Você está na página 1de 50

Neurociência e Inclusão

Escolar

Prof. Esp: Carmen Pellanda

2023
Conhecendo e convivendo com a PCD

“ A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas
deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e
entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana dos quais só
os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente. A
menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois”.
( Artur da Távola)
Conhecendo e convivendo com a PCD

Segundo a LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.


“ Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência).Lei Brasileira de Inclusão”

Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento


de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual,
em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas.
Conhecendo e convivendo com a PCD
Deficiência Intelectual
-Deficiência Visual,
-Deficiência Auditiva,
-Deficiência Física,
-Transtornos Globais do Desenvolvimento TGD - (terminologia ainda
consta na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva)
-Psicoses, Transtornos desintegrativos da infância, Transtorno com
hipercinesia associado a retardo mental e movimentos estereotipados).
-Altas Habilidades/ Superdotação
Deficiência Intelectual
A Deficiência Intelectual, segundo a Associação Americana sobre
Deficiência Intelectual do Desenvolvimento AAIDD, caracteriza-se por um
funcionamento intelectual inferior à média (QI), associado a limitações
adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação,
autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de
recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e
trabalho), que ocorrem antes dos 18 anos de idade
Deficiência Intelectual e neurociência

-Deficiência Intelectual: foco no desenvolvimento das estruturas intelectuais;


-Necessidade de construir rotas cognitivas novas nos alunos com DI;
-Como fazer? Levar a pensar, assim as sinapses vão se reorganizando com
o objetivo de dar uma resposta;
- Funciona a partir de experiências que levam a sentir e realizar as
atividades;
- Investimento no pensar acontece no cérebro,
- Cérebro tem múltiplas capacidades, dentre elas a intelectual;
Deficiência Intelectual e neurociência- Múltiplas
capacidades
Individual Comportamental
Emoções, Atitude,
Valores, Tempo ,
Subjetividade, Objetividade
Decisões,
Escolhas

Cultural Social
Cooperação, Grupo familiar,
Valores comunitários, Escola,
Intersubjetividade Ecossistema,
Redes,
Interdisciplinaridade,
Política pública

-Estas dimensões acontecem dentro do cérebro :86 bilhões de neurônios com 10 milhões de
conexões
Deficiência Intelectual e neurociência- Múltiplas
capacidades

Individual Comportamental

Cultural Social

Conexões , sensações, percepções, tudo que nos cerca , sentimentos;


Funções subconscientes marcas da evolução: filogenética e ontogenética;

Somos seres complexos investir nas potencialidades do outro


Deficiência Intelectual e neurociência- Múltiplas
capacidades

-O cérebro tem a capacidade de se organizar a partir de necessidades:


fazendo novas conexões;
-Todos são capazes de aprender, construir rotas alternativas, criando
novas sinapses;
-Exercitar o cérebro assim como o corpo desafiando nosso cérebro;
-A emoção é a base de tudo;
Deficiência Intelectual e neurociência- Múltiplas
capacidades

-Conforme Relvas, o cérebro humano tem a capacidade de adaptação, ou


seja, se remodela de acordo com as experiências vivenciadas pelo sujeito,
ou seja, o cérebro é maleável, que se modifica sob o efeito de
experiências, ações e comportamentos dos indivíduos. Essa plasticidade é
decorrente das atividades dos neurônios do cérebro, pois a cada
experiência e aprendizado, novas conexões neurais são acrescentadas.
Apoio a pessoa com Deficiência Intelectual

Evite a superproteção ou a rejeição. Seja natural.


