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Biomecânica: objetivos teste 1

1. identificar as diferenças entre uma grandeza escalar e um a grandeza vetorial;


grandeza vetorial: É uma grandeza que se caracteriza através de 3 parâmetros- direção, sentido
e intensidade ( exemplo: velocidade, aceleração…)
grandeza escalar: É uma grandeza que possui apenas intensidade ( exemplo: massa,
comprimento, rapidez, tempo, temperatura…)
2. decompor e caracterizar um vetor;
Um vetor é caracterizado por:
Intensidade
Direção : angulo que faz com a horizontal
Sentido : orientação da rosa dos ventos ( N, NE, E, SE, S, SO, O, NO)
3. definir e calcular as variáveis cinemáticas: posição, deslocamento, distância,
velocidade e aceleração, quer para o movimento linear, quer para o movimento
angular;
Linear:
posição ( r ): localização no espaço, relativamente a um sistema de referência. Xf=Vt + xi
deslocamento ( ∆r ): alteração da posição, ocorrendo movimento. É uma grandeza vetorial. S.I.
é o metro. ∆r = rf – ri
Distância: comprimento do deslocamento efetuado. Unidade S.I. é o metro.
Velocidade ( v ): alteração da posição de um objeto em função do tempo. Diz-nos o quão rápido,
e em que direção e sentido ocorre o movimento. V = vo + at ou v = ∆r/∆t
Aceleração: variação da velocidade por unidade de tempo. A = ∆v/∆t
Angular:
Posição ( Ө ): é definida através da medição do angulo que esse objeto faz com uma referencia.
Deslocamento (∆Ө) – é uma grandeza vetorial que é obtida através da variação da posição
angular. ∆Ө = Өf – Өi
Velocidade ( w ) – é uma grandeza vetorial cujo valor mede o ângulo descrito por unidade de
tempo. W = ∆Ө/∆t
Aceleração ( α ) – é a taxa de variação temporal do valor da velocidade angular. α = ∆w/∆t
4. relacionar algébrica e graficamente as variáveis posição, velocidade e aceleração,
quer para o movimento linear, quer para o movimento angular;
A descrição do movimento fica incompleta se considerarmos apenas o deslocamento e a sua
variação já que, na maior parte dos movimentos desportivos, a velocidade não é constante. A
esta variação da velocidade por unidade de tempo denomina-se aceleração. Algebricamente, a
velocidade é a derivada da posição, e a aceleração é a derivada da velocidade.
5. distinguir o movimento uniforme do movimento uniformemente variado, quer
para o movimento linear, quer para o movimento angular;
MU- movimento na qual a velocidade do objeto é constante. Sendo a aceleração nula.
MUV- quando o movimento tem aceleração constante e a velocidade varia sempre da mesma
forma.
6. identificar as equações que caracterizam o movimento uniforme e o movimento
uniformemente variado, quer no movimento linear, quer no movimento angular;
MU Linear: x (t) = xi + vit
MU angular: Ө (t) = Өi + wit
MUV linear : x(t) = xi + vit + 1/2at2; v(t) = vo + at
MUV angular : Ө(t) = Өi + wit + 1/2at2; w(t) = wi + αt

Tatiana Oliveira
7. identificar as equações(x(t) e y(t)), e respetivo tipo de movimento, que
caracterizam o movimento de um projétil;
x(t) = xi + vit
y(t) = yi + yit + 1/2at2
Movimento uniformemente variado.
8. calcular distância de vôo (horizontal e vertical), altura máxima e tempo de vôo
durante o movimento projéctil;
Altura máxima: ymax = yo + yot + 1/2at2
Tempo de voo: ymax = yo + yot + 1/2at2 > vf = vi + at com vf = 0, como o tempo de voo é 2 vezes
o tempo de subida > 2tsubida = 2viy/g
Distância de voo: x(t) = xo + voxt
Y(t) = yo + voyt
9. definir e calcular as variáveis cinemáticas angulares: ângulos absolutos
(segmentares) e relativos (na convenção biomecânica e na convenção médica),
velocidade angular e aceleração angular;
Ângulos absolutos: são ângulos que cada segmento faz em relação a um referencial absoluto.
Podem ser calculados através das relações trigonométricas, sabendo as coordenadas dos
segmentos. Convenção de medição é a regra da mão direita.
Ângulos relativos: são definidos através de duas convenções : medica – angulo em que a
articulação se situa em relação á posição anatómica; biomecânica – angulo entre dois segmentos
adjacentes caracterizando a amplitude articular.
Velocidade angular e aceleração angular definidos e calculados no ponto 3.
10. quais as características dos parâmetros cinemáticos lineares (deslocamento,
velocidade e aceleração) no movimento rotacional;
Deslocamento linear (s): comprimento do arco descrito por um ponto e expresso em metros.
Quanto maior for o eixo de rotação, maior será a distância curvilínea percorrida pelo ponto.
Velocidade linear (v): é a taxa de variação de S com direção tangente ao padrão de movimento.
V = W x R ( R- raio).
Aceleração linear: não tem direção tangente á trajetória. Pode decompor-se em aceleração
tangencial e aceleração centrípeta. A = W2 x R
11. referir qual a função de cada uma das componentes (normal e tangencial) da
aceleração linear;
aceleração normal ou centrípeta: influencia a direção do vetor velocidade. Não há movimento
rotacional se não houver uma componente normal ou centrípeta.
Aceleração tangencial : responsável pela alteração da magnitude da velocidade linear.
12. relacionar através de equações os parâmetros cinemáticos lineares com os
parâmetros cinemáticos angulares no movimento rotacional.
V = W x R > a velocidade linear é igual ao produto externo dos vetores R e W, W é velocidade
angular.
A = W2 x R
13. enumerar os instrumentos laboratoriais que permitem medir as variáveis
cinemáticas;
Velocimetro; goniómetro; acelerómetro; sistema de tracking; análise de imagens
14. enumerar as linhas orientadoras para a captura de imagem a duas dimensões
(análise de vídeo a duas dimensões)
1. Monte a câmara no tripé estável e mantenha a câmara estacionária (para que o movimento
possa ser determinado em relação a um referencial externo mais facilmente).
2. Maximize a distância câmara-participante para reduzir os erros de perspectiva. Pode utilizar
o zoom para manter a imagem desejada mas lembre-se que a qualidade de imagem fica reduzida
quando o zoom é utilizado para além do seu limite.

