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CARTILHA DA

PESSOA COM
DEFICIÊNCIA EM
SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA

IDEALIZAÇÃO

APOIO
ELABORAÇÃO:
Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação
Aliny Santa Rosa da Silva
Hérica Caroline D. F. Oliveira
Lorena Sarmento Penha
Mariana Pinheiro do Nascimento
Naiandra Cristine G de Matos
Paola Alejandra Valenzuela Reyes
Silvia Tavares de Amorim

Clínica de Atenção à Violência - UFPA


Ananda Aline Barros Pinheiro dos Santos
Luanna Tomaz de Souza

Comissão de Proteção aos Direitos das Pessoas com


Deficiência da OAB-PA
Gisele de Souza Cruz da Costa
Associação dos Pais e Amigos dos Autistas
de Ananindeua (ONG APAN)
Cleide Souza Teles
Associação de apoio e orientação aos pais (GAOPA)
Joelma Braga Albuquerque

ONG AMORA
Cristina Cardoso da Costa Serra
Movimento Orgulho Autista do Brasil (MOAB)
Lílian Carla Soares da Costa

Associação de Discentes com Deficiência (ADD-UFPA)


Kamilla Sastre da Costa

Associação Paraense das Pessoas com


Deficiência (APPD)
Jhenifer C M da Costa
Jordeci Chaves Santa Brígida
SUMÁRIO

1. Apresentação 1
2. Definição dos tipos de deficiência 2

3. Quais os direitos da Pessoa com Deficiência? 7

4. Pessoas com deficiência na Amazônia 9

5. O que é Capacitismo? 10

6. O que é violência? 12
7. Tipos de violência 13
8. Quem violenta? 16

9. As principais vítimas são 18


10. Em casos de violência, o que devo fazer? 19

11. O que pode acontecer? 20

12. Rede de enfrentamento à violência 21


1
APRESENTAÇÃO

Esta cartilha se construiu a partir das demandas de mulheres


com deficiências atendidas pelo Serviço Social do Centro Integrado
de Inclusão e Reabilitação (CIIR), ligado à Secretaria de Saúde
Pública do Estado do Pará (SESPA).

As demandas tinham relação com a invisibilidade social de


mulheres com deficiência em situação de violência. A partir disto,
buscou-se o fortalecimento dessa discussão com entidades que as
representassem, assim como entidades que estão presente na
rede atendimento.

Compartilhar informações que contribuam para o processo de


inclusão é uma forma eficaz de se buscar a tão necessária
equidade social.

Assim sendo, esta cartilha tem por objetivo esclarecer dúvidas e


evidenciar direitos daquelas e daqueles que possuem algum
impedimento de natureza física, intelectual, visual e/ou auditiva e
que se encontrem em situação de violência.
Nesta cartilha você encontrará informações sobre os tipos de
violência, quais os direitos da pessoa com deficiência e onde deve
buscar atendimento, caso sofra violência.

Esperamos que a leitura seja agradável e esclarecedora.

As/os autoras/es
2

2.DEFINIÇÃO DOS TIPOS


DE DEFICIÊNCIA
Tipos de deficiência:

Para melhor leitura é necessário entender e identificar o


que é definido como deficiência e quais seus tipos.
[1]
Segundo a Lei Federal n° 13.146/2015, a pessoa com
deficiência é aquela que tem impedimento de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial e visual, sendo classificadas como:

• Física: É caracterizada pela


alteração completa ou parcial
de uma ou mais partes do
corpo. Estas deficiências podem
decorrer de mal formações,
lesões neurológicas ou lesões
neuromusculares. Alguns
exemplos são: paralisia
cerebral, hemiplegia,
tetraplegia, paraplegias,
paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraparesia,
triplegia, hemiplegia,
hemiparesia, amputações etc.

1 BRASIL, Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm.
3

• Auditiva: Se configura como a


perda bilateral, parcial ou
total, de quarenta e um
decibéis (dB) ou mais, aferida
por audiograma nas
frequências de 500Hz, 1.000Hz,
2.000Hz e 3.000Hz. Estas
perdas podem ser classificadas
em diferentes níveis: leve,
moderada, acentuada, severa,
profunda ou perda total da
audição.

