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Atividade Motora Adaptada

Deficiência Auditiva

 Caraterização:
- Informação sonora

o Descontínua;

o Proveniente de qualquer direção;

o Sempre presente desde que exista uma fonte sonora;

– Contribuição para o Sistema de Orientação


o Informação sobre a distância e a direção da fonte sonora;

o Localização de objetos e lugares com sons próprios;

o Estabelecimento da posição relativa do indivíduo em relação a


esses objetos e lugares através do eco assim como das
dimensões das objetos.

 O Som mede-se em 2 dimensões


o Frequência Hertz (Hz)
o Intensidade decibéis (dB)
 Audição aumenta progressivamente desde o nascimento e atinge os valores
do adulto:
o aos 4 ou 5 anos de idade para as frequências de 10.000 Hz
o aos 8 anos para as frequências entre 2000 e 4.000 Hz
o aos 10 anos para as frequências entre400 e 1.000 Hz
o aos 7 anos de idade é mais sensível que o adulto para as
frequências de20.000 Hz e vai perdendo com a idade
- A intensidade da fala ronda os 50 dB.
- Aprende a localizar o som em primeiro lugar na horizontal e mais tarde na
vertical.

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Deficiência Visual - Um compromisso na audição, quer seja permanente ou
temporário, afeta negativamente o desempenho escolar de uma criança (Winnick,
1995).

Surdo – descreve uma pessoa com perda parcial ou total da capacidade de


ouvir, sem ajudas auditivas;
Entende-se por surdez uma deficiência auditiva tão severa que não permite o
processamento da informação linguística, através da audição sem ou com ampliação
afetando a sua performance educativa.
Entende-se por hipoacusia uma deficiência auditiva que afeta a performance
académica mas permite parcialmente o processamento da informação linguística,
através da audição
Os surdos consideram-se uma minoria cultural e não um grupo de pessoas com
deficiência auditiva

Comportamentos específicos
Uma pessoa com hipoacusia pode experimentar:
-Qualidade de voz abafada e/ou voz monótona;
-Dificuldade para entender palavras, pedindo a outros para falar mais devagar e
mais alto;
-Necessidade de mais tempo para processar a informação, falta de atenção,
evitando a participação oral;
-Dificuldade em seguir instruções;
-Reage aos ruídos em vez de reagir às palavras;
-Protela a interação social/emocional, retira-se das conversas;
-Atraso no desenvolvimento que se manifesta na aprendizagem, no discurso e
na interação com os outros;
-Pode imitar os outros para obter a atenção;
-Pode usar sinais para comunicar e/ou colocar a cabeça em posição para ouvir
melhor ou devido ao desconforto;

Grau de deficiência auditiva


•Perda auditiva ligeira 20 a 40dB

•Perda auditiva moderada 41 a 60dB


– 41 a 54 dB

– 55 a 69 dB
•Perda auditiva severa de 61 a 90dB ou 70 a 90dB

•Perda auditiva profunda ≥ 90dB


70dB critério aceite para marcar a diferença entre surdez e hipoacusia.

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Surdez adquirida:
- Antes da aquisição da fala < de 2 anos
- No período de aquisição 2/ 3 anos
- Após a aquisição da fala > de 3 anos

Implicações para a Atividade Motora


-Pessoas com deficiência auditiva podem praticar quase todas as actividades;
-podem apresentar dificuldades ao nível:
(1) do equilíbrio estático e dinâmico,
(2) aptidão física,
(3) atraso na aquisição da motricidade grosseira e fina,
(4) da força e
(5) coordenação.
-Pequenas adaptações são suficientes para a prática de AFD's;
-Ambiente favorável: tranquilo, sem ruído excessivo;
- Participação nos Surdolímpicos perda auditiva ≥ 55dB

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Deficiência Visual

o Caraterísticas:
– Representação do Mundo Exterior
o Informação mais rápida e mais precisa na localização dos objectose
da sua posição relativa e distância criando uma imagem de
conjunto;
o Informação sobre atributos do meio relativos á cor, dimensão,
forma, brilho e mobilidade;
o Informação sobre a deslocação de um objecto e do tipo de
movimento que realiza no espaço. Jogo de seguimento que permite
o primeiro estabelecimento da sua permanência;
o Reconhecimento das propriedades dos objetos baseada no jogo de
discriminação;
o Velocidade de deslocação dos mesmos.

