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Objectivo................................................................................................................................... 2
Objectivos Específicos.............................................................................................................. 2
Introdução................................................................................................................................. 3
Estratégias de ensino................................................................................................................ 9
Orientações ao Professor…………………………………………………….……………… 9
Conclusão…………………………………………………………………….…….………. 12
Referências Bibliográficas…………………………………………………….…...………. 13
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Objectivos
• Objectivo Geral
- Fomentar as actividades físicas para deficientes auditivo.
• Objectivos Específicos
- Conceituar deficiência auditiva;
- Identificar os tipos de deficiência;
- Falar das causas de deficiência auditiva);
- Falar das características da Deficiência Auditiva.
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Introdução:
Há muito tempo, vários termos têm sido utilizados para descrever indivíduos com algum tipo
de deficiência. O termo “deficiente” tem sidodiscutido por vários autores, tendo significados
diferentes.
A Declaração dos direitos Das Pessoas Deficientes, aprovada pela Assembleia Geral da ONU,
em 9 de Dezembro de 1975, apud PEDRINELLI (1994), específica em seu artigo 1º que: o
termo “pessoa deficiente” refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar a si mesma, total
ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de
suas capacidades físicas ou mentais.
De acordo com essas definições, entende-se o impedimento como o dano, a deficiência como
a restrição e a incapacidade como desvantagem. Conforme BRASIL (1992), o termo “com
deficiência” é o mais usado na área e foi adoptado pela ONU, caracterizando que a deficiência
está na pessoa , mas não é a pessoa.
Nos documentos que contem a Politica Nacional de Educação Especial, o termo é usado para
designara a “pessoa que apresenta, em comparação com a maioria das pessoas ,significativas
diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais ,de correntes de factores inaptos ou adquiridos, de
carácter permanente, que acarretam dificuldades em sua interacção com o meio físico e social”.
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Conceituação e terminologia da deficiência
Incapacidade: uma deficiência que constitui uma desvantagem para uma determinada pessoa,
porque limita ou impede o desempenho de uma função que é considerada normal dependendo
da idade, sexo, factores sociais e culturais para aquela pessoa (UNICEF/BRASIL, 1980).
Para DUARTE WERNER (1995, p.8), “pessoa portadora de deficiência são seres que possuem
potencialidades, limitações e diferenças que os constituem como um ser ímpar.”
Outro termo também utilizado na área é “pessoa portadora de necessidades especiais”, que
caracteriza alguém que não é necessariamente portador de uma deficiência. É um termo
abrangente e define a pessoa como “ a que apresenta, em carácter permanente ou temporário,
algum tipo de deficiência física, sensorial, cognitiva, múltipla, condutas típicas ou altas
habilidades, necessitando, por isso, de recursos especializados para desenvolver mais
plenamente o seu potencial e/ou superar ou minimizar suas dificuldades” (BRASIL 1994,p.22).
Observa se que o termo “portadora” que aparece na expressão e considerado impróprio, já que
necessidades na se portam (MAZZOTTA, 1996). No contexto escolar, o termo utilizado passa
a ser “pessoas com necessidades educacionais especiais”.
É necessários que se avaliem esses conceitos. Várias pessoas acreditam que chamar individuo
de “portador de deficiência” ou “pessoas com necessidades especiais” entre outras designações,
agride menos que chama-lho de inválido, doente etc.
A deficiência auditiva, trivialmente conhecida como surdez, consiste na perda parcial ou total
da capacidade de ouvir, isto é, um indivíduo que apresente um problema auditivoou seja de
descodificação dos sons que ele ouve ou interage.
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É considerado surdo todo o individuo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, e considerado
parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é funcional com
ou sem prótese auditiva.
❖ Leve entre 20 e 40 dB
❖ Média entre 40 e 70 dB
❖ Severa entre 70 e 90 dB
❖ Profunda mais de 90 dB
Os progressos tecnológicos dos últimos tempos têm sido pontos bastante rentáveis para as
pessoas que apresentam falhas auditivas. Porém, quanto mais cedo se iniciar o tratamento para
estes indivíduos, também melhor serão os resultados, uma vez que quanto mais cedo se iniciar
a estimulação do cérebro, melhor será o seu desenvolvimento.
Para minimizar o problema da deficiência auditiva, as pessoas podem recorrer a dois métodos:
étodo oralista e método gestualista.
❖ Surdos oralizados: aqueles que se comunicam utilizando a língua oral e/ou escrita.
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❖ Surdos sinalizados: aqueles que se comunicam utilizando alguma forma de linguagem
gestual.
