de ensaio
5.1 Ensaios de estabilidade
Os resultados dos ensaios de estabilidade são aplicáveis
apenas à configuração de estação de trabalho neles
ensaiada.
5.1.1 Aparelhagem
5.1.1.1 Superfície de apoio
Superfície do chão, perfeitamente horizontal e plana.
5.1.1.2 Travamentos
Elementos posicionados na superfície de apoio, para im-
pedir que o móvel deslize, porém permitindo a inclinação
deste. Os travamentos não devem ter mais de 12 mm de
altura, a não ser nos casos em que o desenho dos ele-
mentos de apoio da estação de trabalho exigir travamen-
tos maiores, quando deve ser utilizada a mínima altura
capaz de impedir o deslizamento do produto.
5.1.2 Procedimento
Não é necessário submeter os corpos-de-prova a con-
dicionamento prévio.
A estação de trabalho, completamente montada segundo
a configuração especificada, deve ser posicionada sobre
a superfície de 5.1.1.1 com os travamentos de 5.1.2.2 en-
costados nos pontos de apoio. Se existirem sistemas
mecânicos de fixação ou junção de partes, estes devem
ser bem travados antes do início do ensaio.
A precisão para as forças deve ser de ± 5%, para as
massas de ± 0,5% e para as dimensões de ± 5 mm.
Os ensaios a seguir se aplicam às estações de trabalho
formadas por subsistemas vinculados estruturalmente
(superfícies de trabalho, armários suspensos, prateleiras
e/ou gaveteiros estruturados em divisórias, por exemplo)
e ao caso específico do subsistema autoportante de me-
sas de trabalho (estações formadas por mesas de tra-
balho, mesas auxiliares e conexões estruturadas entre
si, porém desvinculadas estruturalmente do subsistema
de divisórias).
5.1.2.1 Estabilidade sem aplicação de carga
Todos os elementos estruturalmente vinculados à estação
de trabalho e utilizáveis para estocagem e apoio devem
permanecer sem carga. Caso a estação de trabalho pos-
sua armários ou gaveteiros suspensos, todas as portas
devem ser abertas a 90°, as gavetas a 2/3 da extensão
deslizável e as portas de pivotamento horizontal na sua
posição de equilíbrio e as escamoteáveis totalmente
abertas.
Gavetas com porta-pastas suspensas devem ser abertas
em toda sua extensão deslizável. Caso os componentes
possuam mecanismos de segurança que impeçam a
abertura simultânea de todas as partes móveis, deve ser
aberto o maior número possível delas. Nestas condições
devem ser registradas tendências à instabilidade, ou seja,
deve-se registrar se ao menos um ponto de apoio da es-
tação de trabalho se eleva do chão ou não.
5.1.2.2 Estabilidade sob ação de carga concentrada
Todos os elementos estruturalmente vinculados à estação
de trabalho e utilizáveis para estocagem e apoio devem
permanecer sem carga. Uma a cada vez, as partes móveis
devem ser abertas, conforme descrito em 5.1.2.1. As
partes que não estiverem sendo ensaiadas devem perma-
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necer fechadas. No caso de portas duplas, deve-se pri-
meiramente abrir uma das portas a 90° e ensaiá-la, e
então abrir a 90° e ensaiar a segunda porta, mantendo-
se a primeira aberta.
Uma força deve ser aplicada no elemento em ensaio, de
valor, sentido e posicionamento assim definidos:
a) em portas pivotantes: força vertical de 300 N a
50 mm da borda externa, conforme a figura 1;
b) em gavetas: força vertical de 300 N sobre o ponto
médio da borda superior da frente da gaveta, confor-
me a figura 2;
c) em portas com pivotamento horizontal: força ver-
tical de 200 N sobre o ponto médio a 50 mm da borda
externa, conforme a figura 3;
d) em superfícies horizontais (prateleiras, superfícies
de trabalho): força horizontal de 200 N no ponto médio
da borda frontal, conforme a figura 4.
Deve-se registrar se tais forças provocaram ou não a
instabilidade da estação de trabalho, ou seja, se ao menos
um de seus pontos de apoio se elevou da superfície de
apoio.
5.1.3 Avaliação dos resultados
É considerado aprovado no ensaio o corpo-de-prova que
não sofrer desequilíbrio, ou seja, aquele em que nenhum
dos pontos de apoio deixar de tocar a superfície de apoio
sob a ação dos valores das forças indicadas em cada
Figura 1 - Ensaio de estabilidade com aplicação de carga concentrada em portas pivotantes
3
ensaio. No caso de o corpo-de-prova ser reprovado, deve-
se registrar o valor da força que provocou o desequilíbrio,
a fim de permitir ao fabricante adequar seu produto às
exigências desta Norma. No caso de o corpo-de-prova
ser aprovado, devem-se aumentar os valores das forças
indicadas nos ensaios até a ocorrência do desequilíbrio,
registrando-se também estes valores, a fim de permitir
uma comparação entre os diversos produtos aprovados.
5.1.4 Relatório de ensaio
No relatório de ensaio devem ser registradas as seguintes
informações:
a) referência a esta Norma;
b) descrição dos dados relevantes do corpo-de-prova
(fabricante, componentes, modelos, códigos, dimen-
sões, configuração);
c) estabilidade do corpo-de-prova sem aplicação de
carga (se desequilibra ou não);
d) estabilidade do corpo-de-prova sob ação de carga
concentrada (se desequilibra ou não, e os valores
das forças de desequilíbrio);
e) qualquer eventual variação em relação aos mé-
todos de ensaio descritos nesta Norma;
f) nome e endereço do laboratório de ensaio;
g) data do ensaio.
Dimensão em milímetros
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Figura 2 - Ensaio de estabilidade com aplicação de carga concentrada em gavetas