– Elaboração do Sistema de Orientação


o Informação instantânea e constante do local onde nos encontramos;
o Informação precisa sobre a posição relativa do corpo bem como das
suas partes;
o Informação sobre a localização da horizontal, mudanças de posição
relativa e distâncias;
o Informação sobre orientação do corpo em relação à gravidade, e
verticalidade, (Hard80 considera-a mais importante que a fornecida
pelos fatores posturais);
o Informação mais eficaz no controlo dos movimentos quando nos
deslocamos no espaço.

– Integração Sensorial
o Contribui para o processamento de informações tácteis e auditivas
(Warren77);

o Facilita a organização dos conhecimentos tácteis e auditivos (


Warren77);

o Estimula e integra as outras informações sensoriais (Hille


Blash1980);

o Mediadora entre as diversas informações recebidas através dos


outros sistemas sensoriais (Barraga74).

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o Papel da Visão no desenvolvimento
– Jogo de seguimento (acreditar elementar na permanência do objeto);
– Jogo de descriminação (identificação das propriedades dos objetos);
– Coordenação visuo-motora;
– Organização do gesto;
– Intencionalidade na ação;
– Posição e relação do corpo e dos objetos no espaço;
– Organização do campo de ação;
– Figura fundo;
– Constância da Forma (Frostig, Hatwell, 68).

Deficiência Visual – Retificação cervical:


-Cabeça baixa (influenciando a recolha da informação vestibular; dificuldades
de equilíbrio estático e dinâmico)
- Ombros rodados para a frente
- Curvatura dorsal mais pronunciada

Funcionamento Visual

As 7 funções visuais do Spectrum do funcionamento Visual:

•Acuidade Visual para perto e para longe


•Campo Visual,
•Sensibilidade ao Contraste * Campo Visual, CampoVisual,
•Sensibilidade à Luz
•Discriminação da Cor

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•Controlo Oculo-motor(Uso coordenado de ambos os olhos e Motilidade
Ocular)
•Acomodação
* Encontra-se correlacionada com a perceção da profundidade (uma boa perceção da
profundidade requer uma boa sensibilidade ao contraste). (Flomin Lueck2004)

Acuidade Visual
•Entende-se por acuidade visual o poder de discriminação do globo ocular, que
se exprime pela distância angular dos dois pontos mais próximos que pode distinguir
ou
•Capacidade que o olho humano possui de distinguir pequenos intervalos entre
zonas do campo visual

•Acuidade Visual (AV) é o grau de aptidão do olho, para discriminar os detalhes


espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos| Cones
| Cor

– Teste mais utilizado escala de Snellen


– Teste Hyvarinen

- Aplicam-se em condições de luz standard ou melhores condições de luz para o


caso em estudo.
- Aplicam-se em condições de luz standard ou melhores condições de luz para o
caso em estudo.

Campo visual (CV) - Entende-se por campo visual o espaço que o olho humano é capaz
de abranger visualmente quando se está a olhar em frente fixando um ponto na linha
do horizonte. Abrange na horizontal aproximadamente de 180°e na vertical de 130°.

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CAUSAS
o DOENÇASINFECCIOSAS-rubéola,toxoplasmose,sifilis,HIV-SIDA
o ACIDENTESETRAUMATISMOS
o INTOXICAÇÕES
o DOENÇAS GERAIS-diabetes, anemias, nefrite, esclerosemúltipla
o DOENÇAS OCULARES -
miopia,hipermetropia,albinismo,cataratas,glaucoma,retinopatias,atrofiaóptica

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o PREMATURIDADE – fibroplasia retrolenticular
o AVITAMINOSEA (fome)
o Etc.