❖ Surdos bilíngues: aqueles que utilizam ambas as formas de comunicação.
❖ Pré-natais;
❖ Peri-natais; e
❖ Pós-natais.
• Traumatismos Obstétricos;
• Anóxia.
• Doenças infecciosas;
• Bacterianas (ex.: meningites, otites, inflamações agudas ou crónicas das fossas nasais
e da nasofaringe);
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• Virais;
• Intoxicações;
• Trauma Acústico.
A perda de audição condutiva afecta, na maior parte das vezes, todas as frequências do som.
Contudo, por outro lado, não se verifica uma perda de audição severa. Este tipo de perda de
capacidade auditiva pode ser causadopor doenças ou obstruções existesever no ouvido externo
ou no ouvido interno.
A surdez condutiva pode ter origem numa lesão da caixa do tímpano ou do ouvido médio. É
vulgar nos adultos a perda de audição condutiva, devido ao depósito de cerúmen (cera) no canal
auditivo externo. Nas crianças, a otite média, uma inflamação do ouvido médio, é a causa mais
comum de perda de audição condutiva.
A sujeição a ruídos excessivos e persistentes aumenta a pressão numa parte do ouvido interno
o labirinto e pode resultar numa perda de audição neurossensorial. Essa perda pode variar entre
ligeira e profunda. Nestes casos, o recurso à amplificação do som pode não solucionar o
problema, uma vez que é possível que se verifique distorção do som.
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Na deficiência auditiva mista verifica-se, conjuntamente, uma lesão do aparelho de transmissão
e de recepção, ou seja, quer a transmissão mecânica das vibrações sonoras, quer a sua
transformação em percepção estão afectadas/perturbadas.
Esta deficiência ocorre quando há alteração na condução do som até ao órgão terminal sensorial
ou do nervo auditivo. A surdez mista ocorre quando há ambas as perdas auditivas: condutivas
e neurossensoriais.
Este tipo de deficiência é determinado por uma alteração nas vias centrais da audição. Tal,
decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco
cerebral, ou seja, no Sistema Nervoso Central.
A surdez acarreta uma dificuldade de percepção dos sons, havendo também, uma perturbação
no conhecimento do meio e na relação oral. Essas dificuldades são indicadas pelo grau de
comportamento, pela capacidade intelectual da criança, pelo meio social e pela época de
aquisição da surdez (LAFON, 1989).
As características nos deficientes auditivos estão claramente determinadas pela ausência total
ou parcial da audição. “A surdez severa e a surdez profunda são as que devem prender mais
nossa atenção. A surdez leve tem somente problemas de prótese, mas,as vezes, muito difíceis
de resolver. A surdez média, correctamente aparelhada e acompanhada, responde inteiramente
ao princípio de uma via educativa normal” (LAFON, 1989,p. 11).
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auditiva tenha habilidades motoras como as crianças ouvintes, porem, sofre alguns atrasos que
afectam principalmente a coordenação, equilíbrio e velocidade de reacção (CASTINEIRAS,
1989). E importante ressaltar que, devido a perturbações no sistema vestibular da pessoa com
deficiência auditiva, o equilíbrio e a locomoção puderam encontrar –se alternada.
A surdez afecta apenas o aparelho auditivo, não trazendo nenhum outro prejuízo,além dos já
citados. Desta forma, o desenvolvimento motor de crianças surdas costumaseguir os padrões
de normalidade, não havendo, portanto, nenhuma restrição à práticade actividade física.
Quando a surdez é acompanhada de outra deficiência ou de algum outro comprometimento, as
possíveis restrições estarão relacionadas a esses(s) outro(s)problema(s).
A escolha de actividades físicas para pessoas surdas deve respeitar os mesmoscritérios usados
para a selecção de actividades para crianças sem deficiência (condições desaúde, faixa etária,
vondicionamento físico, interesse etc). As actividades aeróbicas são muito importantes, pois as
crianças que não seutilizam da fala costumam ter uma respiração “curta”, isto é, não
enchemcompletamente os pulmões deixando, com isto, de expandir a caixa torácica e
deexercitar os músculos envolvidos na respiração.
Assim sendo, além de todos osbenefícios cardiovasculares já conhecidos, no caso dos surdos,
as actividades aeróbicas também podem contribuir, indirectamente, para o aprendizado da
emissão de sons da fala. Os surdos podem praticar qualquer tipo de desporto e de actividade
rítmica. Nocaso dos desportos, não há necessidade de qualquer adaptação na forma de
ensinar,conduzir ou arbitrar. Tão pouco, há adaptações nas regras de cada modalidade.
