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Números
Diagnóstico
Na maioria dos casos o diagnóstico é feito baseado no atraso no desenvolvimento
neuro-psicomotor (a criança demora em firmar a cabeça, sentar, andar, falar) e na
dificuldade no aprendizado (dificuldade de compreensão de normas e ordens, dificuldade
no aprendizado escolar), mas existem ou critérios para o diagnóstico da DM como:
•Funcionamento intelectual significativamente inferior à média;
•Déficits ou prejuízos concomitantes no funcionamento adaptativo atual;
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Síndromes
Inclui-se também nas deficiências mentais algumas síndromes como:
•Sindrome de Down
•Síndrome de Angelman
•Síndrome de Rubinstein-Taybi
•Síndrome de Lennox-Gastaut
•Esclerose Tuberosa
Deficiência intelectual ou atraso mental é um termo que se usa quando uma pessoa
apresenta certas limitações O que é Deficiência Intelectual ou atraso cognitivo?
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Deficiência intelectual ou atraso mental é um termo que se usa quando uma pessoa
apresenta certas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho de tarefas
como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social.
Estas limitações provocam uma maior lentidão na aprendizagem e no
desenvolvimento dessas pessoas.
As crianças com atraso cognitivo podem precisar de mais tempo para aprender a
falar, a caminhar e a aprender as competências necessárias para cuidar de si, tal como
vestir-se ou comer com autonomia. É natural que enfrentem dificuldades na escola. No
entanto aprenderão, mas necessitarão de mais tempo. É possível que algumas crianças
não consigam aprender algumas coisas como qualquer pessoa que também não
consegue aprender tudo.
Quais são as causas da Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo? No seu
funcionamento mental e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado
pessoal e de relacionamento social.
Estas limitações provocam uma maior lentidão na aprendizagem e no
desenvolvimento dessas pessoas.
As crianças com atraso cognitivo podem precisar de mais tempo para aprender a
falar, a caminhar e a aprender as competências necessárias para cuidar de si, tal como
vestir-se ou comer com autonomia. É natural que enfrentem dificuldades na escola. No
entanto aprenderão, mas necessitarão de mais tempo. É possível que algumas crianças
não consigam aprender algumas coisas como qualquer pessoa que também não
consegue aprender tudo.
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combinam uns com os outros, ou ainda por outras razões de natureza genética. Alguns
exemplos de condições genéticas propiciadoras do desenvolvimento de uma deficiência
intelectual incluem a síndrome de Down ou a fenilcetonúria.
Problemas durante a gravidez: O atraso cognitivo pode resultar de um
desenvolvimento inapropriado do embrião ou do feto durante a gravidez. Por exemplo,
pode acontecer que, a quando da divisão das células, surjam problemas que afetem o
desenvolvimento da criança. Uma mulher alcoólica ou que contraia uma infecção durante
a gravidez, como a rubéola, por exemplo, pode também ter uma criança com problemas
de desenvolvimento mental.
Problemas ao nascer: Se o bebê tem problemas durante o parto, como, por
exemplo, se não recebe oxigênio suficiente, pode também acontecer que venha a ter
problemas de desenvolvimento mental.
Problemas de saúde: Algumas doenças, como o sarampo ou a meningite podem
estar na origem de uma deficiência mental, sobretudo se não forem tomados todos os
cuidados de saúde necessários. A mal nutrição extrema ou a exposição a venenos como
o mercúrio ou o chumbo podem também originar problemas graves para o
desenvolvimento mental das crianças.
Nenhuma destas causas produz, por si só, uma deficiência intelectual. No entanto,
constituem riscos, uns mais sérios outros menos, que convém evitar tanto quanto possível.
Por exemplo, uma doença como a meningite não provoca forçosamente um atraso
intelectual; o consumo excessivo de álcool durante a gravidez também não; todavia,
constituem riscos demasiados graves para que não se procure todos os cuidados de
saúde necessários para combater a doença, ou para que não se evite o consumo de álcool
durante a gravidez.
