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a PESSOAS
com
DEFICIÊNCIA
DEFICIÊNCIA
GUIA PARA FAMILIARES E CUIDADORES
Organizadores: Prof. Dra. Andressa da Silveira, Prof. Dra. Alexa Pupiara Flores Coelho, Prof. Dra. Marta Cocco da
Costa, Acad. Enfermagem Thaylane Defendi, Acad. Enfermagem Yasmim Sabrina Costa, Prof. Dra. Andressa de
Andrade, Prof. Dra. Darielli Gindri Resta Fontana, Prof. Dra. Ethel Bastos da Silva, Prof. Dra. Isabel Cristina dos
Santos Colomé e a Psicóloga Ana Andreia Sawaris.
ISBN - 978-65-992257-4-1
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
QUAL É O OBJETIVO
DESTE GUIA?
Oferecer algumas estraté gias para auxiliar os familiares e
cuidadores de crianças, adolescentes, adultos e idosos com algum tipo de
de iciê ncia a conhecer a rede de atendimento a pessoas com de iciê ncia,
alguns cuidados importantes para o cotidiano das pessoas com de iciê ncia e
os seus direitos relativos a inclusão, acesso e acessibilidade.
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QUEM SÃO AS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA?
Art. 2º - Considera-se pessoa “com
d e i c i ê n c i a” a q u e l a q u e t e m
impedimento de longo prazo de
natureza fı́sica, mental, intelectual
ou sensorial, o qual, em interaçã o
com uma ou mais barreiras, pode
obstruir sua participaçã o plena e
efetiva na sociedade em igualdade de
condiçõ es com as demais pessoas.
Fonte: Brasil, 2015
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Inclui os diferentes tipos de limitaçõ es motoras, como:
(tetraplegia);
Ter di iculdades fıśicas em decorrê ncia de
Y
paralisia cerebral;
Nã o possuir alguma parte do corpo, como
Y
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DEFICIÊNCIA PSICOSSOCIAL
DEFICIÊNCIA VISUAL
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Inclui limitaçõ es no funcionamento ou
desenvolvimento intelectual. Caracterizada por:
Y
Di iculdade para a comunicaçã o, para os
Y
cuidados pessoais, habilidades sociais,
autonomia para as atividades diá rias.
DEFICIÊNCIA MULTIPLAS
Inclui a existê ncia simultâ nea de dois ou mais
tipos de de iciê ncia na mesma pessoa.
O SUS está disponível para todas as pessoas com de iciência. Seus familiares
e cuidadores podem recorrer aos serviços para prevenção, acompanhamento
ou em situaçã o de acidentes ou adoecimento.
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ONDE COMEÇA O SEU
ACESSO AO SUS?
As unidades Estratégias de Saúde da Família (ESF) sã o a “porta de entrada”
do SUS. Se você faz parte da á rea de cobertura da ESF, você pode:
Receber a visita mensal de um Agente Comunitário de Saúde.
Esse pro issional é seu elo de comunicaçã o com a ESF. Ele vai
acompanhar sua famıĺia, levar suas necessidades de saú de à
unidade e informar você sobre o funcionamento, horá rios e
agenda da ESF.
Se você nã o faz parte da á rea de cobertura de uma ESF, pode haver uma
Unidade Básica de Saúde (UBS) pró xima à sua casa. Este local també m
acolherá você .
Tanto na ESF quanto na UBS, você poderá :
Ser atendido pelo mé dico e pelo enfermeiro por meio de
consultas para seu familiar com de iciê ncia, para você e para os
outros membros de sua famıĺia, tanto para acompanhamento e
prevençã o, quanto em decorrê ncia de algum acidente ou doença;
Ser atendido pelo té cnico de enfermagem e odontó logo de acordo
com suas necessidades de saú de;
Receber medicamentos para tratamentos de saú de, realizar
procedimentos (como vacinas, curativos, administraçã o de
medicamentos, testagens rá pidas, exames preventivos,
sondagens e outros cuidados);
Receber encaminhamento para exames e atendimentos em
outros nıv́eis de complexidade do sistema de saú de.
Participar de atividade educativas em saú de individuais e coletivas com
objetivos de oportunizar informaçõ es e conhecimentos que possam ajudar na
melhoria das suas condiçõ es de saú de.
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Os profissionais de saúde da ESF ou UBS poderão fornecer
acompanhamento e ajuda para que os familiares cuidadores
possam aprender a fornecer os cuidados diários às pessoas com
deficiência. Por isso, é muito importante que essas famílias
mantenham o vínculo com seus serviços de referência.
