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Direito das pessoas com deficiência.

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que citada a fonte.

Revisão de texto: Vanda Amorim e Ingrid Carmo - ASCOM DPE/BA


Projeto gráfico: Lucas Josué Dias - Designer ASCOM DPE/BA
Coordenação Editorial e de Produção: Assessoria de
Comunicação Social DPE/BA
Fotos: Banco de Imagens iStockPhotos. Lucas Josué Dias, p.34-35.
Tiragem: 1ª edição - 10 mil (fev/2019)

D313e
BAHIA. Defensoria Pública do Estado
Direitos das pessoas com deficiência / Defensoria Pública do Estado da Bahia.
- 1ª. ed. - Salvador: ESDEP, 2019.
36 p. : il..

Autoria: Cláudia Ferraz – Defensora Publica

1. Defensoria Pública - Cartilha. 2. Direitos fundamentais. 3. Pessoas com


Deficiência. 4. Direito. I. Título. II. Ferraz, Cláudia

CDD 341.27

Defensoria Pública do Estado da Bahia


Avenida Ulisses Guimarães, nº 3.386, Edf. MultiCab Empresarial
CEP - 41.219-400, Sussuarana, Salvador/Bahia
Sumário

Apresentação .................................................................... 5
Oração proferida nos Jogos da Boa Vontade,
realizados em Seatle, EUA, 1999...................................... 6
Conceitos importantes...................................................... 8
Direito à igualdade e à não discriminação...................... 13
Direito ao atendimento prioritário................................. 14
Direito à saúde................................................................. 15
Direito à educação........................................................... 16
Direito à moradia............................................................. 17
Direito ao trabalho.......................................................... 19
Direito à previdência/assistência social.......................... 21
Direito à cultura, ao esporte,
ao turismo e ao lazer....................................................... 23
Direito ao transporte e à mobilidade.............................. 24
Direito à acessibilidade................................................... 27
Direito de acesso à informação,
à comunicação e à justiça................................................ 28
Direito à cidadania e à dignidade................................... 29
Isenção de IPI, ICMS e IPVA para veículos..................... 32
Crimes contra a pessoa com deficiência......................... 32
Onde encontrar a Defensoria Pública?........................... 33
Outras instituições e órgãos de
proteção à pessoa com deficiência................................. 36
Apresentação Esta cartilha foi elaborada com o objetivo de levar às
pessoas com deficiência, seus familiares e demais
pessoas que com elas convivem, as informações ne-
cessárias sobre os seus direitos e as medidas que
devem adotar para a sua garantia, bem como as ins-
tituições e órgãos públicos que podem auxiliá-las
nessa tarefa.

Elaborado pela Defensoria Pública do Estado da


Bahia, por meio da Especializada de Proteção aos
Direitos Humanos e Itinerante da Capital, com a
aprovação da Rede Intersetorial de Apoio à Pessoa
com Deficiência e do Conselho Estadual dos Direitos
da Pessoa com Deficiência, este material visa a servir
como um guia de bolso, no qual se pode encontrar,
de forma rápida, esclarecimentos sobre diversos
direitos postos no ordenamento jurídico brasileiro e
baiano, facilitando o acesso à informação.

Pessoas com deficiência são, antes de mais nada,


PESSOAS. Pessoas como quaisquer outras, com
protagonismos, peculiaridades, contradições e singu-
laridades. Pessoas que lutam por seus direitos, que
valorizam o respeito pela dignidade, pela autonomia
individual, pela plena e efetiva participação e inclusão
na sociedade e pela igualdade de oportunidades, evi-
denciando, portanto, que a deficiência é apenas mais
uma característica da condição humana.

A finalidade desta cartilha não é trazer todos os da-


dos a respeito de cada direito, mas facilitar, como
dito, o acesso à informação, para que, a partir daí,
se possa buscar a sua garantia e efetivação, alcan-
çando-se, desse modo, o direito à igualdade e à não
discriminação, o direito à dignidade humana e a uma
vida acessível e plenamente inclusiva, em todas as
suas perspectivas.
Oração proferida nos Jogos
da Boa Vontade, realizados


em Seatle, EUA, 1999

Bem-aventurados os que compreendem o


meu estranho passo a caminhar e minhas
mãos atrofiadas.
Bem-aventurados os que sabem que
meus ouvidos têm que se esforçar para
compreender o que ouvem.
Bem-aventurados os que compreendem
que, ainda que meus olhos brilhem, minha
mente é lenta.
Bem-aventurados os que olham e não
vêem a comida que eu deixo cair fora do
meu prato.
Bem-aventurados os que, com um sorriso
nos lábios, me estimulam a tentar mais
uma vez.
Bem-aventurados os que nunca lembram
que hoje fiz a mesma pergunta duas vezes.
Bem-aventurados os que compreendem
que me é difícil converter em palavras os
meus pensamentos.
Bem-aventurados os que escutam, pois
eu tenho algo a dizer.
Bem-aventurados os que sabem o que sente
meu coração embora não possa expressar.
Bem-aventurados os que me amam como
sou, tão somente como sou e não como
eles gostariam que eu fosse”.
Conceitos
importantes

