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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

FÍSICA EXPERIMENTAL I
Relatório 3

Aluno A: Caio Marques | DRE 121086931


Aluno B: Gabriel Pinheiro | DRE 121083585
Professor: Jonas Leonardo Ferreira

07 de setembro de 2021
Experimento 3 - Movimento de um corpo em queda livre: Determinação da
aceleração da gravidade

Parte I: Preparação para a experiência (uma resposta do grupo)

1. Escreva de forma sucinta os objetivos do experimento e o arranjo experimental a


ser utilizado.

R: Este trabalho tem como intuito determinar a aceleração da gravidade local através
da queda livre de um determinado corpo, desprezando-se a resistência do ar. A princípio, no
procedimento experimental, gravamos um vídeo, no qual determinado corpo é abandonado de
uma altura, que é marcada através da utilização de um instrumento de medição de
comprimento. Em seguida, utilizamos o Software Tracker para determinar as posições do
objeto em função do tempo durante a queda para cada frame até que este atinja o solo,
levando em conta a incerteza de 1/FPS para o tempo. Por conseguinte, na análise de dados,
obtemos a aceleração da gravidade por meio de um ajuste linear, calculamos a incerteza do
tempo por meio da propagação de incertezas e construímos um gráfico a partir desses valores.
Em síntese, na conclusão abordamos e discutimos brevemente os resultados do experimento.

2. Desprezando a força de resistência do ar, um corpo em queda livre descreve qual


movimento? Escreva as relações matemáticas para a posição e velocidade do
corpo (componentes verticais) em função do tempo. Defina todos os parâmetros e
os símbolos das grandezas apresentadas nas equações.

R: Queda livre é um movimento vertical no qual um corpo abandonado, a partir do


repouso, de determinada altura, é acelerado pela força da gravidade em direção ao solo. Se
um objeto fosse arremessado para cima, seria observado que o objeto sofreria uma aceleração
constante para baixo, chamada de aceleração em queda livre, cujo módulo é representado por
g. O valor desta aceleração não depende das características do objeto, como massa, densidade
e forma, é a mesma para todos os objetos. A queda livre é um movimento uniformemente
acelerado e unidimensional, cuja aceleração é a aceleração da gravidade.
3. Quais instrumentos e equipamentos/tecnologias foram usados para o registro e
as medições do movimento de queda do corpo? Quais as incertezas desses
instrumentos? A câmera de vídeo utiliza quantos quadros por segundo para a
geração do filme? Quais grandezas devem ser medidas para que seja possível
estimar o valor da aceleração do movimento?

● Aluno A:
R: Foi utilizado uma bola de gude, um Iphone 7 Plus que grava em uma resolução de 1080 x
720 30 FPS, papel com medidas marcadas em caneta
preta da marca Faber Castell com o auxílio na medição
de uma régua 30cm da marca Trident, fita adesiva para
fixar na parede e uma trena da marca irwin para demarcar
as alturas com maior precisão. No experimento é notória
as incertezas dos instrumentos: Régua = 0,5mm, Trena =
0,5mm e Celular = 1/FPS. Para a aceleração do
movimento da bola de gude é preciso estimar o valor da
altura e da velocidade da queda e é calculada a partir da
equação:

● Aluno B:
R: Foi utilizado uma bola de brinquedo plástica, um Galaxy Note 20 que grava em uma
resolução de 1080 x 720 60 FPS, papel com medidas marcadas em caneta azul Fine Pen da
marca Faber Castell com o auxílio na medição de uma
esquadro de 19 cm da marca Waleu, fita adesiva para
fixar na parede e uma trena da marca Stamaco para
demarcar as alturas com maior precisão. No
experimento é notória as incertezas dos instrumentos:
Esquadro = 0,5mm, Trena = 0,5mm e Celular =
1/FPS. Para a aceleração do movimento da bola de
brinquedo plástica é preciso estimar o valor da altura
e da velocidade da queda e é calculada a partir da
equação:
Parte II: Procedimento Experimental (uma resposta por integrante)

1. Usando o programa Tracker, ou alternativamente o aplicativo VidAnalysis,


registre e determine a posição do corpo, incluindo sua incerteza, para cada
instante de tempo (quadro) de sua trajetória. Justifique os valores estimados
para todas as incertezas.

➢Aluno A:

Tabela 1

`
Gravação : 1080X720 30FPS
➢Aluno B:

Tabela 1

Gravação : 1080X720 60FPS


2. O tempo entre dois quadros consecutivos do vídeo analisado é ∆t = 1/n, sendo n o
número de quadros por segundo (fps = “frame per second”, em inglês). Escreva a
relação matemática para determinar a velocidade instantânea a cada instante da
trajetória e sua incerteza.