• Intelectual: Caracterizada por


alterações no funcionamento
psicológico, neuro motor e
intelectual com limitações
associadas a duas ou mais
áreas de habilidades
adaptativas, tais como a
comunicação, cuidado pessoal,
habilidades sociais, utilização
dos recursos da comunidade,
saúde e segurança, habilidades
acadêmicas, lazer e trabalho.
4

• Visual: Se define como a redução


parcial ou total da visão em um ou
nos dois olhos. Existem dois grupos
que caracterizam a deficiência
visual:

•Pessoas com visão subnormal


ou de baixa visão: apresentam
sintomas de redução da visão
central, diminuição da visão
periférica e das cores ou
incapacidade para adequação à
luz, contraste ou foco. Podendo
ser ocasionados por doenças
hereditárias, traumas, diabetes,
glaucoma, catarata, causas
congênitas e/ou doenças
relacionadas à idade etc.

•Pessoas cegas: quando há perda


total da resposta visual.
5

• Múltiplas: Podemos identificar


quando há associação de duas ou
mais deficiências. Entre as possíveis
situações de deficiência múltipla
encontra-se a paralisia cerebral,
diagnóstico referente à lesão cerebral
adquirida que pode afetar os
movimentos, a visão, a audição, a
função cognitiva, em diferentes
associações etc.
6

Por que não usar o termo "portadores"?


Este termo faz referência a algo que se "porta", como algo
temporário, quando a deficiência, na maioria das vezes, é
algo permanente.
Além disso, a expressão “portador de deficiência" pode se
tornar um estigma por meio do qual a deficiência passa a
ser a característica principal da pessoa em detrimento de
sua condição humana, o que não é compatível com um
modelo inclusivo, que visa a promoção da igualdade e não
discriminação.

[2]
Porque não usar apenas o termo "deficiente"?
Assim como no caso anterior, a utilização do termo isolado
ressalta apenas uma das características que compõem o
indivíduo, ao contrário da expressão "pessoa com
deficiência", que se mostra mais humanizada ao ressaltar a
pessoa à frente de sua deficiência, valorizando-a
independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou
intelectuais etc. Sendo a sua utilização uma perspectiva
mais humanizada que considera que estes indivíduos são,
antes de mais nada, pessoas.

2 Ministério Público do Paraná. Novo Conceito de pessoas com deficiência e


proibição de retrocessos. Disponível em:
https://pcd.mppr.mp.br/arquivos/File/novo_conceito_de_pessoa_com_deficiencia
_e_proibicao_do_retrocesso.pdf
7

3.QUAIS OS DIREITOS DA
PESSOA COM DEFICIÊNCIA?
A pessoa com deficiência tem diversos direitos
assegurados na Constituição, no Estatuto da Pessoa
com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) e na Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, tais como:

CIDADANIA
Às pessoas com deficiência devem ser garantidos
todos os direitos inerentes à
pessoa humana tais como o direito à: vida,
saúde, educação, trabalho, moradia, transporte,
esporte, cultura, lazer,
previdência social, dentre outros.

IGUALDADE
Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade
de oportunidades com as
demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de
discriminação.

ATENDIMENTO PRIORITÁRIO
A pessoa com deficiência tem direito a receber
atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade
de proteção e socorro, de atendimento em todas as
instituições,
disponibilização de recursos, tramitação processual
e acesso à informação.
8

ACESSIBILIDADE:
Direito de viver de forma independente e exercer
seus direitos de cidadania e
de participação social. O Estado deve garantir
condições para que as pessoas
com deficiência acessem todos os serviços
disponíveis e para que gozem de todos
os seus direitos.

ASSISTÊNCIA MATERIAL
A pessoa com deficiência tem direito a isenção de
alguns impostos e
taxas (como na compra de carros novos, a pessoa
com deficiência é isenta de
alguns impostos e tem a dedução no Imposto de
Renda para alguns gastos, como a
compra de cadeira de rodas). A pessoa com
deficiência também tem direito a
receber auxílios como: um salário-mínimo à pessoa
com deficiência com renda
familiar per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo;
auxílio-reabilitação
psicossocial de um salário-mínimo para quem tenha
recebido alta de hospitais
psiquiátricos; benefício no saque do FGTS para
comprar órteses e próteses,
dentre outros.
9

4.VIOLÊNCIA NA AMAZÔNIA
É de fundamental importância localizar territorialmente onde
nasceram as demandas para a construção e escrita desta
Cartilha: a Amazônia.