Pessoa com deficiência - aquela que tem impedimento de


longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou senso-
rial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas.

Nomenclaturas
Quando tratamos do tema pessoas com deficiência é
muito importante atentarmo-nos à evolução dos termos
para que se difunda o emprego correto. Lembre-se:

Deficiente significa incapacidade e define a pessoa por


algo que é apenas uma de suas características.

Portador de deficiência também já não é mais utilizado,


pois as pessoas não portam deficiências. Portar dá uma
ideia de carregar consigo, como quem porta os seus do-
cumentos, por exemplo.

Portador de necessidades especiais não define o grupo


de pessoas com deficiência, pois todos nós temos neces-
sidades especiais, de acordo com a idade, sexo, situação
de saúde etc.

Sendo assim, devemos utilizar a expressão:


PESSOA COM DEFICIÊNCIA
E se a pessoa não tiver deficiência?
PESSOA SEM DEFICIÊNCIA

8 Defensoria Pública do Estado da Bahia


Pessoa com mobilidade reduzida - aquela que tenha, por
qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanen-
te ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade,
da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção,
incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de
colo e pessoa obesa.

Acessibilidade - possibilidade e condição de alcance para


utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobi-
liários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, in-
formação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnolo-
gias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao
público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na
zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou
com mobilidade reduzida.

Barreiras - qualquer entrave, obstáculo, atitude ou compor-


tamento que limite ou impeça a participação social da pes-
soa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos
à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão,
à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à
circulação com segurança, entre outros, classificadas em
barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, nas
comunicações e na informação, atitudinais e tecnológicas.

Deficiência física - A deficiência física é qualificada como a


perda ou redução do funcionamento de um ou mais mem-
bros do corpo humano, dificultando ou impedindo o exercí-
cio de atividades corriqueiras. Caracteriza-se pela alteração
completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo
humano, acarretando o comprometimento da função física,
apresentando-se sob as seguintes formas:

Amputação - perda total ou parcial de um determinado


membro ou segmento de membro;

Paraplegia - perda total das funções motoras dos mem-


bros inferiores;

Direito das pessoas com deficiência 9


Paraparesia - perda parcial das funções motoras dos
membros inferiores;

Monoplegia - perda total das funções motoras de um só


membro (inferior ou superior);

Monoparesia - perda parcial das funções motoras de um


só membro (inferior ou superior);

Tetraplegia - perda total das funções motoras dos mem-


bros inferiores e superiores;

Tetraparesia - perda parcial das funções motoras dos


membros inferiores e superiores;

Triplegia - perda total das funções motoras em três membros;

Triparesia - perda parcial das funções motoras em


três membros;

Hemiplegia - perda total das funções motoras de um he-


misfério do corpo (direito ou esquerdo);

Hemiparesia - perda parcial das funções motoras de um


hemisfério do corpo (direito ou esquerdo);

Ostomia - intervenção cirúrgica que cria um ostoma (aber-


tura, ostio) na parede abdominal para adaptação de bolsa
de fezes e/ ou urina; processo cirúrgico que visa à cons-
trução de um caminho alternativo e novo na eliminação
de fezes e urina para o exterior do corpo humano (colos-
tomia: ostoma intestinal; urostomia: desvio urinário);

Paralisia cerebral ou paralisia motora - lesão de uma ou


mais áreas do sistema nervoso central, tendo como con-
sequência alterações psicomotoras, podendo ou não cau-
sar deficiência intelectual;

Nanismo - deficiência acentuada no crescimento. É im-


portante ter em mente que o conceito de deficiência inclui

10 Defensoria Pública do Estado da Bahia


a incapacidade relativa, parcial ou total, para o desempe-
nho da atividade dentro do padrão considerado normal
para o ser humano.