Estratégias de ensino:
Sinais visuais à Cartelas coloridas ou bandeiras podem substituir comandosde voz; figuras
podem indicar o movimento a ser feito; números podem evidenciarsequênciasde actividades,
ou a repetição de uma actividade já realizada, ou o númeroda tarefa a ser executada, ou a
quantidades de crianças que devem se agrupar, demonstração, o professor costuma ser o
modelo, mas é possível solicitar que os próprios alunos façam demonstrações.
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Orientações ao Professor
A educação dos surdos éum assunto polémico, que traz a tona limitações e problemas do
sistema educacional vigente. As propostas educacionais direccionadaspara crianças surdas têm
como objectivo proporcionar o desenvolvimento pleno de suas capacidades.
Contudo, diferentes práticas pedagógicas envolvendo tais sujeitos apresentam uma série de
limitações e estes, ao final da escolarização fundamental (que não é alcançada por muitos) não
são capazes de ler e escrever satisfatoriamente ou ter um domínio adequado dos conteúdos.
O fato é que os órgãos governamentais legitimam o compromisso com a inclusão social, mas
não provém de recursos para atendimento educacional das escolas públicas. O caso do uso da
língua de sinais pelo surdo é um exemplo significativo, pois afirma-lhes o direito de uso, mas
há apenas uma recomendação para que pais e professores aprendam essa língua.
A inclusão do aluno surdo não deve ser norteada pela igualdade em relação ao ouvinte e sim
em suas diferenças sócio, histórico, culturais, às quais o ensino se ancore em fundamentos
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linguísticos, pedagógicos, políticos, históricos, implícito nas novas definições e representações
sobre a surdez. Todavia, seleccionaruma língua traz uma série de tensões, principalmente por
se inscreverem um grupo maioritáriode ouvintes, e outro grupo minoritário daqueles que não
ouvem.
A escola, ao considerar o surdo como ouvinte numa lógica de igualdade, lida com a pluralidade
dessas pessoas de forma contraditória, ou seja, negalhe sua singularidade de indivíduo portador
de deficiência auditiva. Tais inconsistências reivindicam uma revisão educacional, que trace
uma nova visão curricular com base no próprio surdo.
Na educação dos surdos, o currículo faz parte de práticas educativas e é efeito de um discurso
dominante nas concepções pedagógicas dos ouvintes. Estas acções materializam-se na
afirmação de que o currículo é um espaço contestado de relação de poder, o que significa dizer
que, nas práticas escolares, estas questões estão literalmente veiculadas em uma ordem
necessária.
O que a escoladiscute actualmente, por meio de seu currículo, é que “como se organizam os
saberes e o conhecimento dentro do espaço para se ter uma educação de qualidade” (SILVA,
2001). Mas, para que estas questões passem a ser legítimas, é necessário ir além delas, olhando
o currículo não apenas como organização de conteúdo, pois a educação não é neutra em seus
valores.
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Conclusão:
Contudo a medida da perda auditiva não é suficiente para medir o real problema de audição
que uma pessoa apresenta. Faz-se necessário mensurar também qual o espectro de frequência
que está afectado pela surdez. Considera-se que as perdas auditivas nas frequências baixas são
mais prejudiciais do que as perdas nas frequênciasaltas. “Para compreendermos a causa disto
teremos de analisar a relação entre a frequênciade um som e o tom com que este som se
percebe”. (CRYSTAL, 1983).
Essa variação denomina-se uma oitava. “Ora bem, percebe-se como uma oitava superior a um
tom dado, o som, em termos físicos, dobra a frequênciado primeiro. Desta forma, embora entre
2000 Hz e 4000 Hz haja uma distância física de frequênciamenos do que entre 100Hz e
2000Hz, porém à distância perceptiva de tons é muito maior”. (FRY et. Al., 1982).
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Referências Bibliográficas
ADAMS, Ronaldo C. Et. Ali ( 1985). Jogos, esportes e exercícios para o deficiente físico. São
Paulo, Ed. Manole Ltda.
BIANCHETTE, Lucídio & FREIRE, Ida Mara (1998). Um Olhar sobre a diferença: integração,
trabalho e cidadania. Campinas, SP, Papirus.
FREITAS, Patrícia Silvestre de & CIDADE, Ruthe E. A. (1997) Noções sobre educação física
e esporte para pessoas portadoras de defiviência: uma abordagem para professores de 1º e 2º
graus. Uberlândia MG, gráfica Brenda.
MAZZOTTA, Marcos J.S.( 1996). Educação especial no Brasil: história e políticas públicas.
São Paulo, Cortez.
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