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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

RENATA KAMILA DE ANDRADE LIMA

O campo das Relações Internacionais: os desafios contemporâneos

The field of International Relations: the contemporary challenges

Boa Vista
2022
RENATA KAMILA DE ANDRADE LIMA

O campo das Relações Internacionais: os desafios contemporâneos

Trabalho de Graduação apresentado à disciplina de


Introdução às Relações Internacionais, como
requisito para aprovação.

Prof. Tchella Fernandes Maso

Boa Vista
2022
O homem não teria alcançado o possível se,
repedidas vezes, não tivesse tentado o impossível.

(WEBER, Max)
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1. INTRODUÇÃO – CARACTERÍSTICAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Com a origem na percepção que os acontecimentos externos e fatores internacionais
influenciam a vida individual em sociedade e, este sendo um fenômeno que precisa ser
analisado e compreendido, decorreu-se a necessidade de um campo de estudos voltado para
este panorama: as Relações Internacionais. Fazer ciência nas Relações Internacionais não é
uma atividade simples, isso porque, a teoria serve justamente para poder simplificar a
compreensão dos fatos e da realidade. Nesse sentido, a característica definidora do campo é o
pluralismo teórico e conceitual, se tornando uma área transdisciplinar enquanto objeto de
estudos e atuação profissional.
A transformação do mundo real é um dos fatores determinantes para o
desenvolvimento das discussões da área. Levando em conta o contexto histórico que a
sociedade esteja inserida, as Relações Internacionais tem como principal objetivo entender e
mediar conflitos internos e externo entre as nações, sendo sempre capaz de comportar novas
vertentes, tal como conflitos étnicos, os efeitos danosos da industrialização com o meio
ambiente e muitos outros. Atualmente, além das focalidades política e militar, as Relações
Internacionais também precisam abranger questões ambientais, econômicas e sociais em nível
internacional. É uma disciplina em constante diálogo com outras áreas ds ciências sociais
como a ciência política, sociologia, direito, história e economia. Trazendo um aspecto
positivo ao permitir aos analistas a possibilidade de fazer investigações complexas de
fenômenos e relações que ultrapassam as fronteiras dos estados.

2. OBJETIVOS
Este trabalho, tem como o objetivo utilizar dos conhecimentos e habilidades adquiridos
nas aulas da disciplina de Introdução as Relações Internacionais para apresentar e analisar o
campo acadêmico e profissional onde a área de Relações Internacionais atualmente esta
inserida, além de apresentar os desafios contemporâneos enfrentados nessas perspectivas.
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3. O CAMPO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS


3.1. Relações internacionais enquanto objeto de estudos
Epistemologicamente, Relações Internacionais é uma disciplina da área de Ciências
Sociais, onde seu campo de estudo abrange teorias e recursos metodológicos estabelecidos por
meio de diferentes áreas do conhecimento, desta maneira, é levado em conta as dificuldades
naturais para compreender de forma mais profunda a realidade social como um todo. De
acordo com Pecequilo (2009, p.8) “Igualmente, as Relações Internacionais, apresentarão uma
perspectiva de desenvolvimento constante de seu caráter disciplinar, mantendo-se atualizadas
e reformando diante das necessidades de ampliação do conhecimento”.
É uma matéria de estudo, de certa forma, recente. Com sua origem na área do
conhecimento relacionada com os efeitos do contexto trágico da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), ganhando visibilidade e espaço para negociações políticas e interação entre
sociedades internacionalmente, com enfoque no aperfeiçoamento da ordem social. As
relações internacionais estão em todos os lugares, fazendo parte da rotina em sociedade, sendo
este fato independente de opiniões pessoais.
Um exemplo atual da influência de conflitos externos internacionais no cotidiano é como
os confrontos de guerra na Ucrânia levou à alguns bares dos Estados Unidos a boicoitar
produtos russos em seus estabelecimentos, além de trocar nomes de bebidas tipicamente
russas, tal qual a mudança de Moscou Mule por Isnake Sland Mule (fazendo referência a ilha
em que os soldados ucranianos se opuseram à invasão russa). Dessa forma, mesmo de
maneiras simples, é possível perceber como esses fatores são determinantes nas discussões e
posicionamentos políticos, sendo de extrema importância o curso de Relações Internacionais
de modo que o saber internacional perfura nossas vidas, amplia nossas visões, redefine quem
somos como cidadãos e disseca a forma de analisar e tratar o outro (CASTRO, 2012, p.53).

