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Chumbadores instalados em
elementos de concreto ou alvenaria -
ABNT – Associação Determinação de resistência à tração e
Brasileira de
Normas Técnicas
ao cisalhamento
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Rio de Janeiro
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Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições e notações
4 Significado e uso
5 Aparelhagem
6 Amostras
7 Condicionamento
8 Ensaios estáticos
9 Ensaios sísmicos
10 Ensaios de fadiga
11 Ensaios de choque
12 Critérios de falha
13 Relatório
14 Resumo
ANEXO
A Figuras
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública
entre os associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
1.1 Esta Norma prescreve os métodos para a determinação de resistência à tração e ao cisalhamento de chumbadores
de pré-concretagem ou de pós-concretagem, instalados em membros estruturais de concreto ou alvenaria, nas se-
guintes condições de carga: estática, sísmica, fadiga ou choque. Somente devem ser efetuados os procedimentos so-
licitados pela entidade interessada.
1.2 Os métodos de ensaio prescritos por esta Norma são destinados a aplicações em dispositivos de ancoragem
específicos (chumbadores) instalados perpendicularmente em uma superfície plana de um membro estrutural.
1.3 Embora ensaios combinados ou simultâneos de tração e cisalhamento, bem como de torção, possam ser exe-
cutados sob condições especiais, tais ensaios não são abrangidos nos métodos de ensaio aqui descritos.
1.4 Embora sejam descritos procedimentos individuais para ensaios estático, sísmico, de fadiga e de choque, não se
exclui o uso de programas combinados de ensaios que incorporem dois ou mais destes tipos de ensaios (tais como
ensaios sísmicos, defadiga e de choque em seqüência) visto que o mesmo equipamento podeser usado para cada
um destes ensaios.
1.5 Esta Norma não pretende abordar problemas de segurança associados ao seu uso. É da responsabilidade do
usuário desta Norma, estabelecer práticas apropriadas de segurança e saúde e determinar a aplicabilidade de regu-
lamentos e limitações antes do uso.
2 Referências normativas
As normas relacionadasa seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a
revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as
edições mais recentes das normas citadas . A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 5738:1994 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto - Procedimento
NBR 5739:1994 - Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos - Método de ensaio
NBR 6156:1983 - Máquina de ensaio de tração e compressão - Verificação - Método de ensaio
NBR 7680:1983 - Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de estruturas de concreto - Procedimento
ASTM E468:1990 - Practice for Presentation of Constant Amplitude Fadigue Test Results for Metallic Materials
ASTM E575:1999 - Practice for Reporting Data from Structural Tests of Building Constructions, Elements,
Connections, and Assemblies
3 Definições e notações
3.1 Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
3.1.1 carga segura de trabalho (safe working load) (Fs): Carga admissível ou de projeto, obtida através da apli-
cação de fatores de segurança sobre a carga última (carga de ruptura) do sistema de ancoragem, medida em
quilonewtons (lbf).
3.1.2 chumbador de expansão (expansion anchor): Chumbador de pós-concretagem, que obtém a sua força de
ancoragem através de um sistema mecânico de expansão radial, que exerce forças de atrito contra a face interna de um
furo aberto em um membro estrutural.
3.1.3 chumbador de segurança (undercut anchor): Chumbador de pós-concretagem, que obtém a sua força de
ancoragem pela expansão de uma parte do chumbador dentro de um trecho no fundo do furo, que é maior em diâmetro
do que o restante. A seção de diâmetro aumentado do furo pode ser pré-alargada ou alargada através do processo de
expansão, durante a aplicação do chumbador.
3.1.4 chumbador de adesão química (adhesive anchor): Chumbador de pós-concretagem, que obtém a sua força de
ancoragem através de um composto químico colocado entre a parede do furo e a parte embutida do chumbador.
Os materiais usados incluem resina epóxi, resina de poliéster, materiais com base de cimento ou outros tipos
semelhantes que endurecem através de uma reação química.
3.1.5 chumbador de pré-concretagem (cast-in-place anchor): Chumbador instalado no local antes da concretagem e
que obtém sua resistência de ancoragem somente após cura do elemento de concreto.
3.1.6 chumbador de pós-concretagem ( post-installed anchor): Chumbador instalado posteriormente, em concreto
pronto e já endurecido.