Tatiana Oliveira
3. Maximize o tamanho da imagem para aumentar a precisão da digitalização/análise à
posteriori. Lembre-se que o tamanho da imagem é inversamente proporcional ao campo de
visão da câmara e, como tal, deve ser encontrado um compromisso entre o zoom e conseguir
acompanhar o movimento desejado.
4. Foque a câmara manualmente.
5. Alinhe a lente da câmara perpendicularmente ao plano de movimento.
6. Filme uma linha de referência vertical (fio de prumo)
7. Filme um objeto com medidas conhecidas. Para minimizar erros de escala este objeto deve
ocupar uma boa proporção do campo de visão.
Nota: quando não é possível fazer o correto alinhamento da câmara (e.g. competição,
espetáculo, observação no terreno) existe um método para reduzir o erro de reconstrução (2D-
DLT).
8. Selecione a velocidade do obturador e a abertura adequados (essencial para que a imagem
tenha definição suficiente). Um aumento da velocidade do obturador é sempre acompanhado
por uma diminuição da qualidade de imagem para uma dada luminosidade e abertura. Para
obter as melhores imagens para uma determinada velocidade de obturador é essencial ter uma
boa luz (para que não se tenha de utilizar demasiado a abertura da lente).
9. Tenha a certeza que tem a luminosidade e o contraste necessários. Para o interior utilize
holofotes. As luzes de halogéneo são uma boa opção por interferirem menos com a imagem.
10. Selecione a frequência de amostragem apropriada para que instantes chave do movimento
a analisar (ex: contacto do pé com o solo, impacto da bola com o taco) não sejam perdidos.
15. definir centro de massa de um corpo;
Centro de massa representa um ponto de equilíbrio, um local onde todas as partes de um corpo
estão uniformemente distribuídas e que é independente de qualquer campo gravítico.
16. diferenciar o conceito anterior do conceito de centro de gravidade;
Centro de gravidade é um ponto de aplicação da força resultante do somatório de forças de
atração da terra ( é o vetor que representa o peso do corpo). Tem a mesma posição que o centro
de massa.
17. calcular a posição do centro de massa de um conjunto de segmentos;
1. definir e localizar os pontos anatómicos que delimitam cada um dos segmentos que
constituem o modelo gráfico
2. determinar os valores das coordenadas ortogonais de cada ponto anatómico.
3. Determinar a posição do centro de massa de cada segmento
𝑥𝑖 = 𝑥𝑖𝑝 − 𝑅𝑖 𝑥𝑖𝑝 − 𝑥𝑖𝑑
𝑦𝑖 = 𝑦𝑖𝑝 − 𝑅𝑖 𝑦𝑖𝑝 – 𝑦𝑖𝑑
4. Associar a cada uma das coordenadas o valor de massa relativa
5. Determinar a posição do CM da totalidade do conjunto.

18. enumerar os fatores que fazem variar a posição do centro de massa de um corpo;
Massas relativas: parâmetro que relaciona a massa total do corpo com a massa relativa de cada
segmento e que foi determinado, através de estudos, para cada um dos segmentos do corpo
humano.
Localização dos centros de gravidade de cada segmento: é a distância desde o centro articular
proximal até ao centro de massa (determinado em relação ao comprimento total do segmento.

Tatiana Oliveira
19. definir centro de pressão.
É o ponto de aplicação da reação normal. É um ponto representativo de um conjunto de forças
que atuam numa determinada área.
20. aplicar os conceitos de centro de massa e centro de pressão ao treino de
estabilidade e de equilíbrio;
Estratégias para treinar o equilíbrio
- Diminuir a base de suporte
- Utilizar uma base de suporte instável
- Utilizar uma resistência externa que provoque instabilidade
- Aumentar a velocidade de execução do exercício
Fatores que aumentam a estabilidade:
- Maior quantidade de massa
- maior atrito entre a superfície de contacto e o apoio
- maior base de suporte
- maior distancia horizontal entre o CM e os limites da base de suporte
- CM mais baixo.
21. enumerar os instrumentos com os quais se pode medir a pressão plantar e o
centro de pressão em laboratório;
- plataforma de forças
- plataformas de pressão
22. definir força e inércia;
Força: é um parâmetro que tende a produzir uma alteração do estado de repouso ou de
movimento de um objeto, causa mudança no movimento. É uma grandeza vetorial e a unidade
S.I. é o Newton.
Inércia: caracteriza-se como a resistência que o corpo oferece a alterar o seu estado.
23. enunciar as leis do movimento de Newton e estabelecer a relação entre as
mesmas e os conceitos básicos de cinética: inércia, força e quantidade de movimento;
1º lei de newton ( lei da Inércia)
2º lei de newton ( lei fundamental da mecânica)
3º lei de newton ( lei da ação e reação)
24. enumerar os dados que podem ser recolhidos diretamente (isto é, sem recurso
a cálculo) de uma plataforma de forças;
Força de reação do solo
Força do peso
Força de atrito

Tatiana Oliveira

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