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RESENHA CRÍTICA
Eduardo Vannini, Gabriel Molon, Jussara John, Steven Jardim , Thailan Schwindt1
1 CREDENCIAIS DO AUTOR
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Graduandos em Relações Internacionais pelo Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG).
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2 RESUMO DA OBRA
Em grande medida, esse fato foi uma decorrência da crescente importância dos
temas relacionados à low politics que, mais e mais, passaram a ocupar as atenções de
estadistas e também da opinião pública em geral. O autor analisa que na década de 1950 as
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A saúde tem representado esta integração com o aumento de doenças com riscos de
contágios que hoje alarma os Estados e enaltece o papel das instituições supranacionais,
como o caso que vivemos hoje na pandemia do Coronavírus com as atuações da
Organização Mundial da Saúde a nível mundial.
Entretanto, Sato reconhece que as organizações não se dá por caráter altruísta dos
Estados, mas por quatro motivos principais de acordo com Inis Claude:
aumento de influência através do soft power. Para concluir essa parte, é falado sobre a
intenção de John Kennedy de promover uma “Aliança para o Progresso, que seria a forma
pela qual os EUA, por meio da cooperação técnica e financeira, ajudaria os países da
América Latina a promover uma “revolução pacífica” que lhes permitisse avançar na
modernização.” (pg.52)
oriunda dos países em desenvolvimento, ele diz que “tendo em vista esses
desenvolvimentos, o entendimento que tem prevalecido é o de que a cooperação Sul-Sul
não deveria ser entendia como concorrente ou alternativa para a cooperação tradicional,
mas sim como elemento articulador e, na maioria dos casos, complementar à vertente da
cooperação mais tradicional com os países industrializados e com as agências multilaterais.
O fato é que essa vertente reflete a grande expansão da cooperação como dimensão inerente
às relações internacionais na atualidade”(pág.53).
Por fim, o autor apresenta o ponto mais importante da cooperação internacional, que
é o intercâmbio de pessoas, experiências, conhecimentos e culturas, que é através desse
conjunto de novas experiências é possível compreender as outras nações e tornar o meio
internacional mais propenso a conviver de forma harmônica e pacífica.
3 CONCLUSÃO DA RESENHISTA
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A cooperação pode ser aplicada a inúmeras áreas, entre elas segurança, geração de
riquezas, acesso aos benefícios materiais da modernidade, segurança ambiental, saúde e
ordem social. O avanço dessas cooperações forçou a especialização, com o surgimento de
agências especializadas para regular essas esses acordos internacionais. Organizações
não-governamentais também trabalham como órgãos de apoio às ações de cooperação
internacional. Se por um lado esses órgãos de apoio são muito importantes, geraram
também muita burocracia que coloca novos entraves à cooperação.
dos grandes exemplos da atualidade, são os acordos de cooperação na área ambiental, onde
o conceito de desenvolvimento sustentável motiva ações cooperadas ao redor do mundo.
4 CRÍTICA DA RESENHISTA
O autor exerce ao longo de sua explanação uma leitura muito eficiente a respeito de
um tema extremamente complexo que é a cooperação internacional. O texto de SATO é um
tanto simples, porém o autor transita pelos temas com tanta clareza e fluência que se torna
extremamente agradável de se ler, e acaba por ser bastante instrutivo. O que torna seu texto
mais interessante ainda é o fato de que o autor é capaz de falar de maneira resumida uma
quantidade grande de assuntos, passando por períodos históricos, contemporaneidade,
comunidade internacional e Brasil sem quaisquer dificuldades e sem tornar o texto
maçante.
Pelo que pudemos apurar, através da minha leitura das ideias expressas, o autor
utiliza de uma visão lockeana para embasar suas explanações, o que creio que seja um
“meio campo” sensato entre as extremidades tradicionais que seriam as vertentes kanteanas
e hobbeseanas. Desta forma, o autor parte do pressuposto de que a cooperação internacional
não se dá através puramente de cooperações altruístas e naturais e nem que o sistema
internacional é anárquico e incompatível com a cooperação. O autor reflete que o sistema
internacional na verdade tende a ser mais cooperativo pelos interesses mútuos e
interligados dos seus players, que é mais vantajoso viajar em águas tranquilas através da
cooperação do que tender unicamente ao conflito a todo instante. Acredito que seja uma
maneira ponderada e correta de se analisar.