Você está na página 1de 51

CURSO

ROTINA FAMILIAR
E ESCOLAR COM
BASE NA
NEUROCIÊNCIA

Material de Estudo

Professora Responsável:
Psicopedagoga Jéssica Cavalcante

www.institutoneuro.com.br
ROTINA FAMILIAR E
ESCOLAR COM BASE
NA NEUROCIÊNCIA

Curso com carga horária de 60 horas.

Elaborado e ministrado por Jéssica Cavalcante.

Disponível em www.institutoneuro.com.br
A autora reserva-se no direito de
proibir o compartilhamento e distribuição
desse documento.
Protegido por direitos autorais.
Manuseio exclusivo dos alunos do curso,
vinculados no site do Instituto Neuro.

Todo o conteúdo apresentado nesse


documento foi baseado em livros
renomados e artigos científicos. Algumas
citações são feitas ao longo do documento,
outras estão apresentadas na seção de
Referências, no final do mesmo.
ROTINA FAMILIAR E ESCOLAR
COM BASE NA NEUROCIÊNCIA
O QUE SÃO ROTINAS E HÁBITOS

ROTINAS HÁBITOS
São desenvolvidas através
de tarefas/atividades da nossa
É algo que a pessoa faz
vida, que repetimos todos os dias, com frequência, de maneira
ou seja, são sequências de regular e repetida.
atividades, etapas, costumes com
práticas constantes, fazendo
sempre até se tornar um hábito.
A rotina pode ser planejada
ou não planejada.
Diferença entre HÁBITO e ROTINA:

o hábito é uma ação recorrente, muitas vezes


inconsciente ou não, pois incorporamos, enquanto a
rotina é um conjunto de hábitos.
A IMPORTÂNCIA DA ROTINA NA
NEUROCIÊNCIA
Os hábitos são encontrados em uma área do cérebro
chamada gânglio basal.
Segundo Duhigg, estes gânglios são essenciais para recordar
padrões e agir com base neles e, assim, armazenam hábitos mesmo
quando o cérebro adormece.
Quanto mais você realiza uma ação ou se comporta de
determinada maneira, mais ela fica fisicamente conectada ao seu
cérebro.
O cérebro forma conexões neuronais com base no que você
faz repetidamente em sua vida – tanto coisas boas quanto ruins.
Toda vez que age da mesma maneira, um padrão neuronal
específico é estimulado e se fortalece em seu cérebro.
Os hábitos são os condutores internos do cérebro.
A IMPORTÂNCIA DA ROTINA NA
NEUROCIÊNCIA
Quando tentamos adotar um novo comportamento pela
primeira vez é preciso alistar: o córtex pré-frontal, o cérebro pensante e PROCESSO DESENCADEADO
inserir o esforço consciente, a intenção e o pensamento no processo. PELO HÁBITO
Quando já executou a nova rotina o suficiente para que as conexões
sejam feitas e fortalecidas em seu cérebro, o comportamento exigirá
menos esforço, pois se torna padrão.
Esta qualidade adaptativa do cérebro é conhecida
como neuroplasticidade.
Os hábitos desencadeiam um processo no cérebro, chamado
de loop de hábito e são três estágios:
O primeiro é uma deixa, ou seja, um estímulo que desencadeia o
processo, que pode ser um estímulo visual (um lugar, certa hora do dia,
uma emoção, um doce...)
O segundo estágio refere-se a rotina que pode ser física, mental ou
emocional
O terceiro estágio é a recompensa, uma compensação pelo que vale a
pena memorizar, como comida, compensações emocionais...
“reforçadores”.
Como o cérebro “não sabe” a diferença entre
um hábito ruim ou bom, qualquer um deles ficará lá
dentro, esperando uma “deixa” que promova aquele
loop armazenado.
A IMPORTÂNCIA DA ROTINA INFANTIL
PLANEJADA NÃO PLANEJADA
• Fundamental no desenvolvimento Infantil - Rotina irregular e imprevisível gera:
- GERA: • Ansiedade
• Previsibilidade • Instabilidade
• Segurança • Irritabilidade
Diminui a ansiedade
• Estabilidade • Insegurança
• Facilidade de organização espaço-temporal (ajuda na construção • Estresse
da noção de tempo)
• Desorganização
• Regras que estabelecem limites
• Desregulação emocional
• Aprendizagens positivas: melhoras no desempenho organização e
gerenciamento de tempo • Aumenta os riscos de transtornos psíquicos como depressão e
doenças físicas
- DESENVOLVE:
• Dificuldade para:
• Independência
• Estabelecer referências para cumprir horários (como de ir para
• Autonomia escola) e noção de organização espaço-temporal
Cria ambientes mais saudáveis e confortáveis
• Confiança • Cumprir regras e limites
• Responsabilidade • Dificuldade para dormir
• Autorregulação
• Facilita a convivência familiar e comunitária (bairro, escola...) Rotina de menos é caos!
• Organização e integração dos aspectos sociais, físicos e psicológicos Rotina de mais é escravidão?
É NECESSARIO ESTABELECER UMA ROTINA COM FLEXIBILIDADE!
• Melhora do sono
ROTINA INFANTIL NA
PERSPECTIVA DA CIÊNCIA
Os estudos científicos tem mostrado que:

“Crianças que tem rotina bem definida tendem a ser mais


saudáveis.” (Ferriolli Marturano e Puntel, 2007)

“Os efeitos positivos de uma rotina bem estabelecida na infância são


observados na adolescência.” (Vandell, Belsky, Burchinal, Steinberg,
Vandergrift, NICHD Early Child Care Research Network, 2010)
A neurociência explica que a criança organiza o
pensamento a partir das repetições, visto que no cérebro o
gânglio basal é essencial para recordar padrões e agir com
base neles. Com a rotina/hábito, a criança passa a se
organizar mentalmente e começa a elaborar sozinha novas
repetições, ou seja, são formadas conexões neuronais com
base nas repetições constantes, ficando assim mais conectada
fisicamente ao cérebro.
Manter a rotina é, portanto, manter um nível de
informação adequado para a criança, que se sente segura com
a previsibilidade, sabendo o que virá a seguir no seu dia e nos
dias seguintes.
ASPECTOS IMPORTANTES A
ASSOCIAR À ROTINA

ROTINA ROTINA
INFANTIL ADULTA

Desenvolver a rotina para crianças exige que os


adultos também tenham uma relação adequada com essa
rotina.
ROTINA

AFETO ROTINA PLANEJADA COM


FLEXIBILIDADE CONTRIBUI PARA
ESPONTANEIDADE
A PLASTICIDADE NEURONAL.
FLEXIBILIDADE
ROTINA INFANTIL
DICAS DE COMO ORGANIZAR A ROTINA INFANTIL:

Para as crianças que ainda não tem fluência na leitura e escrita o


ideal é criar a rotina visual, usando imagens/fotos (para crianças muito
pequenas é interessante usar fotos dela mesma) e colocar ao seu alcance
para que ela consiga ter acesso ao programa/rotina.
Crianças muito pequenas devem usar rotinas visuais do fazer,
mostrando a imagem do que irá fazer naquele momento (ainda não
possuem noção temporal).
Crianças por volta dos 3 anos, podem ser utilizadas rotinas com
fazer/feito e ampliando com uma imagem com palavra escrita,
antecedendo a rotina, de acordo que vai assimilando vai aumentando a
rotina. Pode incluir (opcional) como está o dia (sol, nublado, chuva).
Crianças a partir dos 4 anos, aproximadamente, conseguem
assimilar rotinas visuais com palavras escritas e etapas do dia:
manhã/tarde/noite.
Observação: a rotina com imagem e escrita já vai inserindo e
auxiliando na alfabetização com letramento.
Na fase da alfabetização, iniciando por volta dos 6 anos
ainda não possuem fluência de leitura e escrita, permanece
com rotinas visuais com apoio de palavras, a rotina pode ser
diária (manhã/tarde/noite) e acrescentando a rotina semanal.
Por volta dos 8 anos ou quando já atingiu a fluência da
leitura e escrita, inicialmente pode ser usado rotinas com
imagem (pequena) e ênfase na palavra, depois pode
acrescentar frases na rotina e por último retirada do suporte
visual (imagens). Nesta fase a rotina pode ser semanal até
fluir para mensal e o uso da agenda.
ROTINA INFANTIL
O ideal é que as crianças tenham horários pré-estabelecidos para
suas principais atividades diárias como:
Horário de dormir: No sono da noite o ideal é que se crie um ritual com
banho, escovar os dentes, história e sono, além do quarto, que deve estar
pouco iluminado (diminui os níveis de cortisol) e silencioso. Para crianças
pequenas, ao criar a rotina da soneca (tarde/manhã), procure um
ambiente claro e tente não mudar a rotina da casa por conta do sono da
criança.
Estabeleça a hora para as alimentações: como por exemplo, café da
manhã, lanches (manhã e tarde), almoço e jantar. Tente fazer pelo menos
uma refeição (almoço ou jantar) juntos, em família, para se reunirem,
interagirem e degustarem alimentos saudáveis, estimulando esse hábito
na criança (lembre-se: as emoções reforçam caminhos neuronais).
Estabeleça horários para cada atividade: desde o horário para acordar, para ir à
escola/assistir aulas onlines, para fazer as tarefas da escola, aulas extras, atividades de
casa (como arrumar a cama, estudos apontam que crianças que ajudam nas tarefas de
casa se sentem mais pertencentes/incluídos no lar, importantes e úteis) tempo livre
para brincar (muito importante), tempo para uso de tecnologias
(tv/celular/tablet/computador – é aconselhável uma hora, no máximo duas horas por
dia, dependendo da idade e duas horas antes de dormir deve se evitar, bem como, o
uso nas refeições, segundo a OMS – mas lembre-se de estabelecer o uso com início,
meio e fim na rotina). Uma outra dica é os pais incluírem na rotina o tempo de estarem
juntos de fato com os filhos (brincando, lendo...).
Estabeleça a organização de espaços: É fundamental que a criança tenha um ambiente
organizado/estruturado para executar a rotina. É interessante determinar/delimitar um
espaço para a criança poder brincar (monte ambientes com brinquedos ou que favoreça
o brincar), estudar ( com ferramentas para o estudo – mesa, cadernos, lápis, enfim, que
seja propicio, evitando por exemplo tv por perto).
É imprescindível que os pais ensinem algumas regras que também ajudarão na
organização da casa, como por exemplo: depois de brincar é preciso guardar os
brinquedos (ensinar o inicio, meio e fim), roupa suja deve ser colocada no cesto de
roupas sujas, etc.
DICA: pode ser usado junto com a rotina “quadros de
recompensas” (reforçadores positivos) para estimulá-la,
parabenizando-a pela responsabilidade e comportamento,
mas cuidado para não se tornar punição, este não deve ser
jamais o objetivo.
ROTINA EM BEBÊS NA PERSPECTIVA
DA CIÊNCIA
Como já vimos sobre a importância da rotina na perspectiva da
neurociência, é importante ressaltar que a rotina é importante para todas as
pessoas! Mas criar uma rotina infantil é fundamental não só para crianças
pequenas ou já maiores, mas também para os bebês.
O período que compreende dos 0 aos 6 anos é considerado como a
primeira infância, este é um período importantíssimo no desenvolvimento
humano. Nessa época da vida acontecem processos fundamentais, como o
crescimento físico, o amadurecimento do cérebro, o desenvolvimento da
fala e da capacidade de aprendizado e a iniciação social e afetiva.
Um dos avanços da neurociência foi, justamente, descobrir as
potencialidades da primeira infância, reconhecendo sua importância para a
sociedade como um todo. Uma vez que o desenvolvimento humano é
resultado da combinação da genética com a qualidade das relações que
desenvolvemos e do ambiente no qual estamos inseridos, podemos dizer
que quando as condições para o desenvolvimento durante a primeira
infância são boas, maiores são as probabilidades dos pequenos alcançarem
seu melhor potencial, tornando-se adultos mais equilibrados, realizados e
felizes.
Segundo a neurociência os primeiros 3 anos de vida de uma pessoa
