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Experimento 3: Movimento de um corpo em queda livre: De-

terminação da aceleração da gravidade


Parte I: preparação para a experiência (uma resposta do grupo)
1. Escreva de forma sucinta os objetivos do experimento e o arranjo experimental a ser utilizado.
O objetivo é analisar o movimento de um corpo cuja forma e tamanho apresentem uma força de resistência
ao ar desprezível (bolinha de gude) e determinar sua aceleração vertical em queda livre e comparar com o
valor referencial de aceleração do Rio de Janeiro. O arranjo experimental foi uma régua de parede, uma
bolinha que foi largada a 1,80 m e uma câmera para gravar a queda.

2. Desprezando a força de resistência do ar, um corpo em queda livre descreve qual movimento? Escreva
as relações matemáticas para a posição e velocidade do corpo (componentes verticais) em função do
tempo. Defina todos os parâmetros e os sı́mbolos das grandezas apresentadas nas equações.

O corpo descreve um movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV).


−𝑔𝑡
𝑦=ℎ− (𝐸𝑞. 1) 𝑣𝑦 = −𝑔𝑡 (𝐸𝑞. 2)
2

𝑦: 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 (𝑐𝑚)


𝑡: 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 (𝑠)
ℎ: 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 𝑓𝑜𝑖 𝑙𝑎𝑛ç𝑎𝑑𝑜 (𝑐𝑚)
𝑣𝑦 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑐𝑚/𝑠)
𝑔: 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑐𝑚⁄𝑠 2 )

3. Quais instrumentos e equipamentos/tecnologias foram usados para o registro e as medições do movi-


mento de queda do corpo? Quais as incertezas desses instrumentos? A câmera de vı́deo utiliza
quantos quadros por segundo para a geração do filme? Quais grandezas devem ser medidas para que
seja possı́vel estimar o valor da aceleração do movimento?

Para esse experimento foi usado a régua de parede, câmera de celular e o uso dos softwares Tracker e
QtiPlot. A aluna A montou a régua pelo software CorelDraw e as alunas B e C montaram com uma régua
de incerteza 0,05 cm. Todas as alunas utilizaram o celular com 30 fps. É necessário medir tempo e
velocidade para obter a aceleração.

Parte II: procedimento experimental (uma resposta por integrante)


1. Usando o aplicativo Tracker, ou alternativamente o aplicativo VidAnalysis, registre e determine a
posição do corpo, incluindo sua incerteza, para cada instante de tempo (quadro) de sua trajetória.
Justifique os valores estimados para todas as incertezas.
As posições e as incertezas obtidas foram:

Posição Y (cm) δy (cm) Posição y (cm) δy (cm)


1 0 0,04 7 30 4
2 3 24 8 38 8
3 6 2 9 48 5
4 11 2,5 10 57 5
5 16 3,5 11 69 6
6 22 3,8 12 80 5
O experimento possui 12 quadros, foi utilizado o aplicativo tracker para determinar as posições da
bolinha e as incertezas foram obtidas pela metade tamanho da mancha em cada quadro.

2. O tempo entre dois quadros consecutivos do vı́deo analisado é ∆t = 1/n, sendo n o número de
quadros por segundo (fps = “frame per second”, em inglês). Escreva a relação matemática para
determinar a velocidade instantânea a cada instante da trajetória e sua incerteza.

𝑦𝑖+1 − 𝑦𝑖−1 √(𝛿𝑦𝑖+1 )2 + (𝛿𝑦𝑖−1 )2


𝑣𝑖 = (𝐸𝑞. 3) 𝛿𝑣𝑖 = (𝐸𝑞. 4)
𝑡𝑖+1 − 𝑡𝑖−1 (2∆𝑡)2

3. A partir dos dados obtidos no item 2, monte a Tabela 1 com os valores das medidas registradas na
filmagem, utilizando pelo menos 12 registros de posicão. De forma a se ter 10 estimativas para a
velocidade instantânea (componente vertical) no mı́nimo.

Parte III: análise de dados (uma resposta por integrante)


1. A partir dos dados da Tabela 1, faça um gráfico vy × t em papel milimetrado, incluindo as incertezas
para cada velocidade em forma de barras de erro. Qual a forma da curva esperada para este gráfico? O
gráfico obtido está coerente com a forma esperada?