A Amazônia é um território integrado por 9 estados brasileiros,


com cerca de 27, 5 milhões de habitantes, composto por
diversos povos e territórios, com espaços que vão de grandes
centros urbanos modernos e populosos à pequenas cidades em
nível de quase completo isolamento.

Nesse território há a presença de populações tradicionais como


os quilombolas, seringueiros e ribeirinhos, além de cerca 170
etnias indígenas. A Amazônia é um local diverso e com
necessidades muito específicas devido a sua dimensão.

As pessoas com deficiências que vivem na Amazônia, integram


suas vivências com as especificidades do território. Podemos
aqui considerar a falta de acessibilidade em muitos lugares da
região devido a sua formação e distribuição territorial, a
dificuldade de locomoção em razão das grandes distâncias e a
falta de políticas públicas que assistam essa população.

Portanto, a ausência de acessos a serviços e políticas públicas


que se adaptem às características regionais traz profundo
impacto à realidade da população de pessoas com deficiência,
podendo ser caracterizada como uma expressão de múltiplas
violências.
10

5.O QUE É O CAPACITISMO?


O capacitismo constitui-se de atitudes discriminatórias contra

as pessoas com deficiência. É manifestado através de violências

que hierarquizam corpos e experiências a partir de conceitos de

normalidade e de capacidade funcional que giram em torno do

que é belo, aceito, apto, produtivo e capaz.

As atitudes capacitistas, ou seja, discriminatórias e arraigadas

de preconceito, são construídas a partir dos ideais de

corponormatividade, cujas crenças pressupõem que existem

corpos inferiores e incapazes de viver em sociedade por não se

adequar aos padrões impostos socialmente.  A lógica capacitista

diz que justamente por isso é necessário que estes corpos se

adequem a estes padrões ao invés da sociedade pensar em

formas de atender às diferentes condições humanas,

especialmente no que diz respeito às demandas de acessibilidade

e inclusão.
11

Situações de capacitismo são vivenciadas diariamente na vida

de pessoas com deficiência, no momento em que pretendem

concorrer a uma vaga de emprego, pleitear uma vaga na

Universidade, acessar o ensino regular, ter o direito de ir e vir na

cidade de forma segura e acessível, ter o direito de se relacionar,

de fazer escolhas, exercer a maternidade ou paternidade e tantas

outras situações que aproximam com demandas de outros grupos

sociais.

Nesse sentido, opressões como racismo, sexismo e homofobia

estão intimamente ligadas ao capacitismo, pois também são

discriminações que fazem parte da vivência das pessoas com

deficiência. Portanto, lutar contra o capacitismo é combater uma

violência que é manifestada muitas vezes de forma sutil, mas não

menos violenta e prejudicial às pessoas com deficiência.


12

6.O QUE É VIOLÊNCIA?


A violência é tudo que puder causar sofrimento
ou destruição ao ser humano, impedindo-o de
reagir. Considera-se violência contra a pessoa
com deficiência qualquer ação ou omissão,
praticada em local público ou privado, que lhe
cause morte, dano ou sofrimento físico ou
psicológico.

Nem todo ato de violência pode ser considerado


criminoso, mas isso não impede que possam ser
tomadas medidas cíveis ou criminais.

As deficiências estão entre os principais fatores


de propensão e a exposição aos atos de
violência.

Irmãos

Mães e Pais

Filhos

Vizinhos

Outros familiares

Pessoas com relações


de convivência
comunitária
13

7.TIPOS DE VIOLÊNCIA
FÍSICA
Entendida como qualquer conduta
que ofenda a integridade da pessoa
com deficiência, tais como lesão
corporal, mas também a negligência
e os maus- tratos.
Condutas como rasgar ou arrancar
roupas, puxar cabelo, a falta de
cuidados pessoais, aplicação de
restrições ou privações de animais
assistentes para pessoas com
deficiência visual, retenção ou
excesso de medicação.