são os mais importantes, pois é neste período que acontece o início das
conexões sinápticas que o influenciarão pelo resto da vida. Não é à toa que
pesquisas descrevem o período dos primeiros 1000 dias (a contar desde a
gestação até os quase três anos de vida da criança) como os mais
importantes para o desenvolvimento, pois é neste período que o cérebro
está mais ativo do que nunca, sendo moldado e absorvendo tudo o que é
novo e acomodando o que já foi experienciado. Logo, não há dúvidas sobre
o quanto uma rotina planejada é importante inclusive para os bebês!
A partir dos 4 meses quando o bebê já começa manter um padrão
mais regular de sono, alimentação e as cólicas vão passando é possível
começar a estabelecer/criar uma rotina.
É nessa etapa da vida infantil que é necessário focar tanto nas
necessidades biológicas, quanto nas afetivas, motoras e cognitivas, sem
negligenciar nenhuma ou priorizar uma mais que a outra.
Nessa etapa é preciso ser bastante consistente na rotina até a
criança se adaptar, já que o cérebro esta mais ativo do que nunca nesta
fase, sendo necessário o que é experenciado ser moldado e acomodado,
por isso a importância da constância, ou seja, da rotina.
Para melhor compreensão da importância Ainda sobre o processo de formação
do desenvolvimento do cérebro na primeira infância de sinapses que ocorre em diferentes
observe a imagem, a quantidade de sinapses momentos na primeira infância e como ele é
neurais em cada uma das fases do desenvolvimento rápido e intenso conforme demonstra o
gráficos, realizado pelo Estudo nº1 Núcleo
da criança segundo o pesquisador Giorgio Ciência Pela Infância “O impacto do
Tamburlini, do Centro per la Salute del Bambino, de desenvolvimento na primeira infância sobre
Trieste, na Itália. a aprendizagem”.
ROTINA EM BEBÊS
Nessa fase da vida, a partir dos 4 meses, é muito importante que o
bebê e as crianças pequenas tenham uma rotina com horários
preestabelecidos para suas principais atividades diárias como:
Alimentação;
Banho de sol;
Brincadeiras;
Hora da história (a partir de 10 meses com estímulos visuais e figuras
coloridas – já bebês menores podem ser introduzidos livros de pano,
plástico e livro de banho com contrastes em preto e branco, já que a visão
está em processo de desenvolvimento até por volta dos oito meses);
Hora da soneca e hora de dormir (preparando o ambiente, diminuindo os
estímulos, evitando barulho e diminuindo as luzes já que ajuda a diminuir
os níveis de cortisol).
DICA:
Para bebês e crianças pequenas que ainda estão
aprendendo a decodificar o mundo e os sinais é necessário
aprender a se comunicar de forma que ele(a) entenda.
Para as crianças pequenas, uma forma criativa e
acessível para a compreensão é criar a rotina visuais usando
imagens/fotos (até mesmo dela) e colocar ao seu alcance
para que ela consiga ter acesso ao programa/rotina mas por
partes (fazer ou fazer e feito) além de falar reforçando.
A importância da rotina ser visual (imagens/foto), o
uso da linguagem (quando você fala, reforçando a rotina) são
importantes, devido neste período as conexões das sinapses
neurais, como as capacidades sensoriais (visão/audição),
linguagem e funções cognitivas são rápidos e intensos nesta
fase e que influenciarão pelo resto da vida
ROTINA E AUTISMO NA PERSPECTIVA DA
CIÊNCIA
Na neuroanatomia, em pessoas autistas foram detectadas alterações nos lobos frontais
medial, temporal medial, gânglios de base e tálamo (DAMÁSIO e MAURER, 1978, apud MOURA
et al, 2005), entre outros.
Portanto, os gânglios basais ou também chamados de gânglios de base são um conjunto
de grupos de neurônios especializados no processamento de informações relacionadas ao
movimento, ou seja, eles nos ajudam a ajustar cada uma das ações mais simples que realizamos
ao longo do dia.
Eles são compostos por várias estruturas neuronais
subcorticais, são um amplo conjunto de estruturas
interconectadas a diferentes áreas que desempenham um
papel importante, o seu objetivo são atividades e
movimentos relacionados ao planejamento (planejar
ações), de regulação e controle do movimento, de
aprendizados relacionados a procedimentos que acabamos
automatizando (como a rotina, tomar banho...) e de
processos de memória, motivação e emoções, ou seja,
autistas tem alterações importantes para planejar, executar
e memorizar a rotina do qual fazemos automaticamente.
ROTINA E AUTISMO NA
PERSPECTIVA DA CIÊNCIA
Segundo DUNCAN (1986) associam-se ao autismo características como
inflexibilidade, perseverança, foco nos detalhes ao invés do todo, dificuldade nos
relacionamentos interpessoais e dificuldades no brincar. Todas elas poderiam ser
explicadas por um comprometimento funcional no lobo frontal (denominado também
de cortéx cerebral – localizado na testa, ou seja, afeta o prejuízo na capacidade para
executar tarefas, de planejar e agir), e consequentemente, nas habilidades das funções
executivas.
De acordo com: LEZAK; HOWIESON; LORING, 2004; SABOYA; FRANCO;
MATTOS, (2002) as funções executivas no autismo apresentam um déficit
relevante, pois há um prejuízo na capacidade atencional, na motivação, na
memória, no planejamento e execução de uma tarefa, que estão relacionados
a vários processos cognitivos como planejamento, organização e prevenção das
ações para atingir uma meta e um desempenho efetivo, através de tomada de