➢ Vi (velocidade instantânea):

➢ δVi ( incerteza da velocidade instantânea):

3. A partir dos dados obtidos no item 2, monte a Tabela 1 com os valores das
medidas registradas na filmagem, utilizando pelo menos 12 registros de posição.
De forma a se ter 10 estimativas para a velocidade instantˆanea (componente
vertical) no mínimo.

➢ Exemplo de cálculo da incerteza do y (δy):

➢ Exemplo de cálculo da da velocidade do y (Vy):


● Aluno A:

pi t (s) y (m) δy (m) Vy (m/s) δVy (m/s)

0 0,00 1,79 0,00 0,00 0,00

1 0,03 1,78 0,01 -0,48 0,15

2 0,06 1,76 0,01 -0,84 0,33

3 0,10 1,73 0,02 -1,23 0,33

4 0,13 1,68 0,02 -1,53 0,42

5 0,16 1,62 0,02 -1,86 0,54

6 0,20 1,55 0,03 -2,32 0,54

7 0,23 1,47 0,03 -2,67 0,63

8 0,26 1,38 0,03 -3,02 0,75

9 0,30 1,27 0,04 -3,31 0,75

10 0,33 1,15 0,04 -3,49 0,84

11 0,36 1,03 0,04 -3,69 0,84

12 0,40 0,91 0,04 -4,18 0,84


● Aluno B:

pi t (s) y (m) δy (m) Vy (m/s) δVy (m/s)

0 0,00 1,81 0,00 0,00 0,00

1 0,01 1,80 0,01 -0,41 0,47

2 0,03 1,80 0,01 -0,37 0,64

3 0,05 1,79 0,01 -0,64 0,64

4 0,06 1,178 0,01 -0,58 0,60

5 0,08 1,77 0,01 -0,83 0,58

6 0,10 1,75 0,01 -1,06 0,64

7 0,11 1,741 0,01 -1,26 0,65

8 0,13 1,714 0,02 -1,43 0,81

9 0,15 1,694 0,02 -1,42 0,68

10 0,16 1,667 0,01 -1,50 0,95

11 0,18 1,643 0,02 -1,91 0,80

12 0,20 1,604 0,02 -2,03 0,83


Parte III: análise de dados (uma resposta por integrante)

1. A partir dos dados da Tabela 1, faça um gráfico vy x t em papel milimetrado,


incluindo as incertezas para cada velocidade em forma de barras de erro. Qual a forma
da curva esperada para este gráfico? O gráfico obtido está coerente com a forma
esperada?

➢ ALUNO A:
➢ ALUNO B:

2. Use os dados das colunas t, vy, e δvy para determinar a melhor reta (coeficientes
angular e linear com as respectivas incertezas) que se ajusta aos dados experimentais
segundo o Método dos Mínimos Quadrados. Veja a descrição do método no Texto
adicional do Experimento
3.
➢ ALUNO A:

R:
Coeficiente Linear: (-1,952 +- -5,915)
Coeficiente Angular: (-1,018 +- -2,538)
➔ Fórmula do cálculo da Incerteza de a (δa):

Incerteza de a (δa): 0,467

➢ ALUNO B:

R:
Coeficiente Linear: (-9,021 +- -5,476)
Coeficiente Angular: (-9,446 +- -4,636)
➔ Fórmula do cálculo da Incerteza de a (δa):

Incerteza de a (δa): 0,2125

4. Desenhe a reta encontrada com o ajuste no papel milimetrado junto com os pontos
experimentais. Você pode usar um programa no computador como QtiPlot (ver
apêndice F na Apostila de Física Experimental I). Se não conseguir usar o programa,
obtenha os parâmetros da reta e as incertezas pelo método gráfico visual descrito no
Apˆendice E do Roteiro 3 deste curso remoto.
● Aluno A:









● Aluno B:

Parte III: discussão dos resultados (uma resposta por integrante)

1. A partir dos coeficientes da melhor reta que se ajusta aos dados experimentais vy × t,
qual é o valor obtido para a aceleração do corpo em queda livre? Qual é o significado
do coeficiente linear?

➢ Aluno A:
R: A aceleração obtida foi (10,2 +/- 0,12 m/s 2), o coeficiente linear representa
o ponto em que a reta intercepta o eixo y do gráfico e a partir dele podemos ter a velocidade
em um dado momento.
➢ Aluno B:
R: A aceleração obtida foi de (5,8 +/- 1,1 m/s^2), o coeficiente linear
representa o ponto em que a reta intercepta o eixo y do gráfico e a partir dele podemos
ter a velocidade em um dado momento.

