Você está na página 1de 154

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E

APRENDIZAGEM

CLÁUDIA TATIANA CASSENOTTI


ccassenotti@educacao.curitiba.pr.gov.br
COMO O CÉREBRO APRENDE?
Processo de aprendizagem segundo
Piaget
ALGO DESCONHECIDO GERA
DESEQUILIBRIO

ASSIMILAÇÃO E ACOMODAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE UM NOVO


PROCESSOS MENTAIS DE AQUISIÇÃO E CONHECIMENTO
ADEQUAÇÃO DO CONHECIMENTO REESTABELECE O EQUILÍBRIO
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
SEGUNDO PIAGET
● Na assimilação, o sujeito incorpora eventos,
objetos ou situações dentro de formas de
pensamento, que constituem as estruturas
mentais organizadas.
● Na acomodação, as estruturas mentais
existentes reorganizam-se para incorporar novos
aspectos do ambiente externo. Durante o ato de
inteligência, o sujeito adapta-se às exigências do
ambiente externo enquanto ao mesmo tempo,
mantém sua estrutura mental intacta.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

● Geralmente todos os indivíduos vivenciam


todos os estágios na mesma sequência, porém
o início e o término de cada estágio sofre
variações devido às diferenças de natureza
biológica, ou do meio ambiente em que está
inserido.
● A aprendizagem acompanha o
desenvolvimento. Passa de um estágio menor
para o de maior conhecimento.
ESTAGIO SENSÓRIO-MOTOR
 O primeiro estágio do desenvolvimento cognitivo é
denominado sensório motor porque a inteligência
da criança nesta fase de desenvolve por meio de
ações motoras e atividades perceptivas com base
nas sensações.
 É o estágio da inteligência prática. Fundamental
para o desenvolvimento intelectual.
 18 a 24 meses: início do simbolismo – é a transição
da atividade sensório motora para a representação
mental (permanência do objeto).
ESTAGIO SENSÓRIO-MOTOR
Como estimular?
 Espelho, brinquedos de silicone, potes,
cubos, colher, pazinha, tecidos, mesinhas
interativas, bexigas.
 Tapetes sensoriais
 Encaixes
 Aramados
 Materiais diversos para estimulação
sensorial
 Estímulos auditivos e visuais (chocalhos,
brinquedos sonoros /coloridos, lanternas)
 Linguagem (fala)
PRÉ-OPERATÓRIO
 Neste estágio a criança passa a pensar
simbolicamente, isto é, consegue imaginar
um objeto mesmo na ausência deste, no
entanto, seu pensamento ainda é pré-
lógico e baseado nas percepções visuais,
ainda não existe abstração.
 Se subdivide em: Pré-operatório
Simbólico- pensamento egocêntrico (2-4);
Pré-operatório Global (4-6) e Pré-
operatório Intuitivo Articulado (6-7).
PRÉ-OPERATÓRIO SIMBÓLICO
 Pensamento egocêntrico;
 Lógica da representação: Capacidade de representar as
coisas por meio de símbolos; Imitação; Maior domínio
da linguagem (depende do meio/cultura que está
inserido);
 Nível de pensamento representativo, há uma
reconstrução de tudo que foi desenvolvido no estágio
sensório motor;
 Necessita de modelo;
 Jogo simbólico dupla função (cognitiva e afetiva);
 Desenho reproduz a ação (elabora a imagem e a
reproduz).
PRÉ-OPERATÓRIO SIMBÓLICO
 Fantoches;
 Livros infantis;
 Estimulação da linguagem;
 Aramados;
 Jogos de memória gigantes;
 Circuitos psicomotores;
 Fotos ou figuras de objetos utilizados no
cotidiano, de atividades de vida diária, de
meninos e meninas;
 Livros;
 Objetos grandes e pequenos;
 Kit de brinquedos de casinha;
 Riscantes/Papel;
 Brinquedos de rosca;
 Quebra-cabeças simples (metades);
 Fantasias.
PRÉ-OPERATÓRIO GLOBAL
 Passa a intuir sobre o mundo externo, isto é,