decisões, desenvolvimento de estratégias, estabelecimento de prioridades,
controle de impulsos, auto monitoramento, auto direção e auto regulação da
intensidade, do ritmo e outros aspectos qualitativos comportamentais.
Além disso, envolve processos emocionais e motivacionais como a ação
intencional direcionada a um objetivo planejado, uma ação produtiva baseada
na capacidade de dar início, manter, modificar ou interromper um complexo
conjunto de ações e atitudes integradas organizadamente.
Portanto, uma rotina irregular e imprevisível para o autista que
aciona um novo comportamento pela primeira vez é preciso alistar: o
córtex pré-frontal, o cérebro pensante e inserir o esforço consciente, a
intenção e o pensamento no processo, acionar as funções executivas,
todo esse processo que são alterados, ou seja, a atividade no lobo
frontal (que está alterada) aumenta, as funções executivas são
acionadas, se deparando a um tarefa difícil em que ele terá que
descobrir uma sequencia de ações que minimize o número de
manipulações necessárias para resolver.
Em termos práticos, o autista terá dificuldades em se auto regular
devido à falta de previsibilidade, gerando ansiedade, além de
sobrecarregar os sistemas neuronais, que são alterados.
Uma rotina planejada/estruturada facilitará, pois quando já executou
a nova rotina o suficiente para que as conexões sejam feitas e fortalecidas
em seu cérebro, o comportamento exigirá menos esforço, pois se torna
padrão.
É importante trabalhar a quebra de rotina (gradativa, com pequenas
mudanças) com autista, o que envolve também a neuroplasticidade
cerebral, mas é diferente de ter uma rotina irregular e imprevisível.
ROTINA E AUTISMO
As rotinas fornecem para o autista uma estratégia para
entender e prever a ordem dos eventos ao seu redor (diminuindo sua
agitação motora e ajudando a desenvolver habilidades), necessitam de
clareza/objetivo e previsibilidade, ao propor uma rotina
estruturada/adaptada o que irá auxiliar no comportamento mais
organizado, colaborativo e independente, pois entendem
perfeitamente o que têm que fazer.
Muitos não são capazes de saber quanto tempo dura uma
atividade (noção temporal), o que pode causar-lhes angústia e
ansiedade, por isso, montar uma rotina mostrando quando (atividade)
precisa ser feita (quando inicia-se) e quando termina (rotinas
fazer/feito) ajudará a progredir não somente para a previsibilidade
mas também para sua autonomia.
Individualização: cada pessoa com TEA, embora possa ter
características comuns, são muito diferentes umas das outras, por
tanto, a rotina deve ser pensada nas necessidades individuais, se
organizadas de forma a dar sentido e compreensão das habilidades
individuais de cada sujeito, elas fornecerão ordem, previsibilidade e
organização para suas vidas.
É importante a apresentação visual da rotina: uso de
imagens simbolizando. Alguns não se reconhecem nestas
imagens (em 3ª pessoa), daí, neste caso uma alternativa é o
uso das suas próprias fotos, podendo ainda utilizar a base da
Comunicação Aumentativa Alternativa (CAA), já que possuem
apoio visual com símbolos “padrão” (observação: rotinas em
CAA podem ser encontradas no site ARASAAC.) É interessante,
mesmo não sendo alfabetizado ainda, possuir palavras
identificando junto com a imagem.
TEA que já possui fluência em leitura e escrita pode-se
realizar a rotina através de palavras escritas, sendo objetivo e
tendo cuidado com sentidos figurados ambíguos, já que
costumam ser literais. Às vezes pequenos suportes visuais são
ainda interessantes, (exemplo: a palavra acabou, pode ser
entendida como acabou aquela atividade e que vai começar
outra, como acabou todas as atividades, pois se a pessoa TEA
entender de forma ambígua poderá ter resistência ou
desregular).
ROTINA E AUTISMO
Na rotina adaptada/estruturada é necessário pensar não só na estruturação de
informações visuais, mas no todo, de como e onde será utilizado (exemplo:
pasta/ficheiro, na parede, chaveiro), a estrutura física do ambiente para que consiga
executar a rotina (pensar desde se o ambiente é poluído visualmente, por exemplo: a
parede que instalarei a rotina, de preferência, tenha somente a rotina e longe de
janelas, se há espaço para passagem , utensílios necessários de fácil acesso e disponível,
por exemplo: escovação de dente, se no trajeto não esbarra em mesa ou que caia algo,
se consegue pegar e guardar a escova, pasta de dente, toalha de rosto de forma fácil...),
ou seja, é necessário pensar abrangendo o todo.
Na rotina, além de incluir as atividades da vida diária, como higiene, cuidados
pessoais, horários de refeições, horário da escola (aulas onlines), terapias... (adequando
sempre a invidualidade de cada um) é importante atividades de casa (como colocar a
mesa, arrumar a cama... respeitando suas facilidades e dificuldades).
É importante ensinar rotinas com flexibilidade (depois de já está estabelecido e
internalizado a rotina planejada) mas de forma gradual com rotinas ligeiramente
diferentes como: variabilidade nos caminhos que são seguidos para caminhar, aonde
fica os alimentos que lhe são ofertados, ou seja, pequenas mudanças mas com
previsibilidade.
DICA: Quando uma criança com TEA inicia sua rotina, ela deve saber a resposta
para estas 4 perguntas:

O QUE QUANDO
DEVO EU FAÇO?
FAZER?

ROTINA TEA
ADAPTADA/
ESTRUTURA

COMO O QUE
SABEREI ACONTECER
QUANDO Á QUANDO
TERMINAR? EU
TERMINAR?

Uma rotina adaptada/estruturada é uma forma sistemática e visual de


responder a essas perguntas. Inicialmente pode ser usado rotinas de fazer/feito,
depois aumentando gradualmente rotinas do dia (manhã/tarde/noite) e depois
semanal.
ROTINA ESCOLAR
Nas instituições de Educação a rotina escolar clara e bem
definida permite que o aluno oriente-se na relação espaço/tempo
(noção temporal), conhecendo o andamento da instituição escola.
Com previsibilidade, torna-se um elemento de segurança , uma
vez que orienta as atividades dos alunos e dos professores
possibilitando a previsão de acontecimentos (previsibilidade).
Barbosa afirma que:
“A rotina é compreendida como uma categoria pedagógica da
Educação Infantil que opera como uma estrutura básica
organizadora da vida cotidiana diária em certo tipo de espaço
social, creches ou pré-escola. Devem fazer parte da rotina todas as
atividades recorrentes ou reiterativas na vida cotidiana coletiva,
mas nem por isso precisam ser repetitivas.” (BARBOSA, 2006).
Cabe ressaltar a importância da rotina não somente na
educação infantil, mas em todo o percurso escolar.
A rotina escolar não deve ser pensada como um
processo mecânico/sistemático a ser seguido pelo educador
perfeitamente, mas como uma ferramenta que serve para
dar segurança às crianças, tornando-se assim um
instrumento pedagógico para o professor, sendo flexível,
rica, alegre e prazerosa com propósito de planejar o tempo e
o espaço da educação, de maneira que a rotina contribua nas
atividades que o professor deve realizar com o aluno.
Conforme o Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil. (BRASIL, 1998). “A rotina na educação (...)
pode ser facilitadora ou cerceadora dos processos de
desenvolvimento e aprendizagem. Rotinas rígidas e
inflexíveis desconsideram a criança, que precisa adaptar-se a
ela e não ao contrário, como deveria ser; desconsideram
também o adulto, tornando seu trabalho monótono,
repetitivo e pouco participativo.”
ROTINA ESCOLAR
Os momentos de rotina dos alunos precisam permitir várias
experiências. É importante levar em consideração três diferentes
necessidades dos alunos na organização da rotina:
“As necessidades biológicas, como as relacionadas ao repouso, à
alimentação, à higiene e à sua faixa etária; as necessidades
psicológicas, que se referem às diferenças individuais como, por
exemplo, o tempo e o ritmo que cada um necessita para realizar as
tarefas propostas; as necessidades sociais e históricas que dizem
respeito à cultura e ao estilo de vida, como as comemorações
significativas para a comunidade onde se insere a escola e também
as formas de organização institucional da escola”.(...) o aluno é um
ser social, cultural e histórico desde seu nascimento (BARBOSA;
HORN, 2001).
ROTINA ESCOLAR E A CIÊNCIA
A divisão cerebral de acordo com a neurociência:
Área occipital: a região occipital está ligada a toda a habilidade visual sendo o
centro das percepções visuais para as tarefas do cotidiano.
Área temporal: a região é responsável pela percepção auditiva dos sons e das
diferentes estruturações de linguagem fonológica, sendo o centro da toda a
linguagem de nosso cérebro.
Área parietal: essa parte está conectada à sensibilidade geral (tátil,
propriocepção, dor, etc.), coordenação espacial, integração senso-perceptiva e
orientação atencional.
Área frontal: essa parte é responsável pelas funções executivas, onde ocorrem
todos os processos que exigem planejamento, organização, sequencias, decisão,
análise, síntese, atenção executiva (seletiva e sustentada), coordenação de
estratégias (eleição de prioridades e ações secundárias), inibição
comportamental, memória de trabalho, exibilidade de interesses, percepção de
erros e construção das correções.
As divisões expostas mostram como o cérebro atua de forma
complexa e coordenada, em que uma parte depende da outra de maneira
considerável. Dessa forma, mostra como uma rotina é importante,
inclusive escolar, tendo em vista que o ambiente escolar pretende
trabalhar para que se desenvolva campos de experiências distintos.
A rotina visual aciona a área occiptal; a área temporal é ativada
quando o professor fala e demonstra ao aluno a rotina, bem como, a área
parietal será acionada se o professor proporcionar a criança (ao aluno) a
manipulação da rotina (pegar, pregar no velcro); quando o aluno absorver
a rotina escolar, além da previsibilidade que gera segurança, de propiciar
aprendizado como se planejar, organizar, analisar, noções de sequencias
ele terá ativado a área frontal.
E se tudo for preparado e sentido com carinho, a amígdala cerebral
(porção cerebral associada às emoções) será ativada, ou seja, a emoção
reforça os caminhos neuronais.
ROTINA ESCOLAR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
É preciso estabelecer horários para implementação da rotina da
educação infantil:
Chegada: momento de recepção das crianças, onde podem ser recebidas
com música, com cumprimentos especiais e serem convidadas a ocuparem
um espaço específico onde receberão as primeiras orientações.
Nesse espaço – que pode ser por exemplo em uma roda ou uma
grande cabana de lençóis que pode se estimulado a contar sobre o dia
anterior, o fim de semana ou as expectativas para os próximos dias. Esse é o
momento ideal, também, para que o professor demonstre a rotina, seja no
calendário para falar qual é o dia, apresentar a programação que farão juntos
e abrir espaço para que as crianças contribuam com alguma sugestão.
Atividades dirigidas pelo educador: são atividades programadas e
planejadas pelo educador. Por exemplo pode ser explorado diversas opções
como brincadeiras de faz-de-conta; momento de artes para manusear
materiais diversos como massinha, sucata e tinta; hora de contação de
histórias e leitura, momento de música e brincadeiras de roda, atividades
cletivas, entre outros. conforme a BNCC orienta para cada faixa etária.
É importante que o educador distribua todas essas possibilidades
durante os dias da semana, de forma que a programação seja sempre diferente,
atrativa e para que desenvolva campos de experiências distintos, inclusive
sugestões citadas na BNCC.
Atividades livres/brincadeiras: permanecem com a supervisão do educador,
mas são mais livres para estimular a criatividade e autonomia.
Nas atividades livres o educador pode preparar a sala para que a criança
circule livremente e faça suas próprias escolhas. É importante ter espaços com
brinquedos, cantinhos com uma pequena biblioteca e áreas com materiais de
arte, bem como, conduzir as crianças em atividades físicas e fora da sala, como
em parquinhos e pátios. Esse momento é essencial para que elas interajam com
outro espaço e testem limites e potenciais do próprio corpo, subindo e
descendo de brinquedos, escorregando, balançando, entre outros movimentos.
ROTINA ESCOLAR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Momento de autocuidado/ alimentação e higiene pessoal: educador
precisa preparar o ambiente para que momentos como banho, troca de
fralda e lanche sejam feitos com calma e cuidado, enfatizando a importância
de cada um deles.
Na hora da alimentação as crianças podem ser estimuladas a
compartilharem e a cuidarem da limpeza do ambiente, jogando restos na
lixeira e reciclando. O momento pode ser, inclusive, mais explorado para o
aprendizado dos alunos. Algumas ideias são pesquisar os alimentos que são
mais saudáveis, produzir uma receita e até fazer uma pequena horta na
escola.
O descanso/hora da soneca: as crianças pequenas ainda tem necessidade
da soneca durante o dia, é necessário que o educador prepare o ambiente.
Pode cantar uma musiquinha para estabelecer a hora de dormir.
Momento de despedida/saída: o momento de preparação
para a despedida também pode ser explorado como parte da
rotina, o educador pode incentivar os alunos a ajudarem a
organizar a sala e retomar alguns aprendizados vividos naquele
dia.
Em todas as atividades é importante estimular a
participação das crianças e planejar bem o tempo gasto
com cada uma delas, levando em consideração a faixa
etária e a capacidade de concentração das crianças.
ROTINA ESCOLAR: ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
O professor deve ofertar a rotina para o aluno, é importante
nos anos iniciais que o professor conduza os horários de cada aula, os
combinados e inclusive proporcione direcionando os momentos que
deve estudar(dentro e fora da escola) e conteúdos, até que o aluno
incorpore a rotina escolar adquirindo mais independência e
autonomia.
Já no decorrer do Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio
além de ofertar a grade com os horários de estudo é interessante o
professor inicialmente orientar os conteúdos/tempo que devem se
dedicar e estudar em casa, as atividades (deveres e trabalhos que
devem executar dentro e fora da escola e os prazos) até que o aluno
incorpore a rotina com mais independência e autonomia.
Exemplo de rotina:
Exemplo de rotina:
ROTINA ESCOLAR E O AUTISMO

