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FONOAUDIOLOGIA

HOSPITALAR

Profa. Larissa Protano de Almeida dos Santos


Fonoaudiologia / Gerontologia e Cuidados
Paliativos
• Aumento na expectativa de vida.
• Para a ONU, a população mundial que possui 60 anos poderá
passar de oitocentos milhões para cerca de dois bilhões no ano de
2050.
• É de suma importância que sociedade, família e estado aprendam
a lidar com esta nova população.
• Pensando Fonoaudiologicamente, é uma área em crescente
demanda.
• Segundo a Resolução CFFa Nº 463, de 21 de janeiro de 2015, o
Fonoaudiólogo:
- É o profissional habilitado para realizações dos diagnósticos.
- Desenvolve seu trabalho com a equipe multidisciplinar.
- Intervém nas políticas públicas.
- Pesquisas.
- Educação para com a sociedade, ou com família.
• É comum a intervenção fonoaudiológica no idoso, porém
normalmente pra tratar as sequelas.
• As áreas mais comuns de atuação no idoso refere-se a:
• Voz.
• Audição.
• Desenvolvimento da comunicação.
• Motricidade oral.
• Disfagia.
Desenvolvimento da Linguagem no Idoso

• Importância em manter uma linguagem efetiva na velhice.


• Maior demanda de atendimento é voltada para:
• Demências (Alzheimer).
• Afasias.
• Sequelas deixadas por lesões cerebrais.
Demências - Alzheimer
• Ocorre um prejuízo voltado a memória recente e de evocação.
• Patologia de evolução contínua.
• As maiores dificuldades são:
- Planejamento.
- Alteração de humor.
- Progressiva incapacidade de expressão e compreensão.
- Desencadear dependência total de terceiros.
- Transformação da própria vida e de quem está ao redor.
Tipos de Afasias

• Afasia de Wernecke
• Afasia de Broca
• Afasia global
Afasia de Wernecke

• Não compreende a palavra falada.


• Falha em tarefas simples.
• Compreensão escrita está alterada.
• Dificilmente tem hemiplegia associada.
Afasia de Broca

• Fala não fluente.


• Repetição da fala alterada.
• Compreensão oral pode estar normal ou alterada.
• Compreensão escrita pouco alterada.
• Normalmente acompanhada de uma hemiplegia do lado direito.
Afasia Global

• Extensas lesões que podem incluir os principais centros de


linguagem.
• Lesões em áreas de broca e de Wernicke.
• As funções importantes de linguagem podem ser seriamente
comprometidas, incluindo a expressão e a recepção da linguagem.
• Alteração significativa na repetição, nomeação, leitura e escrita.
• A Compreensão oral apesar de muito comprometida, normalmente
é melhor do que a produção verbal.
• Apresenta hemiplegia, perda sensorial, alteração de campo visual,
distúrbio de atenção.
Para uma terapia efetiva requer:
• Engajamento da equipe responsável e dos indivíduos que estão
diretamente ligados a rotina do idoso.

• Intuito de manter e auxiliar no desenvolvimento da própria


identidade.

• Transmitindo informações necessárias para o autocuidado.


• Elaborar estratégias para minimizar as dificuldades impostas pela
idade ou por sequelas patológicas.
• Incentivar o idoso a se readaptar às mudanças.
• Reduzir os riscos do isolamento social.
• Depressão.
• Angústia.

Quem não é assistido, adoece de forma


mais rápida!
Cuidados com a voz do idoso
• Presbifonia – Definição

Está relacionada a:
• Gravidade e velocidade do desenvolvimento patológico.
• Saúde psicológica.
• Física.
• Fatores hereditários.
• Ambientais.
• Sociais.
• Alimentares.
Audição do idoso

• Presbiacusia.
• Acomete frequências agudas.
• Gera dificuldade no reconhecimento da fala.
• Diagnóstico refere-se a uma avaliação audiológica completa.
• Intervenção e adaptação de AASI.
• ORELHA EXTERNA:
• Redução na elasticidade do tecido epitelial associado ao tônus
muscular.
• Aumento na quantidade de cerume produzido.
• Aumento na quantidade de pelos desencadeando redução na
sensibilidade auditiva.
• ORELHA MÉDIA:
• Perda da elasticidade da membrana timpânica.
• Calcificação dos ligamentos e dos ossículos, comprometendo a
transmissão dos sons.

• ORELHA INTERNA
• Estruturas que mais sofrem os efeitos da degeneração.
Efeitos negativos da presbiacusia

• Diminuição na percepção da fala em situações variadas e em vários


ambientes acústicos.
• Modificações psicológicas como frustração, raiva, medo,
depressão, embaraço.
• Frustração auditiva para frequentar locais ruidosos como teatros,
cinemas, igrejas, rádio e televisão.
• Dificuldades em relação a alerta e defesa, desencadeando
incapacidade de ouvir veículos e pessoas se aproximando, assim
como os sons de alarmes, telefone, campainha, panelas fervendo.

• Isolamento social.
Cuidados Paliativos

• Para a OMS, Cuidado Paliativo refere-se na assistência gerada por


uma equipe multidisciplinar, que objetiva promover a qualidade de
vida de pacientes e seus familiares, que lutam contra doenças que
possam ameaçar a continuidade da vida, por meio da prevenção e
do alívio do sofrimento.
• Faz-se necessário identificação precoce, avaliação e tratamento da
dor.
• Precisamos cuidar das esferas:
- Físicas
- Psicossociais
- Espirituais
• Para que esta ação ocorra, o cuidado paliativo não é embasado nos
protocolos, mas sim nos princípios.

• A fase terminal deixa de ser considerada e lidamos com uma


patologia que ameaça a vida humana.
Para que os cuidados paliativos sejam realizados da melhor
forma possível, precisamos compreender alguns aspectos:

• Promoção do alívio.
• Minimizar a dor e qualquer outro sintoma adverso.
• Considerar a morte como um processo natural da vida.
Precisamos entender que:

• Não nos cabe a função em acelerar nem adiar a morte.


• Precisamos trabalhar com os aspectos psicológicos e espirituais.
• Precisamos proporcionar ao doente um sistema que possibilite o
paciente viver ativamente dentro de suas limitações até o momento
da sua morte.
• Amparo aos familiares durante a doença do paciente e o processo
de luto.
• Por muitas vezes, nós profissionais somos colocados a prova, pois
podemos intervir com cuidados paliativos com:

- Crianças em fase terminal.


- Adolescentes com câncer.
- Jovens sonhadores em estado terminal.
- Gestantes.
- Idosos extremamente carinhosos que foram abandonados pelos
filhos ou pelas próprias famílias.
• Este tipo de atendimento tem o poder de salvar o nosso dia ou
acabar com ele.

• Nós profissionais necessitamos de uma estrutura psicológica forte.

• Sabemos que é preciso se entregar para cada paciente, doando o


nosso máximo, mas, no paciente em cuidados paliativos, devemos
ultrapassar o nosso limite de humanidade e empatia, pois só assim,
conseguimos realizar um atendimento de forma efetiva e completa.

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