Os diversos tipos de deficiências físicas podem ser ocasionados


por acidentes, tais como automobilísticos, armas de fogo, que-
das, amputações, acidentes vasculares encefálicos (AVE), infec-
ções cerebrais, tumores, etc. Além disso, há deficiências causa-
das por má formação congênita, doenças genéticas, miopatias e
neuropatias de origem hereditária (Deficiência congênita).

Atenção!
A pessoa com deficiência pode desenvolver atividades
laborais, desde que tenha condições e apoio adequados
às suas características.

Deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de


quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiogra-
ma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

Deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é


igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor cor-
reção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual en-
tre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
os casos nos quais a somatória da medida do campo visual
em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; ou a ocor-
rência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

Deficiência mental - funcionamento intelectual significati-


vamente inferior à média, com manifestação antes dos 18
anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habili-
dades adaptativas, tais como:

1. comunicação;
2. cuidado pessoal;

Direito das pessoas com deficiência 11


3. habilidades sociais;
4. utilização dos recursos da comunidade;
5. saúde e segurança;
6. habilidades acadêmicas;
7. lazer; e
8. trabalho.

Deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências.

Dicas
• Não se apoie na cadeira de rodas. Isso pode causar
incômodo à pessoa com deficiência.

• Não coloque bolsas, casacos e outros pertences na ca-


deira de rodas.

• Use palavras como “correr” e “andar” naturalmen-


te. As pessoas com deficiência física também utilizam
estes termos.

• Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir


permissão e perguntar como deve proceder.

• Para conversar com uma pessoa em cadeira de rodas


(cadeirante), caso a conversa seja longa, sente-se para
ficar no mesmo nível de seu olhar.

• Se estiver acompanhando uma pessoa que anda deva-


gar, procure acompanhar o seu ritmo.

• A pessoa com paralisia cerebral ou motora pode apre-


sentar alguma dificuldade na comunicação; no entanto,
o seu raciocínio e capacidade intelectual são, em regra,
plenamente preservados, a menos que se trate de defi-
ciência múltipla.

• Ao conversar com pessoa com paralisia cerebral tenha


paciência para entender o que ela fala e, se ela estiver
acompanhada, lhe dê atenção; não se dirija ao acompa-
nhante para falar assuntos de interesse da pessoa.

12 Defensoria Pública do Estado da Bahia


Direito à igualdade
e à não discriminação
Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de opor-
tunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma
espécie de discriminação, estando protegida, ainda, de toda
forma de negligência, exploração, violência, tortura, cruelda-
de, opressão e tratamento desumano ou degradante. (Arts.
4º e 5º do Estatuto da Pessoa com Deficiência)

Como reforço ao respeito desses direitos, o aludido Estatuto


criminaliza a discriminação em face da pessoa com deficiên-
cia, podendo, ainda, a depender do caso, a pena ser aumen-
tada quando, por exemplo, o ato de agredir for realizado por
meios de comunicação (p. ex. redes sociais).
Direito ao
atendimento prioritário
A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimen-
to prioritário, especialmente quando se tratar de:

I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

II - atendimento em todas as instituições e serviços de aten-


dimento ao público;

III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tec-


nológicos, que garantam atendimento em igualdade de con-
dições com as demais pessoas;

IV - disponibilização de pontos de parada, estações e termi-


nais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e ga-
rantia de segurança no embarque e no desembarque;

V - acesso a informações e disponibilização de recursos de


comunicação acessíveis;

VI - recebimento de restituição de imposto de renda;

VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e ad-


ministrativos em que for parte ou interessada, em todos os
atos e diligências.

Atenção!
Na Saúde: Nos serviços de emergência públicos e priva-
dos, a prioridade conferida é condicionada aos protocolos
de atendimento médico.

14 Defensoria Pública do Estado da Bahia


Direito
à saúde

O direito à saúde, garantido às pessoas com deficiência, in-


clui a assistência médica no Sistema Único de Saúde - SUS,
bem como o fornecimento de medicamentos, próteses e
órteses gratuitos.

Além disso, os planos de saúde particulares não podem dis-


criminar a pessoa com deficiência, recusando sua inclusão.

A assistência à saúde e à reabilitação clínica são condições de-


cisivas para a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade.

