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Leia a atividade com atenção e faça o que se pede. Não se esqueça de responder todas as perguntas.
Valor: 10 pontos;
1. INTRODUÇÃO
Consideremos um móvel percorrendo uma curva em um plano bidimensional. Nesse caso, sua
posição deve ser representada por duas coordenadas (x e y) em relação a uma origem fixa definida, O.
Portanto, x e y são as componentes de um vetor posição que é função do tempo, 𝑟⃗(𝑡). Se em um instante
𝑡0 a posição do carro é 𝑟⃗0 (𝑡0 ), e a posição muda para 𝑟⃗(𝑡) num instante posterior (𝑡 = 𝑡0 + ∆𝑡), então
dizemos que o carro sofreu um deslocamento 𝛥𝑟⃗ = 𝑟⃗(𝑡) − 𝑟⃗0 (𝑡0 ), como indicado na Figura1-a.
(a) (b)
Figura 1: (a) Posições e deslocamento do carro entre dois instantes de tempo. Figura
adaptada de [1]. (b) Sistema de coordenada cartesiano. Figura adaptada de [2].
Como a posição do carro muda com o tempo, então definimos a velocidade como
𝑑𝑟⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗(𝑡) =
𝑣
𝑑𝑡
E sua aceleração:
⃗⃗⃗⃗ 𝑑2 𝑟⃗⃗⃗
𝑑𝑣
⃗⃗⃗⃗(𝑡) =
𝑎 = 2
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Observe que posição, velocidade e aceleração são quantidades vetoriais no espaço bidimensional x - y.
Um tipo de movimento bidimensional que é amplamente estudado em física é o movimento de um projétil,
sujeito à uma aceleração constante 𝑎⃗ = −𝑔𝑗̂ , onde g é a aceleração gravitacional e 𝑗̂ é o vetor unitário
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na direção positiva do eixo (como indicado na Figura1-b). Como esse é um movimento com aceleração
constante, então as componentes x e y da posição são dadas por:
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑥 · 𝑡
𝑔 · 𝑡2
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦· 𝑡 −
2
onde 𝑣0𝑥 e 𝑣0𝑦 são as componentes da velocidade inicial ao longo dos eixos x e y, respectivamente.
2. PARTE EXPERIMENTAL
1. Posicione-se ao lado de uma parede e arremesse o objeto de forma que ele realize um
movimento seguindo uma trajetória parabólica, como indicado na figura abaixo:
2. Observe que o objeto sobe ao mesmo tempo em que vai para frente, depois desce ao mesmo
tempo em que continua indo para frente. Podemos estudar esse movimento observando,
separadamente, como ele se move na horizontal e como ele se move na vertical. Descreva o
movimento, dizendo como é o movimento apenas do ponto de vista horizontal e como é o
movimento apenas do ponto de vista vertical. Ou seja, como a posição varia com o tempo ao
longo da horizontal? Como a posição varia com o tempo ao longo da vertical? Que tipo de função
melhor representaria cada curva da posição (na horizontal, e na vertical) em função do tempo?
3. Filme o movimento e analise-o no Tracker. Na hora que você fizer a filmagem estabeleça uma
referência com um objeto de tamanho conhecido (exemplo: uma régua no plano do movimento;
na figura acima foi usado um patinete).
4. Obtenha, através do Tracker, as equações dos gráficos x(t) e y(t). Escreva-as explicitamente
(numericamente).
5. Através da análise do Tracker determine: Quais são os valores v0x e v0y (componentes x e y da
velocidade inicial, respectivamente). Qual é o valor do módulo da velocidade inicial. (Se você não
sabe ainda, o módulo, v e as coordenadas, v0x e v0y, de um vetor se relacionam como: 𝑣02 = 𝑣0𝑥2
+
2
𝑣0𝑦 ).
6. Plote um gráfico da velocidade ao longo do eixo x em função do tempo; e também um gráfico da
velocidade ao longo do eixo y em função do tempo.
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a) A velocidade em x muda com o passar do tempo?
b) A velocidade em y muda com o passar do tempo? Escreva explicitamente a equação da curva
que melhor se ajusta a esses dados.
7. Utilizando os dados encontrados no Tracker, responda: Qual é o valor da aceleração na direção
horizontal e qual é o valor da aceleração na direção vertical?
8. Compare o valor obtido da aceleração na vertical e compare com o valor teórico, 𝑔 = 9,8 𝑚/𝑠².
a) Para fazer essa comparação, calcule a diferença relativa entre o valor experimental (medido
na prática) e o valor teórico:
|𝑔 − 𝑔𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 |
𝜀= × 100%
𝑔
Discuta esse resultado: se a diferença relativa for igual ou menor que 10%, pode-se
considerar que o valor experimental é compatível com o teórico. Discuta as possíveis causas
de erros.
