Relatório - Aula 9 - Movimento de Um Projétil

Título: Movimento de Um Projétil

Data: 22/06/2023

Nome: Rafael Felix dos Anjos e Antônio Vitarelli Lima Costa

Turma: PU3

1. Introdução

O movimento de um projétil está diretamente relacionado à força aplicada dele e

à altura com que ele abandona o seu estado de repouso. Desse modo, pode-se dizer que a
trajetória de um projétil varia com o tempo e com o deslocamento que ele sofre ao longo
desse ponto.
Sendo assim, sabendo do deslocamento do projétil em um determinado tempo, é
possível calcular e estimar as grandezas envolvidas no processo, como a velocidade e a
inclinação do lançamento, por exemplo.

2. Objetivos

O relatório tem como objetivo definir a velocidade de um projétil, relacionando o

seu deslocamento horizontal ao deslocamento vertical, mostrando também que a
movimentação resultante do projétil assume um formato parabólico.

Trajetória parabólica e velocidade do Projétil

 3. Parte Experimental

Materiais Utilizados:
1 Canaleta para lançamento
1 Esfera de aço
1 Trena
1 Transferidor
1 Webcam

O experimento consiste em soltar a esfera de uma determinada altura da canaleta

e registrar a trajetória da bola com a câmera webcam, essa bola será lançada para cima
com uma certa velocidade inicial Vo, e um ângulo de lançamento θ com a horizontal.
Com auxílio do programa AMCAP foi possível captar os dados referentes a x e y, que
correspondem às posições da bola em relação a horizontal e vertical respectivamente. A
partir do recolhimento desses dados, será possível determinar a velocidade inicial e o
ângulo de lançamento da bola. Além disso, foi feito previamente uma medida com o
transferidor sobre esse ângulo de inclinação, o que resultou em aproximadamente 50°.
Medição prévia do ângulo θ
 Exemplo de realização do experimento

4. Resultados

Sendo assim, foram obtidos resultados para cada um dos deslocamentos

envolvidos, o que está exposto abaixo:
 Valor Incerteza Unidade
R esfera 9,5 ± 0,05 mm

A -0,04864 ± 0,00078

B 1,190 ±0,024

C -0,048640 ±0,000778

θtransferidor 50 ± grau (°)

θcalculado 50,064 ± 0,005 grau (°)

v0 2,1978 ±0,0480 m/s

Para chegar a cada um desses valores, foi utilizada a separação da equação do

movimento para cada eixo, considerando que a bola saiu do repouso.

Fx = m.ax → derivando duas vezes chegamos a → Vx= Vox

Vx= Vo.Cos(θ) → x(t)= Vo.Cos(θ)t
Para y:
Fy = m.ay → ay = -mg → Vy = VoSen(θ) -gt
y(t) = VoSen(θ)t - ½ gt²

Isolando o t da equação de x(t) e o aplicando em y(t), temos: t = 𝑥(𝑡) ÷ 𝑉𝑜 𝐶𝑜𝑠(θ)

𝑥 1 𝑥
y(x) = 𝑉𝑜𝑆𝑒𝑛(θ) 𝑉𝑜𝐶𝑜𝑠(θ) − [ 2 𝑔( 𝑉𝑜𝐶𝑜𝑠(θ) )²]
𝑔
y(x) = tan(θ)x - 2𝑉𝑜²𝐶𝑜𝑠²(θ)
𝑥²

Logo, pode-se associar a equação do movimento com uma equação de segundo grau
𝑔
𝑦(𝑥) = 𝐶 + 𝐵 𝑥 + 𝐴 𝑥², onde A = 2𝑉𝑜²𝐶𝑜𝑠²(θ) (a2), B = tan(θ) (a1) , C = a0
A partir dessa equação e dos valores encontrados pelo experimento, é possivel se chegar
aos valores de θ e de Vo.

Para se achar θ, temos:

a1 = tan(θ) = 1,19
θ = 50,064°
Já para incerteza:
Δθ = ∂θ/∂𝑎1 𝑥 Δa1 = 1/(1+1,19²) x 0,024 = 0,005°

Para se achar o Vo, temos:

𝑔
a2 = -0,048640 → a2 = - 2𝑉𝑜²𝐶𝑜𝑠²(θ)
𝑔
Vo² = 2𝑎2𝐶𝑜𝑠²(θ)
9,78
Vo = 2(−0,04864)(0,412)
= 2,1978 m/s
Já para a incerteza:
∂𝑉𝑜 ∂𝑉𝑜 ∂𝑉𝑜
ΔVo = ( ∂𝑔
Δ𝑔)² + ( ∂𝑎2 Δ𝑎2)² + ( ∂θ
Δθ)²
ΔVo = 0, 0399² + 0, 004² + 0, 09² = 0,048 m/s

5. Conclusão

A partir dos testes conduzidos, é evidente que efetivamente a esfera segue uma

trajetória em forma de parábola nesse lançamento de projétil. Além disso, é possível

concluir que os objetivos iniciais foram alcançados, ao determinar tanto a magnitude da

velocidade inicial da esfera quanto o seu ângulo em relação à superfície horizontal. Com

base nisso, foi observada uma correspondência aceitável entre a medição feita em sala de

aula e os dados experimentais obtidos para o ângulo θ, considerando-se que se trata de

um experimento realizado em sala.

50,064−50
Erro = 50
= 1,28%

Esse erro é considerado aceitável, dado que alguns fatores externos, como por
exemplo as forças externas que atuam na bolinha, as quais fazem com que o experimento
perca uma parte de sua precisão.