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N-2371 REV.

B JUL / 98

INSPEÇÃO EM SERVIÇO – MEDIÇÃO DE


ESPESSURA A QUENTE

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC – 23 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Inspeção de Sistemas e
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Equipamentos em Operação
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 8 páginas


N-2371 REV. B JUL / 98

PÁGINA EM BRANCO

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PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-2371 REV. B JUL/98 é a Revalidação da Norma PETROBRAS


N-2371 REV. A NOV/93 não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis e as práticas recomendadas para a medição de
espessura por ultra-som em equipamentos e tubulações submetidas a temperaturas elevadas.

1.2 As prescrições desta Norma se aplicam às normas elaboradas, revisadas, revalidadas,


emendadas ou canceladas a partir da data da sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente requisitos mandatórios e práticas recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

PETROBRAS N-1590 - Ensaio Não-Destrutivo - Qualificação de Pessoal;


PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som;
ASTM D 808 - Test Method for Chlorine in New and Used Petroleum
Products (Bomb Method).

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas no item 3.1 e na
PETROBRAS N-1594.

3.1 Temperatura Elevada

Temperatura da superfície de medição na faixa entre 60oC e 550oC.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Qualificação do Inspetor

Deve ser qualificado de acordo com a norma PETROBRAS N-1590.

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4.2 Procedimento de Inspeção

4.2.1 Devem constar os seguintes itens na seqüência indicada:

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) material, faixa de espessura a ser medida (exemplo: aço-carbono espessura de 25
mm a 30 mm, 50 a 400oC);
d) aparelho, tipo, fabricante e modelo;
e) cabeçote, tipo, dimensões, freqüência e faixas de espessura e temperatura, citando
fabricante e modelo;
f) método de calibração;
g) correção da medição a quente;
h) condição superficial, técnica de preparação e temperatura da superfície;
i) acoplante, citando faixa de temperatura;
j) requisitos adicionais;
l) critério de aceitação e registro;
m) sistemática de registro de resultados e rastreabilidade;
n) registro de resultados.

4.2.2 O procedimento deve ter o nome do emitente (órgão PETROBRAS ou firma


executante, ser numerado e ter indicação de revisão).

4.3 Qualificação do Procedimento de Inspeção

4.3.1 O procedimento deve ser qualificado somente pelo método B do item 4.7.

4.3.2 Quando o método de calibração previsto no procedimento for diferente do citado no


item 4.3.1, os resultados devem fornecer os mesmos valores obtidos pelo método B do
item 4.7.

4.3.3. Qualificar primeiramente o procedimento (conjunto, cabeçotes, apararelhos) na


condição ambiente conforme itens 4.6.1 e 4.6.2.

4.3.4 A qualificação do procedimento deve ser realizada empregando-se os


aparelhos/cabeçotes e acoplantes relacionados para uso nas mínima e máxima espessuras e
temperaturas previstas. O procedimento é considerado qualificado quando o desvio de cada
uma das leituras é igual ou inferior a 0,2 mm em relação ao padrão.

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4.4 Revisão e/ou Requalificação do Procedimento de Inspeção

4.4.1 Sempre que qualquer das variáveis citadas no item 4.2.1 for alterada, deve ser emitida
uma revisão do procedimento.

4.4.2 Sempre que qualquer das variáveis c), d), e), f), g), h) e i) citadas no item 4.2.1 for
alterada, o procedimento deve ser requalificado.

4.5 Aparelhagem

4.5.1 Para medição de espessura a quente, deve ser utilizado um aparelho de leitura, com
resolução mínima de 0,1 mm.

4.5.2 O tipo de cabeçote a ser utilizado para a medição de espessura a quente deve ser
apropriado para a temperatura de trabalho.

4.6 Método de Calibração

4.6.1 O ajuste da velocidade ultra-sônica, se necessário, deve ser efetuado na espessura


aplicável do bloco-padrão, na temperatura ambiente. O desvio máximo permissível na
calibração deve ser de ± 0,1 mm.

4.6.2 A espessura a ser medida deve estar na faixa de ± 25% da espessura de calibração.

Exemplo: Se a calibração for efetuada em um bloco-padrão de 100 mm de espessura, o


aparelho está calibrado para medir espessura de 100 ± 25 mm.

4.6.3 A calibração deve ser efetuada a cada:

a) início de serviço (a cada faixa de espessura ou de temperatura a ser medida);


b) no máximo a cada 10 medições de espessura a quente.

Notas: 1) Devem ser reinspecionados todos os pontos desde a última verificação de


calibração considerada satisfatória, caso seja detectada alguma irregularidade na
calibração.
2) A calibração deve ser efetuada com acoplante adequado para medição de espessura
a frio.