MORAL
É  considerada qualquer conduta que
configure calúnia, difamação ou injúria.
Envolve condutas como a exposição
pública da vida da pessoa e sua
desvalorização, também envolve
xingamentos ou atribuição de fatos que
não são verdadeiros.
14

SEXUAL
Qualquer conduta que cause
constrangimento ao presenciar, a manter
ou a participar de relação sexual não
desejada mediante intimidação, ameaça,
coação ou uso da força.
Entre estes atos está o abuso sexual,
onde, no caso das pessoas com deficiência
a probabilidade de ter vivido trauma
[3]
durante a infância é 4 a 10 vezes maior .
Envolve também condutas de exploração
sexual, toques e beijos não desejados,
exposição à pornografia sem
consentimento. gravidez ou abortos
compulsórios, masturbação forçada,
imposição de posições sexuais dolorosas ou
desconfortáveis que desconsidere as
especificidades dos corpos com deficiência.
PATRIMONIAL
Qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de
seus objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e
direitos ou recursos econômicos, incluindo
os destinados a satisfazer suas
necessidades, como o uso do Benefício de
Prestação Continuada (BPC) por familiar
e/ou cuidador.

3 ROCHA, Fabiane. Violência física e psicológica contra as pessoas com


deficiência.
Disponível em: https://correiodoestado.com.br/artigos-e-opiniao/violencia-
fisica-e-psicologica-contra-as-pessoas-com-deficiencia/324683.
15
PSICOLÓGICA
É considerada como qualquer conduta que
cause dano emocional e prejudique ou
perturbe o pleno desenvolvimento do
indivíduo ou vise degradar ou controlar
suas ações e crenças.
Pode envolver a exclusão social, a
infantilização e as ações de restrição da
liberdade e diminuição da autoestima.
Também envolve condutas de manipulação,
humilhação, constrangimento, ameaças,
desvalorização, chantagem, isolamento
forçado dentro de casa ou em instituições,
ameaças de abandono cometidas por
cuidadores (as), vigilância constante e
violação da privacidade.
16

8.QUEM VIOLENTA?
VIOLÊNCIA FAMILIAR: Muitas vezes a
situação de violência pode ocorrer dentro
da família, desde o cuidado exagerado e
processo de infantilização até a violência
física. Isto pode dificultar a denúncia de
violência em decorrência dos laços
afetivos, medo ou vergonha. É importante
que nestes casos as pessoas peçam ajuda
de conhecidos ou de instituições para que
seja possível identificar as situações e que
sejam tomadas providências ecessárias. O
ambiente familiar é o principal local onde
ocorrem as violações, com 74% das
denúncias.[4]

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: Há muitos


relatos de violência que acontecem
por pessoas próximas àquelas com
deficiência como cuidadores/as e
atendentes pessoais e outras que
fazem parte do convívio destas. A
denúncia desses casos é dificultada
pela dependência, em especial nos
casos de deficiência intelectual. É
importante o acompanhamento
familiar e das instituições.

4. AGÊNCIA BRASIL. Mais de 11,7 mil pessoas com deficiência sofreram violência
em 2018. https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2019-
06/mais-de-117-mil-pessoas-com-deficiencia-sofreram-violencia-em-2018.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2019-
06/mais-de-117-mil-pessoas-com-deficiencia-sofreram-violencia-em-2018.
17

VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL: Em
muitos casos a violência ocorre no
âmbito das instituições. Desde a
falta de condições para o
atendimento (como rampas),
reprodução de lógicas
capacitistas, a falta de promoção
dos direitos assegurados ou a
violência por parte de profissionais
que ignoram os cuidados
necessários, não notificam ou
denunciam casos de negligência e
maus tratos.
18

9.AS PRINCIPAIS VÍTIMAS SÃO

Pessoas com deficiência


intelectual (64%);

Pessoas com deficiência física (19%)

Pessoas com deficiência visual (4%)

[5]
Pessoas com deficiência auditiva (2%).

5. AGÊNCIA BRASIL. Mais de 11,7 mil pessoas com deficiência sofreram violência
em 2018. https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2019-
06/mais-de-117-mil-pessoas-com-deficiencia-sofreram-violencia-em-2018.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2019-
06/mais-de-117-mil-pessoas-com-deficiencia-sofreram-violencia-em-2018.
19

10.EM CASO DE VIOLÊNCIA O


QUE DEVO FAZER?

PROCURE UMA
AUTORIDADE
E JUNTE PROVAS
FORMALIZE A
DENÚNCIA.
has,
Principalmente
po r Podem ser testemun
escrito. gravações de áudio,
Depois de form
alizar, vídeo ou cópias de
ndamento. mensagens.
acom pan h e o a

PROCURE APOIO

Não sofra sozinha (o).


Busque apoio de seus
,
familiares ou amigos
a
assim como assistênci
psicológica.
20

11.O QUE PODE ACONTECER?