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3.1.7 deslocamento (displacement) (∆): Movimento de um chumbador em relação ao membro estrutural. Para o
ensaio de tração, o deslocamento é medido ao longo do eixo do chumbador e para o ensaio de cisalhamento, o deslo-
camento é medido perpendicularmente ao eixo do chumbador, em milímetros (pol).
3.1.8 distância à borda ( edge distance) (c): Distância lateral ou a distância do eixo de um chumbador, até a borda
mais próxima do membro estrutural. Também é a distância mínima entre o eixo do chumbador e os pontos de apoio ou
de reação do dispositivo de ensaio,em milímetros (pol).
3.1.9 embutimento (embedment depth) (hv ): Profundidade total atingida pelo chumbador.
3.1.9.1 embutimento efetivo (effective depth of embedment) (hef): Distância entre a superfície do membro estrutural
e o ponto mais afastado da superfície, onde o chumbador se fixa ao concreto, após aplicado (pode ser igual ou menor
do que o embutimento nominal), em milímetros (pol).
3.1.10 endurance: Limite de resistência à fadiga (maior carga para a qual nunca ocorre falha).
3.1.11 ensaio de choque (shock test): Ensaio em laboratório, que simula cargas de choque num sistema de anco-
ragem, através da aplicação de uma carga externa de duração muito curta.
3.1.12 ensaio de cisalhamento (shear test): Ensaio no qual um chumbador é carregado perpendicularmente ao seu
eixo e paralelamente à superfície do membro estrutural.
3.1.13 ensaio de tração (tensile test): Ensaio no qual o chumbador é carregado axialmente em tração.
3.1.14 ensaio estático (static test): Ensaio no qual uma carga é lentamente aplicada ao chumbador, de acordo com
uma velocidade especificada, de forma tal que o chumbador sofra um único ciclo de carga.
3.1.15 ensaio de fadiga (fatigue test): Ensaio em laboratório que aplica ciclos de carga repetidos a um sistema de
ancoragem, a fim de determinar a sua resistência à fadiga.
3.1.16 ensaio sísmico (seismic test): Ensaio em laboratório que aplica ciclos de carga de magnitude e freqüência
variáveis a um sistema de ancoragem e que pode simular um evento sísmico.
3.1.17 espaçamento (anchor spacing) (s): Espaçamento entre dois chumbadores, medido entre seus eixos. Também
é a distância mínima entre pontos de apoio oude reação do dispositivo de ensaio, em milímetros (pol).
3.1.18 LVDT: Transformador diferencial de variação linear utilizado para medir o deslocamento ou movimento de um
chumbador ou de um sistema de ancoragem.
3.1.19 membro estrutural (structural member): Elemento ou base no qual o chumbador é instalado e que suporta as
forças aplicadas ao chumbador. Especificamente designado como “placa de concreto”, quando especialmente feito
para ensaios de avaliação.
3.1.20 run-out: Condição onde a falha não é atingida após um número especificado de ciclos de carga no ensaio de
fadiga.
3.2 Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes notações:
Afi e Bfi - Leituras iniciais de deslocamento no instrumento, para ensaios de fadiga, em milímetros (pol).
Afu e Bfu - Leituras máximas de deslocamento no instrumento, para ensaio de fadiga, em milímetros (pol).
AI e BI - Leituras iniciais no instrumento, em milímetros (pol).
AN e BN - Leituras no instrumento para uma dada carga, em milímetros (pol).
c - Distância à borda, medida do eixo do chumbador até a borda, em milímetros (pol).
d - Diâmetro nominal do chumbador, em milímetros (pol).
∆FS - Deslocamento do chumbador, sob carga última no nsaio
e de fadiga em cisalhamento, em milímetros (pol).
∆FSm - Média dos deslocamentos máximos nos ensaios de fadiga em cisalhamento, em milímetros (pol).
∆FT - Deslocamento do chumbador, na carga última, no ensaio de fadiga em tração, em milímetros (pol).
∆FTm - Média dos deslocamentos máximos, no ensaio de fadiga em tração, em miímetros (pol).
∆S - Deslocamento não corrigido, no ensaio de cisalhamento, em milímetros (pol).
∆T - Deslocamento não corrigido, no ensaio de tração, em milímetros (pol).
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NBR
∆Sm - Média dos deslocamentos com carga última, no ensaio de cisalhamento, em milímetros (pol).
∆Tm - Média dos deslocamentos com carga última, no ensaio de tração, em milímetros (pol) .