Aceite a pessoa como ela é. Toda pessoa é mais feliz quando sente que é
aceita, compreendida e tratada como as outras pessoas.
Promova a independência, de acordo com as suas possibilidades.
Trate-a com o mesmo respeito dedicado aos demais pessoas.
Não fale das dificuldades dela em sua presença. Não estabeleça
comparações, a não ser dela com ele mesma.
Converse com a pessoa ( jovem ou adulto) com deficiência, em linguagem
adequada para a idade, mesmo que seu nível de compreensão seja de
uma criança.
Apoio a pessoa com Deficiência Intelectual

-Deixe-a fazer as coisas sozinha, mesmo que no princípio faça de


forma inadequada. Ajude-a quando for realmente necessário.
-Repita as explicações até perceber que ele compreendeu o que está
sendo pedido ou ensinado.
-Se perceber que ela está com dificuldades para raciocinar, prestar a
atenção ou memorizar, é preciso dar-lhe mais tempo.
-Apesar de “diferente”, a pessoa com deficiência intelectual tem
possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem que o meio social
deverá favorecer
Deficiência Auditiva

Deficiência auditiva (também conhecida como hipoacusia ou surdez) é


a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou
causada posteriormente por doenças.
Perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando
de graus e níveis na forma seguinte:
de 41 a 55 db - surdez moderada;
de 56 a 70 db - surdez acentuada;
de 71 a 90 db - surdez severa;
acima de 91 db - surdez profunda;
anacusia.
Deficiência Auditiva e neurociência

Escaneando o cérebro
Pesquisas foram realizadas com escaneamento do cérebro de pessoas
com deficiência auditiva leve. A pesquisa mostrou que mesmo após três
meses com deficiência auditiva leve, o cérebro começa a se organizar. A
visão e o tato começam a destacar-se mesmo a pessoa tendo deficiência
auditiva leve.
Deficiência Auditiva e neurociência

O cérebro é flexível
Segundo Anu Sharma, o cérebro é flexível e é do conhecimento de todos
que com a surdez a região auditiva usa outros sentidos. Pesquisadores
puderam observar, através de seus estudos, que a parte do lobo frontal se
esforça muito quando as pessoas com deficiência auditiva precisam
ouvir.
Deficiência Auditiva e neurociência

Lobo Frontal: está localizado atrás da testa, sendo responsável pelos


nossos movimentos, emoções, raciocínio, personalidade e pensamentos.
Apoio a pessoa com deficiência auditiva/surdo

A dificuldade principal desta pessoa é a comunicação.


Alguns fazem uso da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e/ou leitura labial.
Esta pessoa precisa sentar-se na fila da frente ou em lugar centralizado.
Quando usa prótese (aparelho auditivo), há necessidade de se incentivar o uso frequente.
Para facilitar a comunicação, devemos falar devagar, com clareza e sem alterar o tom da
voz, evitando voltar-se de costas enquanto falamos.
Deve-se evitar que o reflexo da janela, ou outra fonte de luz, obstrua a visão do aluno.
Procure não bloquear, de modo algum, a área da boca enquanto fala (ex.: não mastigar,
sorrir, fumar).
É extremamente difícil para esta pessoa fazer anotações escritas durante exposição oral
do assunto; ele necessita de apoio.
Apoio a pessoa com deficiência auditiva/surdo

Quando usar material de apoio audiovisual, primeiro exponha o material e só depois


explique a atividade.
Repita questões ou comentários durante discussões ou conversas e indique (por gestos)
quem está falando, para que ele acompanhe o assunto.
Use recurso visual para informações importantes, como terminologias, símbolos, etc.,
para assegurar a compreensão.
Um pequeno toque no ombro da pessoa poderá ser um sistema útil para lhe chamar a
atenção, antes de fazer um esclarecimento ou dar uma explicação
Esta pessoa poderá necessitar de tempo extra para responder a perguntas, pois precisa
compreendê-las.
Deficiência Visual

É o comprometimento parcial (de 40 a 60%) ou total da visão. Não são


deficientes visuais pessoas com doenças como miopia, astigmatismo ou
hipermetropia, que podem ser corrigidas com o uso de lentes ou em
cirurgias.
Deficiência Visual

