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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE BOM JESUS DA LAPA

FELIPE SOUZA BELO

5ª Prática
Faraday

RELATÓRIO

BOM JESUS DA LAPA


2021

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FELIPE SOUZA BELO

5ª PRÁTICA
Faraday

Relatório apresentado pelo acadêmico Felipe Souza Belo


no curso de Engenharia Mecânica na Universidade
Federal do Oeste da Bahia, referente ao componente
curricular Física Experimental III, ministrado pela
professora Nuccia de Sousa.

BOM JESUS DA LAPA


2021

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Sumário

1. Introdução teórica ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4

2. Resultados e discussões:

2.1. Primeiro questionário ------------------------------------------------------------------------------------------------- 5

2.2. Segundo questionário ------------------------------------------------------------------------------------------------ 8

3. Conclusões ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13

4. Referências bibliográficas ----------------------------------------------------------------------------------------------- 13

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1. Introdução Teórica

- Campo magnético, ímãs e bússolas

Segundo Halliday, Resnick & Walker, um campo magnético, como o campo elétrico, pode ser representado
por linhas de campo.
Em um ímã em barra, todas as linhas passam pelo interior do ímã e formam curvas fechadas (mesmo
as que não parecem formar curvas fechadas na figura). O campo magnético externo é mais intenso perto das
extremidades do ímã, o que se reflete em um menor espaçamento das linhas. Isso significa que o ímã em
forma de barra recolhe muito mais limalha de ferro nas extremidades. (Halliday, Resnick & Walker. 2020).
As linhas de campo entram no ímã por uma das extremidades e saem pela outra. A extremidade pela
qual as linhas saem é chamada de pólo norte do ímã; a outra extremidade, pela qual as linhas entram, recebe
o nome de polo sul. Como um ímã tem dois pólos, dizemos que ele se comporta como um dipolo magnético.
Os ímãs que usamos para prender bilhetes nas geladeiras são ímãs em forma de barra. (Halliday, Resnick &
Walker. 2020).
Quando usamos uma bússola para orientação geográfica, percebemos que a agulha sempre aponta
para o norte da Terra. Isso acontece porque a agulha da bússola está magnetizada e sofre a ação do campo
magnético terrestre. Assim, como os pólos opostos de atraem, o polo norte da agulha apontará para o polo sul
magnético da Terra, que também é o seu pólo norte geográfico.

- Fluxo magnético

Definimos fluxo magnético como a “quantidade de linhas de campo magnético” - seu módulo - que
atravessam uma determinada área. A equação que a define é representada por

Equação 01.

Onde no Sistema Internacional, o fluxo é medido em Weber (Wb), o campo magnético em Tesla (T) e a
área em metro ao quadrado (m²). Quando os vetores área e campo magnético são perpendiculares, podemos
simplesmente multiplicar um valor pelo outro.

- Lei de Faraday da indução

Faraday descobriu que uma força eletromotriz (fem) e uma corrente podem ser induzidas em uma
espira, fazendo variar a quantidade de campo magnético que atravessa a espira. Faraday percebeu ainda que
a “quantidade de campo magnético” pode ser visualizada em termos das linhas de campo magnético que
atravessam a espira. A lei de indução de Faraday, então, diz que uma força eletromotriz é induzida numa
espira quando varia o número de linhas de campo magnético que atravessam a espira. (Halliday, Resnick &
Walker. 2020). Calculamos essa fem em Volts, como

Equação 02.

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Uma vez que o campo magnético em uma espira, pela lei de Ampère, é dado por

Equação 03.

Onde o número de espiras aumenta proporcionalmente o módulo do campo magnético, logo a fem
também aumentará se o campo magnético aumentar. Então também podemos representar a força
eletromotriz induzida como

Equação 04.

- Lei de Lenz

Por meio dos estudos de Heinrich Lenz, sabemos que o sentido da força eletromagnética induzida se
opõe ao campo magnético que a induz. Quando o fluxo magnético está aumentando numa determinada área,
a fem é negativa, e quando o fluxo magnético está diminuindo numa área, a fem é positiva.

2. Resultados e discussões

PRIMEIRO QUESTIONÁRIO:

Parte 1 - Barra Magnética

1) Abra a simulação de PhET eletromagnético de Faraday. Comece na guia “Barra de imã”. O


que você pode mudar na simulação?
Eu posso mudar a posição do imã em barra e da bússola.

