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Agradecimentos
Vocês são nossos maiores Mestres. E é por cada um de vocês que sempre nos
dedicamos a aprimorar nosso trabalho!
“Não temos que ser perfeitos hoje. Não temos de ser melhores do que outra
pessoa. Tudo o que precisamos fazer é ser o melhor que pudermos.” Joseph B. Wirthlin
Bons Estudos!
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Sumário
Agradecimentos.................................................................................................................................. 3
Módulo 01............................................................................................................................................ 6
Módulo 02.......................................................................................................................................... 17
Prevenção.........................................................................................................................................................26
Módulo 03.......................................................................................................................................... 28
Autismo............................................................................................................................................................28
Síndrome de Down.........................................................................................................................................31
Síndrome de Anlgeman..................................................................................................................................32
Síndrome de Prader-Willi..............................................................................................................................32
Síndrome Williams.........................................................................................................................................32
Módulo 04.......................................................................................................................................... 33
4
Módulo 05.......................................................................................................................................... 38
Anexo 01............................................................................................................................................ 47
Resumo............................................................................................................................................................47
Introdução.......................................................................................................................................................48
Considerações Finais......................................................................................................................................55
Quem Somos.................................................................................................................................. 57
Referências Bibliográficas..............................................................................................................................58
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Módulo 01
Entendendo a Deficiência Intelectual
6
Em geral, a criança tem mais dificuldade para interpretar conteúdos abstratos, o
que exige estratégias diferenciadas por parte do professor
Na área motora, poderá haver alterações nos movimentos mais finos, dificuldades
em manter o equilíbrio, dificuldade na coordenação motora, locomoção e manipulação de
objetos.
O conceito de deficiência intelectual foi modificado por vários anos com inúmeras
definições e terminologia como oligofrenia, retardo mental e deficiência mental. Segundo
Krynskis e colaboradores (1969): a deficiência intelectual possui um espectro complexo de
quadros clínicos decorrentes de diferentes etiologias e se caracteriza pelo desenvolvimento
intelectual insuficiente.
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Retardo Mental QI CID
Leve 50-70 F70
Moderado 36-50 F71
Grave 20-35 F72
Profundo Inferior a 20 F73
O QI de 70 é a média apresentada pela população
Os déficits nas funções intelectuais são confirmados pela avaliação clínica e testes
de inteligência padronizados e individualizados, e realizados em crianças a partir de 5 anos,
enquanto os déficits adaptativos limitam o funcionamento de uma ou mais atividades diárias,
comprometendo a comunicação e o aspecto social, com repercussões nos diversos ambientes:
casa, escola e trabalho.
9
A história registra diferentes formas de ver a pessoa com deficiência, passando pelo
misticismo, abandono, extermínio, caridade, segregação, exclusão, integração e, atualmente, o
processo de inclusão (Pessotti, 1984). Durante séculos, os “diferentes” ficaram à margem dos
grupos sociais, mas, na medida em que o direito do homem à igualdade e a cidadania tornou-se
motivo de preocupação, a percepção em relação à pessoa com deficiência começou a mudar.
A rejeição cedeu lugar a atitudes de proteção e filantropia que até hoje prevalecem,
apesar dos esforços do movimento das pessoas com deficiência e seus apoiadores para que essa
postura seja substituída pelo reconhecimento da igualdade de direitos e acessos.
Atualmente, o mais importante documento que trata dos interesses das pessoas
com deficiência é a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. A Convenção
versa sobre os direitos dos cidadãos com deficiência e, em seu primeiro artigo, traz a definição
de pessoa com deficiência: aquela que tem impedimentos de natureza física, mental, intelectual
ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.