Previsão de atendimento
fora do domicílio
Quando esgotados os meios de atenção à saúde da pes-
soa com deficiência no local de residência, será prestado
atendimento fora de domicílio, para fins de diagnóstico e
de tratamento, garantidos o transporte e a acomodação
da pessoa com deficiência e de seu acompanhante – art.
21 do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Direito das pessoas com deficiência 15


Direito à
educação
A pessoa com deficiência tem direito à educação pública e
gratuita, assegurada por lei, preferencialmente na rede re-
gular de ensino e, se for o caso, ao atendimento educacional
especializado, incluindo a oferta de tradutores e intérpretes
da Libras, bem como de guias intérpretes.

Direito à matrícula - As escolas devem recepcionar as crian-


ças ou adolescentes, independentemente de qualquer situa-
ção ou condição. Caso não haja vaga disponível, o município
arcará com a despesa de manter o aluno na rede particular
de ensino, após a instauração de procedimento adequado.

Matrícula antecipada na rede municipal e


estadual de ensino
Após intervenção da Defensoria Pública do Estado, o Mu-
nicípio de Salvador e o Estado da Bahia implementaram
o processo de matrícula antecipada para os alunos com
deficiência. Assim, as vagas para os alunos com deficiên-
cia estarão abertas antes daquelas para o público em ge-
ral, o que não impede, que sejam matriculados também
neste período.

Direito ao “Profissional de Apoio” - A escola providencia-


rá, sem custo adicional, profissional de apoio para o aluno
com deficiência que tiver necessidade desse profissional,
desde que a mesma seja comprovada – em regra, por relató-
rio médico ou de profissional de saúde.

16 Defensoria Pública do Estado da Bahia


Direito ao Currículo Adaptado - A escola deverá adaptar o
conteúdo aplicado de acordo com a necessidade da deficiên-
cia, por exemplo, adequando trabalhos, atividades e provas
de forma acessível, disponibilizando recurso de acessibilida-
de e de tecnologia assistiva adequados, concedendo dilação
de tempo para realização de provas, dentre outras possibili-
dades, em busca do melhor aproveitamento do aluno.

FIES – Financiamento Estudantil - Adquirindo deficiência


incapacitante (invalidez), é direito da pessoa com deficiência
ter o saldo devedor do FIES absorvido (quitado) pelo seguro
obrigatório presente no financiamento, mesmo em contra-
tos anteriores à Lei nº 11.552, de 19 de novembro de 2007.

Direito à acessibilidade - todos os estudantes, trabalhadores


da educação e demais integrantes da comunidade escolar têm
direito a acessar as edificações, os ambientes e as atividades
concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino.

Instituições particulares
As instituições privadas de ensino, de qualquer nível e
modalidade, também devem garantir tais direitos, sen-
do vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer
natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas.

Direito
à moradia
O Poder Público adotará programas e ações estratégicas para
apoiar a criação e a manutenção de moradia para a vida inde-
pendente da pessoa com deficiência. No caso dos programas

Direito das pessoas com deficiência 17


18 Defensoria Pública do Estado da Bahia
habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos,
a pessoa com deficiência, ou o seu responsável, goza de prio-
ridade na aquisição de imóvel para moradia própria, devendo
ser observada a reserva de, no mínimo, 3% das unidades ha-
bitacionais para esse público, salvo se não houver interessa-
dos para preenchimento do percentual.

Deve-se atentar para:


• garantia de acessibilidade, em caso de edificação
multifamiliar, nas áreas de uso comum e nas unidades
habitacionais no piso térreo e de acessibilidade ou de
adaptação razoável nos demais pisos;
• disponibilização de equipamentos urbanos comunitá-
rios acessíveis.

Deverá ser garantida, no âmbito do Serviço Único de Assis-


tência Social - SUAS, a proteção integral na modalidade de
residência inclusiva à pessoa com deficiência em situação de
dependência, que não disponha de condições de autossusten-
tabilidade, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos.

Direito ao
trabalho
A pessoa com deficiência pode trabalhar, sem qualquer dis-
tinção, desde que tenha habilidade e qualificação profissio-
nal exigida para a função a ser exercida.

Visando a inserção das pessoas com deficiência no trabalho,


é vedada a discriminação de salário e critérios de admissão
do trabalhador com deficiência.

Direito das pessoas com deficiência 19


COTAS

Na iniciativa privada - A empresa com 100 ou mais fun-


cionários está obrigada a preencher de 2% a 5% dos seus
cargos com pessoas com deficiência.

Na Administração Pública - Pessoas com deficiência têm


o direito de se inscrever em concurso público, em igualdade
de condições com os demais candidatos, para o provimen-
to de cargos cujas atribuições sejam compatíveis com suas
deficiências, reservando-lhes, no mínimo, 5% das vagas do
concurso. O percentual máximo de vagas que deve ser des-
tinado aos candidatos com deficiência é 20%.