4 Significado e uso
4.1 Estes métodos de ensaio têm o propósito de obter informações aplicáveis em especificações, em projetos de
dispositivos de fixação instalados em elementos de concreto e qualificar chumbadores ou sistemas de fixação.
4.2 Estes métodos de ensaio devem ser seguidos, a fim de garantir a reprodutibilidade dos dados obtidos.
5. Aparelhagem
5.1 Equipamentos
Para ensaios em laboratório deve ser usado equipamento adequado para gerar dados necessários que permitam emitir
tabelas de cargas
dispositivos, ou obtereletrônico,
com sistema dados destinados a agências
calibrados de eaprovação,
para carga organizações
deslocamento, oficiais, àetc.
que obedeçam Devem ser
freqüência de usados
amos-
tragem de carga aqui especificada. O equipamento deve ser capaz de medir forças com um erro máximo de 1% da
carga última prevista, quando calibrado de acordo com NBR 6156 . Os dispositivos de medição da carga e do desloca-
mento devem ser capazes de fornecer pontos destinados a traçar uma curva contínua de carga x deslocamento.
Para cada ensaio individual, devem ser fornecidos, no mínimo, 120 pontos de medida, por instrumento.
As leituras devem ser feitas antes de atingir a carga última. Os instrumentos devem ser colocados para medir deslo-
camentos, em relação a pontos do membro estrutural, e fixados de tal modo, que não sofram qualquer influência
durante o ensaio, em conseqüência de deformações ou de ruptura do chumbador ou do membro estrutural. Os apoios
devem ter capacidade suficiente para evitar o escoamento dos seus vários componentes e devem assegurar que a força
de tração aplicada permaneça paralela aos eixos dos chumbadores, ou que a força de cisalhamento permaneça
paralela à superfície do membro estrutural, durante todo o ensaio.
Para ensaios no campo deve ser usado equipamento adequado destinado à verificação da instalação correta, ou para
aplicar cargas de verificação, em chumbadores instalados fora do laboratório. Devem ser utilizadas células de carga
calibradas, que obedeçam à velocidade de incremento de carga especificada. O equipamento deverá ser capaz de
medir as forças com um erro máximo de 2%, quando calibrado de acordo com NBR 6156. Para medir deslocamentos,
utilizar relógios de medida direta ou dispositivo eletrônico, para medir carga e deslocamento, com capacidade de gerar
no mínimo 50 pontos de medida, antes de atingir a carga última. Os instrumentos devem ser colocados para medir o
deslocamento do chumbador, em relação à superfície do membro estrutural, de tal forma que o instrumento não sofra
qualquer influência durante o ensaio, em conseqüência de deformação ou de ruptura do chumbador ou do membro
estrutural. Os apoios devem ter capacidade suficiente para evitar o escoamento dos seus vários componentes e devem
assegurar que a força de tração aplicada permaneça paralela ao eixo do chumbador, ou a força de cisalhamento
aplicada permaneça paralela à superfície do membro estrutural, durante todo o ensaio.
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5.4.3 Para ensaios de cisalhamento, a área de contato entre a placa de carga, através da qual o chumbador é instalado
e o membro estrutural deve ser conforme indicado na tabela 1, a não ser que seja especificado de outro modo.
Os cantos da placa de carga, nas superfícies de contato com o concreto, devem ser chanfrados, ou ter um raio para
impedir a penetração. Luvas de inserção do diâmetro requerido devem ser periodicamente instaladas na placa de carga,
para preencher os requisitos de 5.4.2.
5.5 Medição do deslocamento do chumbador
Para ensaios em chumbadores que requerem medições de deslocamentos, estes devem ser medidos usando-se
dispositivos LVDT ou equivalente, que possibilitem leituras contínuas, com erro máximo de 0,025 mm (0,001 pol).
Escalas tipo dial tendo uma exatidão igual são permitidas em ensaios de campo, ou para ensaios onde não é solicitada
exatidão na medida do deslocamento.
5.5.1 Ensaio de tração
5.5.1.1 Chumbador único
O instrumento deve ser posicionado para medir o movimento axial do chumbador, com relação a pontos no membro
estrutural, de tal modo que o instrumento não seja influenciado durante o ensaio por deformações ou falha do
chumbador ou do membro estrutural.