A deficiência intelectual até o século XVIII era confundida com doença mental
e tratada exclusivamente pela medicina por meio da institucionalização que se caracterizava
pela retirada das pessoas com deficiência de suas comunidades de origem, mantendo-as em
instituições situadas em localidades distantes de suas famílias, permanecendo isoladas do resto
da sociedade, fosse a título de proteção, de tratamento, ou de processo educacional (Aranha,
2001). A partir do século XIX, passou-se a levar em conta as potencialidades da pessoa que
apresentava algum tipo de deficiência e, aos poucos, estudiosos da área da psicologia e da
pedagogia envolveram-se com a questão e realizaram as primeiras intervenções educacionais,
principalmente nos países da Europa.
Esse paradigma logo começou a enfrentar críticas, pois a maioria dos alunos com
deficiência continuava segregada em escolas ou classes especiais por não apresentar condições
de ingresso nas turmas regulares (Bueno, 2001). A ideia perdeu força e ampliou a discussão
sobre a cidadania da pessoa com deficiência.
Durante todo esse processo, a condição que hoje se conhece por deficiência
intelectual foi marcada ao longo da história por conceituações diversas, incluindo: idiota,
imbecil, débil mental, oligofrênico, excepcional, retardado, deficiente mental, entre outros.
Esses nomes apareceram na medida em que novas estruturas teóricas surgiram e os nomes mais
antigos passaram a indicar um estigma.
Este primeiro momento é definido pela instituição dos primeiros decretos e pelo
aparecimento dos institutos especializados em cegueira e surdo-mudez do Império, ainda na
segunda metade do século XIX, como evidencia a realização do primeiro Congresso de Instrução
Pública em 1883. Esse congresso teve como objetivo a sugestão de um currículo específico para
os cegos e surdos, bem como a formação de professores para atender esse público. Tais fatos
levam, no começo do século XX, às primeiras leis da educação especializada profissionalizante
e ao início das discussões científicas em torno do assunto. Também datam desse período as
primeiras publicações técnico-científicas sobre o assunto e a preocupação com as crianças
mentalmente atrasadas. (MAZZOTTA, 2001, p.19).
» 1º- A CADEME não levará a efeito, sob qualquer forma, atividades puramente
assistenciais, nem manterá ou dirigirá diretamente serviços, limitando-se a cooperação técnica
e financeira.
» 2º- A CADEME dará prioridade às atividades de educação e reabilitação de crianças e
adolescentes sem prejuízo, entretanto, dos outros deficientes mentais. (MAZZOTTA, 2000, p.
52).
Esse Centro tinha por objetivo, conforme definia seu regimento interno,
impulsionar a difusão e a melhoria do atendimento às pessoas com deficiência em todo o
território nacional. Entretanto, em 1990, com a reestruturação do Ministério da Educação,
ele foi extinto e suas atribuições passaram a compor o Departamento de Educação Supletiva
15
e Especial (DESE), que permanecia sob responsabilidade da Secretaria Nacional de Educação
Básica (SENEB). Tais mudanças, porém, não tiveram muita longevidade, porque, em 1992, com
uma nova reorganização dos Ministérios, criou-se a Secretaria de Educação Especial (SEESP),
como órgão específico do Ministério da Educação e Desporto (MAZZOTTA, 2001, p. 43).
Todos esses avanços na educação e nos direitos das pessoas com deficiência, como
demonstra muito bem o aparecimento de órgãos governamentais em âmbito federal, acima
mencionados, só foram conquistados, entretanto, pela forte participação dos pais e das próprias
pessoas com deficiência, que, juntos, têm sido força importante para a efetivação de mudanças
sociais e legislativas do país.
De acordo com Mazzotta (2001, p. 64), “os grupos de pressão por eles organizados
têm seu poder político caracterizado na obtenção de serviços e recursos especiais para grupos
de deficientes, particularmente para os deficientes mentais e auditivos”. Por essa via, suas
necessidades têm chegado ao conhecimento social e governamental, assegurando-se, assim, que
elas sejam sanadas e seus direitos respeitados. É a atuação decisiva desses movimentos que têm
garantido inovações constantes na legislação brasileira, referentes a vários aspectos sociais,
como reabilitação, seguridade, trabalho, transporte e educação das pessoas com deficiência.