Uma situação de discriminação ou violência pode ter várias


consequências que são autônomas e podem acontecer
paralelamente:

A) NO ÂMBITO CRIMINAL: A discriminação ou violência sofrida pode


configurar crime previsto na legislação. Nestes casos, é possível a
responsabilização criminal. O relato da ocorrência pode ser feito
em uma Delegacia de Polícia (de preferência naquela mais próxima
ao local do fato). Após a ocorrência policial, o/a delegado (a) deve
instaurar o Inquérito Policial ou o Termo Circunstanciado de
Ocorrência e encaminhar para a justiça.

B) NO ÂMBITO CIVIL: Quando o problema sofrido gerar danos


materiais, morais ou quaisquer outros, a pessoa pode ingressar
com ação cível de reparação de danos.

C) NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO: Diversos órgãos possuem esferas


próprias de controle, tais como ouvidorias e corregedorias. Você
pode procurar em órgãos como bancos, hospitais, polícias, dentre
outros, e formalizar sua denúncia pedindo providências.
21

12.REDE DE ENFRENTAMENTO
À VIOLÊNCIA
Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC)
Serviços Prestados: Promoção de políticas públicas integradas
voltadas à Pessoa com Deficiência com objetivo de promover a
habilitação, reabilitação e a promoção de sua inclusão à vida
comunitária.
Endereço: Av. Alm. Barroso, 1765 - Marco, Belém - PA, 66000-000.
Telefone recepção: (91) 98433-1131
Central de Intérpretes de Libras do Pará (CILPA)
Serviços Prestados: Atendimento especializado em tradução e
interpretação da Língua Brasileira de Sinais (Libras), com intérpretes
que estarão disponíveis para esclarecimentos, informações e
acompanhamento às pessoas surdas ou com deficiência auditiva.
Endereço: Av. Alm. Barroso, 1765 - Marco, Belém - PA, 66093-020
Telefone: (91) 98433-1131
E-mail: centraldelibras@seas.pa.gov.br
Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência do Pará (CEDPD/PA)
Serviços Prestados: Funções deliberativas, normativas,
controladoras, fiscalizadoras e consultivas, vinculado à Secretaria
de Estado de Assistência Social Trabalho Emprego e Renda–
SEASTER.
Endereço: Av. Alm. Barroso, 1765 - Marco, Belém - PA, 66093-020
Telefones: 98412 – 5549 / (91) 98433-1131
E-mail: conselhopcdpara@yahoo.com.br

Centro Dia de Referência para Pessoas Com Deficiência – Belém


Serviços Prestados: Acolhida, escuta e orientação, inserção em
atividades de convívio e de organização da vida cotidiana e apoio
às famílias e aos cuidadores de pessoas com deficiência.
Endereço: Trav. Nove de janeiro, 1692, São Brás, entre Conselheiro e
Gentil.
Telefones: 3259-7983 / 98423-6286
E-mail: centrodiabelem@gmail.com
22
Defensoria Pública do Estado do Pará
Setor: Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado
(NDDH)
Serviços Prestados: Busca garantir a promoção, proteção e defesa
dos direitos humanos oferecendo assistência jurídica integral aos
legalmente necessitados, preferencialmente no âmbito coletivo.
Telefone: (91) 3201-2680

Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA)


Setor: Procuradoria Especial da Mulher
Serviços Prestados: Promove políticas públicas e apoiar ações que
proporcionem melhor aplicação da Lei Maria da Penha e a
participação efetiva nas discussões que envolvem temáticas
femininas.
Endereço: Palácio Cabanagem – Rua do Aveiro, 130 – Praça Dom
Pedro II, Bairro: Cidade Velha, 66020-070
E-mail: procuradoriaespecialdamulher@alepa.pa.gov.br
Telefone: (91) 3213-4200 Ramal: 2111/3213-2111
Delegacia da Mulher (DEAM)
Serviços Prestados: Acolhimento/atendimento psicológico e social,
orientação e encaminhamento jurídico às mulheres vítimas de
violência.
Endereço Belém: Trav. Mauriti, nº 2393, Marco, 66095-740.
Endereço Ananindeua: Cidade Nova V, Trav. WE-31, nº 1.112,
Coqueiro.
Telefones: Belém (91) 3246-6803/4862/Ananindeua (91) 98435-
2596
E-mail: deam@policiacivil.pa.gov.br