PROGNÓSTICO
 Grau de visão estável (ex. cataratas operadas, glaucoma operado e controlado);
- Perda progressiva da visão na degenerescência macular, glaucoma não
controlado, retinopatia diabética; situações mais difíceis (como prever a necessidade
do Braille?).
- Distúrbios oculares – astigmatismo, insuficiência de convergência, nistagmos,
estrabismo (alterações das trajectórias e da visão binocular);

Funcionamento Visual
• Visão Funcional
– Visão usada para obter o input necessário para planear e
desempenhar uma tarefa.
• Funcionamento visual
– Comportamento visual ex: mudança de ponto de fixação ou
exploração do envolvimento.

• Avaliação da visão funcional é a base da maioria dos programas de educação


e reabilitação

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Interação e Comunicação
Comunicação Visual
• Contato visual;
• Expressões faciais;
• Expressão Corporal;
• Reconhecimento das pessoas pela sua cara
- Membros da família
- Pares

Conhecer o grau de visão das crianças


Ministério da Saúde aconselha a avaliação da visão:
• nascença;

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• 1º;
• 4º;
• 6º;
• 9º;
• 15º mês;
• 3anos de idade;
• antes da escolaridade obrigatória.

No entanto verifica-se que:


• 80% das crianças em idade pré–escolar não foram avaliadas (Castanes2003).
• 54% das crianças até aos 14 anos nunca foram ao oftalmologista
(Observatório Nacional de Saúde).
• Estima-se que20% das crianças apresentam erros refrativos (Plano Nacional
Saúde da Visão).
• Causa – falta de preparação dos médicos de família e dos pediatras.

Orientação e Movimento
• Perspetivas Atuais sobre desenvolvimento da criança

– Perspetiva das “Tarefas Adaptativas”:


• A criança enfrenta um conjunto de tarefas armadas com um conjunto de
capacidades e características
• O meio molda não só a natureza das tarefas adaptativo mas o conjunto das
capacidades e características da criança
• Existem variações – nas capacidades da criança com def. visual – nas
características das tarefas – nas circunstâncias do envolvimento
• É necessário levar em consideração na compreensão do seu
desenvolvimento

Desenvolvimento Psico-motor
• Noção de espaço e processo de orientação
– Imagem do corpo é a base desse processo (Cratty e Sams 69)
 Espaço próximo
– Conceitos de espaço e do meio (Hill e Blash 80)
• Localização
• Direção
• Distância
• Posição relativa (partes corpo entre si, do corpo em relação
aos objetos dos objetos entre si)
– Espaço próximo
– Espaço locomotor
– Espaço geográfico
(não existe correspondência direta entre a verbalização e a capacidade da sua aplicação na
deslocação no espaço (Hill 81).

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 Alterações no padrão de marcha
– Base de sustentação alargada (distância entre o apoio dos 2 pés)
– Pés em apoio formam ângulos assimétricos em relação ao sentido da marcha
– desenrolar do pé no solo (pouca amplitude no movimento da articulação do
tornozelo)
– Peso do corpo distribuído de forma muito assimétrica entre os 2 pés
– Amplitude da passada muito assimétrica entre os 2 pés (ex. sempre que o
direito está em apoio a passada é mais curta)

 Alterações da postura
– Assimetria na distribuição do peso do corpo pelos 2 pés
– Assimetrias ao nível da anca e do ombro
– Inclinação do corpo à esquerda / direita (conforme o pé onde se apoia
preferencialmente)
– Flexão da cabeça à frente e recuo em relação à linha média do corpo
– Alterações na curvatura cervical, dorsal e lombar
– Posição do centro de gravidade do corpo

 Alterações no equilíbrio estático


– Equilíbrio postural influência a mobilidade (Siegel e Murphy 70, Cratty 79)
- Apoio a pés juntos
- Apoio nas pontas dos pés
- Apoio nos calcanhares
- Apoio pé á frente do outro (linha reta: calcanhar do pé da frente junto á
ponta do pé de trás)
- Apoio num pé