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Módulo 02
Deficiência Intelectual: Suas Causas e Sintomas
O Instituto Inclusão Brasil estima que 87% das crianças brasileiras com algum
tipo de deficiência intelectual têm mais dificuldades na aprendizagem escolar e na aquisição de
novas competências, se comparadas a crianças sem deficiência.
Inúmeros fatores, genéticos e teratogênicos, causam a DI, entre estes estão o uso do
álcool na gravidez, agentes infecciosos e defeitos congênitos do sistema nervoso central (SNC),
que apesar de serem congênitos, não significa que sejam geneticamente determinados (Quadro
2). Ao considerarmos as causas genéticas responsáveis pela deficiência intelectual, temos as
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aberrações cromossômicas numéricas ou estruturais, microdeleções ou microduplicações,
defeitos gênicos (monogênicos ou oligogênicos) ou casos de deficiência intelectual resultante
da combinação de fatores genéticos e ambientais, como acontece nas doenças de herança
multifatorial (Quadro 3). Os erros inatos do metabolismo representam 1% a 5% dos casos de
DI.
desenvolvimento do SNC
FATORES PRÉ-NATAIS: Infecções congênitas: toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, sífilis,
uso abusivo de álcool na gravidez (síndrome alcoólica fetal), uso de drogas durante a gravidez,
como a cocaína, doenças como diabetes mellitus e alterações na tireoide.
FATORES PERINATAIS: Anóxia perinatal, traumas de parto (distocias de parto), encefalopatia
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Quadro 4. Condições multifatoriais de deficiência intelectual
Diagnóstico Prevalência (%)
Anormalidade cromossômica 4-28
Síndromes reconhecidas 3-7
Condições monogênicas conhecidas 3-9
Anormalidades estruturais do SNC 7-17
Complicações da prematuridade 2-10
Causas ambientais/teratogênicas 5-13
Cultural-familiar de RM 3-12
Síndromes monogênicas únicas 1-5
Causas metabólicas 1-5
Desconhecidas 30-50
Fonte: Curry e cols., 1997.
20
A pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, entender e
realizar atividades comuns para as outras pessoas. Muitas vezes, essa pessoa se comporta como
se tivesse menos idade do que realmente tem.
Cerca de 87% das crianças com deficiência intelectual têm um grau leve da
condição e alcançam certa independência ao longo do seu desenvolvimento. Os 13% restantes,
com comprometimentos mais severos, exigirão atendimento especial por toda a vida. As
limitações ocasionadas pela deficiência intelectual variam muito de uma criança para outra,
dependendo da sua profundidade, das relações sociais da criança e de seus aprendizados, mas
sempre as pessoas têm dificuldade de executar atividades que são comuns para outras, como se
tivessem menos idade do que realmente têm.
21
Na deficiência intelectual profunda, as pessoas têm grandes problemas de
comunicação com o meio e são dependentes dos outros em quase todas as atividades.
22
Nível da DI QI IM
(Deficiência Intelectual) (Quociente de Inteligência) (Idade Mental)
Limite ou Bordeline 68-85 13
Ligeiro 52-67 8 a 12
Moderado ou Médio 36-51 3a7
Severo ou Grave 20-35 3a7
Profundo inferior a 20 0a3
As atividades de lazer devem ser consideradas para as crianças com DI. Estas,
geralmente, não encontram problemas quando inseridas em brincadeiras de crianças com
desenvolvimento típico, enquanto que os adolescentes encontram mais dificuldades nas
interações sociais e atividades de lazer.
A participação no esporte deve ser incentivada mesmo que não seja no aspecto
competitivo, mas auxilia em alguns outros pontos como perda de peso, desenvolvimento da
coordenação motora, da capacidade cardiovascular e melhora da autoestima. As atividades
sociais também são importantes, como passeios, participação nos eventos típicos, encontros,
danças etc.
