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1. Introdução .................................................................................................................... 2
1.1. Objectivos................................................................................................................. 3
3.1. Sinais de alerta nos alunos com atraso no desenvolvimento mental ........................ 6
6. Atenção Diferenciada Aos Alunos Com NEE Intelectuais Nos Diferentes Contextos
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6.2. Família.................................................................................................................... 14
7. Conclusão................................................................................................................... 15
8. Bibliografia ................................................................................................................ 16
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1. Introdução
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo geral:
Compreender aos alunos com Necessidades Educativas Especiais Intelectuais.
1.2.Metodologia
2. Deficiência Intelectual
O próprio conceito de DI tem variado no decorrer dos anos, passando por várias
terminologias para a caracterizar, tais como: Oligofrenia, Retardo Mental, Atraso Mental e por
último Deficiência Mental (DM). De acordo Krynski et al. (1983), esse tipo de deficiência é um
vasto complexo de quadros clínicos, produzidos por várias etiologias e que se caracteriza pelo
desenvolvimento intelectual insuficiente, em termos globais ou específicos.
Foi através da iniciativa da aplicação dos testes de Standford Binet que surgiu a primeira
tentativa de classificação da DM, e segundo Morato e Santos (2007), a referência ao
comportamento adaptativo, aparece a partir de 1959, como fator importante para a definição da
DM apresentada pela Associação Americana de Deficiência Mental (AAMR).
Rodrigues e Cação (cit. por Martins) afirmam que entre pessoas com DM a formação
profissional e o emprego não devem ser equacionados separadamente, mas sim trabalhados
como das fases de um mesmo processo. Deste modo, predizem que: o processo de formação
profissional/emprego deve ser previsto para obtenção do equilíbrio entre o perfil de entrada do
candidato à formação e o perfil de saída, resultante da formação, o qual se deve ajustar às
exigências do desempenho profissional, no qual seja salvaguardado o respeito do indivíduo
como cidadão com direito à diferença. (2001, p.153)
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Para Albuquerque:
a deficiência mental passou assim então a ser perspetivada como um défice intelectual,
de que o QI era a expressão numérica de natureza individual e etiologia orgânica,
imutável e incurável. O comportamento dos deficientes mentais era atribuído ao seu
baixo QI. (1996, p.15)
Falar do atraso no desenvolvimento mental é o mesmo que deficiência mental. Mas nem
todos os autores concordam com o termo " deficiência mental", preferindo falar de
"insuficiência mental" ou, mais eufemisticamente, de ""crianças portadoras de deficiência" ou
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ainda crianças diferentes. Bollea (citado por OLIVEIRA, 2010: p.216) diz que ""deficiência é
um conjunto de uma vasta gama de condições, de grou, causas, patologias e aspectos sociais
diversos, porem caracterizados por um estado ou por um desenvolvimento incompleto da
psique, de modo que o individuo é incapaz de se adaptar ao ambiente social de forma razoável,
eficiente e harmoniza tendo por isso necessidade de uma vigilância e controlo externo mais ao
menos completo, Deficiência mental ou atraso no desenvolvimento mental é um termo que se
quando uma pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho
de tarefas como as de comunicação, o dado pessoal e de relacionamento social. Estas limitações
provocam uma maior lentidão na aprendizagem e no desenvolvimento das pessoas. As crianças
com atraso no desenvolvimento mental podem precisar de mais tempo para aprender a falar, a
caminhar, e aprender as competências necessárias para se inserir na sociedade. É possível que
algumas crianças não consigam aprender algumas coisas como qualquer pessoa que também
não consegue aprender tudo.
É comum que a criança com deficiência mental regista problemas no campo da memória
a curto prazo. Devido a este défice, o processo de aquisição das competências é bastante moroso
(NIELSEN, 1999: p.50)
Oliveira (2010: p. 217) diz que ao menos na deficiência mais profunda os factores
principais são de ordem orgânica (genética - hereditárias, infecciosas, traumáticas), mas os
factores psicossociais também exercem a sua influência",
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Condições genéticas: por vezes o atraso mental é causado por genes anormais herdados
dos pais, por erros ou acidentes produzidos na altura em que os genes se combinam com outros,
ou ainda por outras razões de natureza genética.
Ex: uma mulher alcoólica que contraia uma infecção durante a gravidez pode também
ter uma criança com problemas de desenvolvimento mental.
Problemas ao nascer: se o bebé não recebe oxigénio suficiente pode acontecer que ao
crescer tenha problemas no desenvolvimento mental.
De acordo com a dependência, que seria o grau de apoio que o indivíduo necessita em
um ambiente particular, o comprometimento pode ser classificado, segundo Winnick (2004),
como:
a) Dependentes: Geralmente QI abaixo de 25, casos mais graves, nos quais é necessário
o apoio por instituições. Há poucas, pequenas, mas contínuas melhoras quando a criança
e a família estão bem assistidas;
b) Treináveis: QI entre 25 e 75, são crianças que são colocadas em classes especiais,
poderão treinar várias funções como disciplina, hábitos higiénicos, etc. Poderão
aprender a ler e escrever em ambientes sem hostilidade, recebendo muita compreensão
e afeto, com metodologia de ensino adequada;
c) Educáveis: QI entre 76 e 89, a inteligência é dita “limítrofe ou lenta” e estas crianças
conseguem adaptar-se no ensino regular (ainda que com dificuldades, visto o sistema
de ensino atual, não proporcionar o apoio efetivamente necessário), embora necessitem
de acompanhamento psicopedagógico especial.
d) Leve ou Limítrofe: Podem chegar a realizar tarefas mais complexas com supervisão.