O que já foi mencionado para “Rotina e Autismo” também se aplica


na instituição escolar.
Mas cabe ressaltar alguns cuidados como: evitar que a sala esteja
menos poluída visualmente (evitar cartazes, por exemplo), como e aonde
será a rotina, a sala/o ambiente é necessário estar estruturado para recebe-
lo, isto já faz parte do acolhimento da rotina.
A rotina precisa ser visível e de fácil acesso (em sua altura por
exemplo). É interessante que esteja próximo à entrada para o acolhimento e
que o ambiente esteja livre (que não esbarre em carteiras, caiam
materiais...)
É importante fazer a rotina das aulas (visual), mas também das
atividades (fazer/feito).
Autistas com fluência de leitura e escrita podem ter rotinas escritas em
fichas/pastas/cadernos, se já estiver adquirido habilidades de ler e copiar no
quadro negro. Pode ser separado um espaço para ele, no qual seja escrito sua
rotina no quadro e apagada de acordo que forem realizadas. (Atenção: palavras
precisam ser objetivas e evitar palavras com duplo sentido, sentido ambíguo e
figurado – Autistas são literais).
É interessante que a escola faça um diário de bordo, ou seja, uma rotina
do dia, no qual é enviado para família com as anotações, desde questões
comportamentais, às atividades/habilidades mais importantes, bem como os
pais também preencherem informando como foi o dia (se houve quebra de
rotina, se desregulou, troca de medicação – o que seja relevante para o
professor saber e tentar antecipar comportamentos disruptivos por exemplo. É
FUNDAMENTAL A PARCERIA FAMÍLIA E ESCOLA!
ROTINA ADAPTADA/ESTRUTURADA PARA TEA É IMPRESCINDÍVEL!
REFERÊNCIAS
A neurociência da mudança: treinando seu cérebro para hábitos melhores (awebic.com)
Grupo Gestão RH - Atualidades - Artigos - Neurociência da mudança: como isso pode impactar a rotina das equipes (gestaoerh.com.br)
DUHIGG, Charles. “O Poder do Hábito – Por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios.”2012. Editora Objetiva
Ganglios basales: funciones, anatomía y patologías (lifeder.com)
{F0CE74FD-3DF9-445E-AF54-A742B53CE42F}_bpmbrain28.jpg (280×240) (tecnologiahechapalabra.com)
Glânglio Basal | Qualé o Xis da questão ?? (wordpress.com)
Rotina e Saúde Mental: 7 dicas práticas para se organizar – Eurekka
www.primeirainfanciaempauta.org.br
Saiba porque a rotina é importante para o desenvolvimento do seu filho – Pais&Filhos (uol.com.br)
• FERRIOLLI, Silvia Helena Tortul; MARTURANO, Edna Maria e PUNTEL, Ludmila Palucci. Contexto familiar e problemas de saúde mental
infantil no Programa Saúde da Família. Rev. Saúde Pública [online]. 2007, vol.41, n.2, pp. 251-259. Epub 15-Fev-2007.

