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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO

DA BAHIA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E
TECNOLÓGICAS

RELATÓRIO

CRUZ DAS ALMAS - BAHIA


2023.1
GUILHERME MARQUES DE SANTANA
ICARO FONSECA DE JESUS
LAISA DA SILVA SANTOS

EXPERIMENTO 2 - DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE QUEDA DE UMA


ESFERA

Trabalho de Física Experimental I sobre


Determinação Do Tempo De Queda De
Uma Esfera, como requisito parcial de
avaliação do 1º Semestre, sob orientação
do Prof. João Cláudio Costa Pereira.

CRUZ DAS ALMAS - BAHIA


2023.1
INTRODUÇÃO:

A teoria dos erros desempenha um papel fundamental ao considerar a incerteza e


a precisão nas medições envolvidas no cálculo do tempo de queda de uma esfera.
Ela nos ajuda a entender e quantificar as incertezas associadas às medidas e a
avaliar a confiabilidade dos resultados experimentais e está relacionada diretamente
com o tempo de queda de uma esfera quando consideramos a incerteza associada
às medições envolvidas na determinação desse tempo.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Materiais necessários:
 Esfera;
 Trena;
 Cronômetro;
 Bobina de disparo e retenção;
 Fonte para bobina de disparo e retenção;
 Suporte alinhador horizontal;
 Tripé universal horizontal com sapatas niveladoras e haste vertical para
fixação.
Figura 1 - Equipamentos utilizados

Fonte: Compilação dos autores.

Figura 2 -
Fonte: Compilação dos autores.

TRATAMENTO DE DADOS:

Tabela 1 – Medidas da queda de uma esfera

Ti( ) Ti( ) Ti( ) Ti( ) Ti( )

1 0,57 s 11 0,41 s 21 0,54 s 31 0,48 s 41 0,54 s

2 0,54 s 12 0,46 s 22 0,60 s 32 0,54 s 42 0,48 s

3 0,48 s 13 0,47 s 23 0,54 s 33 0,55 s 43 0,49 s

4 0,60 s 14 0,60 s 24 0,48 s 34 0,48 s 44 0,48 s

5 0,54 s 15 0,54 s 25 0,54 s 35 0,48 s 45 0,55 s

6 0,60 s 16 0,60 s 26 0,48 s 36 0,47 s 46 0,54 s

7 0,54 s 17 0,60 s 27 0,48 s 37 0,47 s 47 0,54 s

8 0,60 s 18 0,54 s 28 0,47 s 38 0,41 s 48 0,48 s

9 0,47 s 19 0,54 s 29 0,54 s 39 0,48 s 49 0,48 s

10 0,54 s 20 0,60 s 30 0,54 s 40 0,54 s 50 0,61 s

Fonte: Compilação dos autores.

σe = 0,01 s (erro instrumental do cronômetro)

Altura da queda: 1,85 m σe = 0,5 cm

T = √(2H/g)
T = √ (2 x 1,82 / 9,78)
T = 0,61 s
QUESTIONÁRIO:

1. Determine o valor mais provável e o desvio padrão para: (a) as 10


primeiras medidas, (b) as 20 primeiras medidas, (c) as 30 primeiras
medidas, (d) as 40 primeiras medidas e (e) para o conjunto
completo de 50 medidas.

Tabela 2 – Valores mais prováveis.

Valor mais provável Desvio Padrão

10 0,548 s 0,046619023 s

20 0,542 s 0,057454787 s

30 0,535 s 0,02963878 s

40 0,524 s 0,053765278 s

50 0,523 s 0,051588639 s

Fonte: Compilação dos autores.

2. Discuta como varia a precisão destas cinco grandezas com


respeito ao número de medidas.

R: Realizar várias medidas é uma prática fundamental na teoria dos erros para
melhorar a precisão, avaliar a incerteza, detectar erros sistemáticos e aumentar a
confiabilidade das medições e dos resultados obtidos em experimentos e
observações científicas. Ao realizar várias medidas e calcular a média, pudemos
avaliar a precisão do seu instrumento ou método de medição. Quanto menor a
dispersão das medidas em torno da média, maior a precisão.
3. Como calcular teoricamente o valor desse tempo de queda?
Utilizando o valor de referência para o tempo de queda, tq = (0, 554 ± 0,
004) s, compare-o com o valor mais provável obtido para as 50 medidas.

