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-PÚBLICO-

N-2315 REV. D 04 / 2011

Execução de Ensaio Não Destrutivo -


Ultrassom em Forjado

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 27 CONTEC - Subcomissão Autora.

Ensaios Não-Destrutivos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer
reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e
expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da
legislação pertinente, através da qual serão imputadas as
responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante
cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito
intelectual e propriedade industrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho


- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 6 páginas, Índice de Revisões e GT


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N-2315 REV. D 04 / 2011

1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis na realização de ensaio não destrutivo por meio do
ultrassom em forjados de aço.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos (incluindo emendas).

INMETRO VIM:2008 - Vocabulário Internacional de Metrologia (Primeira Edição Brasileira


do VIM 2008);

ABNT NBR ISO/IEC 17024:2004 - Avaliação de Conformidade - Requisitos Gerais para


Organismos que Realizam Certificação de Pessoas;

ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 - Requisitos Gerais para a Competência de Laboratórios


de Ensaio e Calibração;

ABNT NBR NM ISO 9712:2007 - Ensaio Não Destrutivo - Qualificação e Certificação de


Pessoal;

ISO 9712:2005 - Non-Destructive Testing - Qualification and Certification of Personnel;

ISO/IEC 17024:2003 - Conformity Assessment - General Requirements for Bodies Operating


Certification of Persons;

ASME BPVC Sec. V: 2010 - Section V - Nondestructive Examination;

ASTM A388/A388M:2010 - Standard Practice for Ultrasonic Examination of Heavy Steel


Forging;

BSI BS EN 10228-3:1998 - Non-Destructive Testing of Steel Forgings - Part 3: Ultrasonic


Testing of Ferritic or Martensitic Steel Forgings;

CEN EN 473:2008 - Qualification and Certification of Nondestructive Testing Personnel -


General Principles;

DNV-OS-F101:2007 - Submarine Pipeline Systems.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições do INMETRO VIM:2008 e os


seguintes.

3.1
adição
inserção de um novo parágrafo ou de um texto em parágrafo

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3.2
modificação
substituição de todo um parágrafo ou modificação de parte dele

3.3
supressão
exclusão do parágrafo ou parte dele

3.4
norma base
normas de projeto, fabricação, construção e montagem relativas ao equipamento inspecionado e
normas complementares citadas por estas

4 Condições Gerais

4.1 O ensaio por meio do ultrassom deve ser executado conforme preconizado nas Normas Base em
suas especificações de projeto, fabricação, construção e montagem relativas ao equipamento
inspecionado, exceto quanto às modificações, adições e supressões mencionadas nas condições
específicas.

4.2 Quando uma Norma Base referenciada na Seção 2 não for citada na Seção 5 de condições
específicas, ela deve ser aplicada integralmente em seus itens relacionados ao ensaio não destrutivo
por meio de ultrassom.

4.3 Para todas as normas de projeto, fabricação, construção e montagem é necessária a adição
dos 5.1 e 5.2 visando complementá-las quanto aos requisitos nelas especificados para a execução
dos ensaios por meio de ultrassom.

5 Condições Específicas

5.1 Qualificação de Pessoal

5.1.1 Para serviços executados no Brasil, a qualificação e certificação de pessoal para o ensaio por
meio de ultrassom devem ser pelo Sistema Brasileiro de Qualificação e Certificação de Pessoal em
END - ABENDI, conforme ABNT NBR NM ISO 9712:2007.

5.1.2 Para serviços executados no exterior, a qualificação e certificação devem ser conforme
estabelecido no 5.1.1 ou por entidades internacionais independentes, acreditadas pelos organismos
nacionais de seus respectivos países, que atendam integralmente aos requisitos da
ISO/IEC 17024:2003 e que operem em absoluta conformidade com a ISO 9712:2006 ou
normas dos organismos de normalização atendem integralmente a CEN EN 473:2008.

NOTA Sistemas de autocertificação, como a "Nondestructive Personnel Qualification and


Certification ASNT SNT-TC-1A”, para inspetores Níveis 1, 2 ou 3, em que a metodologia de
certificação é estabelecida ou aplicada pelo próprio empregador segundo seus critérios, não
são aceitos pela PETROBRAS, mesmo que citado nas normas base deste documento.

5.2 Qualificação de Procedimento

5.2.1 O procedimento deve ser qualificado e certificado por inspetor Nível 3.

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5.2.2 As evidências objetivas da qualificação do procedimento devem ser mantidas de forma a


possibilitar sua comprovação à PETROBRAS, a qualquer momento, quando solicitado.

5.2.3 A qualificação do procedimento deve ser efetuada de acordo com a norma de projeto,
fabricação, construção e montagem.

NOTA Quando a sistemática de qualificação do procedimento não estiver especificada nas normas
de projeto, fabricação, construção e montagem, a qualificação deve ser efetuada em
corpos-de-prova representativos da inspeção a ser realizada, com características idênticas
e em quantidade suficiente para que, no processo de qualificação, se possa demonstrar que
o ensaio apresenta características de repetibilidade, incerteza de medição e probabilidade
de detecção compatíveis com a inspeção e critérios adotados na avaliação de
descontinuidades.

5.2.4 A qualificação do procedimento deve ser realizada antes da execução dos serviços e no
procedimento qualificado deve constar no mínimo os itens descritos na Tabela 1. Sempre que
qualquer variável for alterada, deve ser emitida uma revisão do procedimento. Se a variável for
essencial, o procedimento deve ser requalificado.