adquire maior interação cognitiva com o outro e
com o contexto.
 Usa a linguagem egocêntrica.
 Elas precisam ver, pegar e manipular esses
objetos porque favorecem a construção das
representações mentais e porque, não dispondo
ainda da reversibilidade do pensamento, suas
respostas são ancoradas apenas em sua “lógica
pessoal”.
 Não discrimina detalhes, sua percepção é
global.
 Não relaciona os fatos, se deixa levar pela
aparência.
PRÉ-OPERATÓRIO GLOBAL
 Demonstra autonomia em muitas ações: se alimenta
sozinha; vai ao banheiro, sabe cuidar do seu
material.
 Participa de brincadeiras de faz de conta, inventa
personagens, compreende as regras dos jogos
propostos.
 Se vestir e despir com autonomia.
 Vocabulário cada vez mais desenvolvido não utilizam
mais palavras soltas, mas constroem frases.
 Relata fatos ou histórias.
 Gosta de atividades de leitura e escrita, brinca de ler.
 O tempo de concentração nas atividades se amplia.
 Realiza rabiscos arredondados e pode desenhar
formas fechadas. (4-5 anos)
PRÉ-OPERATÓRIO GLOBAL
 Pode desenhar um esboço da figura humana
(cabeça, braços e pernas). (4-5 anos)
 Corta com tesoura.
 Agarra uma bola com as duas mãos.
 Começa a entender o tempo: dia e noite.
 Começa a entender os fenômenos naturais: a
chuva, o frio, o calor, o sol.
 Identifica as partes do corpo em si e no outro.
 Ainda não tem domínio sobre suas emoções.
Pode passar da birra à obediência com
facilidade.
PRÉ-OPERATÓRIO GLOBAL
 Demonstra ter noções de tamanho (grande e
pequeno), temperatura (quente e frio), altura
(alto e baixo), volume (cheio e vazio), massa
(leve e pesado), espaço (em cima, em baixo,
dentro, fora, perto longe).
 É capaz de andar na ponta dos pés, saltar
pequenos obstáculos, demonstra bom
equilíbrio na marcha e corrida, sobe escadas
alternando os pés, chuta bolas grandes. Fica
posicionada com apoio em um só pé por alguns
segundos sem ajuda. Pula sobre um dos pés por
vezes consecutivas.
PRÉ-OPERATÓRIO GLOBAL
 Fantoches
 Imagens de objetos pela metade e inteiros
 Imagens com objetos perto e longe
 Sequência de histórias com 3 ou 4 imagens
 Figuras ou imagens que possibilitem a
criança prever o que acontecerá
 Riscantes/papel
 Objetos de higiene pessoal
 Fantasias
 Tesoura/cola
 Crachá com o nome/pareamento
 Revistas/bola/corda.
HABILIDADES COGNITIVAS
 A palavra “cognição” pode ser definida como “o
ato de conhecer” ou “conhecimento”. Então as
habilidades cognitivas são as capacidades
mentais necessárias para o sucesso do
aprendizado na vida e no ambiente escolar,
isto é, na aprendizagem sistematizada.
 O desenvolvimento dessas capacidades faz
com que o aluno possa utilizá-las de forma
eficiente para pensar, entender conceitos, reter
informações, compreender, processar, analisar
e armazenar dados e sentimentos, criar
imagens mentais, planejar, lembrar e resolver
problemas.
HABILIDADES NECESSÁRIAS PARA
APRENDIZAGEM:
oAtenção e Concentração;
oMemória;
oCoordenação Motora;
oLateralidade;
oOrientação Espacial;
oOrientação Temporal;
oRitmo;
oAnálise e Síntese Visual e Auditiva;
oHabilidade Visual;
oHabilidade Auditiva;
oLinguagem Oral;
oRaciocínio Lógico.
Neuroplasticidade

● Neuroplasticidade - Também conhecida


como plasticidade neuronal, é a
capacidade de o cérebro se adaptar a
mudanças por meio do sistema nervoso.
Trata-se da habilidade do cérebro de
reorganizar os neurônios e os circuitos
neurais, moldando-se a níveis
estruturais por meio de aprendizagem e
vivências.
Neuroplasticidade