3.2. Atuação profissional em Relações Internacionais


Estudantes, em grande parte, ao ingressarem na universidade, levam em consideração suas
expectativas profissionais e como adentrarão ao mercado de trabalho com a sua graduação.
Por ser um curso extremamente abrangente e transdisciplinar, as oportunidades no mercado de
trabalho são inúmeras.
Apesar disso, os ingressantes do curso têm uma forte tendência a sonhar com a carreira
diplomática do Itamaraty. A diplomacia por definição se consiste em realizar ações pelos
Estados, com a finalidade de conduzir as relações internacionais por meios pacifistas, de
modo a evitar que seus relacionamentos não sejam operacionalizados através de ameaças,
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pressões ou violência. Para seguir com a profissão de diplomata é necessário a aprovação no


Concurso de Admissão do Instituto Rio Branco (IRBR).
Consequentemente, o curso de relações internacionais ficou conhuecido como o curso de
diplomatas, mas a verdade é que a grande maioria dos cursos universitários não corresponde a
profissões, são apenas campos de estudo ou áreas do conhecimento (SATO, 2015). A fixação
por fazer o Concurso do Rio Branco pode acabar diminuindo a capacidade de perceber outras
possibilidades de atuação profissional dentro do curso. As múltiplas alternativas de carreira
são inúmeras e estão todas interligadas, seja na área diplomática, do comercio exterior, da
licenciatura, empresas privadas ou trabalho humanitário, é possível abrir espaço para
diferentes perspectivas disciplinares que permitem sua presença. Com as palavras de uma
intrevista do Dr. José Flávio Sombra em 2014 (UnB) “As relações internacionais estão todas
interligadas, seja na área diplomática, do comercio exterior, da licenciatura, empresas
privadas ou trabalho humanitário”.

4. RELAÇÕES INTERNACIONAIS E SEUS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS


Um internacionalista explora suas habilidades em diversas vertentes, entre elas, lidar
com organizaçoes, empresas e crises gorvenamentais. Em momentos de crise social e
econômica é preciso mediar os conflitos visando com prudência o quadro ideal para todos
os envolvidos. Um exemplo disso é o conflito atual da Rússia e a Ucrânia, onde por
motivos internos, a Rússia é contra a entrada da Ucrânia na OTAN (Organização do
Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar que se funda sobre um tratado de
segurança coletiva, o qual por sua vez indica a criação de uma organização internacional
com o objetivo de manter a democracia, a paz e a segurança dos seus integrantes. Pelo
território geográfico estratégico da Ucrânia, situando Kiev e Moscou apenas separadas
pela fronteira, é um país que por consequência se torna uma ameaça à Rússia subordinada
a OTAN, sofrendo extremas mudanças negativas e danos na economia e armamento
militar.

5. REFERÊNCIAS
SATO, Eiiti. Os cursos de Relações Internacionais e as perspectivas profissionais no Brasil.
Salvador, BA. Centro Universitário Jorge Amado, 2015.
CASTRO, Thales. Teotia das Relações Internacionais. Brasília, Fundação Alexandre de
Gusmão, 2012.
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WENDT, Alexander. Social theory of international politics. Nova Iorque, Cambridge


University Press, 2004. pp. 43; 215-218.
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REFERÊNCIAS
[Elemento obrigatório]

Para facilitar a elaboração das referências, sugiro a instalação do Mendeley:


https://www.mendeley.com/

[Exemplo]

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e


documentação - Trabalhos acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

FAULKNER, William. Sartoris. San Diego, California: Harcourt Brace, 1929.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 21.ed. Rio de Janeiro: Graal, 2005.

IBGE. Características gerais dos indígenas: resultados do universo. Disponível em:


<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas_gerais_indige
nas/default_caracteristicas_gerais_indigenas.shtm>. Acesso em 20 jan 2016.

PEREIRA, Ellen Eliza de. Bailes e danças representados e discursados na Espanha (1600-
1660). 2014. 150 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.

SIMPÓSIO INTERNATIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE


SÃO PAULO, 8., 2000, São Paulo. Resumos. São Paulo: USP, 2000. 1 CD-ROM.

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