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Considera-se público-alvo da Educação

Especial
1. Pessoa com Deficiência
Trata-se das pessoas com impedimento de longo prazo de natureza física,
intelectual ou sensorial (Deficiência física, visual, auditiva e intelectual), que em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

2. Pessoa com Transtorno do Espectro Autista


(TEA)
Trata-se de pessoas que se caracterizam por um comprometimento grave e
global em diversas áreas do desenvolvimento: habilidades de interação social,
habilidades de comunicação ou presença de estereotipias de comportamento,
interesses e atividades. Constituem um conjunto composto pelo autismo e
outros transtornos que estão associados, tais como: Transtorno de Rett;
Transtorno Desintegrativo da Infância; Transtorno de Asperger e Transtorno
Global do Desenvolvimento.

3. Pessoas com Altas Habilidades/Superdotação


Trata-se das pessoas com elevada potencialidade de aptidões, talentos e
habilidades, evidenciada no alto desempenho nas diversas áreas das atividades
humanas, incluindo as acadêmicas, demonstradas desde a infância. Tais campos
incluem as áreas intelectual, esportiva, liderança, psicomotricidade e artes.
Considera-se, para os efeitos do Decreto Federal no 5.296/2004, pessoa com
deflciência a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de
atividade e se enquadra nas seguintes categorias:

a) deflciência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do


corpo humano, acarretando o comprometimento da função física,
apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,
hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral,
nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o
desempenho de funções;

b) deflciência auditiva: Perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da


capacidade de compreender a fala por intermédio do ouvido. Manifesta-se
como: surdez leve /moderada: perda auditiva de até 70 decibéis, que dificulta,
mas não impede o indivíduo de se expressar oralmente, bem como de perceber
a voz humana, com ou sem a utilização de um aparelho auditivo; surdez severa /
profunda: perda auditiva acima de 70 decibéis, que impede o indivíduo de
entender, com ou sem aparelho auditivo, a voz humana, bem como de adquirir,
naturalmente, o código da língua oral. Tal fato faz com que a maioria dos surdos
optem pela língua de sinais

c) deflciência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que


0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa
acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos
for igual ou menor que 60º; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das
condições anteriores;

d) deflciência intelectual/mental: funcionamento intelectual significativamente


inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações
associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
comunicação; cuidado pessoal; habilidades sociais; saúde e segurança;
habilidades acadêmicas;

Para o cadastro como Deficiência Intelectual/Mental, são considerados os diagnósticos CID


10: Paralisia cerebral, síndrome do x frágil, síndrome de down, retardo mental, transtorno
desintegrativo da infância, síndrome de willians, microcefalia, hidrocefalia com
comprometimento cerebral, síndrome de DiGeorge, síndrome do 5p menos, síndrome do
álcool fetal, Síndrome do Cri du chat, Síndrome de Prader-Willi, Síndrome de Angelman,
alterações cromossômicas (decorrentes da Rubéola, Zika, Toxoplasmose). Podem ocorrer
outras deficiências associadas, geralmente os laudos ou pareceres psiquiátricos, psicológicos
e de multiprofissionais apontam para a perda das funções cerebrais, cognitivas e de auto-
cuidado.

e) Transtorno do Espectro Autista: Para cadastro como Autismo/ Transtorno do Espectro


Autista: O DSM - 5, Diagnostic and Statistical Manual (Manual de Diagnóstico e Estatística)
absorveu em um único diagnóstico o que antes nominava de Transtornos Globais do
Desenvolvimento (que incluíam o Autismo, Transtorno Desintegrativo da Infância e as
Síndromes de Asperger e Rett). . Nesse sentido, esses transtornos são todos hoje
considerados pelo Glossário do Censo Escolar como Transtorno do Espectro Autista (TEA).

ATENÇÃO!!
Pessoas com “transtornos funcionais específlcos”, tais como Transtorno de Déflcit de
Atenção/Hiperatividade (TDAH), discalculia, disgrafla, dislexia, bem como pessoas com
“diflculdade de aprendizagem”, transtornos depressivos, mentais, transtornos de
habilidades escolares, NÃO devem ser declaradas como tendo público alvo da educação
especial, segundo o censo escolar. Serão matriculados nas turmas comuns, sem contar
redução e atendidos pelo laboratório de aprendizagem.

Os CIDs não descrevem apenas deficiências, mas doenças, nem todo laudo/cid
indica que o estudante é público-alvo da educação especial.

Para fins de cadastro na matrícula, verificar o Glossário do Censo da Educação Especial,


disponível no site do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Anísio Teixeira).

Caso não haja documentação médica, servirão como declaração dos alunos com
deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e altas habilidades ou superdotação as
informações contidas em, pelo menos, um dos seguintes documentos comprobatórios:

Avaliação biopsicossocial da deflciência (equipe multi)

Plano de AEE (professor da Sala de recursos): documento que reúne


informações sobre os estudantes público da Educação Especial, elaborado
pelo professor de AEE com a participação do professor da classe comum, da
família e do aluno, quando for possível, para atendimento às necessidades
específicas desse público.

Plano Educacional Individualizado (PEI) (Professor regente/coordenação


pedagógica): Instrumento escrito, elaborado por professor da sala de aula
comum/regular, com intuito de propor, planejar e acompanhar a realização
das atividades pedagógicas e o desenvolvimento dos estudantes da
Educação Especial.

Coordenadoria de Educação Especial


Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso
3613-6383

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