Eventualmente, a pessoa com de iciê ncia poderá passar por situações de
urgência e emergência.
As situaçõ es de urgê ncia e emergê ncia sã o quando a pessoa com
de iciê ncia está sob intenso sofrimento ou quando corre risco
iminente de morte ou sequelas, necessitando de atendimento
imediato.
Sã o exemplos de situaçõ es de urgê ncia e emergê ncia: paradas
respirató rias ou cardıácas, sangramento intenso, fratura de algum
osso, afogamento, engasgamento, acidentes, falta de ar intensa,
suspeita de AVC ou infarto, intoxicaçã o, queimaduras, entre outros.
Importante! Algumas situaçõ es em pessoas com de iciê ncia
psicossocial ou intelectual també m sã o consideradas como
urgê ncia: crises graves de pâ nico ou ansiedade; crises em que a
pessoa ofereça risco a si mesma ou a outras pessoas; tentativa ou
ameaça de suicıd ́ io.
Quando isso acontecer e a ESF ou UBS nã o puderem resolver o problema, os
familiares cuidadores podem:
Procurar uma Unidade de Pronto-S ocorro e Pronto
Atendimento, onde a pessoa com de iciê ncia será avaliada por
uma equipe de saú de.
Caso a pessoa com de iciê ncia nã o possa ser conduzida a estes
locais, o familiar cuidador poderá ligar para o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), discando 192. Os
pro issionais do SAMU irã o onde a pessoa com de iciê ncia estiver e
farã o o atendimento no local, e, se necessá rio, a conduzirã o até um
hospital.
O SUS oferece todos esses serviços de maneira 100% gratuita. Eles sã o mantidos
com os valores dos impostos pagos por todos os brasileiros. A pessoa com
de iciê ncia e sua famıĺia tê m direito a fazer uso do SUS e obter atendimento com
qualidade, resolutividade e respeito.
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Cuidando de pessoas com
deficiência o que é
IMPORTANTE
SABER?
Conviver e cuidar de uma pessoa com
de iciê ncia pode ser um desa io para
familiares cuidadores. Pessoas com
de iciê ncia necessitam de atençã o,
carinho e alguns cuidados especiais,
de acordo com o tipo e grau de
de iciê ncia que possuem.
ALIMENTAÇÃO
Pessoas com de iciê ncia, assim como seus familiares cuidadores e outros
membros da famıĺia, necessitam de alimentos saudáveis e nutritivos.
A alimentaçã o deve ser a mais variada e saudá vel possıv́el, de acordo com as
possibilidades inanceiras da famıĺia.
Alé m disso, o consumo de água deve ser frequente, pois é importante para a
manutençã o da saú de.
Algumas pessoas com de iciê ncia se alimentam por meio de sondas nasais
(que sã o inseridas pelo nariz) ou gá stricas (inseridas cirurgicamente no abdome). A
alimentaçã o, nesses casos, é composta por uma dieta especial, que pode ser obtida
junto à Secretaria Municipal de Saú de. A prescriçã o de quantidades, horá rio e modo
de administraçã o da dieta e da á gua pela sonda poderá ser feita pelos pro issionais
de saú de que acompanham a famıĺia.
Algumas pessoas com de iciê ncias fı́sicas, psicossociais ou intelectuais
podem apresentar risco de engasgo ou afogamento. Nesses casos, os alimentos
devem ser preparados, devendo ser preferencialmente de textura mais pastosa
(para diminuir o risco de engasgos). Alé m disso, os lıq ́ uidos podem ser engrossados
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com amido de milho ou outros engrossantes industrializados, diminuindo, assim, as
chances de afogamento. E fundamental que estes cuidados sejam tomados a partir da
orientaçã o de um pro issional de saú de, que saberá avaliar o risco de engasgo ou
afogamento da pessoa com de iciê ncia, bem como orientar o familiar cuidador sobre
os modos mais adequados e seguros de preparar e oferecer as refeiçõ es.