Tabela 1 - Requisitos do Procedimento

Variável Variável não


Requisitos
essencial essencial
Objetivo x
Normas de referência x
Requisitos de qualificação de pessoal x
Material e configurações, incluindo faixa de espessura e dimensões x
Croquis com detalhes dimensionais x
Instrumento (fabricante e modelo) x
Cabeçotes: tipo, fabricante, modelo, dimensões, ângulo, freqüência,
x
comprimento do campo próximo e espessura de utilização
Sistema de aquisição de dados computadorizados incluindo
programa de computador (software) e versão do programa, quando x
aplicável
Descrição do sistema de varredura (manual ou mecanizado), quando
x
aplicável
Método e periodicidade de ajuste dos instrumentos x
Técnica a ser usada (exemplo: método contato direto, técnica
x
pulso-eco, imersão)
Técnica de ajuste x
Ajuste da sensibilidade do instrumento x
Condições superficiais e técnica de preparação x
Acoplante x
Técnica de varredura x
Método de dimensionamento de descontinuidades x
Critérios de registro e aceitação de descontinuidades x
Sistemática de registro de resultados x
Formulário de relatório para apresentação dos resultados x

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5.2.5 No registro dos resultados deve ser emitido um relatório contendo no mínimo:

a) nome do emitente (órgão da PETROBRAS ou firma executante);


b) identificação numérica;
c) número e revisão do procedimento;
d) identificação da peça (tipo e dimensões);
e) especificação do material da peça;
f) identificação, incluindo número de série, dos instrumentos e cabeçotes utilizados;
g) sistema de aquisição de dados computadorizado incluindo programa de computador
(“software”) e versão do programa, quando aplicável;
h) instrumento de varredura quando usado;
i) identificação do registro da calibração dos instrumentos;
j) temperatura da peça ensaiada;
k) acoplante utilizado;
l) superfície por onde o ensaio foi realizado;
m) identificação do bloco de referência, quando aplicável;
n) método de ajuste da sensibilidade;
o) extensão do ensaio;
p) acabamento superficial da região inspecionada;
q) atenuação sônica do material, quando aplicável;
r) registro dos resultados, incluindo o nível de resposta (amplitude) em relação à referência
adotada, a profundidade e as dimensões das descontinuidades e/ou áreas com perda de
eco de fundo;
s) normas, incluindo edição/revisão, e/ou valores de referência para interpretação dos
resultados;
t) croqui da peça mostrando área examinada, as descontinuidades e/ou áreas com perda
de sinal;
u) parecer indicando aceitação, rejeição ou recomendação de exame complementar;
v) local e data;
w) identificação, assinatura e nível, do inspetor responsável.

5.3 Calibração do Sistema de Medição

5.3.1 Os dispositivos do sistema de medição que devem ser periodicamente calibrados são o
instrumento de ultrassom, cabeçote e blocos-padrão.

5.3.2 A periodicidade de calibração do instrumento de ultrassom não deve ser superior a 24 meses.

NOTA 1 Os certificados de calibração são emitidos por laboratórios acreditados conforme a


ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005. Quando não houver laboratório acreditado para a
grandeza a ser calibrada, podem ser utilizados laboratórios com padrões rastreados à Rede
Brasileira de Calibração (RBC) ou laboratório com seu sistema metrológico nacional ou
internacionalmente reconhecido.
NOTA 2 Qualquer reparo ou manutenção no sistema de medição implica na necessidade de nova
calibração, independentemente da periodicidade estabelecida.

5.4 Critério de Aceitação de Descontinuidades

O critério de aceitação deve ser estabelecido pela especificação de projeto do forjado. Quando não
determinado pela especificação do projeto, deve ser empregado o critério de aceitação da
ASTM A388/A388M:2010.

5.5 Modificação, Adição e Supressão do DNV OS-F101:2007, APPENDIX D

5.5.1 Item D206 - “Reference blocks for straight beam testing - Supplementary requirement S1
of ASTM A388 shall apply, but with the following additional requirements” - Suprimir

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5.5.2 Item D207 - “Reference blocks for angle beam testing - The reference notches shall be
rectangular OD and ID notches with a depth of” - Suprimir

5.6 Modificação, Adição e Supressão do ASTM A388/A388M:2010

5.6.1 Item 10 - Recording - Adicionar

Se o tamanho da descontinuidade real for menor do que o perfil do feixe sônico (6dB), a técnica da
queda de 6 dB não é adequada para o dimensionamento. A área medida na superfície será
superestimada e não representará a dimensão real da indicação. Um guia para classificar se as
indicações reveladas são maiores ou menores do que o perfil do feixe na técnica de queda de 6 dB é
dada na BSI BS EN 10228-3:1998, parte 13

5.6.2 Item 12 - Quality Levels - Adicionar

Para inspeção de aços inoxidáveis Duplex forjados seguir as recomendações da DNV OS-F101:2007
- App.D - D 300 – “Ultrasonic and liquid penetrant testing of duplex stainless steel forgings”.

5.7 Modificação, Adição e Supressão do ASME BPVC Sec. V:2010

Quando o ASME BPVC Sec. V:2010 remeter à ASTM A388/A388M:2010, o 5.6 desta Norma deve ser
atendido.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A e B
Não existe índice de revisões.

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

IR 1/1

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