Segundo critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) os diferentes


graus de deficiência visual podem ser classificados em:
- Baixa visão (leve, moderada ou profunda): compensada com o uso de lentes de
aumento, lupas, telescópios, com o auxílio de bengalas e de treinamentos de orientação.
- Próximo à cegueira: quando a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e sombra, mas já
emprega o sistema braile para ler e escrever, utiliza recursos de voz para acessar
programas de computador, locomove-se com a bengala e precisa de treinamentos de
orientação e de mobilidade.
- Cegueira: quando não existe qualquer percepção de luz. O sistema braile, a bengala e
os treinamentos de orientação e de mobilidade, nesse caso, são fundamentais.
Deficiência Visual e neurociência

As informações tátil, auditiva, sinestésica e olfativa são mais desenvolvidas


pelas pessoas cegas porque elas recorrem a esses sentidos com mais
freqüência para decodificar e guardar na memória as informações. Sem a
visão, os outros sentidos passam a receber a informação de forma
intermitente, fugidia e fragmentária.
Fonte: Portal MEC
Deficiência Visual e neurociência
-Segundo o Schepens Eye Research Institute, que fica na cidade
norte-americana de Boston. Um estudo realizado por eles afirma que o
cérebro de pessoas cegas reorganiza suas conexões neurais, de modo a
aprimorar as percepções de tato, olfato, paladar e audição.

-A líder da pesquisa, Dra. Corinna Bauer, explicou ao jornal Daily Mail que
essa compensação feita na falta da visão seria possível através da
chamada neuroplasticidade – que é a habilidade que nosso cérebro tem de
adaptar-se naturalmente às nossas experiências.
Apoio a pessoa cega ou com visão subnormal

-Uma das dificuldades desta pessoa é a mobilização.


-Esta deve ficar sempre em lugar de fácil acesso, com o mínimo possível
de obstáculos.
-Se ela tem visão subnormal, geralmente há necessidade de ampliação do
material utilizado para o tamanho que ele consiga enxergar (de acordo com
a indicação de especialista).
-Durante o atendimento, faz-se necessário identificar os conteúdos de uma
figura e descrever a imagem e a sua posição relativa a itens importantes
(ex.: a mulher está à direita da casa, e o cachorro está em frente da casa).
Apoio a pessoa cega ou com visão subnormal

-Gráficos e tabelas devem ser substituídos por outras formas de registros,


por exemplo, em relevo.
-Ajude-o só na medida do necessário, procure promover a independência e
autonomia da pessoa.
-Tenha um comportamento o mais natural possível; não se deve
superproteger ou ignorá-lo.
Deficiência Física

Deficiência Física - tipos e definições de deficiência física, refere a


alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,
acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a
forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia,
tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou
ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade
congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não
produzam dificuldades para o desempenho de funções.
Deficiência Física

Paraplegia: paralisia das pernas e da parte inferior do tronco.


Paraparesia: é uma condição caracterizada pela incapacidade de mover parcialmente os
membros inferiores, que pode acontecer devido a alterações genéticas, danos na coluna
ou infecções virais, resultando em dificuldade para andar,
Monoplegia: paralisia que acomete um só membro ou grupo muscular.
Monoparesia: Paralisia leve que atinge um membro ou uma parte do corpo.
Tetraplegia: também conhecida como quadriplegia, é a perda dos movimentos dos braços,
tronco e pernas, geralmente, provocada por lesões que atingem a medula espinhal a nível
da coluna cervical, devido à situações como traumatismos em acidentes, hemorragia
cerebral, sérias deformidades na coluna ou doenças neurológicas.
Deficiência Física

Tetraparesia: Paralisia incompleta de nervo ou músculo dos membros


inferiores e superiores que não perderam inteiramente a sensibilidade e o
movimento.
Triplegia:perda total das funções motoras em três membros; Triparesia -
perda parcial das funções motoras em três membros; Hemiplegia - perda
total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo);
Hemiparesia - perda parcial das funções motoras de um hemisfério do
corpo (direito ou esquerdo);
Deficiência física e neurociência

