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OUT 2003 NBR 14125


Tratamento de superfície do alumínio
e suas ligas - Revestimento orgânico
ABNT - Associação
para fins arquitetônicos - Pintura
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13/28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Origem: Projeto NBR 14125:2003
Rio de Janeiro - RJ ABNT/CB-35 - Comitê Brasileiro do Alumínio
Tel.: PABX (21) 3974-2300 CE-35:000.05 - Comissão de Estudo de Tratamento de Superfície
Fax: (21) 2240-8249/2220-6436
Endereço eletrônico: NBR 14125 - Surface treatment of aluminum and its alloys - Organic coating for
www.abnt.org.br architectonic purposes (painting)
Descriptors: Aluminum. Architecture. Paint. Surface treatment. Aluminum alloy
Esta Norma substitui a NBR 14125:1998
Copyright © 2003, Válida a partir de 01.12.2003
ABNT–Associação Brasileira Incorpora Errata nº 1 de NOV 2003
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Alumínio. Arquitetura. Tinta. Tratamento de 6 páginas
Impresso no Brasil superfície. Liga de alumínio
Todos os direitos reservados

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Requisitos
5 inspeção
6 Critério para amostragem e aceitação

Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

1 Objetivo

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos da qualidade e ensaios de conformidade em revestimento orgânico por meio
de pintura, para o tratamento de superfície do alumínio e suas ligas, para fins arquitetônicos.

Esta Norma não se aplica a produtos laminados pintados pelo processo contínuo e/ou semicontínuo (coil coating).

2 Referências no rmativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 6834:2000 - Alumínio e suas ligas - Classificação

NBR 6835:2000 - Alumínio e suas ligas - Classificação das têmperas

NBR 8116:2000 - Alumínio e suas ligas - Produtos extrudados - Tolerâncias dimensionais


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2 NBR 14125:2003

NBR 8967:1998 - Alumínio e suas ligas - Tratamento superficial - Terminologia

NBR 8968:1999 - Alumínio e suas ligas - Tratamento de superfície - Classificação

NBR 12610:1999 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Determinação da espessura de camadas não
condutoras pelo método de corrente parasita (Eddy Current)

NBR 14126:2001 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Determinação do brilho da película seca de
tintas e vernizes

NBR 14127:2002 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Determinação da resistência ao impacto da
película seca de tintas e vernizes

NBR 14128:1998 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Determinação da resistência à abrasão do
revestimento orgânico - Método de Taber

NBR 14615:2000 - Alumínio e suas ligas - Determinação da flexibilidade por mandril cônico da pintura

NBR 14622:2000 - Alumínio e suas ligas para fins arquitetônicos - Determinação da aderência da pintura

NBR 14682:2001 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Determinação da aderência úmida da pintura
pelo método da panela de pressão

NBR 14849:2002 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Determinação da resistência do revestimento
orgânico de tintas e vernizes em relação ao grafite

NBR 14850:2002 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Determinação da resistência ao intemperismo
artificial (UV) do revestimento orgânico - Tintas e vernizes

NBR 14901:2002 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Determinação da resistência à corrosão
acelerada - Ensaio de Machu do revestimento orgânico de tintas e vernizes

NBR 14904:2002 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Determinação da resistência ao intemperismo
natural do revestimento orgânico de tintas e vernizes

NBR 14905:2002 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Determinação da resistência à corrosão por
exposição à névoa salina acética do revestimento orgânico de tintas e vernizes

NBR 14947:2003 - Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas - Ensaio de polimerização de tintas e vernizes

DIN 50939:1988 - Chromating of aluminium - Principles and methods of test

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições das NBR 8967 e NBR 8968, e as seguintes:

3.1 revestimento o rgânico (pintura): Aplicação de revestimento orgânico (pintura) sobre a superfície do alumínio e suas
ligas pré-tratadas, através de métodos adequados, com a finalidade de conferir características protetoras e/ou decorativas
ao metal.

3.2 polimerização: Processo de cura pelo qual o revestimento orgânico adquire as propriedades finais especificadas.

3.3 revestimento com tinta a pó da classe 1: Caracteriza-se pelo seu desempenho ao envelhecimento acelerado, com
perda máxima de 50% em relação ao brilho original, e perda de tonalidade, conforme avaliação a ser realizada através da
tabela 1 da NBR 14850:2002.

3.4 revestimento com tinta a pó da classe 2: Caracteriza-se pelo seu desempenho ao envelhecimento acelerado, com
perda máxima de 10% em relação ao brilho original, e perda máxima de 50% de tonalidade, conforme avaliação a ser
realizada através da tabela 1 da NBR 14850:2002.

3.5 revestimento com tinta a pó e líquida PVDF (polivinil difluoreto): Caracteriza-se pelo seu desempenho ao
envelhecimento acelerado, com perda máxima de 10% em relação ao brilho original, e perda máxima de 50% de
tonalidade, conforme avaliação a ser realizada através da tabela 1 da NBR 14850:2002.

