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HUMANA
AULA 7
Desenvolvimento
Cognitivo
ABERTURA
Olá!
O desenvolvimento ocorre desde a etapa embrionária até o fim da vida. Nas inúmeras fases pelas
quais o ser humano passa, o desenvolvimento ocorre de variadas formas, como sendo motor,
social e cognitivo.
O desenvolvimento cognitivo apresenta características inerentes ao ser humano, e, para
desenvolvê-lo, alguns elementos são essenciais, como a memória, a percepção, a atenção e o
raciocínio. Jean Piaget é o autor destaque nos estudos sobre o desenvolvimento cognitivo e traz
conceitos como a acomodação e a assimilação, bem como as fases de cada criança nesse
desenvolvimento.
Nesta aula, serão apresentados os conceitos e as características do desenvolvimento cognitivo.
Bons estudos.
REFERENCIAL TEÓRICO
Boa leitura.
Desenvolvimento cognitivo:
fases, características
e comportamentos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Desde sua concepção, no período embrionário, o ser humano está se
desenvolvendo e, até o envelhecimento, ele passa por inúmeras fases
nesse processo, que pode ser um desenvolvimento físico, motor, social
ou cognitivo.
O desenvolvimento cognitivo apresenta características inerentes ao
ser humano e, para desenvolvê-lo, algumas características são essenciais,
como a memória, a percepção, a atenção e o raciocínio. Um dos pensa-
dores importantes nessa área é Jean Piaget, que traz conceitos como a
acomodação e a assimilação, bem como as fases de cada criança nesse
desenvolvimento.
Neste capítulo, você compreenderá os conceitos e as características
do desenvolvimento cognitivo, bem como suas fases e seu estágio a
partir de estudos de caso.
2 Desenvolvimento cognitivo: fases, características e comportamentos
https://goo.gl/SrY2Du
Desenvolvimento cognitivo: fases, características e comportamentos 5
Sensório-motor
Abrange, aproximadamente, dos 0 aos 2 anos e está dividida em seis subestá-
gios. Piaget (1973) aponta as seis características principais dessa fase.
Piaget aponta que, até os 8 meses, há uma total ausência de noção, em que,
se um objeto é ocultado da frente da criança, ela age como se ele não existisse
mais, como a brincadeira em que os pais cobrem o rosto, sendo que, para ela,
Desenvolvimento cognitivo: fases, características e comportamentos 7
eles não estão mais ali. A partir dessa idade, existe o desenvolvimento, a noção
de que algo segue a existir mesmo que não esteja em sua frente (LINHARES,
2017). Depois dos 18 meses, a criança passa a ter um pensamento representa-
tivo, a representar o que não está ausente, usando, assim, as imagens mentais
para realizar ações.
Pré-operacional
Abrange, aproximadamente, dos 2 aos 6 anos e chama-se de fase pré-escolar,
na qual surge a inteligência simbólica, como uso de imagens e da linguagem
(Figura 2). Neves (2018, documento on-line) aponta algumas das principais
características dessa fase:
Operacional-concreto
Abrange, aproximadamente, dos 7 aos 11 anos e se caracteriza como a fase
escolar, em que a criança desenvolve os pensamentos lógicos e começa a
apresentar argumentos mais elaborados para suas questões, como aponta
Neves (2018, documento on-line):
Operacional-formal
Esta fase, adolescente, ocorre após os 12 anos, aproximadamente, em que surge
o pensamento hipotético-dedutivo e se começa a levantar hipóteses e deduzir
conclusões. Piaget (1973) aponta que o adolescente usa esquemas aprendidos
Desenvolvimento cognitivo: fases, características e comportamentos 9
dos estágios anteriores para fortalecer as hipóteses deste estágio, assim ele vai
aprimorando cada vez mais os estágios anteriores. Deste estágio em diante o
que ocorre é o aperfeiçoamento dos estágios passados.
Esse período é marcado por inteligência abstrata (operações formais),
pensamento igualmente abstrato, reflexão de conceitos não concretos reais
ou observáveis e experiência. O egocentrismo tende a desaparecer, tendo o
aumento significativo do processo de socialização e a construção da autonomia.
Neste tópico, foram apresentadas as fases do desenvolvimento cognitivo
segundo a teoria piagetiana. Na sequência, você acompanhará estudos de caso
conforme os estágios citados.
Estudo de caso 1
Atividades propostas:
Foram espalhadas diferentes bolas (de tamanhos e cores variadas) e solicitado ao
aluno para que ele as organizasse na seguinte sequência: por tamanho, por cores e
das menores para as maiores.
Ações da criança:
separou corretamente a bola por cores;
separou corretamente a bola por tamanho, porém, mostrou-se surpresa com eles;
mostrou-se dispersa para realizar a tarefa;
teve o pensamento focado em si mesma.
Estudo de caso 2
Atividades propostas:
Espalhar fichas coloridas (cartolinas) e pedir ao aluno que faça, com elas, o maior
número de combinações de cores possíveis. Pedir que faça todas as duplas possíveis
sem repetir. É valido fazer a combinação visual com um par.
Ações da criança:
não conseguiu fazer muitas combinações;
não estabeleceu critérios entre as cores;
apresentou dificuldades de interação com o avaliador;
teve o pensamento focado em si mesma;
ficou dispersa na realização da tarefa.
Dados do aluno:
realiza apenas atividades concretas;
possui dificuldade para usar as diversas formas de linguagem;
tem problemas de interação;
possui pensamento egocêntrico;
tem média concentração;
apresenta-se pouco cooperativa.
Estudo de caso 3
Atividades propostas:
Mostrar duas fitas, uma larga e outra estreita, e perguntar ao aluno: se na estrada
A vai se caminhar a mesma coisa que na estrada B? A estrada A é menos comprida,
mais comprida ou a mesma coisa que a estrada B? Depois, as fitas são deformadas, e
se pergunta se a formiguinha vai caminhar a mesma coisa nessas duas estradas? Em
seguida, faz-se o mesmo com curvas.
Ações da criança:
não conservou o tamanho quando a fita foi transformada;
não conseguiu justificar o porquê de suas respostas;
fez apenas apontamentos.
Dados do aluno:
realiza apenas atividades concretas;
possui dificuldade para usar as diversas formas de linguagem;
tem média concentração.
Uma das maneiras de trabalhar a atenção com o aluno é explorando o seu tempo de reação
(TR), que é uma medida que indicará o tempo que o aluno demora a planejar e iniciar um
movimento, ou seja, o intervalo de tempo entre estímulo e resposta.
O tempo de reação pode ser simples (quando há um sinal para realizar a tarefa) ou de
escolha (quando cada sinal significa uma resposta).
Pensando nessas possibilidades, de que maneira você, como professor de Educação Física,
exploraria essa temática em uma aula específica ou por meio de algum tipo de esporte?
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