Lefèvre é também citado por Camargo (1994, pg. 17) e diz: Desde o
nascimento, o cérebro infantil está em constante evolução através de sua
inter-relação com o meio. A criança percebe o mundo pelos sentidos, age
sobre ele, e esta interação se modifica durante a evolução, entendendo
melhor, pensando de modo mais complexo, comportando-se de maneira
mais adequada, com maior precisão práxica, à medida que domina seu
corpo.
Deficiência física e neurociência
-Uma das importantes características do Sistema Nervoso é denominada “Plasticidade
Neural”. Mas o que é a plasticidade? É a habilidade de tomar a forma ou alterar a forma e
funcionamento a partir da demanda ou exigência do meio.

-A plasticidade do Sistema Nervoso acontece no curso do desenvolvimento normal e


também em casos de pessoas que retomam seu desenvolvimento, após sofrerem
agressões e lesões neurológicas.

-Pessoas que sofreram lesões neurológicas não fogem desta regra, elas devem então
reorganizar seus sistemas de controle neurais para a retomada de tarefas perdidas ou
aprendizado de outras desejadas.
Deficiência física e neurociência

-Nesse caso, a quantidade e, mais ainda, a qualidade de estímulos


proporcionados à criança possibilitará o desenvolvimento máximo de suas
potencialidades e isso justifica a importância de criarmos oportunidades
comuns de convivências e desafios para o desenvolvimento.
Apoio a pessoa com deficiência física

-Ao ajudá-la a descer uma rampa inclinada ou degraus altos, é preferível


colocar a cadeira na posição de marcha a ré para evitar a perda do
equilíbrio ou a queda para frente.
-Se ela faz uso de muletas e você for andar junto, acompanhe o seu ritmo
de marcha, lado a lado.
-Avise-a dos obstáculos que possam existir no seu caminho para que ele
não tropece.
-Procure deixar as muletas sempre ao alcance das suas mãos.
Apoio a pessoa com paralisia cerebral

-Esta pessoa, geralmente, anda com dificuldades, lentamente ou não anda.


-Pode ter problemas de fala, movimentos estranhos ou descontrolados e
apresentar gestos faciais incomuns.
-Para ajudá-la, procure adaptar-se ao seu ritmo e modo de ser; não exija
rapidez nas suas tarefas.
-Procure mantê-la calma, diga-lhe que o tempo pode ser determinado por
ela mesma.
-Se os seus movimentos involuntários foram mais intensos, procure fixar a
folha de tarefa na mesa para que ela não a derrube.
Apoio a pessoa com paralisia cerebral

-No uso de outros materiais concretos, quando necessário, fixe-os na mesa


também.
-Se, para ela, for difícil segurar o lápis comum, dê-lhe um mais grosso, ou
envolva a parte que se pega com camadas de fita adesiva para ficar mais
grosso.
-Se não compreender sua fala, peça que repita calmamente e procure
deixar claro quando a compreende.
-Valorize suas produções e o incentive a continuar se esforçando; nunca o
subestime
Altas Habilidades/ Superdotação

“São destacadas as que apresentam notável desempenho e elevada


potencialidade em aspectos isolados ou combinados: “capacidade
intelectual geral, aptidão acadêmica específica, pensamento criador ou
produtivo, capacidade de liderança, talento especial para as artes e
capacidade psicomotora.” (SEESP – Secretaria de Educação Especial,
2006).
Apoio as pessoas com Altas Habilidades/ Superdotação