2) O que acontece com a bússola quando você a move ao redor do imã?


A agulha da bússola move-se de acordo com a mudança do imã. De acordo com o sentido do campo
magnético gerado pelo ímã.

Faça um desenho do que você vê, abaixo.

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Imagem 01: Representação de um ímã em barra, orientação do campo magnético e bússolas. Fonte: Produção autoral.

3) O que você nota sobre as setas quanto mais longe estão do imã? O que você acha que isso
significa?

As setas ficam mais apagadas, o que indica seu módulo. O módulo do campo magnético diminui com o
aumento da distância.

Parte 2 - Bobina de captação

4) Encontre duas maneiras de acender a lâmpada. Descreva-os na tabela abaixo.


Método Foto Descrição

1:

Passar o
ímã dentro O fluxo do campo magnético gerado pelo imã
da bobina que atravessa a área da bobina gera corrente em
movimento que acende a lâmpada.

Imagem 02.

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2:
Quando o ímã está estacionado dentro da bobina
Invertendo e sua polaridade é invertida, os vetores campo
a
magnético rapidamente se deslocam invertendo
polaridade
suas direções, logo um fluxo magnético surge na
do ímã
espira.

Imagem 03.
Imagens: 02: Solenóide. PhET Simulações Interativas. 03: Solenóide. PhET Simulações Interativas.

5) Selecione um dos seus métodos e agora tente aumentar o brilho da lâmpada alterando as
propriedades da bobina de captação.
Item Como isso influencia o brilho da lâmpada

Número de O aumento do número de espiras aumenta o campo magnético total, aumentando o fluxo
espiras do mesmo, o que gera um maior potencial induzido. (Equação 03 e 04).

Tamanho da O aumento da área da espira aumenta o fluxo magnético, favorecendo a geração de um


área da maior potencial induzido. (Equação 01).
espira

6) Por que você acha que é chamado de bobina de captação?

Porque, a grosso modo, a bobina capta o campo magnético que passa através dela, e essa passagem
num dado período de tempo gera um fluxo magnético.

Parte 3 - Gerador

7) Usando o que você aprendeu com a bobina de captação, você projetará agora o melhor
gerador de todos os tempos (que o sim permitirá!). Faça uma lista das características que
você acha que ele deveria ter abaixo.

1. Maior número de espiras possível;


2. Espiras com a maior área possível;
3. Maior fluxo de água possível;
4. Ter um ímã o mais potente possível.

8) Teste suas idéias usando a simulação. A simulação consegue o que você queria? Pode
incluir algo adicional?

A simulação comprovou minhas proposições. Poderia haver um resultado mais satisfatório se fosse
possível aumentar o número de espiras e área das mesmas; intensidade do ímã e do fluxo de água, além de

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possuir fios de menor resistência possível para a bobina.

SEGUNDO QUESTIONÁRIO:

Experimento 01: Ímã em barra

Etapa 1: Representar oito bússolas em oito posições diferentes em torno do ímã.

Imagem 04: Representação de um ímã em barra e oito bússolas. Fonte: Produção autoral.

Etapa 2: Vetores campo magnético dentro do ímã.

Imagem 05: Representação de um ímã em barra e oito bússolas. Fonte: Produção autoral.

Semelhantemente às linhas de campo elétrico, os vetores campo magnético possuem a mesma


característica: saem da parte positiva em direção à parte negativa. Tal característica acontece porque cada
ímã possui dois pólos magnéticos, de sinais opostos.

Etapa 3: Visualização do campo magnético.

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Imagem 06: Ímã em barra e campo magnético. PhET Simulações Interativas.

Um experimento que pode ser útil para essa visualização, é usar limalha de aço junto a um ímã. Como
o ferro presente no aço tem a natureza de ser atraído magneticamente, o campo magnético gerado pelo ímã
vai atrair a limalha, e quando esta estiver distribuída em volta do ímã, poderemos ver todas as direções do
campo.

Etapa 4: Medir a intensidade do campo magnético.

As agulhas representam o vetor campo magnético, possuem sentido, direção e intensidade, como
vemos na sua cor ficar mais forte ou mais fraca quando variamos a intensidade do ímã. Para uma maior
intensidade do ímã, maior será a intensidade do campo magnético medido na agulha num mesmo ponto.
Podemos ver isso na tabela abaixo. (Os resultados foram medidos por meio da simulação).