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4.7 Método de Correção da Medição de Espessura a Quente

Método A - Este Método pode ser aplicado quando se quer obter uma idéia do valor da
espessura. Como a velocidade ultra-sônica diminui 1 m/seg/oC com o aumento da temperatura,
a espessura aproximada deve ser obtida aplicando-se a seguinte fórmula:

( Vsa − k∆T)
Ea = Emq =
Vsa

Onde:
Ea = espessura aproximada (mm);
Emq = espessura medida a quete (mm);
Vsa = velocidade ultra-sônica no bloco a temperatura ambiente (m/s);
∆T = diferença de temperatura da superfície do bloco e do material inspecionado
(oC);
K = constante de redução da velocidade em função do aumento da temperatura
igual a 1 m/seg/oC.

Nota: O método A deve ser usado somente quando se quer obter o valor aproximado da
espessura.

Método B - Este Método deve ser empregado quando se quer obter valores precisos de
medição de espessura. O aparelho de medição deve ser calibrado com 02 blocos-padrão, sendo
um na temperatura ambiente e outro na temperatura a quente na mesma espessura. Para
calcular o fator de correção, dividir o valor da espessura a frio pelo valor da espessura a
quente. Para calcular o valor da espessura real, deve-se multiplicar o valor da espessura medida
a quente pelo fator de correção.

Nota: A critério da PETROBRAS outros métodos podem ser empregados.

4.8 Condições da Superfície

4.8.1 Preparação da Superfície

4.8.1.1 As superfícies devem ser lisas, polidas (quando aplicável), uniformes, livres de óxido,
carepa e tinta, sujeiras e rebarbas, ou qualquer outra substância que possa afetar o resultado da
inspeção. Deve-se citar também o método a ser empregado na preparação da superfície.

4.8.1.2 Para aços inoxidáveis e ligas de níquel, as ferramentas de preparação da superfície


desses materiais devem ser utilizadas apenas para os mesmos e atender aos seguintes
requisitos:

a) ser de aço inoxidável ou revestidos com este material;


b) os discos de corte e esmerilhamento devem ter alma de nylon ou similar.

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4.9 Bloco-Padrão

Deve ser de material do mesmo grupo da peça a ser medida e a sua espessura deve estar numa
tolerância de ± 0,05 mm da espessura nominal.

4.10 Acoplantes

4.10.1 Utilizar acoplante apropriado para temperaturas elevadas, observando os pontos de


fusão e solidificação, nas várias temperaturas previstas.

4.10.2 O acoplante deve ser aplicado no cabeçote e não na superfície a ser medida.

4.10.3 Analisar o teor de cloro e flúor (para aços inoxidáveis austeníticos ou titânio) pela
evaporação de 50 g do produto, com exceção do solvente e removedor, colocando-o numa
placa de Petri descoberta de 150 mm de diâmetro e aquecendo-o à temperatura de 90 a 100oC
por 60 minutos. O resíduo não deve exceder a 0,0025 g. Caso o resíduo exceda a 0,0025 g, ele
deve ser analisado conforme a ASTM D 808 ou SE-165. O teor de cloro somado ao de flúor
não deve exceder a 1 % do resíduo em peso.

4.11 Requisitos Adicionais

4.11.1 Execução do Ensaio

4.11.1.1 A espessura correta deve ser obtida através de no mínimo duas leituras consecutivas
com desvio igual ou menor que 0,2 mm. Caso não seja possível obter a espessura aceitável nas
duas primeiras medições, deve ser repetida a medição até que seja satisfeito este item.

4.11.1.2 Para se obter as medidas corretas, deve-se aguardar a total estabilização da leitura
durante a medição, dentro do tempo máximo de contato do cabeçote com a superfície,
recomendado pelo fabricante. O cabeçote deve ser resfriado após cada medição.

5 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO E REGISTRO

O critério de aceitação e registro de medições, deve estar de acordo com as normas de


referência e/ou projeto.

6 SISTEMÁTICA DE REGISTRO DOS RESULTADOS E RASTREABILIDADE

6.1 O relatório deve apresentar um mapa, croquis ou isométrico, indicando a localização dos
pontos de medição na peça ou equipamento.

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6.2 Os resultados das medições nos relatórios devem ser indicadas de forma que seja possível
a correlação entre o mapa/relatório e a localização física na peça ou equipamento.

6.3 A descrição da Sistemática de registro de resultados, pode ser dispensada de constar no


procedimento de inspeção, a critério da PETROBRAS, se o executante (órgão da
PETROBRAS ou firma executante) apresentar em seu Sistema de Qualidade uma sistemática
que atenda a 6.2.

7 REGISTRO DOS RESULTADOS

Os resultados das medições devem ser registrados em um Relatório contendo no mínimo as


seguintes informações:

a) nome do emitente (órgão da PETROBRAS ou firma executante);


b) identificação numérica;
c) identificação de peça, equipamento ou tubulação;
d) número e revisão do procedimento;
e) temperatura de peça;
f) registro dos resultados;
g) normas e/ou valores de referência para interpretação dos resultados;
h) laudo indicando aceitação, rejeição ou recomendação de ensaio complementar;
i) data;
j) identificação e assinatura do inspetor responsável.

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