EMPREGABILIDADE

Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no tra-


balho a colocação competitiva, em igualdade de oportunida-
des com as demais pessoas, nos termos da legislação traba-
lhista e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras
de acessibilidade, o fornecimento de recursos de tecnologia
assistiva e a adaptação razoável do ambiente de trabalho.

20 Defensoria Pública do Estado da Bahia


Direito à previdência/
assistência social
BPC - O Benefício da Prestação Continuada da Lei Orgânica da
Assistência Social (LOAS) é a garantia de um salário mínimo
mensal ao idoso acima de 65 anos ou à pessoa com deficiência
de qualquer idade, com impedimentos de natureza física, men-
tal, intelectual ou sensorial de longo prazo, desde que a renda
familiar per capita seja inferior a 25% do salário mínimo.

Tarifa Social da Energia Elétrica - As famílias de baixa ren-


da que têm uma pessoa com deficiência têm direito a des-
conto na tarifa de energia de até 65%.

Onde se cadastrar na Tarifa Social de Energia Elétrica?


Nas Lojas de Atendimento, Lojas Credenciadas Coelba
e se for titular da Fatura de Energia Elétrica pode ser via
internet através do site (www.coelba.com.br).

Quais documentos são necessários para se cadastrar?


Famílias com Benefício de Prestação Continuada da
Assistência Social (BPC):
• Número do Benefício (NB);
• CPF e Carteira de Identidade ou, na inexistência desta,
outro documento de identificação oficial com foto;
• Caso a família seja indígena ou quilombola, deve apre-
sentar também o NIS;

APOSENTADORIA

Por idade - É um benefício devido ao cidadão que contribuiu


por, no mínimo, 180 meses com a Previdência Social, além da
idade mínima de 60 anos, se homem, ou 55 anos, se mulher.

Direito das pessoas com deficiência 21


Por tempo de contribuição - É devida à pessoa com defi-
ciência, no momento do pedido, que, uma vez cumprida a
carência de 180 contribuições, alcance os outros requisitos,
conforme o seu grau de deficiência:

GRAU DE TEMPO DE
CARÊNCIA
DEFICIÊNCIA CONTRIBUIÇÃO

Leve Homem: 33 anos


Mulher: 28 anos
Moderada Homem: 29 anos 180 meses trabalhados
Mulher: 24 anos
Grave Homem: 25 anos
Mulher: 20 anos

Adicional de 25% na aposentadoria - É devido para bene-


ficiário, aposentado por invalidez, que precisa de assistência
permanente de terceiros.

É assegurado à pessoa com deficiência atendimento


domiciliar pela perícia médica e social do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), pelo serviço públi-
co de saúde ou pelo serviço privado de saúde, con-
tratado ou conveniado, que integre o SUS e pelas
entidades da rede socioassistencial integrantes do
SUAS, quando seu deslocamento, em razão de sua
limitação funcional e de condições de acessibilidade,
imponha-lhe ônus desproporcional e indevido.

22 Defensoria Pública do Estado da Bahia


Direito à cultura,
ao esporte, ao
turismo e ao lazer
Espaços acessíveis - Em locais como cinemas, teatros, audi-
tórios, estádios, ginásios de esporte, locais de espetáculos e
de conferências e similares, serão reservados espaços livres
e assentos para a pessoa com deficiência, obstada a cobran-
ça em valor superior ao ingresso regular. Estes ambientes
deverão contar com espaços acessíveis, em locais diversos
de todo o estabelecimento, além de assento reservado ao
seu acompanhante.

Meia-entrada - A Lei nº 12.933/2013 garante a meia-entra-


da em salas de cinema, cineclubes, teatros, espetáculos mu-
sicais e circenses e eventos educativos, esportivos, de lazer
e de entretenimento, em todo território nacional, à pessoa
com deficiência, bem como ao seu acompanhante, quando
este for necessário, de acordo com o regulamento (Decreto
Federal nº 8.537, de 5 de outubro de 2015).

Art. 6º As pessoas com deficiência terão direito ao be-


nefício da meia-entrada mediante a apresentação, no
momento da aquisição do ingresso e na portaria ou na
entrada do local de realização do evento:

I - do cartão de Benefício de Prestação Continuada da


Assistência Social da pessoa com deficiência; ou

II - de documento emitido pelo Instituto Nacional do Se-


guro Social - INSS que ateste a aposentadoria de acordo
com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº
142, de 8 de maio de 2013.