A deficiência intelectual não é uma doença. Não pode ser contraída a partir do
contágio com outras pessoas, nem o convívio com um deficiente intelectual provoca
qualquer prejuízo em pessoas que o não sejam. O atraso cognitivo não é uma doença
mental (sofrimento psíquico), como a depressão, esquizofrenia, por exemplo. Não sendo
uma doença, também não faz sentido procurar ou esperar uma cura para a deficiência
intelectual.
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“[...] a deficiência não é algo que emerge com o nascimento de alguém ou com a
enfermidade que alguém contrai, mas é produzida e mantida por um grupo social na
medida em que interpreta e trata como desvantagens certas diferenças apresentadas por
determinadas pessoas. Assim, as deficiências devem [...] ser encaradas também como
decorrentes dos modos de funcionamento do próprio grupo social e não apenas como
atributos inerentes às pessoas identificadas como deficientes.” Sadao Omote,
1994
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[...] A educação é um ato de amor, por isso um ato de coragem. Não se pode temer
o debate. A análise da realidade. Não se pode fugir à discussão criadora sob pena de ser
uma farsa (Freire, 1983, p. 96).
A sociedade contemporânea, apesar de todo o discurso de igualdade, enfrenta
enormes dificuldades para lidar com o que é diferente e, dessa maneira, todas as formas
que não se enquadram no modelo padrão são tidas como desviantes e postas à margem
do processo social e, como consequência, também do processo educacional. Cabe a nós,
professores, pensar além do nosso tempo, inaugurar caminhos, traçar novas percepções,
inovar!
Quebrar paradigmas é sem dúvida uma das tarefas da escola, aliado à
desconstrução dos conceitos tradicionais que estão historicamente arraigados no sistema
educacional. Uma das principais características das abordagens tradicionais é o
reducionismo das oportunidades oferecidas aos estudantes com alguma deficiência. Este
contexto evidencia a falta de um referencial aliado à construção de um projeto pedagógico
coletivo que enfatize a diversidade.
O novo contexto educacional preconiza a diversidade e o princípio de inclusão, nos
obriga a uma reflexão profunda sobre a ação educativa, o ato pedagógico do ensinar as
condições de aprendizagem e o nível de competência curricular de cada estudante.
Conhecer as suas potencialidades e necessidades e ao identificar as dificuldades, pensar
e organizar os apoios necessários para sua aprendizagem. Além disso, considerar as
especificidades do estudante com deficiência intelectual para que possamos exercer o ato
do ensino de forma adequada, competente e lhes proporcionar novas formas de lidar com
o conhecimento e com o aprender escolar.
Referencial sobre Avaliação da Aprendizagem Deficiência Intelectual 51
É preciso valorizar os seus acertos, trabalhar suas potencialidades e estimulálos a
vencer as dificuldades, e nunca subestimá-los, uma vez que ainda temos muito a revelar
em relação às suas possibilidades educacionais e de aprendizagem; portanto, não
podemos limitá-lo ou apegar-nos, simplesmente, ao conhecimento das suas fragilidades
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Kaplan, Sadock e Greb (1977) relatam que até pouco tempo atrás, tanto o termo
deficiência mental quanto o termo retardo mental eram usados de modo intercambiável,
quando então a American Association on Intellectual and Developmental Disabilities
(2010) escolheu deficiência intelectual como o
preferível. A AAIDD (2010) vem liderando o
campo de estudos sobre deficiência intelectual,
definindo conceituações, classificações, modelos
teóricos e orientações de intervenções em
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outros grupos também no que diz respeito à briga com os outros, baixa autoestima,
ameaça ou intimidação, apresentando problemas de comportamento externalizantes.
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como as emoções que se põem em jogo. Um filho é sempre fonte de ilusões ou medos. O
fato de que ser pai seja algo habitual não significa que seja fácil, pois quando o filho tem
alguma dificuldade, tudo pode se tornar muito difícil. Por outro lado, Nunes (2003), em
seus estudos sobre as famílias com filhos com deficiência, descreve os conflitos presentes
nos vínculos e os indicadores de risco no meio familiar. Essa autora concluiu que esses
conflitos não surgem do resultado direto da deficiência, mas da adaptação ou não a essa
nova realidade.
