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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Faculdade de Ciências Econômicas


Departamento de Economia e Relações Internacionais
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INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Turma B, 2023/1

Professor: Henrique Carlos de O. de Castro (henrique@ufrgs.br)


Código: ECO02082 (Créditos: 4; Carga horária: 60h)
Período letivo: 2023/1 (19/05/23 – 15/09/23)
Monitores voluntários: Rafael Both Richinitti (rafael.both@ufrgs.br) e Vítor Oliveira
(00325189@ufrgs.br)
Horário: sextas-feiras, 13h30 – 16h50
Sala de Aula de Graduação FCE 302

Alle Wissenschaft wäre überflüssig, wenn die Erscheinungsform und das


Wesen der Dinge unmittelbar zusammenfielen.
Toda a ciência seria supérflua se a forma da aparência e a essência das coisas
coincidissem diretamente.
Karl Marx (1818-1883), O capital (livro III, 2º tomo).

Súmula da Disciplina
Introdução às definições e atividades de Universidade, conhecimento e ciência. Métodos e
técnicas de trabalho universitário. Conceitos e debates das Relações Internacionais: poder
militar, ética internacional, anarquia, interdependência, hegemonia, sociedade
internacional.

Objetivos
O curso tem o objetivo de familiarizar o aluno com o estudo das relações internacionais, ao
analisar os principais conceitos, teorias e problemas de pesquisa. Também tem como
objetivo oferecer uma visão ampla da área de Relações Internacionais, nos seus aspectos
constitutivos.

Conteúdo Programático
● Unidade 1 - As Relações Internacionais como ciência e como área de atuação
profissional.
● Unidade 2 - Conceitos e definições fundamentais para as Relações Internacionais.
● Unidade 3 - Teorias e temas de estudos em Relações Internacionais

Metodologia
Metodologia – O objetivo de aprendizagem é a assimilação de entendimentos básicos das
Relações Internacionais pela leitura de textos formativos e a fixação refletida através de
atividades escritas e interativas.

Critérios de Avaliação
A avaliação será constituída pelas seguintes atividades, com seus respectivos pesos: (i)
entrega de fichamentos dos textos solicitados e atividade no Moodle (40%); (ii)
apresentação de texto em grupo (20%) e (iii) prova final individual (40%). Atribui-se
conceito A para notas médias entre 9 e 10; B para 7,5 a 8,9; C para 6 a 7,4; D para menos de
6 e FF para faltas maiores que 25% da carga horária. Haverá a oportunidade de uma única
prova de recuperação presencial para os alunos com conceito final D.
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Cronograma de atividades e leituras.


(Bibliografia inicial; outras leituras poderão ser indicadas ao longo do semestre).

1) 19maio – Apresentação do tema, do Programa da disciplina e conversa informal.

2) 26maio - A UFRGS, Universidade e conhecimento científico: teorias e


metodologias.

Leituras:
RIBEIRO, D. A grama entre os paralelepípedos. In: GUEDES, Paulo Coimbra;
SANGUINETTI, Yvonne (Orgs.). UFRGS, Identidade e Memórias. Porto
Alegre: Ed. UFRGS, 1984. p. 12-16.
WRIGHT MILLS, C. A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1969. P. 9-32.
SANDERS, William B. The sociologist as detective: an introduction to research
methods. New York: Praeger, 1976. P. 1-21.

3) 02jun - RI como campo científico: conhecimento científico e senso comum.

Leituras:
ROCHA, Antonio J. R. da. Relações Internacionais: teorias e agendas. Brasília: IBRI,
2002. p. 23-33.
HOFFMANN, Stanley. An American Social Science: International Relations. Daedalus,
Vol. 106, No. 3, 1977.
SMITH, Steve. The Discipline of International Relations: Still an American Social
Science? The British Journal of Politics and International Relations, 2(3),
374–402, 2000.
KUHN, Thomas. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Editora
Perspectiva, 1998. (Pósfácio). P. 217-257.

4) 09jun - Relações Internacionais como disciplina.

Leituras:
RIGUEIRA, Paulo. Relações Internacionais como disciplina. Relações Internacionais,
Lisboa, n. 36, p. 23-46, dez. 2012.
HERZ, Mônica. O crescimento da área de Relações Internacionais no Brasil. Contexto
Internacional, Rio de Janeiro, v. 24, n. 1, p. 7-40, jan./jun. 2002.
VILLA, Rafael A. Duarte; PIMENTA, Marilia Carolina B. de Souza. Is International
Relations still an American social science discipline in Latin America?
Opinião Pública, vol.23 no.1 Campinas Jan./Apr. 2017.
SABARATNAM, Meera. Is IR Theory White? Racialised Subject-Positioning in Three
Canonical Texts. Millennium: Journal of International Studies, First
Published November 25, 2020.

5) 16jun - RI: campo de estudo e atuação profissional.