Tabela 1 - Área de apoio da placa de carga de cisalhamento em função do diâmetro do chumbador
Área de contato entre a placa de carga de cisalhamento
Diâmetro do chumbador
e o membro estrutural
mm pol cm2 pol2
10 < 3/8
< 80
50
a 8,00
12,40
a
10a<16 3/8a<5/8 80,1a120 12,41a18,60
16a<22 5/8a<7/8 120,1a160 18,61a24,80
22a<51 7/8a<2 160,1a260 24,81a40,30
51
> 2> 260,1
400
a 40,31
62,00
a
Cargas de cisalhamento
4,0 hef 2,0 hef 4,0
hef 2,0
h ef
7 Condicionamento
7.1 Condições de cura de amostras
Quando as condições e tempo de cura afetarem o desempenho do chumbador instalado, montar o sistema de
ancoragem de acordo com procedimentos indicados pelo fabricante. Descrever tais procedimentos detalhadamente.
Chumbadores de pré-concretagem, chumbadores fixados no local com graute e chumbadores de adesão química são
alguns exemplos de sistemas de ancoragem que requerem providências para envelhecimento ou cura.
7.2 Umidade e temperatura de amostras
Quando as condições de umidade ou temperatura podem afetar o desempenho do sistema de ancoragem, estes
parâmetros devem ser mantidos constantes durante todo o ensaio. A escolha destes parâmetros deve simular as
condições onde os chumbadores serão utilizados. Simular condições de campo de umidade e temperatura, ou usar
uma condição padrão de (23 ± 2)°C (73 ± 3,6)°F e (50 ± 10%) de umidade relativa. Os ensaios devem começar
somente depois que as amostras tiverem alcançado a estabilidade, quanto à temperatura e umidade.
8 Ensaios estáticos
8.1 Equipamento
Utilizar qualquer equipamento adequado de ensaio ou carga, conforme especificado na seção 5.
8.2 Quantidade de amostras
Para determinar a resistência média detração ou de cisalhamento, ensaiar um mínimo de cinco chumbadores por
tamanho e calcular
ocorrem falhas a média
em partes dedos
açocinco resultados. Somente três chumbadores por tamanho são suficientes, quando só
dos chumbadores.
8.3 Quantidade de amostras para dados estatísticos
Para determinar dados estatísticos, com erro máximo de 10%, tais como coeficientes de variação ou fatores de
redução devidos a espaçamento e distâncias à borda, executar no mínimo “n” ensaios, de acordo com a tabela 3.
Tabela 3 - Tamanho da amostragem para avaliação estatística de dados de ensaio
Coeficiente de variação Tamanho mínimo do lote de amostras
% n
12 Até 5
15 a 12 10
15 > 30
8.3.1 Repetir este procedimento para cada variação de tipo, tamanho, embutimento e localização do chumbador.
Repetir também este procedimento para cada variação do membro estrutural.
8.4 Procedimento para ensaio estático
8.4.1 Ensaio de tração
8.4.1.1 Posicionar o sistema de carregamento, de tal modo que os apoios do sistema atendam aos requisitos da
tabela 2 (ver figuras A.1 e A.2). Providenciar contato uniforme entre a superfície do membro estrutural e o sistema de
apoios. No alinhamento final do sistema de apoios, verificar se as forças a serem aplicadas, através da haste de carga
são perpendiculares à superfície do membro estrutural. O torque ou a pré-tensão aplicada no chumbador pela porca
de fixação ou pelo dispositivo de travamento deve ser igual para cada série de ensaios.
8.4.1.2 Posicionar e fixar a haste de carga de modo que a carga seja aplicada pelo eixo do chumbador, ou através do
baricentro, no caso de grupo de chumbadores. No caso de grupo de chumbadores, procurar fazer com que a carga
seja distribuída uniformemente entre os chumbadores.
8.4.2 Ensaio de cisalhamento
8.4.2.1 Posicionar o sistema de carga, de tal modo que o distanciamento dos apoios atenda aos requisitos da tabela 2
(ver figura A.3). Caso a distância à bordac seja maior do que 4 hef, em todas as direções não é necessário o uso de
uma ponte de reação ao longo da borda do membro estrutural.
8.4.2.2 Posicionar e fixar osapoios no membro estrutural, de tal modo que a superfície de ensaio deste fique paralela
com a placa de carga e com o eixo da haste de tração. Colocar o conjunto da haste e da placa de carga sobre o
membro estrutural e segurar no lugar com porca ou com outro dispositivo de travamento utilizado pelo chumbador a
ser ensaiado. A intensidade da força exercida na placa de carga, pela porca de fixação, ou pelo dispositivo de
travamento, deve ser a mesma para a série de ensaios executados.