Desde o momento em que os pais ficam sabendo da existência de uma deficiência,
há muita preocupação com o presente e com o futuro da criança que irá acompanhá-los
por toda a vida. Ao longo do desenvolvimento da criança, os pais terão de decidir sobre
tratamentos médicos, opções educativas, enfim, sobre o aumento de dedicação que, em
geral, requer um filho com necessidades especiais. Muitas vezes, a criança com
deficiência irá necessitar de muito mais cuidados físicos, assim como de mais tempo de
interação e mais situações de jogo ou estudo compartilhado. O desenvolvimento de
programas de estimulação desde cedo, as atividades de lazer e o reforço familiar ao longo
da escolarização representa, para os pais, um grande esforço pessoal.
Góes (2006) constata que, para os pais, a deficiência intelectual na criança significa
a perda do filho idealizado, e que aqueles têm dificuldade em encontrar sinais que se
ajustem às suas representações do filho ideal. Além disso, existem, no ambiente cultural,
representações sociais preenchidas de qualidades desfavoráveis em relação à deficiência
intelectual. Os pais acumulam crenças geralmente negativas, e estas são referências
iniciais para a construção de suas representações sobre o filho portador de necessidades
especiais.
Glat e Duque (2003), em uma pesquisa qualitativa com dezesseis pais de filhos com
necessidades especiais, ao analisarem a dinâmica de ações e relações familiares a partir
de seus depoimentos, concluíram que a preocupação com a incerteza do futuro de seus
filhos foi um ponto relevante nesse estudo. As autoras viram que essa preocupação faz
com que eles se esforcem para dar aos filhos uma educação que possa, principalmente,
desenvolver habilidades que garantam maior independência e autonomia possível na vida
adulta. Nesse estudo, as autoras concluíram também que, apesar de os pais viverem suas
angústias, desespero e depressão no contato íntimo e diário com seus filhos, eles tiveram
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desenvolvimento infantil somente poderá ser conhecido a partir de estudos que avaliem a
interação dos pais com seus filhos.
Cardozo e Soares (2010) investigaram se as habilidades sociais dos pais de
crianças com deficiência intelectual influenciaram o seu envolvimento na educação dos
filhos. Foram comparados indicadores do repertório de habilidades sociais e do
envolvimento dos pais na educação dos filhos, e foram também comparados mães e pais
nos dois conjuntos de medida. A hipótese de que as mães seriam mais envolvidas na
educação dos filhos com deficiência intelectual do que os pais foi corroborada. Os
resultados apontaram maior participação das mães na educação, na participação das
atividades escolares, no lazer e nas atividades culturais e nos cuidados com os filhos.
Demonstrou-se que, apesar de os pais (homens) apresentarem um repertório de
habilidades sociais um pouco mais enriquecido, isso não foi relevante para que se
envolvessem mais com os filhos.
Segundo Dessen e Costa (2005), em um trabalho com crianças com
desenvolvimento típico, o relacionamento marital estaria sendo apontado como fator
importante para a qualidade das relações que os pais mantêm com os filhos. Segundo as
autoras, a convivência entre cônjuges, quanto às formas de comunicação e estratégias
para resolver os problemas, estariam influenciando a criação de estilos parentais de
cuidados dos filhos e a qualidade dessas relações. No que tange às situações de conflito,
esses autores relatam que mães insatisfeitas tendem a compensar os filhos sendo mais
responsivas e envolvendo-se mais com suas crianças. Por outro lado, pais emitem
condutas negativistas e intrusivas em relação aos filhos, afastando-se do convívio mais
direto, apesar de viverem sob o mesmo teto. É possível que, no caso de pais e mães de
filhos com deficiência intelectual, isso possa ocorrer, principalmente, com relação ao
estresse vivenciado pelo pai, oriundo às vezes de dificuldades financeiras, e pelo fato de
ter um filho com deficiência intelectual. Afinal, os sentimentos e as representações
familiares que existiam anteriormente ao nascimento desse filho se deterioram, gerando
uma crise de identidade nesse pai. Por outro lado, o envolvimento das mães de filhos com
deficiência intelectual, principalmente com relação aos cuidados, leva-as a caminhar à
procura de tratamento para os filhos. Miltiades e Pruchno (2001) realizaram um estudo
com mães de filhos adultos com deficiência e chegaram à conclusão que essas mulheres
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crianças com deficiência intelectual ao seu favor, buscando desenvolver suas funções
psicológicas. Devemos “[...] encontrar formas ideais de ações práticas para resolver a
tarefa histórica de superar realmente o retardo mental, esta enorme catástrofe social que
é um legado da estrutura da sociedade de classes.” (VYGOTSKY, 1997, p. 132). Temos
que encontrar caminhos que auxiliem o aluno no processo de compensação da
deficiência.