Pessoas com de iciê ncia, assim também con iar nas múltiplas
como outras pessoas em geral, gostam possibilidades de superação e
de ter autonomia e privacidade para adaptação do seu familiar.
realizar seus cuidados de higiene. O Alguns cuidados importantes
cuidador familiar deve respeitar a na higiene de pessoas com de iciê ncia:
privacidade desta pessoa e permitir que O banho e os cuidados com a
ela tenha toda a autonomia que for higiene ı́ntima sã o fundamentais
possıv́el para cuidar de si mesma. para a saú de e para o bem estar da
Ter uma de iciê ncia é um pessoa com de iciê ncia. Ofereça
d e s a i o e ex i g e u m p ro c e s s o d e ajuda se estes cuidados forem
adaptaçã o que pode levar muito tempo. difıćeis para seu familiar. Peça ajuda
A pessoa com de iciê ncia deve aprender de outros familiares caso estes
a conviver com suas di iculdades e cuidados forem difı́ceis para você
descobrir maneiras de contorná -las. sozinho.
Para isso, seu familiar cuidador deve A higiene da boca, dos dentes e
o fe re c e r a p o i o , s e c o l o c a n d o à do rosto, alé m de garantir saú de, é
disposiçã o para auxiliar quando for importante para que a pessoa com
solicitado. Mas, ao mesmo tempo, deve de iciê ncia se sinta à vontade para se
possibilitar que a pessoa com comunicar e conviver com outras
de iciê ncia tenha espaço e autonomia pessoas.
para aprender a desenvolver suas Pessoas com de iciê ncia devem
atividades cotidianas, desde que com usufruir de espaços ventilados e ter
segurança. contato com raios solares.
As crianças e adolescentes com Pessoas com de iciê ncia que sã o
de iciê ncia devem receber estı́ m ulo acamadas ou cadeirantes podem
para que se desenvolvam e adquiram desenvolver lesõ es de pele, alé m de
habilidades, dentro das possibilidades outros problemas de saú de, por
que suas condiçõ es lhes permitam. permanecerem muito tempo em uma
Para adultos e idosos, ser mesma posiçã o. Os pro issionais de
dependente dos cuidados de um saú de da ESF ou UBS poderã o ensinar
familiar pode acentuar quadros de sobre os cuidados para evitar isso, como
depressã o. Além de cuidar, é preciso evitar que a pessoa ique muitas horas
em uma mesma posiçã o.
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Pessoas com de iciência, assim como outras pessoas, na maior
parte das vezes, também possuem vaidade. Podem não gostar, por
exemplo, de estar vestindo apenas fraldas, mesmo que o clima esteja
quente. Podem não gostar de ter partes de seu corpo à mostra. Por outro
lado, podem gostar de estar com os cabelos arrumados, usando sapatos e
vestindo uma roupa de acordo com a ocasião, mesmo que simples.
Lembre-se que o indivíduo com de iciência é uma pessoa como
qualquer outra. Possibilite que ele escolha suas roupas e calçados, seu
corte de cabelo, o comprimento de sua barba e bigode. Possibilite que ele
tenha autonomia e individualidade.
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As atividades de lazer també m sã o importantes para as pessoas com
de iciê ncia. Muitas vezes pode ser difıćil deslocar essas pessoas para os
espaços pú blicos, sobretudo, quando sã o acamadas ou cadeirantes. No
entanto, é importante saber que pessoas com de iciê ncia nã o podem viver
con inadas no ambiente domé stico. Portanto, o cuidador familiar, com ajuda e
apoio de outros membros da famıĺia, vizinhos e amigos, deve encontrar
possibilidades, de acordo com sua realidade, para promover momentos de
lazer e distraçã o à pessoa com de iciê ncia.
E importante saber que nem sempre a pessoa com de iciê ncia é tã o frá gil que
nã o possa ter contato com animais, crianças ou elementos da natureza (como
um chã o coberto de areia, um gramado, á gua de um balneá rio ou piscina,
vento ou o sol leve). Busque proporcionar estes momentos ao seu familiar.
Pessoas com de iciê ncia podem assumir tarefas e responsabilidades, de
acordo com suas capacidades e vontade. Realizar atividades domé sticas,
participar do cuidado à s crianças, acompanhar familiares em compras no
supermercado ou farmá cia sã o atividades que ajudam a manter essas
pessoas ativas e menos ociosas.
Atividades religiosas també m sã o importantes. Se a pessoa com de iciê ncia
tem desejo de praticar alguma crença, e se nã o há possibilidade de que ela
acompanhe cultos e outras atividades nos templos, possibilite que ela exerça
sua fé no domicı́lio, tendo momentos e rituais de espiritualidade e
religiosidade.
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Dicas para uma
convivência respeitosa
e promotora de autonomia à
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Pessoas com de iciê ncia muitas vezes precisam de auxıĺio, mas també m
gostam de ter autonomia. Se quiser ajudar, pergunte antes se a pessoa precisa ou
se deseja ser ajudada, e como você pode fazer isso.