● A neuroplasticidade permite que os


neurônios se regenerem e que sejam
criadas conexões sinápticas – meios de
comunicação entre os neurônios. É o
que permite que o cérebro seja
adaptável a mudanças, atuando de
forma maleável.
ATENÇÃO E
CONCENTRAÇÃO
 A atenção pode ser definida, como o "fenômeno pelo
qual o ser humano processa ativamente uma quantidade
limitada de informações do enorme montante de
informações disponíveis através dos órgãos dos sentidos,
de memórias armazenadas e de outros processos
cognitivos" (STERNBERG, 2000 p. 78).
 Conforme Capovilla e Dias (2008) a atenção possibilita a
filtragem e a seleção da informação, estando presente em
praticamente todas as ações e processos mentais do
indivíduo.
MEMÓRIA
 A memória e a aprendizagem são dois
processos que estão intimamente ligados, pois
só fica retido aquilo que foi aprendido.
Considerando a aprendizagem como um
processo de aquisição, conservação e a
evocação de conhecimento e a memória como
habilidade de reter e evocar informações, então
ela é essencial para que a aprendizagem ocorra.
 O mecanismo da memória é extremamente
complexo, porque depende do grau de
maturação cerebral, varia conforma a faixa
etária e de indivíduo para indivíduo.
MEMÓRIA
MEMÓRIA DE CURTA MEMÓRIA DE LONGO MEMÓRIA DE LONGO
DURAÇÃO OU PRAZO: PRAZO:
OPERACIONAL EXPLÍCITA OU DECLARATIVA IMPLÍCITA
Importante tanto no momento São descritíveis por meio da Memória para procedimentos e
da aquisição como no linguagem. Memória para fatos habilidades, por exemplo, a
momento da evocação de toda e eventos, por exemplo, habilidade para dirigir, jogar
e qualquer memória. Através lembrança de datas, fatos bola, dar um nó no cordão do
dela armazenamos históricos, números de telefone. sapato e da gravata. Pode ser
temporariamente informações dividida em: memória adquirida
que serão úteis apenas para o e evocada por meio de dicas,
raciocínio imediato e a memória de procedimentos – a
resolução de problemas, ou qual se refere às habilidades e
para a elaboração de hábitos, memória associativa e
comportamentos, podendo ser não-associativa - relacionada a
esquecidas logo a seguir. algum tipo de resposta ou
comportamento.

Especialmente para eventos Estabelece traços duradouros, Estabelece traços duradouros,


recentes, dura minutos ou dura dias, semanas ou mesmo dura dias, semanas ou mesmo
horas. anos, pelo treino repetitivo. anos, pela reverberação.
Resistente a interferências, é Resistente a interferências, é
consolidada. consolidada.
MEMÓRIA
 Uma variedade de problemas de memória é
evidenciada na aprendizagem, esses transtornos
podem ocorrer no momento de aquisição, de
consolidação ou de evocação das memórias.
 São vários os aspectos que podem ocasionar
transtornos de memória, como problemas de
atenção, de motivação, nos cinco sentidos e na
cognição. O desenvolvimento precário da memória
dificulta a aprendizagem de novos conhecimentos.
COORDENAÇÃO MOTORA
 A coordenação motora pode ser dividida em: global, fina e
óculo-manual, isto é, visomotora.
 A coordenação global, segundo Oliveira (1997),
corresponde a atividades dos grandes músculos e depende
da capacidade postural da criança, pois é pelos movimentos
e pela experimentação que ela procura seu eixo corporal e
passa a aquisição da dissociação de movimentos. Isto
significa dizer que a criança passa a ter condições de
realizar vários movimentos ao mesmo tempo.
SINAIS DE ALERTA – COORDENAÇÃO
MOTORA
● Assimetria ou ausência de reflexos;
● Alteração de tônus muscular (hipotonia,
hipertonia, localizadas ou generalizadas),
● Posturas diferentes;
● Atraso na aquisição dos marcos do
desenvolvimento;
● Paralisias;
● Infecção óssea crônica;
● Descalcificação óssea.
ESQUEMA CORPORAL
● Esta habilidade pressupõe o conhecimento
adequado do corpo, pois com ele a criança
experimenta, percebe, sente, conhece,
comunica e se relaciona com o meio que a
cerca. Esta experiência corporal abrange três
aspectos, como mostrado no quadro.
ASPECTOS SIGNIFICADO
Conceito Corporal O conhecimento da atividade de seu corpo, partes que
o compõe, suas denominações e funções.