• VANDELL, Deborah Lowe; Belsky, Jay; Burchinal, Margaret; Steinberg, Laurence; Vandergrift; Nathan e NICHD Early Child Care Research
Network. Do Effects of Early Child Care Extend to Age 15 Years? Results From the NICHD Study of Early Child Care and Youth Development.
Child Development, 81(3), pp. 737–756, May/June 2010.
Rotina infantil: a importância de organizar o dia das crianças - RC Reborn
A leitura para pequenos de 0 a 3 anos: os bebês e os livros infantis | Blog Leiturinha
O impacto do desenvolvimento na Primeira Infância sobre a aprendizagem | Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (fmcsv.org.br)
0Neuroplasticidade: o que é, como funciona e importância – Sbcoaching
Neurociência num Estudo Sobre o Autismo - Núcleo do Conhecimento (nucleodoconhecimento.com.br)
Autismo e funções executivas: prejuízos no lobo frontal (efdeportes.com)
Neurobiologia do autismo infantil (redib.org)
Gânglios basais: anatomia, fisiologia e funções - A mente é maravilhosa (amenteemaravilhosa.com.br)
MOURA, Paula J.; SATO, Fabio; MERCADANTE, Marcos T. “Bases Neurobiológicas do Autismo: Enfoque no
domínio da sociabilidade” in Caderno de Pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento. 2005.
Neurobiologia do autismo infantil (redib.org)
Autismo e funções executivas: prejuízos no lobo frontal (efdeportes.com)
Lobos Cerebrais - Cérebro humano – InfoEscola
Núcleo Ganglia – Ingeniumed
funções executivas no cerebro - Bing images
Cartilha 8a edição.indb (autismo.org.br)
A organização de rotina para crianças com autismo - JADE Autism
MÉTODO TEACCH (TREATMENT AND EDUCATION OF AUTISTIC RELATED COMMUNICATION HANDICAPPED
CHILDREN) Tamara Cuadrado González Psicóloga Autismo Cádiz M-22969
FERN SUSSMAN. Programa Hanen.“Más que palabras” (more than words). Ayudando a padres a favorecer
la comunicación y las habilidades sociales en niños con TEA.
Rotina na educação infantil: por que e como fazer? - Educação infantil (aix.com.br)
Seu filho usa celular? Siga recomendações da OMS sobre exposição a telas - 12/10/2020 - UOL TILT
Criança no celular: como definir os limites? - Mais TIM
SCHOPLER E. (2001): El Programa TEACCH y sus principios. Ponencia realizada por el Dr. Schopler en las
Jornadas Internacionales de Autismo y PDD, en Barcelona en Noviembre de 2001.
Página web de la División TEACCH. www.teacch.com
Como a Neurociência pode ajudar a entender como as crianças de 0 A 6 anos aprendem?
Como a neurociência pode ajudar a Educação? (novaescola.org.br)
Neurociência e aprendizagem: além dos 5 sentidos – Geekie
Rotina na educação infantil: por que e como fazer? - Educação infantil (aix.com.br)
BARBOSA, Maria C. S. A Rotina nas Pedagogias da Educação Infantil: dos binarismos àcomplexidade,
Currículo sem Fronteiras, v.6, n.1, p. 56-69, Jan/Jun2006.Disponível em:
http://www.curriculosemfronteiras.org/vol6iss1articles/barbosa.pdf.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de EducaçãoFundamental. Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil. Brasília;DF: MEC/SEF, 1998.
A importância da rotina na Educação Infantil — SÓ ESCOLA (soescola.com)
Colégio A. Carlos Valadares - Indiaroba (SE): Rotina do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
(colegioacvaladares.blogspot.com)
Como a neurociência pode ajudar a Educação? (novaescola.org.br)

Você também pode gostar