4 Requisitos

4.1 Seleção da liga e da têmpera

Quando não for possível ensaiar corpos-de-prova dos próprios produtos acabados, eles devem ser confeccionados em uma
das ligas e têmperas abaixo, seguindo-se as determinações das NBR 6834 e NBR 6835, com espessura de 0,8 mm a
1,0 mm:

a) perfis e tubos extrudados nas ligas 6060, 6061 ou 6063, em qualquer têmpera, devendo ser obedecidos os
parâmetros de espessura mínima, conforme especificado na tabela A.1, nota 11, da NBR 8116:2000;

b) laminados nas ligas 1050, 1100 ou 3105, têmpera H14 ou nas ligas 3004, 5005, 5052 ou 5357, têmpera H14 ou
H34.
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NBR 14125:2003 3

4.2 Ensaios e exigências

Para a avaliação da qualidade dos produtos acabados, são utilizados os seguintes ensaios:

a) espessura da camada, conforme NBR 12610;

b) brilho, conforme NBR 14126;

c) resistência ao impacto, conforme NBR 14127;

d) resistência à abrasão, conforme NBR 14128;

e) flexibilidade, conforme NBR 14615;

f) aderência, conforme NBR 14622;

g) aderência úmida (panela de pressão), conforme NBR 14682;

h) dureza ao grafite, conforme NBR 14849;

i) intemperismo artificial, conforme NBR 14850;

j) machu, conforme NBR 14901;

k) intemperismo natural, conforme NBR 14904;

l) névoa salina, conforme NBR 14905;

m) polimerização, conforme NBR 14947.

4.3 Requisitos de processo

O processo de pintura do alumínio e suas ligas deve obedecer, obrigatoriamente, às etapas descritas em 4.3.1 a 4.3.4.

4.3.1 Pré-tratamento superficial

4.3.1.1 Desengraxamento

Processo ácido ou alcalino que tem a finalidade de remover óxidos metálicos, gorduras, óleos, graxas e resíduos em geral
da superfície do alumínio e suas ligas.

4.3.1.2 Neutralização

Tem a finalidade de neutralizar produtos alcalinos e dissolver óxidos metálicos.


NOTA - Este processo não se aplica quando o desengraxante for ácido.

4.3.1.3 Película de conversão

Tem a finalidade de proteger a superfície do alumínio e suas ligas contra corrosão e servir como base de ancoragem para
o revestimento orgânico, podendo ser utilizado em um dos processos descritos em 4.3.1.3.1 e 4.3.1.3.2.

4.3.1.3.1 Cromatização/fosfocromatização

O pré-tratamento deve ser realizado conforme a DIN 50939, sendo que a massa da camada de conversão do cromato da
cromatização (amarela) deve situar-se entre 0,4 g/m² e 0,8 g/m² e do cromato-fosfato da fosfocromatização entre 0,4 g/m²
e 1,5 g/m².

4.3.1.3.2 Anodização

Os parâmetros abaixo especificados e as condições da anodização devem ser estabelecidos de modo a obter-se uma
camada com espessura de 3 µm a 8 µm, cuja superfície deve estar isenta de poeira e de defeitos:

a) concentração em ácido sulfúrico: 180 g/L a 220 g/L;

b) concentração em alumínio: 5 g/L a 15 g/L;

c) temperatura: entre 20°C e 30°C, com tolerância de ± 1°C da temperatura especificada;

d) densidade da corrente: 0,8 A/dm² a 2,0 A/dm²;

e) agitação do eletrólito.
NOTAS

1 A concentração em ácido e o teor em alumínio devem ser analisados ao longo das 24 h de trabalho.

2 A temperatura deve ser verificada 1 h após o início da anodização e, depois, a cada 8 h.


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4.3.2 Lavagem

Após cada etapa do processo devem ser realizadas lavagens em água corrente. Após a etapa de obtenção da película de
conversão ou de anodização, a lavagem final deve ser realizada em água desmineralizada com condutividade máxima de
30 µS/cm a 20°C.

4.3.3 Secagem

As peças devem estar completamente secas, antes da aplicação do revestimento orgânico, qualquer que seja o método de
aplicação. A temperatura do metal deve estar abaixo de 100°C.

4.3.4 Armazenamento

As peças pré-tratadas não devem ser armazenadas por mais de 16 h e, de preferência, devem ser revestidas
imediatamente após o pré-tratamento, pois o risco da perda de aderência aumenta com o passar do tempo. A área de
armazenamento deve ser mantida em boas condições atmosféricas, isenta de pó e poeira. O manuseio das peças deve ser
feito com luvas de pano limpas, para se evitar a contaminação da superfície.

4.3.5 Alternativos

Outros processos de pré-tratamento podem ser utilizados, desde que aprovados nos ensaios de conformidade
especificados em 4.2.

4.4 Revestimento orgânico (pintura)

4.4.1 Espessura do revestimento

A medição da espessura do revestimento deve ser realizada conforme a NBR 12610, enquanto que a tolerância da
espessura medida deve estar de acordo com 5.2 e atingir os valores mínimos estabelecidos para cada revestimento,
conforme tabelas 1 e 2, respeitando-se os limites de aceitabilidade da tabela 3.