São os casos mais favoráveis.
O professor precisa de compreender que uma criança com NEE pode apresentar
obstáculo numa área de aprendizagem, mas tem outras potencialidades por desenvolver. Por
exemplo: uma criança com NEE fisico-motora é capaz de aprender diversas disciplinas, tais
como, Matemática e Português. O mais importante é o professor ajudar ○ aluno a desenvolver
a habilidade num clima em que se reconheçam as diferenças, valorizando o comportamento de
interajuda.
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Sala de recursos
Sala de Recursos são espaços (salas) destinados ao atendimento aos alunos com
necessidades educacionais especiais que estão inseridos na educação regular por meio da
política de Educação Inclusiva. Trata-se de salas com materiais diferenciados, além de contar
com profissionais preparados especificamente para o atendimento às diversas necessidades
educativas especiais dos educandos. Em muitas classes regulares existe a presença de alunos
com deficiência mental ligeira ou moderada. O professor deve definir objectivos realistas para
estes alunos, dado que é fundamental que eles se sintam bem sucedidos nos seus esforços
académicos.
É difícil que um aluno com atraso no desenvolvimento mental realize uma tarefa sem
quaisquer instruções necessárias diferentemente dos alunos normais. Com estes alunos, é
necessário requerer a técnica de manipulação e objectos concretos. O professor deve também
dividir o trabalho em pequenos passos ou segmentos, ensinando os procedimentos as seguir
mais de uma vez para realizar cada uma dessas partes.
O professor devera solicitar um menor número de trabalhos escritos aos alunos com
deficiência mental.
Aos alunos com estas características devem ser distribuídos documentos escritos que
explicitem os trabalhos académicos a realizar em casa ou aqueles que foram já solicitados e
entregues. Há um grande número de tarefas que podem ser realizadas por estes alunos.
Em boa verdade, não corresponder ao ideal de escola pode acontecer com qualquer
aluno, mas os alunos com deficiência intelectual denunciam a impossibilidade de atingir esse
ideal de uma forma, que podemos dizer, tácita. Pura e simplesmente não lhes é possível a eles
ou à escola dissimular essa impossibilidade. As outras deficiências não abalam tanto a escola
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regular, pois não ferem o cerne e o motivo da sua urgente transformação: entender a produção
do conhecimento académico como uma conquista individual.
De uma forma geral, para atender os alunos com NEE no sistema educativo, torna-se
necessário que a escola aplique as seguintes estratégias:
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Promoção de uma cultura de escola e de sala de aulas que percebe, aprecie e se adapte
à diversidade;
Promoção de uma cultura de escola e de sala de aula que percebe, aprecie e se adapte à
diversidade;
Existência de uma liderança forte;
Desenvolvimento e promoção de oportunidades de desenvolvimento profissional;
Desenvolvimento de uma planificação sistemática;
Implementação de práticas de colaboração entre alunos, professores e outros membros
da escola;
Implementação de práticas educativas flexíveis;
Implementação de apoios de qualidade, através de serviços multidisciplinares;
Realização de avaliação frequente e sistemática.
5. Alunos Superdotados e talentosos
Frequentemente fala-se também de talento, prodígio, etc. Como quer que lhes
chamemos, há crianças que se distinguem por uma grande superioridade intelectual e ou
artística, social ou de liderança, distanciando-se dos normais, por excesso, de mesmo modo que
os deficientes mais ou menos graves se distanciam por defeito.
Portanto, alunos sobredotados são aqueles que demonstram uma aptidão acima da média
em várias áreas: capacidade intelectual, criatividade, liderança e talentos especiais nas artes
visuais ou performativas.
Intelecto geral: os alunos com intelecto geral acima da média podem perceber
conceitos complexos e abstractos de forma imediata. Costuma ter um vocabulário avançado,
fazem perguntas e abordam problemas de forma criativa.
6. Atenção Diferenciada Aos Alunos Com NEE Intelectuais Nos Diferentes Contextos
6.1.Escola
A escola deve:
Trabalhar com os pais para elaborar e levar a cabo um plano educativo que respeite as
necessidades do aluno.
6.2.Família
A família deve:
Procurar saber quais são as competências que o seu filho está aprendendo na escola e
encontre fórmulas de aplicar essas competências em casa.
6.3.Comunidade
A comunidade deve:
7. Conclusão
A deficiência intelectual pode ter varias causas, como genéticos perinatais (ocorridos
durante a gestação e o parto) e pós natais (ocorridos durante o crescimento).
8. Bibliografia
Antunes, Aurora M. B. T., A Escola E A Familia Face A Criança Com NEE Processo E
Estratégias A Desenvolver Para Uma Aliança Produtiva. Lisboa, 2013.
Bautista, R. et all. Necessidades Educativas Especiais, 2a edição, Colecção saber Mais, 1999,
pp. 9-10
Nielsen, Lee brattland. Necessidades Educativas na sala de aulas, Um guia para professores
Vol.3, Colecção Educação Especial, Porto, Porto Editora, 1999, pp. 48-5C
Oliveira, J.H.B de. Psicologia da Educação - Aprendizagem - aluno. Livpsic, Leg Editora, 3a
edição actualizada, vol.1,2010,pp.215-217.
Souza, A.P., Relação escola e familia de alunos com deficiência intelectual: o ponto de vista
dos familiares. Dourado-MS, 2016.