 Alterações no Equilíbrio dinâmico


– É considerado como um fator representativo da mobilidade (Leonoard 69 e
Gipsman 81)
– Andar em frente sem desvios numa trave / faixa com 50 / 30cm de largura
– Andar em frente sem desvios numa trave com 10 / 5 cm largura

 A mobilidade da criança cega congénita ou com resíduos de visão depende mais do


que na criança normo - visual da aquisição de:
– Conceitos espaciais
– Imagem do corpo
– Conceitos de posição relativa:
• das partes do corpo
• do corpo em relação aos objetos
• Dos objetos entre si
– Padrões de movimento
– Competência da distribuição equitativa do peso do corpo nos dois pés
durante a marcha
– Controlo dos momentos de equilíbrio e de desequilíbrio nas mudanças de
posição e nos movimentos locomotores
– Conhecimento do envolvimento
– Segurança na deslocação

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Deficiência Intelectual
A deficiência intelectual caracteriza-se pela existência de limitações significativas:
– no funcionamento intelectual;
– no comportamento de adaptação ou adaptativo.
Tem origem antes dos 18 anos.
O funcionamento intelectual também chamado de inteligência diz respeito à
capacidade de aprender, raciocinar e de resolver problemas etc.
O comportamento de adaptação ou adaptativo refere-se a muitas das competências
sociais e “práticas” do dia-a-dia.

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Sindroma de Down

CAUSA
• trissomia simples (padrão): a pessoa possui 47 cromossomas em todas as células
(ocorre em cerca de 95% dos casos de Síndrome de Down). A causa da trissomia
simples do cromossoma 21 é a não disjunção cromossômica.
• translocação: o cromossomo extra do par 21 fica "grudado" noutro cromossoma
Nesse caso embora indivíduo tenha 46 cromossomas, ele é portador da Síndrome de
Down (cerca de 3% dos casos de Síndrome de Down).
• mosaico: a alteração genética compromete apenas parte das células, ou seja,
algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos (ocorre em cerca de 2% dos casos de
Síndrome de Down). Os casos de mosaicismo podem originar-se da não disjunção
mitótica nas primeiras divisões de um zigoto normal.

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Deficiência Motora
 Caraterização
Refere-se à dificuldade ou até impossibilidade em mexer, controlar ou
coordenar os movimentos;
Resulta de traumatismo ou doença do sistema nervoso associada em quase
todos os casos a um grau de paralisia dependente do número de células nervosas
afetadas.
Pode ser:
- Hereditária, congénita ou adquirida por acidente ou doença;
- Total ou parcial;
- Transitória ou permanente;
- Progressiva ou não;
- Cerebral ou medular;
Pode implicar o uso de próteses ou ortóteses.

Paralisia Cerebral (PC)


Definição é uma perturbação do controlo da postura e movimento que resulta
de uma anomalia ou lesão não progressiva que atinge o cérebro em desenvolvimento;
Não é hereditária, contagiosa ou progressiva;
Varia entre "leve" e "severa“
Leve – criança desajeitada / descoordenada, falta de firmeza muscular
Severa – ausência significativa de controlo motor, dominada por reflexos, uso
de cadeira de rodas elétrica, ajudas técnicas de comunicação.

Causas
Pré-natal - exposição a tóxicos (álcool, tabaco, medicamentos) ou
infeções durante a gravidez (rubéola, herpes, HIV) maus tratos durante a
gravidez que afetam o feto.
Peri - natal - prematuros, recém nascidos baixo peso, anoxia, hipoxia,
asfixia, hemorragia cerebral.

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Pós-natal (10%) asfixia, traumatismos craneanos (acidentes, maus
tratos), sequelas de infeções cerebrais (encefalite, meningite), inalação
substâncias tóxicas.
Pré-natal + Peri - natal correspondem a 90% dos casos Maior risco: mães
com menos de 20 anos ou mais de 34.

