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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE ARGA E LIMA  

DETERMINAÇÃO DO VALOR
DA ACELERAÇÃO DA
GRAVIDADE

Disciplina: Física
Professor: José Leme
Grupo nº3: Diana Rocha nº6, Inês Rocha nº10, Joel Rocha nº12, Maria João Rocha
nº17 e Pedro Barbosa nº19
Introdução
Realizou-se uma atividade experimental com o objetivo de determinar o valor da
aceleração da gravidade na Escola Básica e Secundária de Arga e Lima, em Lanheses,
Viana do Castelo, situada a uma latitude de 41,7363°, e a uma altitude de 33 metros.
Antes de começar a atividade, recorreu-se à pesquisa online de modo a obter um valor
tabelado para aceleração gravítica nesta localização, que neste relatório será
representada por g que corresponde a 9,80315 m/s 2.
Para tal, o corpo estudado terá que participar num lançamento horizontal, o que
nos permite obter as equações do seu movimento, que serão úteis para posteriores
deduções de equações necessárias à interpretação da atividade, e obtenção do valor de g.

Equações do movimento no eixo do x


1 2 Equações do movimento no eixo do y
x=x 0 +v 0 x t + a x t
2
y= y 0+ v 0 y t+1/2 a y t 2

x 0=0 m
y0 ≠ 0 m
v 0 x =v 0
v 0 y =0 m/ s
2
a x =0 m/ s
a y =g

x=v 0 t (SI ) 2
y= y 0−1/2 g t (SI )
v x =v 0 (SI )
v y =−¿( SI )

 x é a componente escalar da
 y é a componente escalar da
posição do corpo no eixo Ox, em
posição no eixo Oy, em metros;
metros;
 y 0 é o valor da posição inicial do
 v 0 é o valor da velocidade inicial
corpo (altura em relação ao solo),
com que o corpo deixa a rampa, em
em metros;
metros por segundo;
t é o tempo, em segundos;  g é o valor da aceleração gravítica

v x é a componente escalar da no local onde foi realizada a

atividade, em metros por segundo
velocidade do corpo no eixo Ox.
ao quadrado;
 t é o tempo, em segundos;
 v y é a componente escalar da
velocidade no eixo Oy, em metros
por segundo.
Partindo das equações acima, podemos deduzir uma expressão útil que
possibilite a construção de um gráfico de tratamento e interpretação dos dados obtidos
experimentalmente, bem como a obtenção do valor de g, o objetivo principal da
atividade. Para tal, utilizando a equação das posições no eixo do y e considerando y=0
m, uma vez que apenas podemos determinar o tempo de voo após a chegada do corpo
ao solo, temos:
1 2 1 2 −1 2 2y
y= y 0− g t <=> 0= y 0− g t <=>− y 0= g t <=>t 2= 0 <=>
2 2 2 g

t=
√ 2 y0
g

Material utilizado:
- Rampa de madeira; - Plasticina para marcação das
- Duas esferas metálicas (m=63,73g); posições das esferas na rampa;
- Fita métrica (+/-0,001m); - Caixas de arrumação de plástico

- Cronómetro acústico (aplicação para suporte.

Phyphox);

Procedimento:
1) Definiram-se posições com alturas diferentes (mantendo o solo como nível de
referência) para executar o lançamento, de modo a obter num gráfico cinco
pontos diferentes de uma reta de uma função y 0 (t 2) , ou seja, ordenada inicial
(correspondente à altura de lançamento) em função do quadrado do tempo de
queda.
2) Montou-se um dispositivo experimental semelhante ao apresentado abaixo na
primeira posição.
3) Largou-se a esfera 1 do topo da rampa, de forma a colidir com a esfera 2, situada
no final da rampa, com o intuito de lhe incutir uma velocidade inicial.
4) Mediu-se o tempo de queda da esfera 2 com o auxílio da funcionalidade
"cronômetro acústico" da aplicação “Phyphox”, dado pelo som gerado na colisão
entre as esferas, iniciando a contagem, e pelo som do choque da esfera 2 com o
solo, terminando-a.
5) Repetiu-se este procedimento para as restantes alturas, executando, para cada
uma das alturas, quatro ensaios, de modo a aumentar a precisão dos resultados. É
importante salientar que foi mantida, para todos os ensaios, a posição das
esferas.

(Imagem 1: Montagem do dispositivo experimental)

Resultados
Tempo de Tempo de Queda Quadrado do Tempo de Queda,
Altura, y0 (m)
Queda, t (s) (Média), t (s) t 2( s2)
0,499
0,498
1,208 0,499 0,248
0,499
0,499
0,451
0,451
0,955 0,451 0,201
0,451
0,451
0,256
0,256
0,305 0,256 0,0655
0,254
0,256
0,409
0,410
0,786 0,41 0,168
0,410
0,410
1,374 0,539 0,539 0,291
0,539
0,539
0,539
(Tabela 1: Registo dos resultados.)
Após o preenchimento da tabela de registo dos resultados, construiu-se, através
da manipulação da expressão do tempo de queda (anteriormente deduzida), uma
expressão que relaciona o quadrado do tempo de voo com a altura inicial de lançamento
de forma a obter uma reta, cujo declive se relaciona diretamente com o valor da
aceleração gravítica que pretendemos calcular.

Altura (y0/m) em função do


Quadrado do tempo (t^2/s^2) 2 y0
1.6
t=
g
1.4
1.2 f(x) = 4.81488034425131 x − 0.0118572030257309 2 2 y0
R² = 0.998510574050621 t =
1 g
Altura (m)

0.8
1
0.6 y 0= g t 2
0.4 2
0.2
0
0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
Quandrado do tempo (t^2/s^2)

Se considerarmos y 0 como a variável dependente e t 2 como a variável


1
independente, obtemos uma reta de declive m= g. Então:
2
m=4,8226

1
4,8149= g<=>4,8149 × 2=g
2
2
g=9,6298 m/s

Conclusão
Através da investigação dos lançamentos horizontais de esferas metálicas, aos
quais competem a presente atividade experimental, obtiveram se os resultados
registados na Tabela 1. Depois da sua análise e tratamento chegou-se a um valor
experimental para a aceleração gravítica dos corpos na Escola Básica e Secundária de
Arga e Lima, Lanheses, Viana do Castelo, correspondente a g=9,6298 m/s2 .

Sabendo o valor tabelado para esta constante na região citada, que corresponde a
9,80315 m/ s 2, podemos calcular o erro experimental e, a partir dele, tirar algumas
conclusões sobre os erros cometidos durante a atividade:
|9,6298−9,8032| |−0,1734|
erro ( % )= × 100<=>erro ( % )= × 100<=>
9,8032 9,8032
0,1734
erro (%)= ×100 <=>
9,8032

erro (%)=0,01769× 100

erro ( % )=1,77 %

O erro percentual significativamente pequeno (inferior a 5%) de 1,77 % , sugere a


quase ausência de erros sistemáticos e aleatórios relevantes, pelo que o grupo procurou
trabalhar sempre com rigor, utilizando aparelhos de medição precisos, escolhendo várias
alturas diferentes para executar os lançamentos horizontais e realizando vários ensaios
para cada um deles.

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