Imagem Corporal A impressão que a criança tem de seu corpo,


proveniente das experiências com o meio e de seus
sentimentos.
Esquema A consciência, o reconhecimento e o controle das
Corporal propriedades espaciais do corpo, regulam a postura e o
equilíbrio.
ESQUEMA CORPORAL

 A má estruturação do esquema corporal


prejudicará o bom desenvolvimento das
funções psiconeurológicas, como: coordenação
motora ampla, fina e visomotora, orientação
espacial e temporal, lateralidade, domínio do
espaço da folha, também de linha, na aquisição
dos conceitos: em cima, embaixo, esquerda,
direita, dentro, fora.
LATERALIDADE
● Esta habilidade relaciona-se ao uso preferencial de um
dos lados do corpo na realização das atividades e
envolve mão, pé e olho. A lateralidade está ligada ao
conceito de imagem corporal. Podem-se classificar os
indivíduos quanto à lateralidade conforme descrição
abaixo:
LATERALIDADE SIGNIFICADO
Destro Utilizam o lado direito do corpo.
Sinistro Utilizam o lado esquerdo do corpo.
Contrariada Quando se é forçado a mudar a preferência
manual.
Cruzada Quando não há preferência por um lado do corpo.

Indefinida Quando ocorre indecisão pelo uso de um dos


lados.
Ambidestra Uso de ambos os lados com a mesma habilidade
e destreza.
LATERALIDADE
 No processo de aprendizagem as dificuldades que
surgem nas crianças com lateralidade contrariada,
cruzada e indefinida implicam em: falta de organização,
dificuldade de orientação espacial, posturas
inadequadas, escrita espelhada e até disgrafia.
 A dominância lateral deve estar definida por volta dos
quatro ou cinco anos. Dentro do conceito de lateralidade
está presente o conhecimento de direita e esquerda, o
qual permite a pessoa diferenciar o lado direito e o
esquerdo em si, nos outros e nos objetos. A ausência
deste conceito implica em confusão na orientação
espacial e no momento da alfabetização em dificuldade
de perceber o sentido direcional de leitura e escrita e de
associar letras e sons.
SINAIS DE ALERTA – HABILIDADES VISUAIS
● Ausência de reação a luz;
● Ausência reflexos palpebral;
● Impossibilidade de fixação do olhar em pessoa
ou objeto;
● Desvio fixo de um ou ambos os olhos;
● Diferença de tamanho de globo ocular;
● Fotofobia;
● Reação inflamatória;
● Nistagmo;
● Lacrimejamento constante;
● Quedas constantes;
● Cefaléias (dores de cabeça).
● Aproximação visual;
● Coceira e irritação nos olhos;
● Apertar os olhos para tentar enxergar.
SINAIS DE ALERTA – HABILIDADES
AUDITIVAS

● Ausência de reação a sons ou percepção


apenas de sons muito intensos;
● Ausência ou pobreza de emissão de sons;
● Indiferença ao meio;
● Atraso ou impossibilidade na aquisição da
linguagem;
● Irritabilidade ou apatia constante;
● Resposta aos estímulos lentos ou
inexistentes.
LINGUAGEM ORAL

● Pode-se conceituar linguagem como um


sistema de sinais que servem para a
comunicação entre as pessoas. Para que
haja linguagem é necessário a
coordenação entre o sensorial e o motor
e depende do cérebro, da maturação e
do ambiente.
LINGUAGEM ORAL
LINGUAGEM SIGNIFICADO DIFICULDADE
ORAL
Pronúncia de Pronúncia correta das Ocasiona a pronúncia
sons palavras incorreta das palavras ou a
não realização de
movimentos articulatórios
necessários à fala

Vocabulário Capacidade de Implica num vocabulário oral


conhecer o significado reduzido/precário e na
das palavras, com base dificuldade na compreensão
na própria experiência. de textos
Importante que este
seja ampliado
Sintaxe oral Habilidade de formar Refletirá na sintaxe escrita,
frases oralmente, ocasionando omissões de
elaboração mental das letras, palavras, também
unidades básicas do mudança de ordem de
pensamento, apresentação de vocábulos
respeitando a ordem
dos vocábulos, dos
tempos verbais,
concordância nominal e
que repercutirão na
sintaxe escrita
RACIOCÍNIO LÓGICO
● Esta capacidade permite estabelecer
conceitos de quantidade, classe, número,
medida, conjuntos, forma, tamanho,
espessura, posição no espaço e ordem.
● Ensinar a raciocinar é tarefa da escola, uma
de suas principais tarefas, portanto é
necessário fazer a criança pensar sobre um
objeto, uma situação, para resolver um
problema.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
 RIMAS
 ALITERAÇÃO
 CONSCIÊNCIA DE PALAVRAS
 CONSCIÊNCIA DE SÍLABAS
 IDENTIDADE FONÊMICA
 TROCA DE FONEMAS
 ANÁLISE DE FONEMAS
 CONTAGEM DE FONEMAS
 SÍNTESE DE SÍLABAS
 CONSCIÊNCIA FONÊMICA
 ANÁLISE DE FONEMAS
 SÍNTESE DE FONEMAS
 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE FONEMAS E SÍLABAS
 CORRESPONDÊNCIA GRAFEMA/FONEMA
COMPETÊNCIAS PARA O PROCESSO DE
AQUISIÇÃO DA LEITURA E ESCRITA