Conheça o potencial
Uma vez identificados, será mais fácil trabalhar com eles
Dê mais difícil em primeiro lugar
Ao dar um determinado tópico, dê atividades ou exercícios mais
desafiadores primeiro. Se eles não conseguirem executá-los, não há
problema algum. Você poderá dar outros menos complexos.
Diferencie, mas não acrescente
Descubra seus interesses pessoais e peça que eles desenvolvam projetos
que utilizem temas de seu interesse ou problemas desafiadores ligados a
empresa ou em sala de aula
Apoio as pessoas com Altas Habilidades/ Superdotação

-Diferencie, mas não acrescente


Descubra seus interesses pessoais e peça que eles desenvolvam projetos que utilizem
temas de seu interesse ou problemas desafiadores ligados a empresa ou em sala de aula

-Use e abuse da variedade


Você pode dar a eles várias escolhas. Ao dar determinada atividade, dê opções
diversificadas para demonstrar que eles compreenderam

-Ofereça oportunidade para pensamentos de alto nível


Utilize palavras e frases que induzam ao pensamento crítico tais como: possibilidades
futuras, tendências, presumir, finalidades e analogias .Tais como: possibilidades futuras,
tendências, presumir, finalidades e analogias.

-Estimule atividades em pares e equipe


Transtornos Globais do Desenvolvimento
( TGD)
-Pessoas com Transtornos Globais do Desenvolvimento apresentam um
quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais, na comunicação, repertório de
interesses e atividades restrito, movimento estereotipado e repetitivo.
Apoio a pessoa com TGD

-A pessoa com TGD é aquela que, de forma mais frequente, se comporta


de modo inadequado ou inapropriado diante das normas de convívio social.
-As atitudes da pessoa podem ser variadas entre agredir, gritar, falar
demais, bem como se manter calado e até apresentar depressão.
-Esta pessoa pode apresentar momentos de “ crise “, em que seu
comportamento se revela inadequado diante de uma situação.
-Esta pessoa necessita de normas de disciplina, devendo respeitá-las da
mesma forma, ter comportamento igual aos outros.
-No momento em que a pessoa entra em “ crise ”, há necessidade de se
manter a calma, lembrando sempre que quem está em crise é ele, não
nós.
Apoio a pessoa com TGD

-No momento em que a pessoa entra em “ crise ”, há necessidade de se


manter a calma, lembrando sempre que quem está em crise é ele, não
nós.
-Uma atitude bastante positiva é tirar a “platéia”, isto é, não deixar que
outros se envolvam nesse momento.
-Decida, rapidamente, quem irá administrar a situação, e só ajude se lhe
for pedido; a pessoa agredida não é a indicada para isso.
-Jamais administre a crise se você estiver com raiva para não correr o risco
de ser injusta com ambas as partes.
-Procure manter o tom natural da voz, não grite, pois gritando você perderá
a autoridade. Fale com a pessoa sempre olhando nos olhos.
Se houver necessidade de intervenção, não o enfrente na vertical, pois
isso lhe dará forças
Apoio a pessoa com TGD
-Procure manter o tom natural da voz, não grite, pois gritando você perderá
a autoridade. Fale com a pessoa sempre olhando nos olhos.

-Se houver necessidade de intervenção, não o enfrente na vertical, pois


isso lhe dará forças

-Procure manter o tom natural da voz, não grite, pois gritando você perderá
a autoridade.
-Fale com a pessoa sempre olhando nos olhos.
-Se houver necessidade de intervenção, não o enfrente na vertical, pois
isso lhe dará forças
Autismo (TEA)