R: Para calcular teoricamente o tempo de queda, utilizamos a fórmula para


tempo de queda T = √(2H/g), onde obtivemos T = 0,61 s. O tempo de queda,
utilizando o valor mais provável das 50 medidas, foi tq = (0,523 ± 0,052)s.
Comparando com o valor de referência tq = (0, 554 ± 0, 004)s, obtivemos um valor
próximo, mas com uma diferença maior no desvio padrão.

4. Calcule para o conjunto de 50 medições, o percentual de medidas


contidas nos intervalos [𝑡̅− 1𝑠t, 𝑡̅+ 1𝑠t], [𝑡̅− 2𝑠t, 𝑡̅+ 2𝑠t], [𝑡̅− 3𝑠t, 𝑡̅+ 3𝑠t].

R: Intervalo [𝑡̅ − 1𝑠 , 𝑡̅ + 1𝑠 ]:
t t

𝑡̅ = 0,523 s
St = 0,0515 s

0,523 - 0,0515 = 0,4715 s (≅ 0,47 s)


0,523 + 0,0515 = 0,5745 s (≅ 0,57 s)

Entre os intervalos de 0,47 s a 0,57 s, existem 38 medidas (76%).

Intervalo [𝑡̅ − 2𝑠 , 𝑡̅ + 2𝑠 ]:
t t

𝑡̅ = 0,523 s
St = 0,0515 * 2
St = 0,103 s

0,523 - 0,103 = 0,42 s


0,523 + 0,0515 = 0,626 s (≅ 0,63 s)

Entre os intervalos de 0,42 s a 0,63 s, existem 48 medidas (96%).


Intervalo [𝑡̅ − 3𝑠 , 𝑡̅ + 3𝑠 ]:
t t

𝑡̅ = 0,523 s
St = 0,0515 * 3
St = 0,1545 s

0,523 - 0,1545 = 0,3685 s (≅ 0,37 s)


0,523 + 0,1545 = 0,6774 s (≅ 0,68 s)

Entre os intervalos de 0,37 s a 0,68 s, existem 50 medidas (100%).


Entre os intervalos de 0,25s a 0,78s, existem 48 medidas (96%).

5. Utilize o papel milimetrado para construir o histograma de frequência


para os dados obtidos. Lembre-se que o número adequado de barras
depende do conjunto de dados e do número total de medições.

6. Marque sobre o histograma a posição do valor mais provável


calculado para o conjunto de 50 medições. As medições apresentam
uma distribuição simétrica semelhante à distribuição de Gauss?
Justifique.

R: Sim, a distribuição se mostrou simétrica, semelhante a distribuição de Gauss,


como a forma, proximidade entre média e mediana próximas, dentre outros
aspectos.

7. Qual o motivo de se obter diferentes valores do tempo de queda?

R: Devido aos erros associados, como os erros relacionados aos instrumentos de


medição, a resistência do ar e também, os erros humanos. Pequenos erros podem
ocorrer devido à imprecisão do instrumento usado para medir a altura da queda ou o
tempo de quadros de medição. Além disso, a maneira como a pessoa que conduz o
experimento ao soltar a esfera, iniciar ou parar o cronômetro e registrar os dados
pode introduzir erros humanos nas medidas. A resistência do ar também pode afetar
o tempo de queda, especialmente se a esfera estiver se movendo em velocidades
consideráveis.

8. Qual o objetivo de realizar 50 medições do tempo de queda repetindo


as condições iniciais?

R: Para se obter resultados mais precisos e consistentes, geralmente deve-se


realizar várias medições e calcular a média dos valores obtidos, levando em
consideração a incerteza associada a essas medições. Isso ajuda a reduzir o
impacto dos erros individuais e fornece uma estimativa mais confiável do tempo de
queda. Além disso, a repetição de experimentos em condições controladas pode
ajudar a minimizar a variabilidade e obter resultados mais consistentes.

9. Qual sua conclusão a respeito do experimento? O número de


repetições foi suficiente para atingir os objetivos?

R: Foram utilizadas 50 medidas do tempo necessário para uma esfera de metal


entre em contato com o solo de uma determinada altura, com o intuito de adquirir a
melhor precisão e menos erros nos experimentos. O número de repetições foi
condizente para alcançar um valor seguro do tempo de queda a 1,82m, resultando
em dados com mais exatidão.
CONCLUSÃO:
A teoria dos erros lida com a análise e quantificação das incertezas e erros
associados a medições e experimentos. Sendo assim, ela nos fornece a base
teórica para entender, quantificar e lidar com as incertezas e erros associados às
medidas de altura e tempo ao calcular o tempo de queda de uma esfera, garantindo
assim a validade e confiabilidade dos resultados experimentais.

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