§ 1º Os documentos de que tratam os incisos I e II do


caput deverão estar acompanhados de documento de

Direito das pessoas com deficiência 23


identificação com foto expedido por órgão público e váli-
do em todo o território nacional.

§ 2º Os documentos previstos nos incisos I e II do caput


serão substituídos, conforme regulamento, quando for
instituída a avaliação da deficiência prevista no § 1º do
art. 2º da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, para fins
da meia-entrada.

§ 3º Quando a pessoa com deficiência necessitar de


acompanhamento, ao seu acompanhante também se
aplica o direito ao benefício previsto no caput.

§ 4º Enquanto não for instituída a avaliação de que trata


o § 2º, com a identificação da necessidade ou não de
acompanhante para cada caso, o benefício de que trata o
§ 3º será concedido mediante declaração da necessidade
de acompanhamento pela pessoa com deficiência ou, na
sua impossibilidade, por seu acompanhante, no momen-
to da aquisição do ingresso e na portaria ou na entrada
do local de realização do evento.

Hotéis, pousadas e similares - devem ser construídos obser-


vando-se os princípios do desenho universal, além de adotar
todos os meios de acessibilidade, conforme legislação em vi-
gor. Os estabelecimentos já existentes deverão disponibilizar,
pelo menos, 10% (dez por cento) de seus dormitórios acessí-
veis, garantida, no mínimo, 1 (uma) unidade acessível.

Direito ao transporte
e à mobilidade
Passe livre - Há garantia de gratuidade nos transportes pú-
blicos nos âmbitos federal, estadual e municipal, cada um
deles com requisitos específicos.

24 Defensoria Pública do Estado da Bahia


Federal - A Lei nº 8.899/94, conhecida como Lei do Passe
Livre, prevê que toda pessoa com deficiência, cuja renda
familiar seja igual ou inferior a um salário mínimo nacional,
tem direito ao transporte coletivo interestadual (viagens
entre os estados do Brasil) gratuito. Em caso de negati-
va, o interessado deve se dirigir à Defensoria Pública da
União para análise da situação e possibilidade de adoção
de medida judicial.

Estadual (BA) - A Lei Estadual nº 12.575/2012, regulamen-


tada pelo Decreto nº 14.108/2012, estabelece 02 requisitos
para a concessão do benefício do passe-livre:

1. Apresentar alguma das deficiências previstas no


Decreto Estadual 14.108/12 em conformidade com o
§1º do artigo 1º da Lei 15.575/2012;

2. Se enquadrar no conceito de carente econômico:


renda per capita de 01 (um) salário mínimo.

Direito das pessoas com deficiência 25


Municipal (Salvador) - A Lei Municipal nº 7.201/2007 prevê
02 requisitos para a concessão do benefício do passe-livre:

1. Apresentar alguma das deficiências previstas no De-


creto Federal nº 5.296/04 ou caracterizar-se como pes-
soa com mobilidade reduzida, em conformidade com o
artigo 247 da Lei Orgânica do Município de Salvador;
2. Se enquadrar no conceito de carente econômico:
renda familiar inferior a 03 salários mínimos.

Reserva de vagas - Todos os estacionamentos abertos ao


público devem ter reservados 2% do total de vagas existen-
tes às pessoas com deficiência. É garantida, em todo caso,
pelo menos uma vaga.

Adequação de meios de transporte - Os veículos de trans-


porte coletivo, em todas as vias, devem ser acessíveis. 10%
dos veículos das frotas de empresas de táxi devem ser aces-
síveis ao transporte da pessoa com deficiência, sendo proi-
bida a cobrança diferenciada de tarifas ou valores adicionais
por este serviço. As locadoras de automóveis são obrigadas
a fornecer um veículo adaptado para uso de pessoa com de-
ficiência, a cada conjunto de 20 veículos de sua frota.

Transporte Aéreo - O acompanhante da pessoa com defi-


ciência, quando este for necessário, tem direito a um descon-
to mínimo de 80% na sua passagem, bem como, desconto
mínimo de 80% no valor cobrado pelo excesso de bagagem
para o transporte de ajudas técnicas ou equipamentos médi-
cos indispensáveis.

26 Defensoria Pública do Estado da Bahia


Direito à
acessibilidade

- Prioridade no atendimento, com serviços individualizados, que


garantam tratamento diferenciado e atendimento imediato,
pelas repartições públicas, empresas concessionárias de serviço
público e instituições financeiras à pessoa com deficiência.