De acordo com o DSM.IV, podemos descrever algumas características que


podem ser manifestadas pelas pessoas com autismo.
O autismo se caracteriza pela presença de um desenvolvimento
acentuadamente prejudicado na interação social e comunicação, além de
um repertório marcantemente restrito de atividades e interesses.
As manifestações desse transtorno variam imensamente a depender do
nível de desenvolvimento e idade. Os prejuízos na interação social são
amplos, podendo haver também prejuízos nos comportamentos não
verbais (contato visual direto, expressão facial, gestos corporais) que
regulam a interação social.
Autismo (TEA)
Nova Classificação :
Segue a listagem de todos os códigos em vigor da CID-10 e a nova classificação da
CID-11:
Autismo na CID-10
F84 – Transtornos globais do desenvolvimento (TGD)
F84.0 – Autismo infantil;
F84.1 – Autismo atípico;
F84.2 – Síndrome de Rett;
F84.3 – Outro transtorno desintegrativo da infância;
F84.4 – Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos
estereotipados;
F84.5 – Síndrome de Asperger;
F84.8 – Outros transtornos globais do desenvolvimento;
F84.9 – Transtornos globais não especificados do desenvolvimento.
Autismo (TEA)

Autismo na CID-11
6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com
comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com
comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem
funcional prejudicada;
6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com linguagem
funcional prejudicada;
6A02.4 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com ausência de
linguagem funcional;
6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com ausência de
linguagem funcional;
6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado
Autismo (TEA)

A CID-11, que foi apresentada para adoção dos Estados Membros em


2019(durante a Assembleia Mundial da Saúde), entrará em vigor em 1º de
janeiro de 2022. A versão lançada agora é uma pré-visualização e permitirá
aos países planejar seu uso, preparar traduções e treinar profissionais de
saúde.
site da oms
(http://www.who.int/health-topics/internationalclassification-of-diseaseswww
.who.int/health-topics/international-classification-of-diseases).
TEA e neurociência

-As principais estruturas cerebrais que foram relacionadas ao autismo


incluem o cerebelo, a amígdala, o hipocampo, o corpo caloso e o cíngulo.
-Cérebro mais rápido em certas áreas e mais lento em outras
-“Hierarquia de tempos neurais” ocorre de uma maneira diferente no
cérebro de pessoas autistas, pessoas autistas têm um processamento
muito mais rápido de sinais sensoriais( Genialcare)
-Em média, os autistas têm 67% mais neurônios do que as outras crianças
no córtex pré-frontal. Essa região do cérebro está ligada ao
desenvolvimento social, emocional, comunicativo e cognitivo, áreas
comprometidas pelas doenças do espectro autista.
TEA e neurociência
Apoio a pessoa com TEA

Algumas sugestões: Fonte: BBCNEWS


Cada pessoa autista é diferente, mas pode compartilhar desafios
semelhantes
Uma pessoa autista pode achar difícil escutar o que alguém está dizendo
quando há outros sons
Podem não entender certas insinuações e nuances que outras pessoas
perceberiam; podem ter dificuldade de entender sarcasmo, metáforas ou
expressões incomuns.
Contextualizar pode ajudar bastante: pode ser útil explicar por que é
importante - não espere que a pessoa faça a relação automaticamente
Apoio a pessoa com TEA

Quem é autista pode ter dificuldade em saber quando falar com outras
pessoas : elas podem não conseguir identificar quando é apropriado
iniciar, terminar ou entrar em uma conversa . Convidá-las a contribuir para
uma discussão e fazer perguntas diretas pode ajudar
Autistas podem soar diferente quando falam: Conversar requer muito
esforço para algumas pessoas e isso muitas vezes fica evidente
Para muitas pessoas do espectro, falar exige uma reflexão cuidadosa.
Apoio a pessoa com TEA

Autistas podem repetir coisas : Há vários motivos pelos quais


alguém do espectro pode repetir uma palavra ou frase: podem
querer mostrar à outra pessoa que registraram o que ela acabou de
dizer, mas, como não conseguem responder imediatamente, usam
a repetição como tática para ganhar tempo para pensar. Também
podem estar ansiosos.
Escrever pode ser uma maneira útil de se comunicar : Para
alguém do espectro autista, redigir suas ideias em uma mensagem
de texto ou e-mail pode ser uma maneira menos estressante de
desenvolver uma conversa.
A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e
não com as igualdades.
Paulo Freire

Você também pode gostar