Com relação à família, muitas se adaptam ao filho com DI, porém, outras têm
dificuldades emocionais ou sociais. Os riscos de depressão nos pais, assim como abuso e
negligência dos mesmos com a criança são frequentes quando comparados com crianças típicas.
A deficiência intelectual não é uma doença, e sim uma limitação. A pessoa com
Deficiência Intelectual deve receber acompanhamento médico e estímulos, através de trabalhos
terapêuticos com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
Prevenção
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Módulo 03
Síndromes Que Cursam Com A Deficiência Intelectual
Autismo
Independemente da visão que se adotar, se pode ter uma ideia clara de que sim,
eles caminham juntos e que autistas podem ter deficiência intelectual, mas autismo não é um
dos tipos de deficiência.
Apesar de SAF estar presente em filhos de mães etilistas, não há uma dose segura
de álcool para ser ingerida na gravidez; dessa forma é aconselhável à gestante não beber durante
toda a gravidez. O álcool interfere no processo de maturação neuronal, nas etapas de migração
e mielinização e favorece a produção de radicais livres.
28
Erros Inatos do Metabolismo (EIM)
29
Síndrome do X-Frágil (SXF) 15, 16, 20
30
ou de DI de causa desconhecida; 3) mulheres com insuficiência ovariana, especialmente se há
história familiar de menopausa precoce, casos de DI de origem desconhecida e casos de SXF; 4)
pessoas com ataxia/tremor de manifestação tardia, cuja causa é desconhecida, ou casos de DI
de causa desconhecida ou casos de história familiar de SXF.
Síndrome de Down
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Síndrome de Anlgeman
Síndrome de Prader-Willi
Cada criança pode apresentar um quadro clínico diferente, de acordo com a idade.
No período neonatal, ela costuma apresentar forte hipotonia muscular, estatura pequena e
baixo peso. Em geral são apresentados problemas de aprendizagem e dificuldade para conceitos
e pensamentos abstratos.
Síndrome Williams
32
Módulo 04
A Deficiência Intelectual Nas Escolas
Nos últimos anos a matrícula de alunos com deficiência nas escolas tem aumentado
exponencialmente. Isso quer dizer que, a questão não é se você vai ter um aluno com deficiência
na sua sala de aula, mas quando.
Se você ainda não teve contato com alunos com necessidades educacionais
especiais e isso te assusta, não se sinta uma pessoa má. Infelizmente nossa geração foi criada
com uma série de preconceitos e estigmas que nos impedem de ver a realidade como ela é, de
fato.
A realidade é que essas crianças, as com deficiência, são como qualquer outra
criança, querem brincar, falar, abraçar, ouvir histórias, fazer amigos… mas que, como qualquer
outra criança, apresentam dificuldades escolares e possuem seus próprios desafios. Esses desafios
e dificuldades podem ser decorrentes da própria deficiência em si, ou ainda das limitações e
privações causadas pela deficiência ou por crenças limitantes da família da criança em relação
a suas possibilidades.
» Fale com as crianças usando palavras simples, mas não palavras infantis.
» Faça pedidos claros e precisos.
» Mantenha-se calmo e esteja pronto para reformular seu pedido de várias maneiras.
» Use exemplos concretos com frequência, ou seja, diminua a abstração.
» Para confirmar se uma criança entendeu sua mensagem, discretamente peça para que ela
repita.
Fazer o aluno compreender o que você fala é primordial! Exemplos concretos são
sempre a melhor opção. Quanto menor o nível de abstração, melhor. A imagem abaixo ilustra
bem o exemplo do caracol e dos níveis de abstração.
A sala de aula representa um espaço de desafios não só para os alunos que, diante
de novas possibilidades, precisam encontrar soluções que auxiliem as descobertas do dia a dia,
mas para professores também. Os educadores devem sempre se atualizar quanto à didática,
principalmente aquelas que pretendem abarcar as peculiaridades de cada estudante.