• Incidência – 7 em 1000 nascimentos com vida (EUA Sherill) – 2 em 1000 bebés;


depende do critério diagnóstico
• Prevalência (EUA) – 500 em cada 100.000 Estima-se que nos EUA para uma
população de 250 milhões existem 1,250,000 pessoas com paralisia cerebral (census 2000)
Sinais de alerta primeiros 6 meses
Prostração, Irritabilidade, Nervosismo, Choro alto persistente, Apneia,
Dificuldades na alimentação, Persistência de reflexos, Hipotonicidade

Espástica – aumento do tónus muscular com limitação da capacidade de relaxamento


muscular da região envolvida. Representa aproximadamente 65% da população com PC.
• Marcha em tesoura
• Marcha hemiplégica
Lesão do córtex cerebral Atetose/Distonia
– Caracterizada pela variação da tonicidade muscular algumas vezes está hipertónica
outra hipotónica e pela presença de movimentos e posturas involuntários. Representa
aproximadamente 25% da população com PC.
São geralmente quadriplégicos, mas alguns conseguem andar
• Marcha
Ataxia – perturbação da coordenação e do equilíbrio caracteriza-se pela existência de
hipotonia e fraca tonicidade postural. Tem origem cerebelovestibular no caso da PC. Caem
com frequência. Movimentos voluntários descoordenados |tremores?
Representa aproximadamente 10% da população com PC.

Mista – A maioria apresenta tipos mistos de PC.

- Hemiparésia - afeta o membro superior e inferior do mesmo lado do corpo;


- Diplegia - ambos os membros inferiores estão predominantemente envolvidos;
- Tetraparésia – são atingidos os quatro membros e o tronco. (criança espática/
atetósica);
- Triplegia - são atingidos três membros (geralmente as 2 pernas e um braço).
- Atetose/Distonia – caracterizada pela presença de movimentos e posturas
involuntários;
- Ataxia – perturbação da coordenação e do equilíbrio
|tremores caracteriza-se pela existência de hipotonia e fraca tonicidade postural.
Tem origem cerebelo -vestibular.
Caem com frequência.
Movimentos voluntários descoordenados.

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Spina Bifida

Mal formação da coluna vertebral que resulta numa alteração na formação das
vértebras e ocasiona uma fenda que causa danos ao sistema nervoso central.
O tubo neural do embrião não se fecha completamente;
O anel ósseo da vértebra não cerca completamente a espinal medula; o braço
posterior é dividido – isto é, bífido.
A hidrocefalia é comum quando há spina bifida.

Causas e Incidência
• Defeito congénito de origem desconhecida que afeta mais raparigas que
rapazes e ocorre entre a 4 e a 6 semana de gravidez
• Não é progressiva, mantendo-se igual ao longo da vida
• Afeta 1 a 2 por cada 1000 nascimentos nos EUA
• Afeta 2 a 4 por cada 1000 nascimentos na Grã Bretanha e Irlanda
• A seguir à PC é a causa mais comum de problemas ortopédicos nas escolas

Tipos de Spina Bifida:


1 | Espinha Bífida Oculta 2 | Espinha Bífida Cística - MENINGOCELO e – MIELOMENINGOCELO

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Formação ligeiramente diferente de uma das vértebras.
Pode ser visível – "cova" ou tufo de pêlos nas costas;
É bastante comum mas as pessoas não sabem que a têm.
Diagnostica-se por exame radiológico.

MENINGOCELO
"bolsa” ou quisto visível na região dorsal, coberta por uma fina camada de pele.
A bolsa contém tecidos que cobrem a espinal medula e líquido cefaloraquidiano.
Forma menos comum;

Spina Bifida Cistica


 MIELOMENINGOCELO
"bolsa” ou quisto visível na região dorsal, coberta por uma fina camada de pele.
A bolsa contém tecidos que cobrem a espinal medula, líquido cefaloraquidiano
e a própria espinal medula.
Paralisia/perda de sensibilidade abaixo da região lesada, problemas de
incontinência da bexiga ou dos intestinos.
Hidrocefalia (90%)
Estrabismo – provoca problemas perceptivos

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Avaliação das capacidades de movimento não locomotor
Quais as partes do corpo que consegues:
- fletir
- estender
- balançar
- torcer
- rodar
- etc.
Em que direções consegues:
- puxar e empurrar objetos
- puxar e / ou empurrar uma parte do corpo para fora de um tapete
- Manobrar um triciclo ou cadeira de rodas

Distrofia muscular
As distrofias musculares pertencem a um grupo de condições geneticamente
determinadas que se carateriza por uma fraqueza muscular progressiva devido a
alterações nas fibras musculares (ausência proteína distrofina);
Estão aumentadas as probabilidades de existirem problemas respiratórios e de
doenças cardíacas (alterações no músculo cardíaco).
Não há cura conhecida mas há melhorias com fisioterapia e Atividade Física.