Dimensão em milímetros

Figura 3 - Ensaio de estabilidade com aplicação de carga concentrada em portas com pivotamento horizontal
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Figura 4 - Ensaio de estabilidade com aplicação de carga concentrada em superfícies horizontais
5.2 Ensaios de resistência e durabilidade
5.2.1 Aparelhagem
5.2.1.1 Superfície de apoio
Idem a 5.1.1.1.
5.2.1.2 Travamentos
Idem a 5.1.1.2.
5.2.2 Procedimento
Os ensaios dependem da correta aplicação das cargas,
independentemente do tipo de equipamento utilizado para
tal fim. Quanto às tolerâncias, todas as forças devem ter
uma tolerância de ± 5%, as massas de ± 0,5% e as
dimensões de ± 0,5 mm, salvo indicações específicas.
Existem dois tipos de procedimento de ensaio:
a) para determinar o nível de durabilidade e resistên-
cia: o ensaio pode ser executado seqüencialmente
até a ocorrência de uma falha;
b) para checar a veracidade da qualidade do produto
atestada pelo fabricante: pode-se executar o ensaio
diretamente no nível de desempenho atribuído ao
produto.
Os ensaios relativos a um mesmo produto devem ser
executados todos sobre o mesmo corpo-de-prova. Caso
o corpo-de-prova não tenha resistido a um determinado
ensaio, vindo a inutilizar-se para os demais ensaios, de-
verá ser substituído por novo corpo-de-prova, que deverá
sofrer os mesmos ensaios que o anterior. No ensaio em
que o corpo-de-prova não resistir, o novo corpo-de-prova
deverá ser submetido a um nível de ensaio anterior ao
que provocou o dano no corpo sustituído. Caso sejam so-
licitados ensaios de resistência a ciclos de umidade, estes
devem preceder os demais ensaios.
5
As cargas podem ser concentradas ou uniformemente
distribuídas e devem simular, quando possível, as con-
dições de uso prático. A carga aplicada sobre a parte a
ser submetida a ensaio não deve reforçar a estrutura e
deve ser disposta de modo a evitar seu deslocamento
durante a prova ou a sua concentração em um ponto es-
pecífico.
Alguns dos ensaios aplicáveis a sistemas de estação de
trabalho são os mesmos aplicáveis a seus componentes
quando utilizados isoladamente:
a) para superfícies de trabalho, superfícies auxiliares,
conexões e similares, que apresentem vínculo estru-
tural com a estação de trabalho, aplicam-se os se-
guintes ensaios da NBR 14011:1998: 5.2.2.2, 5.2.2.3,
5.2.2.5;
b) para prateleiras, armários e gaveteiros suspensos,
que apresentem vínculo estrutural com a estação de
trabalho, aplicam-se os seguintes ensaios da
NBR 14109:1998: 5.2.2.2, 5.2.2.3, 5.2.2.4, 5.2.2.5.
Para a realização dos ensaios acima, além dos proce-
dimentos acima descritos, devem ser também adotados
os procedimentos e a aparelhagem descritos nas res-
pectivas normas. Após a realização de todos os ensaios
acima, deve-se realizar o ensaio a seguir.
5.2.2.1 Ensaio de resistência dos dispositivos de fixação
dos componentes
A estação de trabalho deve ser totalmente montada e po-
sicionada sobre a superfície de 5.2.1.1 com os travamen-
tos de 5.2.1.2 encostados em seus pontos de apoio. Uma
força vertical deve ser aplicada de baixo para cima no
ponto da borda frontal perpendicular ao centro de gravida-
de da peça, 10 vezes, e mantida por 10 s a cada repe-
tição. A intensidade desta força varia de acordo com o
tipo de componente, conforme indicado na tabela 1.
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6 NBR 14113:1998

Tabela 1 - Intensidade de força de acordo com o tipo de componente

Componentes Força
N

Superfícies de trabalho, superfícies auxiliares e conexões 580

Armários suspensos, prateleiras e calhas 490

Figura 5 - Ensaio de resistência dos dispositivos de fixação dos componentes

5.2.3 Avaliação dos resultados 5.2.4 Relatório de ensaio

Imediatamente antes do início de cada ensaio, deve-se
inspecionar detalhadamente cada item da amostra. Qual-
quer defeito em componentes, juntas ou encaixes deve
ser registrado, para que não seja atribuído aos resultados
do ensaio. Quando especificado, executar as medições
apropriadas.
Imediatamente após a execução de cada nível de ensaio
deve ocorrer nova inspeção. Qualquer alteração em rela-
ção às condições iniciais deve ser registrada, incluindo:
a) ruptura de qualquer componente;
b) afrouxamento aparentemente permanente, de-
tectado pela pressão manual, de componentes ou
junções que devam ser rígidas;
c) deformações ou rupturas de qualquer parte ou
componente que venham a afetar sua funcionalidade;
d) afrouxamento de qualquer elemento de fixação
de componentes ao sistema de estação de trabalho;
e) qualquer parte do sistema de estação de trabalho
que deixe de abrir ou fechar livremente.
No relatório de ensaio devem ser registradas as seguintes
informações:
a) referência a esta Norma e às normas específicas
utilizadas;
b) descrição detalhada da amostra de ensaio (fabri-
cante, componentes, modelos, códigos, dimensões,
configuração);
c) procedimentos de fixação e montagem adotados;
d) qualquer defeito observado antes do início do en-
saio;
e) indicações dos resultados obtidos conforme des-
crito na norma específica;
f) qualquer eventual variação nos métodos de ensaio
descritos nas normas adotadas para sua realização;
g) nome e endereço do laboratório de ensaio;
h) data do ensaio.