- Inclusão de intérprete de Libras nas programações das


emissoras de TV, assim como sua presença nas instituições
de ensino, órgãos públicos e instituições de saúde.

- Oferta de um percentual de unidades adaptadas às pes-


soas com deficiência nas novas unidades residenciais, pelas
construtoras e incorporadoras, sendo vedada a cobrança de
valor adicional pela aquisição das unidades acessíveis.

- Adequação, em parques de diversões, públicos e privados,


de, no mínimo, 5% de cada brinquedo e equipamento para
utilização por pessoa com deficiência.

- Emissão de sinal sonoro ou mecanismo alternativo, que


sirva de guia ou orientação para travessia de pessoas com
deficiência visual, em semáforos para pedestres.

- Estabelecimentos de ensino públicos ou privados propor-


cionarão condições de acesso e utilização de todos os seus
ambientes ou compartimentos para pessoas com deficiência
ou com mobilidade reduzida.

- A pessoa com deficiência tem o direito de solicitar o recebi-


mento de contas, boletos, recibos, extratos e cobranças de
tributos em formato acessível.

Direito das pessoas com deficiência 27


- Calçada Acessível: uma calçada que atende a todos, com
deficiência ou mobilidade reduzida.

- Acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empre-


sas com sede ou representação comercial no País ou por
órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, ga-
rantindo-lhe acesso às informações disponíveis.

Direito de acesso
à informação, à
comunicação e à justiça
Da informação - A Lei Brasileira de Inclusão assegura a todas
as pessoas com deficiência, sem nenhum custo adicional,
que as informações destinadas ao público em geral sejam
disponibilizadas em formatos acessíveis, com tecnologias
apropriadas, obedecendo aos diferentes tipos de deficiência.

Da comunicação - Em todas as repartições públicas deverão


ter intérpretes de Libras, que farão a interlocução entre os
prestadores de serviços e os seus usuários. Os serviços de
radiodifusão de sons e imagens ofertados à população de-
verão, necessariamente, estar munidos de subtitulação por
meio de legenda oculta, janela com intérprete de Libras e
audiodescrição, de forma a tornar esses serviços acessíveis
às pessoas com deficiência.

Da justiça - É de responsabilidade do Poder Público garantir


a todas as pessoas com deficiência o acesso, em igualdade
de condições com os demais cidadãos, a todos os serviços
na esfera judicial. Ao Poder Público cabe capacitar seus ser-
vidores, que atuam em seus diversos órgãos, sobre os direi-
tos que a pessoa com deficiência possui.

28 Defensoria Pública do Estado da Bahia


Direito à cidadania
e à dignidade
Da capacidade civil - De acordo com os dispositivos nor-
mativos vigentes no Brasil (Convenção dos Direitos da Pes-
soa com Deficiência e Lei Brasileira de Inclusão), a pessoa
com deficiência é considerada legalmente capaz, ainda que,
para a prática de determinados atos, precise se valer de um
apoiador ou curador.

Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil


da pessoa, inclusive para:
I - casar-se e constituir união estável;
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - exercer o direito de decidir sobre o número de fi-
lhos e de ter acesso a informações adequadas sobre
reprodução e planejamento familiar;
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterili-
zação compulsória;
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e
comunitária; e
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à
adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de
oportunidades com as demais pessoas.

Direito das pessoas com deficiência 29


Quando utilizar as Medidas de Apoio:

TOMADA DE DECISÃO APOIADA CURATELA

É o processo pelo qual a pes- Processo de natureza protetiva,


soa com deficiência elege pelo de caráter extraordinário,
menos duas pessoas idôneas, proporcional às necessidades
com as quais mantenha víncu- e às circunstâncias de cada
los e que gozem de sua con- caso, e durará o menor
fiança, para prestar-lhe apoio na tempo possível, que recairá
tomada de decisão sobre atos tão somente sobre os atos
da vida civil, fornecendo-lhes relacionados aos direitos de
os elementos e informações natureza patrimonial e negocial.
necessários para que possa
exercer sua capacidade.

Introduzida no Código Civil, Previsto no art. 1.767 do


art. 1.783-A, pela Lei Brasilei- Código Civil e nos arts.
ra de Inclusão. 747 a 758 do Código de
Processo Civil, com alterações
introduzidas pela Lei Brasileira
de Inclusão

Processo judicial autônomo, Processo judicial no qual o


com rito próprio, no qual a juiz, assistido por uma equipe
própria pessoa com deficiência multiprofissional, analisa as
indica os apoiadores de sua necessidades de uma pessoa
confiança a serem nomeados adulta (com 18 anos ou mais)
pelo juiz. para o exercício de sua capaci-
dade civil e decide se ela pode
ou não praticar atos relacio-
nados ao seu patrimônio e
negócios, ou se precisará de
apoio para isso.