Tabela 01: Variação da intensidade do campo magnético em função da variação da intensidade do ímã. (Posição do
medidor no centro do ímã).

Aumento da intensidade do ímã (%) Intensidade do campo magnético (T)

50 147,08

100 294,16

Experimento 02: Solenóide

Etapa 1: Ao movimentar o ímã no interior do solenóide, o que acontece com o brilho da lâmpada? O
que ocorre quando o ímã é mantido em repouso? E se movimentarmos o solenóide? Explique.

Ao movimentar o ímã no interior do solenóide, o brilho da lâmpada aumenta. Quando o ímã está em
repouso, não há brilho na lâmpada.

Etapa 2: Repita o procedimento selecionando o voltímetro como indicador. Verifique a variação de


tensão enquanto você movimenta o ímã. Varie a velocidade deste movimento (movimente bem lentamente e
depois bem rápido). O que você observa? Procure sistematizar suas observações.

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Quando o ímã é movimentado devagar, há brilho, porém, menor em comparação com o brilho quando
o ímã é movimentado rapidamente. Assim, o aumento da velocidade está em proporção direta com o aumento
da tensão.

Etapa 3: Varie o número de espiras do solenóide (mantendo o indicador "Voltimetro" selecionado) e


verifique se ocorreu alguma alteração nos resultados. Você é capaz de obter uma relação entre o número de
espiras e o valor medido da tensão?

Quando o número de espiras é aumentado, o valor de tensão também é aumentado. Logo, o aumento
do número de espiras está em proporção direta com o aumento da tensão. Ex: (tensão = número de espiras).

Etapa 4: Com o ímã em barra no interior e na região central do solenóide, varie a área da espira do
solenóide movendo entre o máximo e o mínimo (dica: pode usar a seta de navegação do computador); em
seguida descreva o que foi observado.

Quando a área das espiras variam, um brilho pequeno surge na lâmpada.

Etapa 5: O que acontece com o sentido da corrente quando você move o ímã para trás e para frente?

A corrente inverte seu sentido quando a variação do fluxo magnético nas espiras é invertida.

Experimento 03: Eletroímã

Etapa 1: Iremos avaliar a importância do número de espiras na potência do eletroímã. Reproduza e


complete a tabela em seu caderno. Qual a diferença entre a intensidade do campo magnético de um
solenóide com 1 espira e outro com 4 espiras?
Os resultados foram medidos por meio da simulação.

Tabela 2: Número de espiras x Campo magnético.


*Campo magnético medido no centro das espiras.

Tensão elétrica Número de espiras Intensidade do Campo


Magnético (Gauss)*

1 15

2V 2 30

3 45

4 60

A diferença entre a intensidade do campo magnético de um solenóide com 1 espira e outro com 4
espiras é de 45 Gauss.

Etapa 2: Iremos avaliar a importância da tensão na potência do eletroímã. Reproduza e complete a


tabela em seu caderno. Que diferença faz a tensão na intensidade do campo magnético do eletroímã?
Os resultados foram medidos por meio da simulação.

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Tabela 3: Tensão elétrica x Campo magnético
*Campo magnético medido no centro das espiras.

Número de espiras Tensão elétrica Intensidade do Campo


Magnético (Gauss)*

2 60

4 4 120

6 180

8 240

O aumento da tensão faz aumentar proporcionalmente a intensidade do campo magnético.

Etapa 3: Agora com os ícones “Mostrar campo”, “Mostrar bússola” e “Mostrar elétrons” selecionados,
inverta a polaridade da fonte DC e registre o observado.

O sentido do fluxo de elétrons e o sentido das agulhas de campo magnético tiveram seus sentidos
invertidos.

Experimento 04: Transformador

Etapa 1: Ajuste a fonte de corrente contínua (bateria) para 0 V e verifique se a lâmpada acende. Por
quê?
Como não há campo magnético, a lâmpada não acende porque não há variação desse campo
magnético em suas espiras.

Etapa 2: Ajuste a fonte de corrente contínua (bateria) para 10 V e o solenóide com 3 espiras, e
verifique se a lâmpada acende. E se movimentarmos a fonte ou o solenóide (aproximando ou afastando)? O
que ocorre com o sentido da movimentação dos elétrons no interior do condutor do solenóide? Procure
sistematizar o que foi observado.