Tabela 1 - Espessuras mínimas dos revestimentos com tinta a pó

Revestimentos com tinta a pó Espessura mínima

µm

Classe 1 60

Classe 2 60

Duas camadas (classe 1 e classe 2) 110

PVDF em duas camadas 80

Tabela 2 - Espessuras dos revestimentos com tinta líquida

Revestimentos com tinta líquida Espessura mínima (µm)

PVDF em duas camadas 35

PVDF metalizado em três camadas 45

Poliéster siliconado sem primário, contendo pelo


menos 20% de resina siliconada 30

Tintas solúveis em água 30

Outros revestimentos termoendurecíveis 50

Tintas de dois componentes 50


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Tabela 3 - Níveis de amostragem

Número de Número de amostras Limite de aceitabilidade


peças do lote (retiradas ao acaso) de peças com espessura
de camada insuficiente
1 - 10 Todas 0
11 - 200 10 1
201 - 300 15 1
301 - 500 20 2
501 - 800 30 3
801 - 1 300 40 3
1 301 - 3 200 55 4
3 201 - 8 000 75 6
8 001 - 22 000 115 8
22 001 - 110 000 150 11

4.4.2 Polimerização

Na fase de polimerização devem ser obedecidos os seguintes procedimentos:

a) o local entre a cabina de aplicação da tinta em pó e o forno deve estar isento de pó e de contaminações;

b) todos os revestimentos devem ser polimerizados imediatamente após a aplicação;

c) o gradiente do forno deve ser menor do que 20°C.

4.5 Proteção e manutenção

Para limpeza de peças pintadas, recomenda-se a utilização de detergente neutro, aplicado adequadamente,
desaconselhando-se o uso de ferramentas e outros meios mecânicos abrasivos que venham a danificar permanentemente
a pintura, bem como o uso de quaisquer tipos de solventes orgânicos. A freqüência de limpeza, tanto para ambientes
externos como para internos, independentemente do tipo de revestimento aplicado, deve ser realizada conforme
especificado na tabela 4.

Tabela 4 - Freqüência de limpeza para aplicações exteriores/interiores

Nível de Ambiente Freqüência de limpeza


agressividade típico (meses)

Baixa/média Urbano /rural 12

Alta/excessiva Industrial/marítimo 3

5 Inspeção

5.1 Ensaios de conformidade

A avaliação dos produtos pintados deve ser realizada através de uma ou mais das seguintes Normas: NBR 12610,
NBR 14126, NBR 14127, NBR 14128, NBR 14615, NBR 14622, NBR 14682, NBR 14849, NBR 14850, NBR 14901,
NBR 14904, NBR 14905 e NBR 14947.

5.2 Procedimento para medição da espessura do revestimento

A medição da espessura de cada corpo-de-prova a ser ensaiado deve ser feita no mínimo em cinco locais,
aproximadamente 1,0 cm², procedendo-se a três a cinco leituras individuais em cada local, conforme figura 1, e nenhum
dos valores medidos pode ser inferior a 80% do valor mínimo especificado. O valor médio (média aritmética) das leituras
individuais num local de medição é considerado como um valor medido.
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6 NBR 14125:2003

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Figura 1 - Ilustração do procedimento de medição

5.2.1 Análise de quatro exemplos típicos, no caso da tinta classe 1 (60 µm)
Exemplo 1:
Valores medidos (em micrometros): 82, 68, 75, 93, 86
Média aritmética: 81
Resultado: a peça está aprovada.
Exemplo 2:
Valores medidos (em micrometros): 75, 68, 63, 66, 56
Média aritmética: 66
Resultado: a peça está aprovada, visto que a espessura média é superior a 60 µm e nenhum valor medido é inferior
a 48 µm.
Exemplo 3:
Valores medidos (em micrometros): 57, 60, 59, 62, 53
Média aritmética: 58
Resultado: a peça está reprovada, visto que a espessura média é inferior a 60 µm. Neste caso, devem ser utilizados os
limites de aceitabilidade da tabela 3.
Exemplo 4:
Valores medidos (em micrometros): 85, 67, 71, 64, 44
Média aritmética: 66
Resultado: a peça está reprovada, apesar da espessura média ser superior 60 µm, pois existe um valor medido de 44 µm
que é inferior ao limite de tolerância de 80% (48 µm). Também, neste caso, devem ser utilizados os limites de aceitabilidade
da tabela 3.
5.2 Método de ensaio

5.2.1 Alguns ensaios devem ser realizados nos próprios produtos acabados, porém a bateria completa de ensaios deve ser
executada em corpos-de-prova padronizados e nas condições normais do processo de produção elaborados a partir de
chapa laminada, conforme especificado em 4.1.

5.2.2 Os ensaios químicos e de corrosão devem ser feitos, preferencialmente, na própria peça. Quando isto não for
possível, utilizar um corpo-de-prova da mesma liga e têmpera da peça em questão para a execução dos ensaios ou utilizar
barra chata extrudada da liga 6063.

6 Critério para amostragem e aceitação

A determinação dos níveis de amostragem e o critério de aceitação de cada ensaio estão especificados nas respectivas
normas a serem utilizadas para o ensaio predeterminado.

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