35
Nesse caso, o enfoque será dado às crianças que chegam à escola com o diagnóstico
de deficiência intelectual. O que fazer? Quais são os métodos? Existem outros profissionais que
também estão aptos a contribuir para o desenvolvimento pedagógico e social do aluno junto
aos professores?
Um detalhe que não pode ser deixado de lado é o fato de as crianças necessitarem
de uma atenção mais focada por parte dos educadores. A forma de falar e expor as situações; a
maneira de apresentá-los a uma tarefa ou brincadeira; a disponibilidade de estar sempre pronto
para conduzi-los a uma situação; tudo isso é refletido no resultado final.
Objetos como tintas, fita crepe, carrinhos, carimbos e massinha são excelentes para
o estímulo da coordenação viso-motora. Além disso, tais itens aprimoram as habilidades de
preensão;
O uso de instrumentos ou brinquedos do interesse da criança é importante para
estimular a categorização, o agrupamento, a classificação, a ordenação, as noções de conjunto
e quantidade;
Os professores também podem optar por objetos reais e que fazem parte do dia a dia
do pequeno. Isso é ideal para o aumento de percepções e compreensão de medidas, além de
desenvolver suas variações de maneira eficaz, valorizando os registros por meio de desenho
para posteriormente atribuir significado numérico;
Os encartes de revistas são indicados para que os pequenos possam brincar com quebra-
cabeças. Isso também possibilita percepções de posições no espaço;
Brinquedos que tendem a incentivar a leitura, a associação de palavras e dos objetos são
ótimas opções de desenvolvimento da criança com deficiência intelectual;
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A utilização do Geoplano para o aprimoramento de aspectos de percepção costuma ser
eficazes. Além disso, ele ajuda na elaboração, no espaço, nas formas, medidas e reprodução de
imagens;
Personagens que compõem o universo infantil contam como verdadeiros auxílios no
desenvolvimento dos pequenos, pois eles despertam interesse na criança. Esse contato faz
com que ela desenhe, crie e construa tanto o seu silabário quantos os jogos temáticos. Isso é
responsável por induzir a alfabetização.
Como vocês puderam ver, o trabalho do professor no caso de um aluno com
deficiência intelectual é cheio de desafios e técnicas (citamos apenas algumas) que visam ao
desenvolvimento dos pequenos em tal situação. No entanto, existem outros especialistas que
agregam importância nos progressos mostrados pelos alunos.
Ao criar suas atividades para alunos com deficiência intelectual, todo procedimento
deve ser pensado: os níveis de estímulo, de ajuda e de complexidade da atividade de acordo com
o desempenho do aluno.
37
Módulo 05
Atividades Para Alunos Com Deficiência Intelectual
Um ponto importante é ter planejado os tipos de ajuda que você irá oferecer,
quais instruções verbais vai utilizar, os momentos que irá oferecer ajuda motora, os momentos
que fará incentivo (reforço positivo) e etc.
Qualquer um desses estímulos deve ser planejado para que o professor consiga
adequar a frequência da utilização de cada uma dessas ações e planejar sua gradual retirada
para garantir o máximo de independência para o aluno realizar a atividade.
01 Vôlei Sentado
38
02 Jogo de Passes
39
04 Escrever o Próprio Nome com Pregadores
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05 Passe o Cordão Pelos Macarrões
Uma forma de trabalhar com a música preferida do seu aluno, quando esse está
na fase de formar frases. O objetivo é ordenar os palitos de forma que a canção fique correta.
41
07 Memorização de Letra e Imagem
42
08 Contar os Palitos
43
10 Quebra-cabeças Adaptado
Os quebra-cabeças serão sempre uma boa opção. Para alunos com desafios
intelectuais, comece com apenas duas peças. Os encartes de revistas são excelentes para a criação
de quebra-cabeças, além de possibilitar percepções de posições no espaço; dê preferência para
figuras do interesse do aluno. Lembre-se que desenhos podem ser muito abstratos ainda.
44
12 Crie Brinquedos com Material Reciclável
Use sua criatividade e o interesse do seu aluno para criar um dia extremamente
agradável e cheio de significado. Aproveite os momentos de construção dos brinquedos para
fortalecer o vínculo afetivo com seu aluno.
Nas imagens abaixo, assumimos que o aluno gosta muito de robôs. O objetivo é
trabalhar a concentração, paciência, criatividade, lógica, formas geométricas, motricidade fina
e muito mais. O uso de itens como fita crepe, tintas, carrinhos, carimbos e massinha é ideal para
estimular a coordenação viso-motora; e aprimorar as habilidades de preensão;
Planejar uma aula que não surte o efeito desejado também te revela o que não
funciona com o aluno, para que da próxima vez você possa tentar algo diferente. Isso é normal.
45
Lembre-se sempre de tentar conhecer e se aproximar do seu aluno cada vez mais, pois os gostos,
anseios e desejos do seu aluno estão sempre mudando.
Não adianta insistir em falar a mesma coisa várias vezes. Não se trata de reforço.
Ele precisa desenvolver a habilidade de prestar atenção com estratégias diferenciadas para,
depois, entender o conteúdo”, – Maria Tereza Eglér Mantoan.
Trabalhar com um aluno deficiente intelectual não é tarefa simples, pois requer
dedicação e compreensão acerca das características deste por parte do professor. Cada atividade
planejada, cada minuto destinado aquele aluno fará uma enorme diferença em seus avanços.
Esse olhar quanto às possibilidades dos alunos leva a uma ampliação de suas possibilidades de
sucesso.
46
Anexo 01
A Escolarização de Alunos com Deficiência Intelectual: Uma Análise da
Aplicação do Plano de Desenvolvimento Educacional Individualizado
Resumo
1. Dados condensados dessa pesquisa que contou com financiamento do CNPq, FAPERJ e CAPES foram apresentados na 34ª
Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação realizada em outubro de 2011 em Natal/RN
47
Introdução
De acordo com dados recentes do Ministério da Educação (Brasil, 2008, 2009), dos
700.824 alunos matriculados em modalidades de educação especial, 330.794 (aproximadamente
47%) apresentam deficiência intelectual. Embora a política educacional vigente privilegie a
inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em turmas comuns, e, inclusive,
incentive a descontinuidade dos serviços especializados substitutivos (Brasil, 2008; 2009),
alunos com deficiência intelectual continuam, majoritariamente, matriculadas em classes e/ou
escolas especiais (226.429, num total de 330.794, mais de 68%) (Brasil, 2008) . A inclusão
de alunos com deficiência intelectual em turmas comuns já vem acontecendo em nosso país
desde a década de 1990. No entanto, a partir da publicação da Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil, 2008) e das Diretrizes do Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade de educação especial (Brasil, 2009),
esta questão tem recebido atenção especial nas discussões acadêmicas e até mesmo na mídia.
Em âmbito internacional, muito do debate tem privilegiado os avanços na pesquisa científica,
destacando-se a substituição do termo deficiência mental por deficiência intelectual. Esse “novo”
termo vem sendo disseminado desde a Conferência Internacional sobre Deficiência Intelectual,
realizada em 2001, no Canadá, por recomendação da International Association for the Scientific
Study of Intellectual Disabilities (IASSID) – Associação Internacional de Estudos Científicos das
Deficiências Intelectuais. Todavia, somente em 2010 a Associação Americana de Deficiência
Intelectual e Desenvolvimento (AADID), anteriormente denominada Associação Americana de
Retardo Mental (AARM), incorporou o novo conceito ao seu modelo de classificação e sistema
de suportes. Vale comentar que as proposições da AADID são usadas como referência para
a elaboração de diferentes sistemas de classificação, como a Classificação Internacional do
Funcionamento da Deficiência e da Saúde (CIF), a Classificação Estatística Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10) (ambos da Organização Mundial
de Saúde – OMS) e o Manual de Diagnóstico e Prática Profissional em Retardo Mental da
Associação Americana de Psicologia (APA).