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Para determinar a capacidade média de tração ou cisalhamento do sistema de ancoragem, executar pelo menos
cinco (5) ensaios, por tamanho e tipo de chumbador, a não ser que seja especificado de outro modo.
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Aplicar cargas e ciclos ao chumbador, de acordo com um programa para simular requisitos sísmicos específicos.
9.4.3 Ensaio de cisalhamento
Posicionar o sistema de carga, de acordo com 8.4.2, similarmente ao mostrado na figura A.3.
9.4.3.2 Procedimento de carga indireta
Um membro estrutural, com o furo já feito, ou com um chumbador já instalado, é fixado à mesa vibratória com can-
toneiras de suporte e parafusos de fixação. Um bloco de aço furado em seqüência é colocado sobre o furo ou no
chumbador já instalado. Este bloco é fixado ao membro estrutural só pelo chumbador (ver figura A.4).
9.4.4 Velocidade de carregamento
Usar o programa de ensaio de cisalhamento dado pela entidade especificadora. O chumbador deve ser inspecionado
quanto à falha ou qualquer suspeita de dano, após cada conjunto de ciclos.
9.4.4.3 Instrumentação para ensaio de cisalhamento indireto
Os acelerômetros fixados à mesa vibratória, ao membro estrutural e ao bloco de aço são utilizados para avaliar as
forças de cisalhamento atuantes.
9.4.4.4 Finalizado o ensaio cíclico, aplicar um ensaio de cisalhamento estático, em conformidade com 5.3, para
determinar a sua resistência residual e o tipo de falha, de acordo com a seção 12, se solicitado.
10 Ensaios de fadiga
10.1 Equipamento
Qualquer equipamento de ensaio como descrito na seção 5, pode ser usado, desde que os requisitos de velocidade de
carregamento e exatidão sejam respeitados. A configuração do sistema de ensaio deve ser tal que nenhuma vibração
ressonante ocorra durante o ensaio.
10.2 Quantidade de amostras
A quantidade de amostras deve ser função da finalidade do ensaio. Se o objetivo for obter “run-out” no limite ou abaixo
do limite de “endurance”, ou seja, (2 x 106) ciclos, para uma determinada carga, então três amostras são suficientes.
Se o objetivo do ensaio for determinar a carga deendurance”
“ , então fazer o ensaio, de acordo com ASTM 468 .
10.3 Procedimento do ensaio de fadiga
Aplicar o programa especificado de ensaio de fadiga, incluindo método, intensidade de carga, freqüência e número de
ciclos.
10.4 Após o ensaio cíclico ser completado, aplicar um ensaio de tração estático, em conformidade com 5.2, para
determinar a resistência residual e verificar o tipo de falha, conforme a seção 12.
11 Ensaios de choque
11.1 Equipamento
Qualquer dispositivo adequado de ensaio ou carga pode ser usado, como especificado na seção 5.
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um chumbador.
do método adequado de ensaio,
Três ensaios tal dada
a uma comocarga,
o método
semde carregamento
falha, escalonado,
serão suficientes deve ser usado,
para estabelecer até obtermáxima
a capacidade uma falha
ao
choque do sistema de ancoragem.
11.3 Procedimento dos ensaios de c hoque
11.3.1 Ensaio de tração
Posicionar o sistema de carga, como descrito em 8.4.1.
11.3.2 Ensaio de cisalhamento
Posicionar o sistema de carga, como descrito em 8.4.2.
11.4 Velocidade de incremento de carga em tração ou cisalhamento
Aplicar, em cada chumbador, um número especificado de choques, com taxa de carga triangular (rampa), com duração
de 0,030 s por choque, ou de outro modo, se especificado. Após aplicação das cargas de choque, os chumbadores
devem ser ensaiados à tração, de acordo com 5.2, a fim de medir a sua capacidade residual de tração estática, se
solicitado.
12 Critérios de falha
12.1 Carga e deslocamento na falha
Determinar a carga última de ensaio e o deslocamento correspondente, para cada conjunto ensaiado.
12.2 Modos de falha
A falha pode ocorrer através de um ou mais dos seguintes modos:
12.2.1 Falha em cone
Ruptura do membro estrutural, na forma de um cone, com altura igual ao embutimento efetivo do chumbador.