9. Descreva novamente o movimento, agora você deve ter muito mais para falar a respeito dele.
10. Coloque no programa os vetores velocidade e aceleração. Imprima os gráficos e as equações e
coloque-as no trabalho.
11. Faça upload do vídeo da análise do tracker no YouTube e inclua o link do mesmo no trabalho.
SUGESTÃO: utilize o editor de vídeos do YouTube para colocar o vídeo em câmera lenta.
BIBLIOGRAFIA:
[1]SERWAY,RaymondA.;JEWETT,JohnW.PrincípiosdeFísica:volume1:mecânicaclássica.São
Paulo:PioneiraThomsonLearning,2005.
[2]CUTNELL,JohnD.;JOHNSON,KennethW.Física:volume1.6.ed.RiodeJaneiro:LTC-Livros
TécnicoseCientíficos,2006
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TUTORIAL DE ANÁLISE DE DADOS USANDO O TRACKER
3. Abra o arquivo de vídeo: opção VÍDEOS, opção IMPORTAR vídeo, escolher o arquivo e
ABRIR.
Observação: se o vídeo ficar invertido, de ponta-cabeça, clique em “Vídeo > Filtros > Novo >
Rotacionar”.
4. Após inserir o vídeo, alguns ajustes deverão ser feitos. Esses ajustes servem para você
escolher qual parte do vídeo será utilizada na análise. Selecione apenas a parte do vídeo
em que está o movimento a ser analisado: selecione o início e o fim da parte de interesse
movendo os marcadores pretos na barra inferior. O marcador branco serve para adiantar e
atrasar o vídeo.
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Referência Métrica e sistema de Coordenadas
5. Para a análise do vídeo, você deve definir uma referência métrica, ou seja, na imagem do
vídeo você deve conhecer o comprimento de algum objeto para informar ao programa e, a
partir daí, as demais medidas obtidas estarão de acordo com tal referência. Para tanto, utilize
a opção “Fita de calibração”. Aparecerá no vídeo um bastão de medição. Mova o bastão de
medição para perto de algo que sirva como referência de tamanho (uma porta, uma pessoa).
Estique ou diminua o bastão para adequar ao tamanho → Na frente de “Comprimento já em
escala”, coloque o tamanho do objeto que usou como referência, em metros.
Um exemplo pode ser a utilização da altura do objeto na outra mão, que é de 20 cm ou 0,20
m.
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6. Estabelecendo sistema de referência: Clique sobre “eixos visíveis”. Coloque o mouse na
origem dos eixos cartesianos, mova-a para onde desejar (colocá-la no ponto inicial do
movimento pode ser uma boa opção, assim x o=0 e yo=0).
8. Vai abrir uma janela, você clica na janela sobre o escrito MASSA A ou clica novamente em
trajetórias, para marcar a trajetória do objeto escolha a opção MARCAR COMO PADRÃO:
marque essa opção para obter os dados da trajetória do objeto.
9. Pressione a tecla “Shift” e clique no centro do objeto (na posição inicial). Quadro a quadro,
marque cada posição até o objeto atingir sua posição final. Os pontos da trajetória estarão
marcados como na imagem a seguir.
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10. Após a marcação dos pontos, o movimento é interpretado pelo programa Tracker na forma
de gráficos e tabelas. Como o programa sabe qual é o intervalo de tempo entre dois quadros
e estabelecemos nele um sistema de referência calibrado, ele consegue marcar a posição
e o tempo do objeto estudado durante sua trajetória! Caso não apareçam todos os pontos
clique na opção
11. Observe a tabela que foi formada e está no canto direito da figura anterior. Ela informa o
tempo t, a coordenada x e a coordenada y para cada um dos pontos pelos quais o objeto
passou. Para obter os dados referente as componentes x e y da velocidade, siga as
instruções da imagem abaixo:
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12. Diagrama: nesta opção você pode definir o número de gráficos que o programa apresenta.
Dados: nesta opção você pode definir quais informações do objeto serão apresentadas na
tabela. Para abrir os dois gráficos clique na opção Diagrama e 2 que encontra-se no canto
direito.
13. Determinando as equações: Clique duas vezes sobre o gráfico e irá aparecer o gráfico
completo, clique na opção “Analisar Ajustes da Curva” e depois escolha abaixo do gráfico
que tipo de análise deve ser feito (linear ou parabólico, de acordo com o padrão da curva
obtido). Observe que os valores dos parâmetros irão aparecer ao lado.
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14. Exporte e salve o vídeo de análise do Tracker, conforme instruções abaixo: