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APROFUNDAMENTO

TEÓRICO-PRÁTICO DE
TESTES TEA E TDAH: DA
AVALIAÇÃO A
INTERVENÇÃO
Material de Estudo

Professora Responsável:
Psicopedagoga Jéssica Cavalcante

www.institutoneuro.com.br
APROFUNDAMENTO
TEÓRICO-PRÁTICO DE
TESTES TEA E TDAH: DA
AVALIAÇÃO A
INTERVENÇÃO
Curso com carga horária de 650 horas.

Elaborado e ministrado por Jéssica Cavalcante.

Disponível em www.institutoneuro.com.br
A autora reserva-se no direito de
proibir o compartilhamento e distribuição
desse documento.
Protegido por direitos autorais.
Manuseio exclusivo dos alunos do curso,
vinculados no site do Instituto Neuro.

Todo o conteúdo apresentado nesse


documento foi baseado em livros
renomados e artigos científicos. Algumas
citações são feitas ao longo do documento,
outras estão apresentadas na seção de
Referências, no final do mesmo.
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3

AUTISMO
Alterações no DSM-V (Manual de
Diagnóstico e Estatística dos Transtornos
Mentais)
 É mais simples comparado ao DMS 4, com menos critérios;
 Afirma que casos com diagnósticos já estabelecidos devem ser mantidos;
 Hoje, no DSM-V, o autismo é chamado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
O transtorno é referido como espectro por conta da diversidade da qual as
características do transtorno aparecem em cada pessoa, assim como o nível de
comprometimento. As características estão descritas em dois grupos (1) déficits de
interações sociais e de comunicação e (2) comportamentos repetitivos e interesses
restritos e podem variar em três níveis 1, 2 e 3), sendo o nível 1 o nível de menor
comprometimento.
1.Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, da abordagem
social anormal e do fracasso das conversas normais de ida e volta; reduzir a
partilha de interesses, emoções ou afetos; ao fracasso em iniciar ou responder
interações sociais.
2. Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados ​para interação
social, variando, por exemplo, da comunicação verbal e não verbal mal integrada;
anormalidades no contato visual e na linguagem corporal ou déficits na
compreensão e no uso de gestos; a uma total falta de expressões faciais e
comunicação não verbal.
3. Déficits no desenvolvimento, na manutenção e na compreensão de
relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldades de ajuste de
comportamento para atender a vários contextos sociais; às dificuldades em
compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos; à ausência de
interesse pelos pares.
Critérios Diagnósticos do Autismo – B
B. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, manifestados por
pelo menos dois dos seguintes, atualmente ou pela história (os exemplos são ilustrativos, não
exaustivos; ver texto):
1. Movimentos motores estereotipados ou repetitivos, uso de objetos ou fala (por exemplo,
estereotipias motoras simples, alinhamento de brinquedos ou objetos móveis, ecolalia, frases
idiossincráticas).
2. Insistência na mesmice, adesão inflexível às rotinas ou padrões ritualizados ou
comportamento verbal não verbal (por exemplo, aflição extrema com pequenas mudanças,
dificuldades com transições, padrões rígidos de pensamento, rituais de saudação, necessidade
de seguir o mesmo caminho ou comer todos os dias).
3. Altamente restrito, interesses fixos que são anormais em intensidade ou foco (por exemplo,
forte apego ou preocupação a objetos incomuns, interesse excessivamente circunscrito ou
perseverativo).
4. Hiper ou hiporreatividade à entrada sensorial ou interesses incomuns em aspectos sensoriais
do ambiente (por exemplo, aparente indiferença à dor/temperatura, resposta adversa aos sons
ou texturas específicas, cheirar ou tocar objetos excessivamente, fascinação visual com luzes ou
movimentos).
Especifique a gravidade atual: a gravidade é baseada em deficiências de comunicação social e
padrões de comportamento restritos e repetitivos.
Critérios Diagnósticos do Autismo – C, D e E

C. Os sintomas devem estar presentes no período inicial do desenvolvimento


(mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais
excedam as capacidades limitadas ou possam ser mascaradas pelas estratégias
aprendidas na vida adulta).
D. Os sintomas causam prejuízos clinicamente significativos em áreas ou
sociais, ou ocupacionais ou outras áreas importantes do funcionamento atual.
E. Esses distúrbios não são melhor explicados pela deficiência intelectual
(distúrbio intelectual do desenvolvimento) ou pelo atraso global no
desenvolvimento. Deficiência intelectual e transtorno do espectro autista
frequentemente co-ocorrem; Para fazer comorbidades diagnósticas do
transtorno do espectro do autismo e da deficiência intelectual, a comunicação
social deve estar abaixo da esperada para o nível geral de desenvolvimento.
Nível de gravidade
Interação/comunicação social:
Nível 1 (necessita suporte): Prejuízo notado sem suporte; dificuldade em iniciar interações sociais,
respostas atípicas ou não sucedidas para abertura social; interesse diminuído nas interações sociais;
falência na conversação; tentativas de fazer amigos de forma estranha e mal-sucedida.
Nível 2 (necessita de suporte substancial): Déficits marcados na conversação; prejuízos aparentes
mesmo com suporte; iniciação limitadas nas interações sociais; resposta anormal/reduzida a aberturas
sociais.
Nível 3 (necessita de suporte muito substancial): Prejuízos graves no funcionamento; iniciação de
interações sociais muito limitadas; resposta mínima a aberturas sociais.
Comportamento restritivo / repetitivo:
Nível 1 (necessita suporte): Comportamento interfere significantemente com a função; dificuldade
para trocar de atividades; independência limitada por problemas com organização e planejamento.
Nível 2 (necessita de suporte substancial): Comportamentos suficientemente frequentes, sendo
óbvios para observadores casuais; comportamento interfere com função numa grande variedade de
ambientes; aflição e/ou dificuldade para mudar o foco ou ação.
Nível 3 (necessita de suporte muito substancial): Comportamento interfere marcadamente com
função em todas as esferas; dificuldade extrema de lidar com mudanças; grande aflição/dificuldade de
mudar o foco ou ação.
Mudanças na CID

A CID-11 (Classificação Estatística Internacional de


Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), que
(durante a Assembleia Mundial da Saúde será
apresentada para adoção dos Estados Membros em
maio de 2019 ), entrará em vigor em 1º de janeiro de
2022. A versão lançada agora é uma pré-visualização e
permitirá aos países planejar seu uso, preparar
traduções e treinar profissionais de saúde.
 Autismo na CID-10
 F84 – Transtornos globais do desenvolvimento (TGD)
 F84.0 – Autismo infantil;
 F84.1 – Autismo atípico;
 F84.2 – Síndrome de Rett;
 F84.3 – Outro transtorno desintegrativo da infância;
 F84.4 – Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e
a movimentos estereotipados;
 F84.5 – Síndrome de Asperger;
 F84.8 – Outros transtornos globais do desenvolvimento;
 F84.9 – Transtornos globais não especificados do
desenvolvimento.
 Autismo na CID-11
 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
 6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com
comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
 6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com
comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
 6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com
linguagem funcional prejudicada;
 6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com
linguagem funcional prejudicada;
 6A02.4 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com
ausência de linguagem funcional;
 6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com
ausência de linguagem funcional;
 6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
 6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.
O DIAGNÓSTICO

 O diagnóstico nortea família e cuidadores


 No USA crianças menores de 3 anos já
recebem cuidados *cultura de intervenção
precoce*
 Inúmeros instrumentos bem projetados de rastreamento e
diagnóstico continuam a ser utilizados, podendo facilitar o
processo diagnóstico independente da abordagem
categórica especifica que se quiser utilizar.
 Se baseiam em avaliações dimensionais.
 A American Academy of Pediatrics recomenda
rastreamento aos 18 e 24 meses de idade.
Instrumentos de rastreio nível 1

 Rastreamento geral para autismo pelo provedores e


cuidadores primários
 Acompanhamento de rotina do desenvolvimento
 Realizado em todas as crianças em serviços de saúde
 Identifica crianças com risco para desenvolvimento atípico
 Sinais de alerta indicam a necessidade de rastreamento
adicional
Nível 2: realizada por profissionais
treinados

 Avaliação em profundidade de crianças


identificadas como em riscos
 Diferenciarautismo de outros transtornos do
desenvolvimento
 Pode ajudar no diagnóstico (mas não deve ser a
única determinação do diagnóstico)

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