Se espera uma reta e o gráfico obtido está coerente com a forma esperada.

2. Use os dados das colunas t, vy, e δvy para determinar a melhor reta (coeficientes angular e linear
com as respectivas incertezas) que se ajusta aos dados experimentais segundo o Método dos
Mı́nimos Quadrados. Veja a descrição do método no Texto adicional do Experimento 3. Desenhe a reta
encontrada com o ajuste no papel milimetrado junto com os pontos experimentais. Você pode usar um
aplicativo no computador como QtiPlot (ver apêndice F na Apostila de Fı́sica Experimental I). Se não
conseguir usar o aplicativo, obtenha os parâmetros da reta e as incertezas pelo método gráfico visual descrito no
Apêndice E do Roteiro 3 deste curso remoto.

pi t (s) y (cm) δy (cm) vy (cm/s) δvy (cm/s)


1 0 0 0,1 — —
2 0,04 3 0,4 85,7 8,7
3 0,07 6 0,6 114,2 11,4
4 0,11 11 0,7 142,8 13,1
5 0,14 16 0,7 157 16,1
6 0,18 22 0,8 200 16,1
7 0,21 30 0,8 228,5 16,2
8 0,25 38 0,8 257 16,2
9 0,28 48 0,8 271,4 16,2
10 0,31 57 0,8 300 16,2
11 0,35 69 0,8 328,5 16,2
12 0,38 80 0,8 — —

Tabela 1: Tabela de dados da experiência

Parte IV: discussão dos resultados (uma resposta por integrante)


1. A partir dos coeficientes da melhor reta que se ajusta aos dados experimentais vy × t, qual é o valor
obtido para a aceleraçao do corpo em queda livre? Qual é o significado do coeficiente linear?
A aceleração obtida foi 786,8 ± 41,3 cm/s 2. O coeficiente linear é a interseção do eixo y.

2. Compare o valor obtido para aceleração do corpo em queda livre com a aceleração da gravidade
conhecida para a cidade do Rio de Janeiro, a qual vale g = (978, 7 ± 0, 1) cm/s2 . Esse valor é
diferente do valor usado no experimento 1.

Os valores são diferentes. A aceleração obtida é menor que a aceleração da gravidade no Rio de Janeiro e
a incerteza da aceleração obtida é bem maior que a de refêrencia.

Parte V: discussão dos resultados (uma resposta do grupo)


1. Qual valor da aceleração é o mais preciso (dentre os valores obtidos por cada integrante e o valor de
referência)? As estimativas para a aceleracão da gravidade foram comparáveis entre si e/ou com o
valor de referência? Qual é o valor médio da aceleração da gravidade do grupo (com sua respectiva
incerteza)?
A aceleração mais precisa foi da aluna B pois teve a menor incerteza relativa. As estimativas foram
comparadas entre si e com o valor de referência e o valor médio da aceleração é de 904 ±
51,5 𝑐𝑚/s².

2. A qualidade do ajuste linear pode ser analisada de forma objetiva através do valor do chi-quadrado
da amostra de dados. Para um conjunto de n = 10 dados experimentais, o valor do qui-quadrado
deve ser limitado pelos valores 1, 65 < χ2 < 20, 09 (com confiança de 98%). Determine os valores do
χ2 de cada estudante e interprete cada resultado. Os dados experimentais se relacionam de forma
linear pelo critério do intervalo de confiança do χ2 ? (Consulte o Texto adicional do Experimento 3)
3. Considerando o valor da aceleração da gravidade no Rio de Janeiro como referência, qual dos par-
ticipantes do grupo achou o valor mais exato?

A aluna C achou o valor mais exato pois teve a menor discrepância relativa.

4. Você utilizaria este método para estimar o valor da aceleração da gravidade? Na ausência de erros
sistemáticos e efeitos da resistência do ar, qual seria a menor incerteza para a aceleração da gravidade
que esse arranjo experimental possibilitaria? Justifique. Que outro método poderia ser utilizado para
se determinar a aceleração da gravidade?

Não utilizaríamos esse método (ajuste linear) pois possui uma incerteza grande. Na ausência de erros e
resistência do ar teríamos uma incerteza igual a 0,1 cm/s² pois seria considerado apenas a incerteza da
velocidade do objeto. Outro método que poderia ter sido usado é o método de 𝜒 2 (chi-quadrado).

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