30 Defensoria Pública do Estado da Bahia


TOMADA DE DECISÃO APOIADA CURATELA

Partes do processo: Parte inte- Pode ser pleiteada por pais,


ressada, dois apoiadores, juiz, tutores, cônjuge ou qualquer
assistido por uma equipe multi- parente, pelo Ministério Públi-
disciplinar, e o Ministério Público. co ou pelo próprio interessado.

Pessoas e atos deverão estar Após audiência com a pre-


devidamente delimitados no sença da pessoa com de-
pedido inicial. ficiência, o juiz verificará a
capacidade que a pessoa
tem, ou não, de exprimir a
vontade; e determinará, se-
gundo suas potencialidades,
os limites da curatela, que
estarão circunscritos às ques-
tões negociais e patrimoniais.

Prazo de vigência determinado. O juiz fixará, na sentença, o


tempo da situação de curatela
e um prazo para a sua revisão.

A decisão tomada por pessoa Decretada a curatela, a pessoa


apoiada tem validade e efeitos com deficiência é considerada
sobre terceiros, sem qualquer relativamente capaz para pra-
restrição, se estiver dentro dos ticar atos de negócios e patri-
limites do apoio. moniais e, portanto, precisará
do apoio do curador.

Direito das pessoas com deficiência 31


Isenção de IPI, ICMS
e IPVA para veículos:

A pessoa com deficiência, que dirige veículo ou não, tem direi-


to a isenções de Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI e
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS na
aquisição de veículo novo, bem como a isenção do Imposto sobre
a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA de seu veículo.

Crimes contra a pessoa


com deficiência:
São condutas penalizadas com detenção e reclusão:
- Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de
sua deficiência.

- Apropriar-se ou desviar bens, proventos, pensão, benefícios,


remuneração ou qualquer outro rendimento de pessoa com de-
ficiência, tendo aumentada a pena se o crime for cometido por
tutor ou curador.

- Abandonar pessoa com deficiência em hospitais, casas de saú-


de, entidades de abrigamento ou congêneres ou quem não pro-
ver as necessidades básicas de pessoa com deficiência quando
obrigado por lei ou mandado.

- Reter ou utilizar cartão magnético, qualquer meio eletrônico


ou documento de pessoa com deficiência destinados ao recebi-
mento de quaisquer benefícios, tendo a pena aumentada se o
crime é cometido por tutor ou curador.

32 Defensoria Pública do Estado da Bahia


Onde encontrar a
Defensoria Pública?

Para conhecer os endereços das unidades da Defensoria Pública


do Estado da Bahia na capital e no interior, selecione a cidade no
nosso site:
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Defensoria Bahia
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Direito das pessoas com deficiência 33


Igor Santos e Lucas Jambeiro do canal
no YouTube TV COMUNILIBRAS
Outras instituições e
órgãos de proteção à
pessoa com deficiência
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
Av. Paulo VI, 844 - Pituba, Salvador - BA, 41810-001
Telefone: (71) 3114-1850

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA


Avenida Joana Angélica, nº 1312, Nazaré, Salvador - BA

CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA PESSOA


COM DEFICIÊNCIA - Órgão vinculado à Secretaria de Justiça,
Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia.
3ª Avenida, Plataforma 4, nº 390, 1º andar, CAB
CEP 41.745-005 - Salvador – BA

CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA


COM DEFICIÊNCIA
Rua Engenheiro Lima e Silva, Edifício Fernando José, nº 399, no
mesmo prédio em que fica o Instituto de Previdência do Salvador
(IPS/Previs), Salvador - BA.

OUVIDORIA GERAL DO ESTADO


Atendimento por telefone: 0800-284-0011 (De segunda à sexta
das 08h às 18h) Atendimento presencial: 3ª Avenida, nº 390,
Plataforma IV, 2º andar, Sala 208, CAB , Salvador - BA
Telefone: (71) 3115-6454

OUVIDORIA DA AGERBA
Os usuários consumidores podem registrar suas solicitações ou
reclamações via web (agerba.ouvidoria@agerba.ba.gov.br) ou
pelo telefone 0800-071-0080.

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