12.2.2 Falha com fissura radial
Ruptura do membro estrutural, com surgimento de fissuras radiais, partindo da localização do sistema de ancoragem e
que resulta na extração do chumbador.
12.2.3 Escorregamento (pullout)
Saída do chumbador sem que, no início do escorregamento, haja falha do concreto, o que pode, eventualmente, ocorrer
próximo à sua superfície.
12.2.4 Falha de aderência
Tipo de falha que pode ocorrer em chumbador de adesão química ou similar e que é evidenciado pelo deslocamento
contínuo, com uma carga constante ou até decrescente.
12.2.5 Falha do chumbador
Deformação plástica ou ruptura de qualquer componente do chumbador. Alguns sistemas de ancoragem requerem
deformação inicial para se tornarem efetivos; tal deformação não configura falha.
13 Relatório
13.1 O relatório deve incluir as informações aplicáveis listadas na ASTM E 575. Toda informação pertinente ao tipo de
ensaio executado; estático, sísmico, fadiga ou choque, em concreto fissurado ou não fissurado, deve, especificamente,
incluir o seguinte:
13.1.1 Data do ensaio e data de emissão do relatório.
13.1.4 Descrição do sistema de ancoragem ensaiado e descrição física do membro estrutural, incluindo dimensões,
armadura (se existente), etc..
13.1.5 Desenhos detalhados ou fotografias das amostras, antes e depois do ensaio.
13.1.6 Características do membro estrutural, no qual o chumbador ou chumbadores são instalados. Deve ser fornecida
a resistência à compressão na data do ensaio, determinada através de ensaios realizados conforme NBR 5739, em
corpos-de-prova moldados segundo NBR 5738 ou em testemunhos extraídos do membro estrutural conforme
NBR 7680. Se disponíveis, devem também ser fornecidos traço do concreto, tipo de agregado, resistência à
compressão aos 28 dias e data de moldagem do membro estrutural.
13.1.7 Descrição do procedimento, ferramentas e materiais usados para instalar o sistema de ancoragem (especial-
mente tipo e diâmetro de broca quando aplicável) e qualquer desvio dos procedimentos recomendados.
13.1.8 Idade, em horas ou dias, do sistema de ancoragem, desde a instalação, onde aplicável.
13.1.9 Grau de umidade do membro estrutural, quando aplicável. O grau de umidade do membro estrutural, na hora do
ensaio, pode ser determinado por vários métodos, incluindo pesagem e secagem de pequenos testemunhos retirados
do membro estrutural, até peso constante ou a utilização de medidores de umidade local.
13.1.10 Registro das condições de temperatura, na hora da instalação, na hora do ensaio e qualquer outra informação
sobre temperatura ocorrida durante o ensaio que possa afetar o desempenho do chumbador.
13.1.13 Descrição do método de ensaio, do tipo de carregamento usado e da taxa de acréscimo real dacarga.
13.1.15 Valores das cargas últimas individuais e a sua média, quando aplicável, desvio-padrão e coeficientes de
variação, em newtons (lbs), por tipo de chumbador.
13.1.16 Valores dos deslocamentos individuais nas cargas últimas ∆(T ou ∆S , ou ambos), e suas médias ((∆Tm ou
∆Sm, ou ambas) e o desvio-padrão ou, quando apropriado, as curvas de carga x deslocamento, diretamente plotadas, ou
desenhadas por sistemas eletrônicos, em milímetros (pol).
13.1.17 Descrição da natureza e do modo de falha exibido para cada chumbador ensaiado, incluindo, onde apropriado,
valores individuais (NT ou NS ou ambos), e valores médios de vida de fadiga (NTm ou NSm ou ambos), em número de
ciclos de carga de fadiga até ruptura ou o número de ciclos de carga de fadiga atérun-out”.
“
13.1.18 Fotografias, croquis ou descrições por escrito, ou combinação destas, dos modos de falha observados.
14 Resumo
a) chumbadores de expansão;
d) chumbadores de pré-concretagem.
a) elementos de concreto;
b) elementos de alvenaria.
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NBR
a) estáticas;
b) dinâmicas:
- sísmica;
- fadiga;
- choque.
__ __ ___ __ __ __ __ _
/ANEXO A
NBR14827:2002 13
Anexo A (normativo)
Figuras
Figura A.3 - Disposição típica para ensaio de cisalhamento, método direto de carregamento
Figura A.5 - Disposição típica para ensaio de tração em um sistema de ancoragem com mais de um chumbador
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