Com a fonte parada, não há brilho na lâmpada. Quando movimentamos a fonte, verifica-se brilho na
lâmpada. O sentido da corrente na espira da lâmpada inverte com o afastamento/aproximação da fonte.

Etapa 3: Com base no que você aprendeu nos momentos anteriores, pense em maneiras de fazer a
lâmpada acender. Teste suas ideias. Selecione a fonte de corrente em AC (corrente alternada) e solenóide
com 3 espiras.

A lâmpada acende quando:


-Movimentamos a fonte;
-Movimentamos a lâmpada;
-Variamos rapidamente a área da espira da lâmpada.

Etapa 4: Selecione a fonte de corrente em AC (corrente alternada) e solenóide com 3 espiras. O que
você observa? Explique.

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A lâmpada acende/brilha mais quando:
-Aumentamos a intensidade da onda;
-Diminuímos o comprimento de onda;
-Aproximamos a fonte.

Etapa 5: Selecione o indicador de tensão e verifique se ocorre variação no seu ponteiro.

O ponteiro da tensão varia, oscilando entre positiva e negativa.

Etapa 6: Aproximando o primário (eletroímã) do secundário (solenóide) do transformador, a tensão no


secundário aumenta ou diminui? Justifique.

Aumenta, pois há uma variação do fluxo do campo magnético. Logo a tensão também aumenta, porém
com sinal negativo.

Etapa 7: Altere a amplitude da fonte AC entre o mínimo e o máximo (botão que se movimenta
verticalmente na fonte AC), usando como indicador do solenóide a lâmpada, e verifique o que ocorre com a
movimentação dos elétrons no condutor do eletroímã e a intensidade luminosa da lâmpada. Em seguida
descreva o fenômeno observado. Agora faça o mesmo procedimento anterior, alterando a frequência da fonte
AC (botão que se movimenta horizontalmente), mantendo a amplitude no máximo e descreva o fenômeno
observado.

Para ambas ocasiões o sentido dos elétrons varia em oscilação, e o brilho da lâmpada aumenta e
diminui, também em oscilação.

Etapa 8: Agora altere o número de espiras do secundário para uma, duas e três e verifique se ocorre
variação de tensão no secundário do transformador. É possível determinar uma relação entre o número de
espiras do secundário e a tensão medida? Explique.

Há variação de tensão. O aumento do número de espiras indica aumento da tensão gerada.

Experimento 05: Gerador

Etapa 1: Explique o funcionamento deste gerador, descrevendo as partes que o compõem.

Esse gerador é composto de uma fonte variável de água em queda livre, um ímã com um eixo preso
em seu centro permitindo rotação e um solenóide.
Somente quando o fluxo de água em queda livre atinge o ímã, que o faz girar, a lâmpada é acesa, pela
geração de tensão.

Etapa 2: Aumente o volume d’água e verifique a intensidade do brilho da lâmpada. Explique.

O brilho da lâmpada aumenta, pois a variação do campo magnético do ímã faz com que os elétrons se
movam, gerando tensão na lâmpada.

Etapa 3: Varie o número de espiras e a área das espiras, verificando o efeito sobre o brilho da
lâmpada. Isto era esperado? Explique.

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Sim. O aumento do número de espiras, implica o aumento da tensão gerada, como nos outros
exemplos.

Etapa 4: Relacione o funcionamento da simulação do gerador com as características da corrente


elétrica que obtemos em nossa casa. Faça um relato com suas conclusões.

A tensão que recebemos em nossas casas advém do mesmo tipo de corrente na simulação do
gerador: a corrente alternada. Esse tipo de corrente caracteriza-se pelas oscilações e mudança no sentido
dos elétrons nos fios e cabos.

3. Conclusões

Em suma, este relatório obteve êxito em, por meio de simulações, estudar a lei de Faraday para
ímãs, solenóides, eletroímãs, transformadores e geradores. Todas as demandas das atividades práticas
foram comprovadas nas simulações e o conteúdo teórico também foi validado aqui.

4. Referências bibliográficas

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo. Vol. 03. 10ª ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2020.

Gerador - Lei de Faraday, Campo magnético, Indução. PhET Interactive Simulations. Disponível em:
<https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/generator>. Acesso em: 14 de maio de 2021.

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