Leituras:
SATO, Eli. Relações Internacionais como campo de estudo das Ciências Sociais e
como profissão. (texto preparado para apresentação para o Curso de
Relações Internacionais do Centro Universitário Jorge Amado, Salvador, BA,
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em 17 de Abril de 2015; versão revisada em Agosto de 202). Disponível em


https://www.souzaaranhamachado.com.br/2021/08/ri-como-campo-de-est
udo-e-como-profissao/.
PECEQUILO, Cristina Soreanu. Introdução às Relações Internacionais: temas, atores
e visões. Petrópolis: Vozes, 2012. p. 7-36.
PUTNAM, Robert. Diplomacia e política doméstica: lógica dos jogos de dois níveis. Rev.
Sociol. Polít. Curitiba, vol. 18, n. 36, p. 147-174, Jun. 2010.

6) 23jun - RI na UFRGS: características do curso, projetos de extensão…

Apresentação do CERI, projetos de extensão, Biblioteca…

7) 30jun - Conceitos gerais de Relações Internacionais.

Material do professor.

8) 07jul - Sociedade, Estado e Poder.

Leituras:
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de Política. Brasília: Editora
UnB, 1998. p. 933-940
CASTRO, Thales. Teoria das Relações Internacionais. Brasília: FUNAG, 2012. p.
161-171; 203-213; 240-260.
REIS, Bruno Cardoso. O poder e as relações internacionais: Entrevista com Joseph Nye.
Relações Internacionais, Lisboa , n. 31, p. 181-190, set. 2011 . Disponível
em:
<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992
011000300015&lng=pt &nrm=iso>.
HALLIDAY, Fred. Repensando as Relações Internacionais. Porto Alegre: Editora da
UFRGS, 2007. p. 87-105.
BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade: para uma teoria geral da política. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1987. p. 53-134.

9) 14jul - Sistema Mundial, Globalização, Colonialismo e Imperialismo.

Leituras:
IANNI, Octavio. Teorias da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
p. 11-115.
IANNI, Octavio. Globalização: novo paradigma das ciências sociais. Estudos
Avançados, v. 8, n. 21, p. 147-163, 1994.
HELD, David; MCGREW, Anthony. Prós e contras da globalização. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editora, 2001. p. 11-23; 91-95.

10) 21jul - Funcionamento do Sistema Internacional.

Leituras:
MINGST, Karen. Fundamentos de las Relaciones Internacionales. México, D.F.:
Centro de Investigación y Docencia Económicas, 2006. p. 149-178.
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11) 28jul - Paz, Guerra, Diplomacia e Intervenção em Relações Internacionais.

Leituras:
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de Política. Brasília: Editora
UnB, 1998. p. 910-916.
BRIGAGÃO, Clóvis; FERNANDES, Fernanda. Diplomacia brasileira para a paz.
Brasília: FUNAG, 2012.

12) 04ago - Teorias de Relações Internacionais.

Leituras:
HAY, Colin. Political Analysis: A critical introduction. London: Palgrave Macmillan,
2002. p. 13-29.
HERZ, Mônica. Teoria das Relações Internacionais no Pós-Guerra Fria. Dados, Rio de
Janeiro, v. 40, n. 2, online, 1997. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-525819970
00200006&lng=en&nr m=iso>.

13) 11ago - Outros atores de RI: organizações internacionais, ONGs, empresas


transnacionais, agentes ilegais…

Leituras:
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de Política. Brasília: Editora
UnB, 1998. p. 855-864.
SIMMONS, Beth A.; LLOYD, Paulette; STEWART, Brandon M. The Global Diffusion of
Law: Transnational Crime and the Case of Human Trafficking. International
Organization, [s.l.], v. 72, n. 02, p.249-281, 2018. Cambridge University Press
(CUP).

14) 18ago - Temas alternativos e contemporâneos em RI.

Leituras:
ALBANUS, Adriana P. F.; CASTRO, Henrique C. de O. de. A relação entre política externa
e opinião pública no Brasil: uma transição nos governos Lula (2003-2010).
Revista Debates, v. 16, n. 2, p. 64-82, mai.-ago. 2022.
HALLIDAY, Fred. Repensando as Relações Internacionais. Porto Alegre: Editora da
UFRGS, 2007. p. 251-258.

15) 25ago - O futuro das Relações Internacionais.

16) 01set - Conversa, revisão dos conteúdos e avaliação da disciplina.

17) 08set - Avaliação final.

18) 15set- Recuperação.

Avaliação
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A avaliação terá três componentes:


1. Entrega e qualidade dos fichamento (40%);
2. Apresentação e debate dos textos em grupo (20%); e
3. Avaliação (40%).

A avaliação, a ser realizada no dia 8 de setembro, consistirá em uma prova escrita


individual presencial.

Conceitos (segundo as normas da UFRGS):


● A: 9-10;
● B: 7,5-8,9;
● C: 6-7,4;
● D: 0-5,9.
O conceito mínimo para aprovação é C.

Alunos com frequência menor de 75% (13 encontros) serão reprovados com conceito de FF.

Haverá uma prova de recuperação do conceito no dia 15 de setembro; o conceito


máximo na disciplina para quem entrar em recuperação é C.

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