Incidência : EUA 250,000 pessoas afetadas 50,000 em cadeira de rodas estima-se que 1
em 500 crianças terão distrofia muscular
- As 3 distrofias musculares de maior incidência são:
- Duchene (> incidência nos homens)
- facio - escapulo - humeral
- Cintura escapular e pélvica

Distrofia muscular de Duchene


A mais comum e severa manifesta-se geralmente até aos 3 anos.

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Diagnostico mais provável entre o primeiro e os seis anos de vida com o
aparecimento de sintomas.
Estes podem manifestar-se até aos 10 11 anos;
Tem causa genética representa uma alteração no cromossoma X, de tipo
recessivo afetando mais o sexo masculino.
Indicadores:
- Andar desajeitado e bamboleante (andar de pato)
- Dificuldades em correr, andar de triciclo, subir escadas, levantar-se da
cadeira;
- Tendência para cair com frequência
- Forma peculiar de se levantar do chão
- Lordose
- Hipertrofia dos gémeos e ocasionalmente do deltoide, infra espinhoso
e do quadricípede lateral
- Fraqueza muscular inicial glúteos, abdominais, elevadores da coluna,
tibiais anteriores (pé caído).
- Contração tendão de Aquiles leva a andar bicos dos pés (necessário
exercícios de alongamento).

8 Estadios de Funcionalidade
1. Andar ligeiramente banboleante e lordose, sobe escadas e vira - se sem
ajuda;
2. Andar banboleante e lordose, sobe escadas e vira -se com apoio;
3. Andar muito banboleante e lordose. Não sobe escadas nem se vira; põe-se
em pé quando sentado numa cadeira alta;
4. Andar com oscilações muito pronunciadas e desiquilibrios acentuados e
lordose. Não se põe em pé quando do sentado numa cadeira alta;
5. É independente na cadeira de rodas. Boa postura conseguindo fazer todas
as atividades da vida diária (AVDs) na cadeira;
6. Cadeira de rodas com dependência. Desloca a cadeira, precisa de
assistência nas AVDs e na cama;
7. Dependente na Cadeira de rodas com necessidade de apoio nas costas.
Desloca a cadeira em pequenas distâncias. Precisa de apoio nas costas para
uma boa postura na cadeira;
8. Na cama, não consegue fazer as AVDs sem ajuda máxima.

Distrofia muscular das cinturas escapular e pelvica


• Ocorre a partir dos 10 anos
• Idade de incidência mais comum entre os 10 e 20 anos
• Afeta os 2 géneros igualmente
• Degenerescência muscular progride lentamente
Indicadores:
– Não levantam o braço acima do ombro
– Andar banboleante a subir escadas
– Fraqueza muscular aparece nos músculos que circundam o ombro e a anca e
da coxa.

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Distrofia muscular facio - escápulo -humeral
• Mais comum em adultos
• Afeta os 2 géneros igualmente
• Sintomas não aparecem até à adolescência e são geralmente reconhecidos na idade
adulta.
• Bom prognóstico
• Esperança de vida igual à média
Indicadores:
– Fraqueza progressiva do ombro e músculos do braço que geralmente se inicia
pelo trapézio e grande peitoral envolvendo sequencialmente o biceps, o triceps, o
deltoid,
– Fraqueza progressiva dos músculos da face bochechas e lábios descaídos,
incapacidade de fechar os olhos completamente,
– Anca poucas vezes atingida quando acontece apresenta um andar
balanceado.

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