Uma cadeira de rodas, uma muleta ou bengala fazem parte do espaço
corporal de uma pessoa com de iciência ísica. Nã o se apoie nestes objetos, nã o
os use para pendurar bolsas ou casacos, nã o apoie os pé s. Pois estes objetos sã o
de uso pessoal da pessoa e isso pode constrangê -la.
Ao conduzir uma pessoa em uma cadeira de rodas, faça isso com
delicadeza. Se parar para conversar com algué m, deixe a pessoa
com de iciê ncia de frente para o grupo, nunca de costas.
Ao acompanhar uma pessoa com de iciência visual, ofereça seu braço
(cotovelo) para que ela o segure, caso ela deseje. Nã o a agarre ou puxe pelo braço
ou a bengala. Descreva para ela o ambiente, para que ela possa se orientar.
Informe a pessoa sobre os obstá culos que estiverem no caminho;
Ao se retirar do ambiente, avise-a, para que nã o ique falando
sozinha;
O cã o guia nã o pode distrair-se do seu dever. Evite brincar com
ele ou entretê -lo com brinquedos.
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Ao se comunicar com uma pessoa com de iciência auditiva, procure
nã o aumentar o tom de voz, a menos que isso seja solicitado por ela. Fale
pausadamente e olhando para a pessoa, para que ela compreenda que está se
dirigindo a ela e para que ela compreenda o movimento dos lá bios.
Caso a pessoa com de iciê ncia tenha di iculdades de
comunicaçã o, ajude-a a encontrar estraté gias, como escrever,
usar sım
́ bolos ou sinais. A comunicaçã o é muito importante para
que estas pessoas nã o se sintam sozinhas.
Ao conviver/cuidar com uma pessoa com de iciência psicossocial ou
intelectual, nã o reforce ou incentive falas ou atitudes infantis, como se
conversasse com uma criança (usando, por exemplo, termos como “lindinho”,
“fo inho”). Trate crianças como crianças, adolescentes como adolescentes,
adultos como adultos. Idosos em geral nã o devem ser tratados como criança,
tendo ou nã o algum tipo de de iciê ncia.
Nã o subestime a inteligê ncia de pessoas com de iciê ncia
psicossocial ou intelectual. Apesar de terem singularidades,
podem adquirir habilidades e conhecimentos. Ajude-as a se
desenvolverem por meio da comunicaçã o e da inclusã o familiar e
social.
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Você sabia que os direitos das pessoas com deficiência
estão dispostos em uma única lei?
A Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, denominada Lei Brasileira de
Inclusã o da Pessoa com De iciê ncia, juntou ou organizou esses direitos em uma
só . Por isso é també m chamada Estatuto da Pessoa com De iciê ncia, exatamente
porque reuniu numa só lei os direitos que até entã o eram esparsos, dispersos.
Essa lei tem o objetivo de assegurar e promover, em condiçõ es de igualdade, os
direitos e as liberdades fundamentais da pessoa com de iciê ncia, visando à sua
inclusã o social e cidadania.
SAÚDE EDUCAÇÃO
DIREITO MORADIA
À VIDA
HABILITAÇÃO TRABALHO
E REABILITAÇÃO
ASSISTÊNCIA MOBILIDADE
SOCIAL
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Vamos falar sobre a INCLUSÃO das
Pessoas com Deficiência ?
A pessoa com de iciê ncia tem direito à inclusã o no trabalho, em
igualdade de oportunidades com as demais pessoas, onde devem ser respeitadas
as regras previdenciá rias e de acessibilidade!
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Comportamentos inclusivos com pessoas que apresentam de iciência
visual:
- Em passeios com pessoa que apresente de iciê ncia visual, possibilite que ela segure
seu braço. Se o local for mais estreito, ela deve icar atrá s de você , evitando choque
ou colisõ es em obstá culos.
- Durante refeiçõ es, leia o cardá pio e ofereça auxıĺio para servi-la, cortar e temperar
alimentos.
- Sempre que se aproximar da pessoa com de iciê ncia visual, identi ique-se e, se for
oferecer ajuda, certi ique-se antes se ela aceita/necessita de auxıĺio.
- Quanto a aparê ncia e estima, é importante avisar de forma discreta e respeitosa
sobre à aparê ncia, inclusive ajudá -la a abotoar a blusa, caso necessite.
