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DIFÍCIL DIAGNOSTICAR
26 de mar de 2018
Até alguns anos atrás a prevalência de estudos voltados para compreender o espectro era
centrada em homens, o que pode ter facilitado o diagnóstico nesse grupo. Essa realidade
vem mudando. Pesquisadores têm observado que o Transtorno do Espectro do Autismo
(TEA) pode, na verdade, estar sendo subdiagnosticado em pessoas do sexo feminino e
haver mais mulheres no espectro do que se imagina.
Entre as razões que podem explicar o porquê de o autismo ser mais complexo de se
identificar nas meninas, está o fato de as técnicas diagnósticas desenvolvidas serem
voltadas para as especificidades do TEA no sexo masculino, exatamente por ser esse o
gênero mais prevalente em estudos sobre o TEA.
A boa notícia é que cada vez mais estudos têm se voltado para analisar o sexo biológico e
os papeis de gênero e como esses fatores podem ensinar mais sobre o autismo em meninas.
A ideia é avaliar a população feminina com autismo, desde a infância até o início da idade
adulta e traçar novos modelos de diagnóstico, não apenas pautados nas características
masculinas, como os atuais. Por meio desses avanços nessa área de estudo do TEA deverá
ser possível direcionar melhor as condutas terapêuticas em conformidade com as
necessidades específicas de meninas.
Referências:
Erin Digitale. Girls and boys with autism differ in behavior, brain structure. Stanford Medicine
News Center. Disponível em https://med.stanford.edu/news/all-news/2015/09/girls-and-
boys-with-autism-differ-in-behavior-brain-structure.html Acessado em 24 de março de 2018.
Jennifer Malia. A New Look at How Autism Affects Girls. The Cut. Disponível em
< https://www.thecut.com/2017/08/a-new-look-at-how-autism-affects-girls.html> Acessado
em 24 de março de 2018.
Why Many Autistic Girls Are Overlooked. Child Mind Institute. Disponível
em https://childmind.org/article/autistic-girls-overlooked-undiagnosed-autism/ Acessado em
25 de março de 2018.