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DISFAGIA.
COMO A FAMÍLIA PODERÁ AUXILIAR?
As condutas específicas variam de acordo com cada caso, mas existem orientações básicas ao
alimentar-se um paciente que apresenta disfagia e devem ser seguidas pela família e/ ou pelo
cuidador. Devem ser observadas as consistências dos alimentos liberadas pela equipe, o que
será decidido, principalmente, após a avaliação fonoaudiológica e/ou exames objetivos da
deglutição.
No caso em questão, os “espessantes”, serão utilizados nos alimentos líquidos, a fim de
minimizar a possibilidade de bronco aspiração. Estes, apresentam dosagens estabelecidas nas
embalagens para garantir determinada consistência, o que auxilia a preparação da refeição. A
princípio, não será administrado alimentos amassados e/ou triturados. Mas, tão somente,
pastosos.
É importante que o estado nutricional geral e a hidratação do paciente sejam acompanhados
pela equipe de nutrição. Sinais de desidratação incluem pele ressecada, ausência de suor e, às
vezes, alterações no estado mental.
O paciente acamado deve ser mantido em decúbito elevado: posicionar com travesseiro ou
elevar a cama. Pode ser colocado um travesseiro sob os joelhos do paciente, para evitar que
escorregue, e outro atrás da cabeça que ficará levemente inclinada para frente protegendo a
via aérea.
Quando o paciente pode permanecer sentado, deve ser mantido em posição ereta durante a
refeição, corrigir os desvios com travesseiros ou toalhas enroladas; a cabeça também deve
ficar levemente inclinada para frente.
Quem estiver administrando o alimento deve estar posicionado na mesma altura do paciente
e, em caso de hemiplegia/ hemiparesia (limitação dos movimentos de um dos lados do corpo),
deve-se posicionar no lado do corpo que está comprometido para oferecer o alimento ao
paciente. Ele deve manter a cabeça virada para este lado ao engolir, assim o bolo alimentar
desliza preferencialmente pelo lado bom;
pode-se posicionar a cabeça do paciente levemente para frente e para baixo;
introduzir o alimento com o talher à linha média (bem à frente) em relação à boca;
sempre observar a quantidade a ser introduzida: em caso de dúvida, sempre oferecer
pequenas colheradas (quantidade) e com velocidade mínima possível;
pedir sempre a atenção do paciente quando ele estiver sendo alimentado (mas não distraí-lo
nunca);
solicitar que mastigue bem;
solicitar que não fale enquanto come;
não apressar a introdução do alimento, certificar-se de que o paciente deglutiu toda a
porção antes de oferecer outra “colherada”;
retirar a prótese dentária quando estiver frouxa;
solicitar a “tosse” quando ele apresentar pigarro ou engasgo;
alimentar em ambiente tranqüilo, sem distrações (TV, grupo conversando);
realizar a higiene oral sempre após cada refeição e verificar o estado dentário do paciente
(mau estado dentário aumenta o risco para broncopneumonia).
se a saliva se acumula na cavidade oral, deve ser aspirada ou absorvida com uma compressa
ou gaze, assim evita-se os engasgos caso escorra para a faringe;
como a paciente não consegue controlar a quantidade de líquido que coloca na boca, os
líquidos devem ser oferecidos com colher, engrossados com espessante. (nunca oferecer
líquidos com canudo),
O principal risco da disfagia é a entrada de resíduos alimentares nos pulmões, o que pode
causar uma pneumonia aspirativa. Além disso, devido à dificuldade de deglutir, e
principalmente por terem noção deste risco, os pacientes evitam algumas consistências e,
com isso, vários alimentos, podendo ficar desidratados e/ ou desnutridos.