- No ambiente domé stico, mantenha as portas fechadas ou totalmente abertas, os
espaços nã o devem ter obstá culos (isso inclui mó veis, tapetes, brinquedos).
- Ao orientar uma pessoa que possui de iciê ncia visual, seja claro, a orientaçã o deve
ser objetiva no sentido de orientar a direçã o (direita, esquerda, acima, mais alto,
etc).
- Ao guiar uma pessoa cega até um ô nibus, ao se aproximar de sua porta, indique-lhe
as barras de apoio para que ela possa embarcar com segurança.
- Em festas ou reuniõ es coletivas, oriente de forma discreta sobre a aproximaçã o de
pessoas e indique quem é e qual é a direçã o.
- Para maior autonomia, a pessoa pode utilizar bengala, cã o guia, pois eles podem
auxiliar a evitar quedas na rua, raıźes de á rvores, calçadas quebradas e podem
ofertar maior segurança no ambiente pú blico.
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- Se houver inté rprete de sinais acompanhando a pessoa com de iciê ncia auditiva,
ainda sim, mantenha-se na direçã o dos olhos para que você possa entender o que a
pessoa está dizendo.
- Você pode pedir que a pessoa escreva o que ela quer dizer, pode ser um facilitador
para garantir a compreensã o do recado ou informaçã o.
- Em ambientes pú blicos, a presença de recursos visuais impressos é uma boa
estraté gia para a comunicaçã o sobre direçã o, horá rios, facilitando a orientaçã o e
comunicaçã o.
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O QUE É
ACESSIBILIDADE?
De acordo com a Lei nº 13.146/2015, acessibilidade é a possibilidade e
condiçã o de alcance para utilizaçã o, com segurança e autonomia, de espaços,
mobiliá rios, equipamentos urbanos, edi icaçõ es, transportes, informaçã o e
comunicaçã o, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros
serviços e instalaçõ es abertos ao pú blico, de uso pú blico ou privados, de uso
coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa “com de iciê ncia” ou
com mobilidade reduzida.
Fonte: Brasil, 2015
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Fatores que
comprometem a
ACESSIBILIDADE:
BARREIRAS...
Arquitetônica: presentes nas á reas pú blicas e privadas.
De transporte: presentes nos meios de transporte, e di icultando a
utilizaçã o pela pessoa com de iciê ncia.
De comunicação: entraves ou limitaçõ es para expressar ou receber
mensagens e informaçõ es.
Atitudinal: atitudes que impedem a participaçã o social da pessoa com
de iciê ncia.
Tecnológica: sã o aquelas que impedem o acesso à s tecnologias à s
pessoas com de iciê ncia.
São chamados de
adaptação razoável
os ajustes necessário que garantem
o exercício de direitos das
pessoas com deficiência!
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Você conhece o BPC?
O Bene ício de Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgâ nica
da Assistê ncia Social (LOAS) é a garantia de um salá rio mın
́ imo mensal à pessoa
com de iciê ncia que nã o possua meios de prover a pró pria manutençã o. Para ter
direito, é necessá rio que a renda por pessoa do grupo familiar seja menor que
1/4 do salá rio mın
́ imo.
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FIQUE ATENTO!
A comprovaçã o da de iciê ncia é analisada pelo Serviço Social e pela
Perıćia Mé dica do INSS;
Nã o é possıv́el acumular o BPC com outro benefıćio da Seguridade Social
(aposentadorias e pensã o) ou de outro regime, inclusive seguro
desemprego, exceto com benefı́cios da assistê ncia mé dica, pensõ es
especiais de natureza indenizató ria e remuneraçã o advinda de contrato
de aprendizagem.
Fonte: INSS, 2020
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CUIDADO E CONVÍVIO
COM PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA
GUIA PARA FAMILIARES E CUIDADORES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INSS, 2020
https://www.inss.gov.br/bene icios/bene icio-assistencia-a-pessoa-com-
de iciencia-bpc/
Brasil, 2015
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
Curitiba, 2018
http://www.pessoacomde iciencia.curitiba.pr.gov.br/conteudo/cartilha-
2018/154
De icienteonline, 2020
https://www.de icienteonline.com.br/de iciencia-quem-sao-as-pessoas-com-
de iciencia___3.html
Brasil, 1988;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
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CUIDADO E CONVÍVIO
COM PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA
PROJETO
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE EM PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA, FAMÍLIA E REDE DE APOIO NO CENÁRIO RURAL:
múltiplas vulnerabilidades.
ISBN 978-65-992257-4-1