De acordo com a teoria Vygotskyana, existem quatro teses fundamentais e
concretas que caracterizam o desenvolvimento compensatório da criança com deficiência
intelectual.
A primeira é caracterizada como funções que se tornam mais complexas pela
utilização de recursos mediadores. Vygotsky parte do princípio de que nenhuma das
funções psicológicas (FPS) – tais como memória lógica, raciocínio abstrato, atenção
concentrada, por exemplo – realiza-se habitualmente de um só modo, mas de que cada
uma concretiza-se de modos diversos, tornando-se mais complexa com o uso de recursos
mediadores, como a linguagem, por exemplo, por meio da qual a criança se desenvolve.
Vygotsky (1995) afirma que o homem, diferentemente dos animais, cria estímulos
artificiais que funcionarão como estímulos auxiliares para dominar as próprias reações.
Para o autor, todo comportamento é mediado por instrumentos e signos; aqueles atuam
na modificação da realidade externa, enquanto estes atuam como “[...] estímulos-meios
artificiais introduzidos pelo homem na situação psicológica, que cumprem a função de
auto-estimulação.” (VYGOTSKY, 1995, p. 83). No caso da pessoa com deficiência, o
desenvolvimento das funções psicológicas superiores é possível por meio de recursos
auxiliares que contribuem para a superação das funções limitadas ou inexistentes.
Essa primeira tese conduz a segunda que preconiza a coletividade como fator de
desenvolvimento das funções psíquicas superiores da criança com e sem deficiência. De
acordo com Vygotsky:
[...] toda função psicológica superior, no processo do desenvolvimento infantil, se
manifesta duas vezes, a primeira como função de conduta coletiva, como organização da
colaboração da criança com o ambiente, depois como função individual da conduta, como
capacidade interior de atividade do processo psicológico no sentido estrito e exato desta
palavra. (VYGOTSKY, 1997, p. 139).
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"Deficiência mental"
Segundo a educadora Ana Beatriz Araújo, da Apae, as deficiências intelectual e
mental são sinônimas. O último termo, porém, foi banido pela Organização das Nações
Unidas (ONU) em 2004. “São dois termos que querem dizer a mesma coisa. Houve uma
mudança de nomenclatura em relação à deficiência intelectual para não confundir com o
transtorno mental”, afirma.
A ONU optou por excluir a expressão "deficiência mental" para evitar a confusão e
a discriminação destas pessoas, que representam 5% da população mundial, de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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REFERÊNCIAS
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SILVA, L.H. A concepção de êxito de História para alunos com deficiência intelectual.
2009.128 fl. Dissertação. Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual
Paulista, Marília, SP, 2009.
VALENTIM. F. O. D. Inclusão de alunos com deficiência intelectual: considerações sobre
avaliação da aprendizagem escolar. 2011. 132 f. Dissertação. Faculdade de Filosofia e
Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, SP, 2011.
VYGOTSKY, L. S. Fundamentos da Defectologia – Obras Completas – tomo cinco.
Cuba: Editorial Pueblo y Educación, 1997. 391p.
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