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Em ambos os estudos, além da realização de entrevistas semiestruturadas
com os professores responsáveis pelos sujeitos alvo dessa pesquisa, aplicamos uma ficha de
acompanhamento individual, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento escolar destes alunos.
A elaboração desse instrumento tomou como base os pressupostos do INDEX do Centre for
Studies in Inclusive Education (CSIE), desenvolvido por Booth & Ainscow (2002), para avaliar
o processo de implementação da inclusão escolar e social em diferentes sistemas escolares.
Também utilizamos o Referencial sobre Avaliação da Aprendizagem na Área de Deficiência
Intelectual (RAADI) (São Paulo, 2008), elaborado pela professora Anna Augusta Sampaio de
Oliveira (UNESP/SP). Para a elaboração e aplicação da ficha de acompanhamento individual,
foi importante, ainda, o levantamento da produção sobre deficiência intelectual nas áreas de
educação, psicologia e ciências sociais disponível no banco de dados SCIELO-Brasil (Scientific
Eletronic Library Online), no período de 1994 até 2009 (Antunes et al., 2010). O material
foi catalogado e usado como base na análise e discussão dos dados coletados na pesquisa de
campo. A ficha de acompanhamento individual possibilitou a elaboração e aplicação do Plano
de Desenvolvimento Educacional Individualizado (PDEI), como veremos mais adiante
54
Considerações Finais
Nosso objetivo nesse artigo foi discorrer sobre os resultados das investigações
que temos realizado nos últimos anos no campo da escolarização de alunos com deficiência
intelectual. Nesse sentido, os resultados de nossas investigações evidenciam, em ambos os
contextos educacionais analisados, as contradições e dificuldades vivenciadas pelos professores
para desenvolver propostas educacionais com desenvolvimento e aprendizagem para alunos
com deficiência intelectual. A partir das reflexões realizadas, pode-se afirmar que, mais do que
reestruturar práticas e/ou propor ajustes no currículo – o que é comumente sugerido pelas
políticas públicas –, é preciso disponibilizar conhecimentos teórico-práticos e suporte aos
profissionais da Educação para que possam realizar mediações pedagógicas que favoreçam
o processo de ensino e aprendizagem de todos os alunos, sobretudo daqueles que apresentam
necessidades educacionais especiais. A educação efetiva de fato e de direito de alunos com
deficiência intelectual em contexto “inclusiva” necessita de uma transformação na cultura
escolar. A partir dessas mudanças será possível elaborar práticas pedagógicas e novas “relações
educacionais que possibilitem aos alunos [...] compensar suas dificuldades e desenvolver suas
funções psicológicas superiores sob a forma de apropriação dos conteúdos da experiência
humana” (Pletsch, 2010, p. 238). Não menos prioritária é a reformulação curricular e
conceitual dos cursos de formação de professores, pois a maioria dos cursos de pedagogia, na
discussão sobre a escolarização de alunos com deficiência intelectual em diferentes contextos
educacionais, ainda não incorporaram em suas grades conteúdos e atividades que possibilitem
aos professores em atuação e futuros professores reverem suas concepções a respeito do
processo de ensino e aprendizagem de alunos com deficiências (Glat; Pletsch, 2011). Ou seja,
é preciso desviar o foco da dificuldade de aprendizagem como um problema intrínseco do
aluno, para compreendê-la como fruto das interações sociais e pedagógicas estabelecidas em
sala de aula. No que se refere à aplicação e validação da ficha de acompanhamento, o estudo
mostrou que a mesma é positiva para acompanhar as trajetórias escolares e o processo de
desenvolvimento educacional de alunos com deficiência intelectual. A partir de sua aplicação,