 Consciência Fonológica – a ideia de que diferentes letras


produzem diferentes sons;
 Princípio Alfabético – a ideia de que há uma relação entre
a presenças e posição de um grafema e o som que ele tem
na palavra;
 Decodificação – a capacidade de pronunciar o som de uma
palavras escrita ou transformar em escrita uma palavras
ouvida/falada;
 Fluência – inclui a correção e ritmo de leitura de textos;
COMPETÊNCIAS PARA O PROCESSO DE
AQUISIÇÃO DA LEITURA E ESCRITA

 Capacidade de escrever de forma legível e


com fluência (caligrafia);
 Capacidade de escrever de forma
ortográfica;
 Capacidade de escrever frases sintática e
semanticamente corretas.
COMPETÊNCIAS QUE PRECEDEM, ACOMPANHAM E
SUCEDEM O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LEITURA E
ESCRITA

 Desenvolvimento do léxico – quanto maior


o léxico, maior a capacidade de leitura e
compreensão;
 Desenvolvimento de competências de
compreensão de texto: incluem
competências sobre a estrutura lógica e uso
social dos diferentes tipos de texto, bem
como, estratégias gerais de compreensão e
produção;
COMPETÊNCIAS QUE PRECEDEM, ACOMPANHAM E
SUCEDEM O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LEITURA E
ESCRITA

 A maior parte do tempo de aprendizagem


se concentra na aquisição das competências
centrais de decodificação e fluência –
pois são elas que asseguram o
reconhecimento automático das palavras.
AÇÕES PEDAGÓGICAS
 Boas impressões são necessárias. Letras
apagadas inviabilizam a leitura devido à
dificuldade de síntese na discriminação visual;
 Ao digitar material para o estudante, deixar
espaçamento duplo entre as linhas;
 Evitar atividades longas e permitir tempos de
intervalo. Variar as atividades, intercalando as
mesmas;
 Permitir que digite trabalhos para que tenha
contato com o corretor de textos;
 Usar materiais que permitam visualizações:
figuras, gráficos e ilustrações, acompanhando o
texto impresso;
AÇÕES PEDAGÓGICAS
 Adequar a quantidade de exercícios;
 Oferecer pistas quanto ao traçado das letras ou
outra situação em que se faça necessário.
 Valorizar trabalhos pelo conteúdo e não se deter
nos erros de sua escrita;
 Utilizar, sempre que possível, materiais
multissensoriais para acessar os sentidos;
 Explicar o significado de palavras novas, dispondo
de figuras;
 Associações visuais com cores motivam a
aprendizagem e a memória, além de ajudar a
classificar as informações;
 Montar uma caixa de palavras, auxiliando na
apropriação da ortografia.
Adequações

Para sistematizar a escrita, sugerimos a atividade


coletiva: Forme o nome dos personagens da
quadrinha utilizando alfabeto móvel.
Adequações
Adequações
Adequações
Adequações
TROCA DE LETRAS
 DIGA O NOME DE UM ANIMAL QUE TERMINA COM
/TO/

 DIGA O NOME DE UMA COISA QUE A GENTA


VESTE QUE TERMINA COM O SOM /ZA/

 DIGA UM NOME DE HOMEM QUE TERMINA COM


/ÃO/

 DIGA O NOME DE UMA COR QUE TERMINA EM


/ELHO/

 DIGA O NOME DE UMA COISA QUE TEM NA SALA


DE AULA QUE TERMINA COM /EIRA/
 FUI PARA A LUA E LEVEI...

 JOGO DA FORMIGA

 FALAR UMA FRASE E DEPOIS REPETIR SEM FALAR A


ÚLTIMA PALAVRA.

 EU BRINCO DE FUTEBOL. EU BRINCO DE....