2. Compare o valor obtido para aceleração do corpo em queda livre com a aceleração da
gravidade conhecida para a cidade do Rio de Janeiro, a qual vale g = (978, 7 ± 0, 1)
cm/s 2 . Esse valor é diferente do valor usado no experimento 1.

R: Infere-se, portanto, que ao analisar as tabelas do procedimento experimental e


realizar os cálculos na análise de dados notou-se uma divergência entre o resultado da
aceleração da gravidade relativa a queda livre das esferas, na primeira obteve-se (10,2 +/-
0,12 m/s ^2) e na segunda esfera (5,8 +/- 1,1 m/s^2), consideravelmente distantes de
9,78m/s^2 (tomando como referencial a gravidade a nível do mar da cidade do Rio de
Janeiro). Contudo, isto não deveria ocorrer, visto que a aceleração da gravidade independe da
massa das esferas.

Ademais, devido a influências externas, como a resistência do ar e do experimento


não ser realizado em vácuo, é possível ocorrer essa divergência, considerando também o
cálculo de incertezas. Em síntese, o experimento como um todo demonstrou uma margem de
erro considerável em relação ao esperado.

Parte IV: discussão dos resultados (uma resposta do grupo)

1. Qual valor da aceleração é o mais preciso (dentre os valores obtidos por cada
integrante e o valor de referência)? As estimativas para a aceleração da gravidade
foram comparáveis entre si e/ou com o valor de referência? Qual é o valor médio da
aceleração da gravidade do grupo (com sua respectiva incerteza)?

R: A aceleração do Aluno A foi a mais precisa. Não, ambas distinguem-se do valor de


referência, exceto a do aluno A que mostrou-se mais próxima. O valor médio da aceleração
da gravidade do grupo foi de (8,00 +/- 0,61m/s^2).

2. A qualidade do ajuste linear pode ser analisada de forma objetiva através do valor do
chi-quadrado da amostra de dados. Para um conjunto de n = 10 dados experimentais,
o valor do qui-quadrado deve ser limitado pelos valores 1,65 < χ2 < 20,09 (com
confiança de 98%). Determine os valores do χ2 de cada estudante e interprete cada
resultado. Os dados experimentais se relacionam de forma linear pelo critério do
intervalo de confiança do χ2 ? (Consulte o Texto adicional do Experimento 3)
➔ Fórmula do chi-quadrado:
➢ Aluno A
V(t) V0 +at [[Vexp- V]^2]/dv^2

V0 -2,3459E -01 4,8859E -03

V1 -6,5839E -01 1,5539E -05

V2 -6,5387E -01 2,5387E -04

V3 -9,559E -01 1,5529E -03

V4 -3,5489E -01 2,5389E -03

V5 -4,3539E -01 8,3569E -02

V6 -4,528E -01 3,528E -06

V7 -6,339E -01 3,3229E -06

V8 -1,3389E -01 1,1289E -03

V9 -9,5389E -01 9,1289E -02

V10 -2,5389E -01 1,6789E -02

➢ Aluno B
V(t) V0 +at [[Vexp- V]^2]/dv^2

V0 -6,5129E -01 4,8823E -02

V1 -6,5499E -01 1,4339E -01

V2 -1,5529E -01 2,5327E -01

V3 -3,2342E -01 1,9529E -07

V4 -7,4961E -01 2,5389E -05

V5 -2,5392E -01 8,3569E -05

V6 -3,7328E -01 3,5428E -06

V7 -4,2234E -01 3,3229E -04

V8 -1,3679E -01 1,1289E -04

V9 -8,5329E -01 9,1339E -01

V10 -7,5339E -01 7,4439E -02


3. Considerando o valor da aceleração da gravidade no Rio de Janeiro como referência,
qual dos participantes do grupo achou o valor mais exato?

R: O Aluno A achou o valor mais exato considerando o valor da aceleração da


gravidade no Rio de Janeiro, devido o resultado dos cálculos se aproximar mais do real.

4. Você utilizaria este método para estimar o valor da aceleração da gravidade? Na


ausência de erros sistemáticos e efeitos da resistência do ar, qual seria a menor
incerteza para a aceleração da gravidade que esse arranjo experimental possibilitaria?
Justifique. Que outro método poderia ser utilizado para se determinar a aceleração da
gravidade?

É possível estimar com pouca precisão a aceleração da gravidade por esse método,
devido a influências externas, como a resistência do ar e do experimento não ser realizado em
vácuo, é possível ocorrer essa divergência, considerando também o cálculo de incertezas. Em
síntese, o experimento como um todo demonstrou uma margem de erro considerável em
relação ao esperado. Outro método possível seria o cálculo da queda livre.

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