novas estratégias e instrumentos para avaliar e acompanhar o processo educacional de alunos
com deficiência intelectual foram elaborados, como é o caso do Plano de Desenvolvimento
Educacional Individualizado (PDEI). O PDEI mostrou-se como uma importante estratégia
para favorecer a inclusão educacional desses alunos. No entanto, apesar das evidências
positivas, novas pesquisas devem ser realizadas para ampliar e validar esses instrumentos ou
outros similares, que poderão contribuir significativamente com a implementação das atuais
55
políticas de inclusão escolar, promovendo novos parâmetros para o atendimento educacional
especializado de alunos com deficiência intelectual e outras deficiências incluídos em classes
comuns. Mas, sobretudo, instrumentos dessa natureza poderão auxiliar no planejamento de
práticas pedagógicas que promovam o processo de ensino e aprendizagem desses alunos e seu
consequente desenvolvimento. Por último, é preciso lembrar que pesquisas de cunho qualitativo
nunca trazem conclusões definitivas. Todavia, espera-se que as questões brevemente levantadas
neste texto possam contribuir com o campo científico da Educação e, particularmente, o
desenvolvimento social e a escolarização de pessoas com deficiência intelectual.
56
Quem Somos
Todos os cursos são aprovados e reconhecidos com honra ao mérito pelas melho-
res instituições e faculdades.
Com sede em Brasília e atuação em todo o território nacional, tem sua história
marcada pela ajuda aos professores e professoras de nosso país.
Atualmente a Valecup Conta Com 200 Mil Alunos Matriculados em Todo o País.
57
Referências Bibliográficas
HUNTER, Madeline, Teoria da Retenção para Professores, 8ª edição, Editora Vozes, 1989
HUNTER, Madeline, Teoria do Reforço para Professores, 8ª edição, Editora Vozes, 1989
https://www.focoeducacaoprofissional.com.br/blog/curso-online-deficiencia-intelectual
https://medicoresponde.com.br/o-que-e-deficiencia-intelectual-e-quais-sao-as-suas-
caracteristicas/
https://www.vittude.com/blog/deficiencia-intelectual-caracteristicas-sintomas/
https://novaescola.org.br/conteudo/271/o-que-e-deficiencia-intelectual
http://residenciapediatrica.com.br/detalhes/337/deficiencia%20intelectual%20na%20
crianca
neurologica.com.br/blog/como-deficiencia-intelectual-se-manifesta-classificacao-e-causas
58
ALONSO, Miguel Angel Verdugo; SCHALOCK, Robert L. Últimos avances en el
enfoque y concepción de las personas com discapacidad intelectual. In: Revista Española sobre
Discapacidad Intelectual, v. 41 (4), nº 236, p. 7-21, Espanha, 2010.
ANTUNES, Kátia Cristina Vargas. et al. Uma análise da produção científica sobre
deficiência intelectual na base de dados Scielo: o processo de ensino aprendizagem. In: Anais
do IV Congresso Brasileiro de Educação Especial e IV Encontro Nacional de Pesquisadores em
Educação Especial, São Carlos/SP, p. 1-17, 2010.
BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola de alunos com necessidades educacionais
especiais. Editora Mediação. Porto Alegre,
59
BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação – uma introdução à teoria e aos
métodos. Porto/Portugal: Porto Editora, 1994. CARVALHO, Maria de Fátima. Conhecimento
e vida na escola: convivendo com as diferenças. Autores Associados de Campinas/ SP e Unijuí
de Ijuí/RS, 2006. FONTES, Rejane de Souza. Ensino colaborativo: uma proposta de educação
inclusiva. Araraquara/SP: Editora Junqueira&Marin, 2009.
60
incluídos nas séries finais do ensino fundamental. 2002. 144 f. Dissertação (Mestrado em
Educação)–Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória/ES, 2002.
DAMASCENO, Allan (org.) Educação Especial e Inclusão Escolar: Reflexões sobre o fazer
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