 ELA GOSTA DE COMER MAÇÃ. ELA GOSTA DE


COMER...

 A MULHER COMPROU ROUPAS. A MULHER


COMPROU.....

 NÓS PASSEAMOS DE CARRO. NÓS PASSEAMOS


DE...
JOGO DE PERCURSO

 TABULEIRO COM NÚMEROS


 CARTAS COM FIGURAS
A CRIANÇA SORTEIA UMA FIGURA E AVANÇA NO
TABULEIRO CONFORME O NÚMERO DE SÍLABAS
DA FIGURA.

 FRACIONANDO PALAVRAS COM RITMO


 COLOCAR DIANTE DAS CRIANÇAS VÁRIAS CARTAS
COM FIGURAS DE OBJETOS QUE COMEÇAM COM
TRÊS FONEMAS DIFERENTES. A CRIANÇA DEVE
RETIRAR UMA CARTA, DIZER O NOME DA FIGURA,
ENFATIZAR O SOM INICIAL E COLOCAR NA PILHA
CORRESPONDENTE AO FONEMA INICIAL.

/E/ /C/ /P/


EXERCÍCIO COCEIRA PAPAGAIO
ESCORPIÃO CAVALO PIPOCA
EXÉRCITO CASTELO PIANO
ELEVADOR CALÇADA PESCAR
ESCADA COPO PARQUE
ESTRELA CADEIA PADEIRO
ESCOVA CALOR PANDEIRO
Adequações
Adequações
Adequações
Adequações
Adequações
RÉGUA PARA
LEITURA
WORDCLOUDS – nuvem de
palavras
PADLET – TIMELINE: SEQUÊNCIA
DE IMAGENS
 Potencialidades – capacidades demonstradas:
- Compreensão das consignas, habilidade em
cálculo mental, interesse nas atividades,
participação nos questionamentos orais.
 Necessidades de Aprendizagem:
- Dificuldade na leitura, silabada com dificuldades
nos fonemas surdo-sonoros;
- Escrita com muitas trocas: P/B, T/D, F/V, C/G.
 Intervenção:
- Jogo troca letras explorando
T/D. No início percebeu-se
grande dificuldade em
discriminar os fonemas T e D.
Na medida em que elaborou
hipóteses no jogo observou-
se que começou a
discriminar. Trabalhamos com
espelho para o estudante
observar a pronuncia de cada
letra antes e durante o jogo.
 Dificuldade no processo de aquisição da
aprendizagem:
 Interpretação de texto, trocas de letras P/B,
T/D, F/V, C/G.
 Intervenção e Resultados:

 Leitura coletiva;
 Roteiro para leitura adaptado ao gênero
textual;
 Localizar palavras no texto com F e V,
compondo uma lista de palavras;
 A partir do roteiro o estudante evidenciou
melhor compreensão do texto.
 A lista de palavras servirá para o estudante
consultar sempre que escrever texto ou frase.
PROCESSOS MENTAIS
BÁSICOS
 Correspondência;
 Classificação;
 Sequenciação;
 Inclusão;
 Comparação;
 Seriação;
 Conservação.
 Potencialidades - capacidades demonstradas:
- Interesse nas atividades, participação nos
questionamentos orais, compreensão do SND,
noções de tabuada.
 Necessidades de Aprendizagem:
- Dificuldade na compreensão de situações
problema.
 Intervenção:

 Roteiro para análise de


situações problema.
 Construção coletivas de
situações problema;
 Trabalhar com a solução
de problemas em trios, de
modo que os estudantes
troquem informações.
NAS ADEQUAÇÕES É
PRIMORDIAL:
 Conhecer o perfil das crianças/estudantes;
 Ter intencionalidade;
 Pensar sobre como fazer a criança/estudante
sentir-se parte do grupo;
 Criar um ambiente de respeito e colaboração;
 Utilizar múltiplos recursos e adequar as
estratégias às necessidades da
criança/estudante
 Ser exemplo.
AO PENSAR EM ADEQUAÇÕES
PRECISAMOS:
 Ter a singularidades/potencialidades da
criança/estudante como ponto de partida, com
ênfase nos interesses, habilidades e
necessidades;
 Lembrar que é necessário respeitar a
individualidade, diagnósticos iguais não
pressupõe a mesma prática;
 Avaliar cada situação para encontrar
estratégias que se efetivem, tendo em vista
que todos tem capacidade de aprendizagem
em seu ritmo e ao seu modo.
AO PENSAR EM ADEQUAÇÕES
PRECISAMOS:
 Apresentar atividades em um único contexto,
mas contemplando os diferentes ritmos de
aprendizagem dos e das estudantes,
pressupõe um planejamento que proponha
situações de ensino aos estudantes
possibilitando que cada um avance em suas
aprendizagens.
ADEQUAÇÕES
 Segundo estudos e pesquisas de Hoffmann
(2005), quanto mais amplas forem as
estratégias pedagógicas e quanto maiores as
oportunidades dos estudantes interagirem com
o objeto de estudo por meio da reflexão, mais
sucesso na aprendizagem eles terão.
 As atividades diversificadas referem-se à
variedade de encaminhamentos pedagógicos
ofertados, observando as distintas formas de
linguagem para a aprendizagem (leitura, escrita,
expressão corporal, musical, jogos, brincadeiras
e outras) que facilitam a apropriação de
distintas formas de se resolver os desafios
escolares (dificuldades dos estudantes).
ADEQUAÇÕES
 As atividades diferenciadas são atividades
elaboradas para os estudantes que
apresentem diferenças de aprendizagem,
pois cada indivíduo tem o seu tempo e
formas individuais de aprender e reações
individuais perante certos desafios. Essas
questões devem ser consideradas pelo
professor no momento do planejamento,
respeitar o percurso individual de cada
estudante e propor atividades pontuais para
fazê-los avançar. Esses encaminhamentos
diferenciados dizem respeito às diferenças e
interesses de cada estudante.
ADEQUAÇÃO PEDAGÓGICA
 Uma série de ações com o objetivo de
atender a diversidade das crianças e
estudantes;
 Práticas pedagógicas que favorecem o
progresso educacional;
 Modificações, alterações ou transformações
que os professores e a escola fazem nas
propostas de atividades, a fim de atender às
necessidades dos seus estudantes.
 A adequação pode ocorres nos elementos
básicos do currículo, como também nos
elementos que tornem possível o acesso a
ele.
ADEQUAÇÕES
 Para definir qual recurso é adequado
ao estudante é necessário avaliar
suas reais necessidades educativas
especiais e planejar um recurso que
atenda a essas necessidades para
cada estudante em específico.
TRANSTORNO DE ESPECTRO
AUTISTA
TRANSTORNO DE ESPECTRO
AUTISTA
TRANSTORNO DE ESPECTRO
AUTISTA
TRANSTORNO DE ESPECTRO
AUTISTA
 VIDEOS PALESTRAS\Conquistando o
impossível.avi
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 BACICH, Lilian e TANZI, Adolfo Neto, org. Ensino Hibrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto alegre:
penso, 2015.
 BUDEL, Gislaine Coimbra e MEIER, Marcos. Mediação da
Aprendizagem na Educação Especial. Curitiba: IBPEX,
2012.
 CUNHA, Eugênio. Autismo na escola: um jeito diferente de
aprender, um jeito diferente de ensinar- ideias e pratica
pedagógicas. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2013.
 GOMES, Márcio (organizador). Construindo as trilhas para a
inclusão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
 FACION, José Raimundo. Transtornos invasivos do
desenvolvimento e transtornos de comportamento
disruptivo. 2 ed. Curitiba: IBPEX, 2005.
 MEC, Documento Subsidiário à Política de inclusão,
Brasília, 2005.
 MEC, Ensaios Pedagógicos - Construindo Escolas
Inclusivas, Brasília, 2005.
 MEC, Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva, Brasília, 2007.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 MEIRA, Luciano e BLIKSTEIN, Paulo, org. Ludicidade, jogos
digitais e gamificação na aprendizagem. Porto Alegre: Penso,
2020.
 ROMERO, Toni. Educação sem distancia: as tecnologias
interativas na redução de distancias em ensino e
aprendizagem. São Paulo: Artesanato Educacional, 2017.
 SAMPAIO, Cristiane T., SAMPAIO, Sônia R. Educação
Inclusiva: o professor mediando para a vida. Salvador:
EDUFBA, 2009.
 SHAFFER, David R. Psicologia do desenvolvimento: infância
e adolescência. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2005.
 STEMBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo:
Artmed, 2000.
 Site: Nova Escola.
 Blog Desafios do aprender, disponível em:
abcclaudiamara.blogspot.com
 DSM-V

Você também pode gostar