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São eles:
• Alterações Corporais
o Deformidades toráxicas
o Musculatura abdominal flácida ou distendida
o Olheiras com assimetria de posicionamento dos olhos, olhar cansado
o Cabeça mal posicionada em relação ao pescoço, trazendo
alterações para a coluna no intuito de compensar este mal
posicionamento
o Ombros caídos para frente comprimindo o tórax
o Alteração da membrana timpânica, diminuição da audição
o Assimetria facial visível, principalmente em bucinador
o Indivíduo muito magro, às vezes obeso e sem cor
Quando somos bebê, não respiramos pela boca pelo fato da cavidade oral
ser pequena e a língua ocupá-la por inteiro. Quando um bebê está resfriado, ele
em geral fica muito irritado, pois a possibilidade de respirar pela boca é
praticamente inexistente. Ao longo do nosso crescimento, aprendemos que a boca
é também um canal para respirarmos, sendo útil quando se torna impossível a
respiração nasal.
Quando respiramos pelo nariz (juntamente com o funcionamento adequado
de outras funções) há estímulo de crescimento e desenvolvimento facial pela ação
da musculatura que estimula os ossos de modo correto.
Se existe respiração oral, essa estimulação pode se dar de um modo
inadequado, favorecendo um crescimento e desenvolvimento desarmônico.
É lógico que não podemos nos esquecer da carga genética que representa
70 a 80%. Se o indivíduo já tem características para ser classe III e respirar pela
boca, irá acentuar este padrão. O que se pode fazer através do trabalho
fonoaudiológico e ortodôntico é corrigir a respiração e tentar redirecionar o
crescimento, diminuindo ao máximo a possibilidade do prognatismo.
Ao tratarmos de crianças respiradoras orais (4 a 5 anos), sem
características genéticas desfavoráveis e que não tenham problemas orgânicos
que impeçam a respiração nasal, o trabalho fonoaudiológico acontece de uma
forma mais facilitada, pois ao darmos condição de postura correta de lábios e de
língua, e com a manutenção dessa condição, facilitaremos o crescimento a
acontecer mais harmonicamente.
Em relação aos pacientes alérgicos, a fonoterapia visa dar condições de
respiração nasal, quando ele não está em crise. Com esse procedimento, ou seja,
maior uso do nariz quando possível costuma ocorrer uma diminuição das crises,
pois o ar ao passar pelo nariz, é submetido aos processos de limpeza,
aquecimento e umidificação.
Devemos deixar claro, e a família tem que estar informada sobre isso, que a
fonoterapia não irá curar a alergia, mas sim dar melhores condições ao indivíduo
para respirar fora das crises.
O trabalho com o respirador oral não é limitado à fonoaudiologia. Muito pelo
contrário, normalmente temos um otorrinolaringologista e um ortodontista
acompanhando o caso.
Se o paciente chega ao consultório de fonoaudiologia sem uma avaliação
otorrinolaringológica, é nossa obrigação solicitá-la para sabermos se a causa
dessa respiração oral é orgânica ou não. Se for orgânica, dependendo do grau de
comprometimento, muitas vezes não há como começar a fonoterapia. Primeiro
será necessário fazer um tratamento medicamentoso ou mesmo cirúrgico, para
depois iniciarmos a fonoterapia, visando a instalação ou reinstalação da
respiração nasal.
Quanto ao ortodontista, já dissemos, que a respiração oral pode trazer uma
alteração na oclusão e/ou crescimento facial.
A partir de uma documentação ortodôntica, pode-se avaliar o que é
necessário para cada paciente. Outras vezes, faz-se somente um
acompanhamento ortodôntico associado ao trabalho fonoaudiológico no intuito de
recuperação da respiração nasal e isto pode ser suficiente para que o paciente
resolva o problema.
Não podemos nos esquecer que também existem os respiradores orais
adultos. Encontramos dois tipos:
• Os que se tornam respiradores orais na fase adulta
• Os que já eram respiradores orais desde a infância e que só procuraram
tratamento na fase adulta
Referências Bibliográficas