Delegacia de Crimes Discriminatórios e Homofóbicos (DCCDH)


Serviços Prestados: Responsável pela apuração e acolhimento dos
casos de homofobia, injúria racial, racismo, tráfico de pessoas e
crimes contra as pessoas com deficiência.
Endereço: Rua Avertano Rocha, nº 417, Bairro Cidade Velha.
Telefone: (91) 3212-3626
Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA) BELÉM 23
Serviços Prestados: Recebimento e encaminhamento de crianças e
adolescentes em situação de irregularidade às entidades
competentes.
Endereço: Rua dos Caripunas, nº 1.200, entre Ruas Roberto
Camelier e Tupinambás, Jurunas, 66033-230
Telefone: (91) 3272-0779
E-mail: data@policiacivil.pa.gov.br

Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA)


Serviço Prestado: Assistência jurídica e psicossocial para crianças e
adolescentes vítimas de violência institucional, tráfico internacional
de seres humanos, redes de exploração sexual e violência
doméstica.
Endereço: Trav. Dom Romualdo de Seixas entre Bernal do Couto e
Jerônimo Pimentel, nº 918, Umarizal, 66050-110
Telefone: (91) 3241-7007
Email: cedecadenuncia@movimentodeemaus.org/ cedecaemaus@uol.com.br

Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (CEDENPA)


Serviços Prestados: Contribui na eliminação de todos os
mecanismos que produzam a discriminação racial, mediante a
proposição de políticas públicas adequadas e outras ações
necessárias à construção da equidade racial.
Endereço: Rua dos Timbiras, passagem Paulo VI, 244 – Cremação,
Belém-PA, 66045-520.
Telefone: (91) 3224-3280
E-mail: cedenpa@cedenpa.org.br

Clínica de atenção a violência (CAV) UFPA


Serviços Prestados: Aconselhamento jurídico e apoio psicossocial,
além de cuidados com a saúde da vítima em situação de violência,
em especial de grupos de vulneráveis como crianças, mulheres,
idosos, LGBT’s e pessoas com deficiência.
Endereço: Rua Augusto Corrêa, 01 - Guamá, Belém - PA, 66075-
110 Bloco L do Campus Profissional da UFPA
Telefone: (91) 3201-7273
Email: cavufpa@gmail.com
24
Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR)
Serviços Prestados: O complexo é constituído por um Centro de
Reabilitação, Centro de Especialidades Odontológicas do tipo II e
oficina ortopédica com intuito de incluir e reabilitar pessoas com
deficiência física, intelectual, auditiva e visual.
Endereço: Rodovia Arthur Bernardes, nº 1000, Val de Cães, Belém -
PA, 66110-010.
Telefone: (91) 4042-2158

OAB Pará – Comissão de Proteção dos Direitos da Pessoa com


Deficiência
Serviços Prestados: Análise de todas as matérias atinentes às
pessoas com deficiência, pelo recebimento, avaliação, fiscalização e
investigação de denúncias relativas a ameaça ou violação dos
direitos das pessoas com deficiência.
Endereço: Praça Barão do Rio Branco, 93, campina, Belém – PA,
66015-060
Telefone:4006-8600/4006-8603

Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH)


Setor: Coordenação de Promoção de Cidadania e Direitos Humanos
Serviços Prestados: Articulação com os diversos órgãos estaduais
em prol de garantir os direitos da pessoa com deficiência, mediante
a visitas técnicas e encaminhamentos necessários.
Endereço: Rua Vinte e Oito de Setembro, nº 339, Campina, 66010-
100.
Telefone: (91) 98419-2997
E-mail: dcdh.sejudh@gmail.com / cmdv.sejudh@sejudh.pa.gov.br

Ministério Público do Estado do Pará (MPPA)


Setores: Promotoria da violência doméstica e familiar e Promotoria
de Justiça de Defesa das Pessoas com Deficiência e Idosos.
Serviços Prestados: Atribuições judiciais e extrajudiciais, cíveis e
criminais, especiais, gerais e cumulativas.
Endereço: Rua Joao Diogo, 100 - Cidade Velha, Belém-PA, CEP
66015-165
Telefone: (91) 4008.0400 (Promotorias) e (91) 4006-3400 (Edifício
Sede)
25
Movimento do Orgulho Autista Brasil (MOAB) – Estadual Pará
Serviços Prestados: Entidade nacional não-governamental, sem fins
lucrativos, formada por familiares e amigos das pessoas com
autismo que promovem a melhoria da qualidade de vida das
pessoas diagnosticadas com autismo e suas famílias.
Email: moabestadualinclusaopara@gmail.com

Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD)


Serviços Prestados: Auxílio às pessoas com deficiência com serviços,
orientação e eventos, com intuito de inclusão social e luta por
direitos.
Endereço: Passagem Alberto Engelhard, 213, entre Nove de Janeiro
e Alcindo Cacela - São Brás, Belém - PA, 66040-520
Telefone: (91) 3249-4849

Associação de Discentes com Deficiência da UFPA (A.D.D)


Serviços Prestados: Congregar discentes com deficiência na busca
por inclusão e equidade nos espaços acadêmicos da UFPA.
Endereço: Rua Igarapé Tucunduba, 306 - Guamá, Belém - PA,
66075-155
E-mail: addufpa@gmail.com

Associação de apoio e orientação aos pais de autistas GAOPA


Serviços Prestados: Acolhimento às famílias de pessoas com
autismo com orientações de direitos e terapias; distribuição gratuita
de material informativo; apresentação de demandas junto ao
Ministério Público, Secretarias Municipais, Conselhos de saúde,
Educação, Assistência e dos direitos da Pessoa com deficiência.
Endereço: Rua João Pantoja de Castro, nº 319 – Barcarena-PA.
Telefone: (91) 98890-3733

Associação dos pais e amigos dos autistas de Ananindeua (ONG


APAN)
Serviços Prestados: Orientação, acolhimento e cadastro para quem
quiser fazer parte da Associação (voluntários, amigos e familiares);
realização de eventos e oficinas, palestras e seminários.
Endereço: Travessa WE 21, nº 202, sala 102, edifício Office Portela,
Ananindeua-PA
Telefone: (91) 98285-3896
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Conselhos Tutelares
Serviços Prestados: Zela pelos direitos da criança e do adolescente,
com ações norteadas sob denúncias de violências praticadas.

Centros de Referência de Assistência Social – CRAS


Serviços Prestados: Fortalece as funções protetivas, previne a
ruptura de vínculos familiares, promove seu acesso e usufruto de
direitos e contribui com a melhoria de sua qualidade de vida. Além
de ações educativas / formativas de caráter preventivo com grupos
de crianças, adolescentes, jovens e pessoas idosas.

Centros de Referência Especializada de Assistência Social – CREAS


Serviços Prestados: Presta apoio, orientação e acompanhamento a
famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça
ou violação de direitos. Compreende atenções e orientações
direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o
fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais.

Serviço Especializado de Abordagem Social – SEAS


Serviços Prestados: Assegura trabalho social de abordagem e busca
ativa que identifique, nos territórios, a incidência de trabalho
infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, em situação
de rua, dentre outras.

Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de


Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação
de Serviços à Comunidade (PSC)
Serviços Prestados: Provem atenção socioassistencial e
acompanhamento a adolescentes e jovens em cumprimento de
medidas socioeducativas em meio aberto.

Fundação PARÁPAZ
Serviços Prestados: Oportuniza a população quanto ao acesso a
serviços de saúde, educação em espaços mais adequados para o
desenvolvimento de um tecido social mais apropriado para a
prevenção da violência.
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Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
Serviços Prestados: Realiza atendimentos de cuidados intermediários
entre o regime ambulatorial e a internação hospitalar, por equipe
multiprofissional, constituindo-se também em porta de entrada da rede
de serviços para as ações relativas à saúde mental.

Disque Direitos Humanos – disque 100


Serviços Prestados: Ações de proteção de crianças e adolescentes com
foco em violência sexual, vinculado ao Programa Nacional de
Enfrentamento da Violência Sexual contra crianças e adolescentes.

Disque denúncia – disque 180


Serviços Prestados: Presta uma escuta e acolhida qualificada às
mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha
denúncias de violência contra mulheres aos órgãos competentes.

ParaPaz Acolhe
Serviços Prestados: O ParaPaz é uma plataforma digital que irá auxiliar e
dar apoio para mulheres e crianças vítimas de violência doméstica e
sexual em todo o nosso Estado do Pará, através do acolhimento
humanizado por assistentes sociais e psicólogas. Atendimentos pelo site:
www.sistemas.pa.gov.br/parapaz-acolhe - Segunda a Sexta-feira das
8h às 17h.

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