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N-2655 NOV / 99

INSPEÇÃO EM SERVIÇO DE
DESAERADORES

Procedimento

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
Recomendada].
SC - 23
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Inspeção de Sistemas e
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Equipamentos em Operação
Autora.

As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 6 páginas


N-2655 NOV / 99

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis e Práticas Recomendadas para a inspeção em
serviço de desaeradores.

1.2 Esta Norma se aplica à inspeção em serviço de desaeradores a partir da data de sua
edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Mandatórios.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

NR-13 - Caldeiras e Vasos de Pressão Portaria no 23 do


Ministério do Trabalho;
PETROBRAS N-13 - Aplicação de Tintas;
PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som;
PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquidos Penetrante;
PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partícula Magnética;
PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;
PETROBRAS N-2368 - Inspeção de Válvulas de Segurança e Alívio;
ASME Sec. VIII Division 1- Rules for Construction of Pressure Vessels.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.4.

3.1 Desaerador

Equipamento constituído por um vaso desaerador acoplado a um vaso de armazenamento com


a finalidade de reduzir o teor de oxigênio da água de alimentação de caldeiras.

3.2 Inspeção Externa

Inspeção que pode ser efetuada com o equipamento em operação.

3.3 Inspeção Geral

Inspeção efetuada nos componentes pelos lados interno e externo do equipamento, com o
equipamento fora de operação.

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3.4 Inspeção em Serviço

Inspeção efetuada em desaeradores instalados em plantas de utilidades em operação.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Programação de Inspeção Externa

4.1.1 A programação da inspeção externa deve estabelecer a época para inspeção das áreas e
componentes do equipamento levando-se em consideração o item 4.2.1.

4.1.2 A inspeção externa deve constar dos itens mencionados em 5.1 e ser efetuada com a
periodicidade citada em 4.3.1.

4.2 Programação de Inspeção Geral

4.2.1 A programação de inspeção geral deve ser elaborada levando em consideração os


seguintes itens:

a) relatórios de inspeções anteriores;


b) periodicidade das inspeções;
c) recomendações de inspeção efetuada durante a operação;
d) modificações de projeto;
e) normas de construção do equipamento;
f) mudança de parâmetros operacionais;
g) histórico de não-conformidades operacionais.

4.2.2 Deve ser providenciado um resumo de todas as informações pertinentes coletadas


durante a vida do equipamento (pontos críticos, valores de espessura medidos e espessura
mínima do equipamento).

4.3 Periodicidade de Inspeção

4.3.1 Inspeção Externa

A inspeção externa deve ser efetuada nos prazos estabelecidos pela NR-13.

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4.3.2 Inspeção Geral

A periodicidade de inspeção geral deve ser determinada através do histórico do equipamento,


considerando as taxas de corrosão, estado de preservação, importância operacional, potencial
de risco, respeitando-se os prazos limites da NR-13.

4.4 Requisitos de Segurança

Antes do início dos trabalhos de inspeção, verificar se as condições existentes permitem a


execução dos serviços e obter a permissão para trabalho, conforme requisitos da norma
PETROBRAS N-2162. Em caso de não-conformidade, comunicar ao órgão de Segurança
Industrial.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Roteiro de Inspeção Externa - Inspeção Visual

Através da inspeção visual externa do equipamento, observar as condições dos seguintes


componentes:

5.1.1 Vaso Desaerador

a) condições gerais do equipamento;


b) condições físicas das tubulações e seus acessórios, incluindo as PSV’s, se
aplicável.

5.1.2 Vaso de Armazenamento

a) condições gerais do equipamento;


b) condições físicas e de corrosão, das tubulações e seus acessórios, incluindo as
PSV’s;
c) condições físicas do isolamento térmico;
d) condições físicas de suportes, bases e soldas de fixação do equipamento.

5.2 Roteiro de Inspeção Geral

5.2.1 Inspeção Externa

A inspeção externa deve ser efetuada conforme roteiro descrito no item 5.1, acrescido dos
itens a seguir.

5.2.1.1 Efetuar inspeção visual externa conforme item 5.1.1 e medição de espessura
conforme prescrições da norma PETROBRAS N-1594.

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5.2.1.2 Pintura de equipamento (se aplicável)

Verificar a ocorrência de empolamento, empoamento, descascamento, fendilhamento e


impregnação de impurezas, conforme a norma PETROBRAS N-13.

5.2.1.3 Conexões e acessórios

Verificar quanto às condições físicas e de corrosão.

5.2.1.4 Válvulas de segurança (PSV’s)

A inspeção das válvulas de segurança (PSV’s) deve ser efetuada conforme os requisitos da
norma PETROBRAS N-2368.

5.2.2 Inspeção Interna

Para definição dos critérios de inspeção interna dos vasos desaerador e de armazenamento,
devem ser considerados as seguintes informações:

a) condições da água (oxigênio, CO2, pH e outros);


b) condições mecânicas (ciclos térmicos, taxas de aquecimento e resfriamento,
variações de nível);
c) condições de fabricação (tratamento térmico de alívio de tensões e tipo de
extensão do controle de qualidade).

5.2.2.1 Vaso desaerador

a) inspecionar visualmente a parte interna do casco e internos quanto à corrosão;


b) efetuar ensaio por líquido penetrante ou por partículas magnéticas, nas soldas do
casco, calota e acessórios conforme prescrições das normas PETROBRAS
N-1596 e N-1598, respectivamente;
c) as áreas a serem inspecionadas devem ser limpas por métodos apropriados, afim
de que possíveis descontinuidades não sejam mascaradas.

Nota: A periodicidade e extensão dos ensaios requeridos em b), devem ser determinadas
com base no histórico do equipamento.

5.2.2.2 Vaso de armazenamento

a) inspecionar visualmente o casco e internos quanto à corrosão e danos


mecânicos;
b) efetuar ensaio por partículas magnéticas nas soldas circunferenciais e
longitudinais do casco e conexões, conforme prescrições da norma
PETROBRAS N-1598.

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Notas: 1) Quando não for possível realizar o ensaio por partículas magnéticas, efetuar o
ensaio por líquido penetrante conforme prescrições da norma
PETROBRAS N-1596.
2) Em função do histórico do equipamento, prever inspeção em outras áreas do
equipamento, caso necessário.

6 REPAROS

6.1 Todos os reparos devem ser realizados conforme recomendações de inspeção específicas.

6.2 Os reparos devem seguir as exigências prescritas pela norma regulamentadora NR-13.

7 TESTE HIDROSTÁTICO

Este teste deve ser efetuado conforme prescrições definidas pela NR-13.

8 REGISTRO DE RESULTADOS

Todos os itens inspecionados, descontinuidades encontradas e reparos efetuados devem ter


sua localização e identificação registradas de forma precisa em um Relatório de Inspeção que
atenda aos requisitos da NR-13.

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