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Índice

Introdução...................................................................................................................................4

Objectivos:..................................................................................................................................4

Objectivo Geral...........................................................................................................................4

Objectivos Específicos:...............................................................................................................4

Metodologia................................................................................................................................4

Cooperação Internacional........................................................................................................5

Alguns fundamentos e conceitos................................................................................................5

Cooperação internacional: a dimensão de longo prazo da política externa................................7

A cooperação na agenda internacional.......................................................................................8

CONCLUSÃO............................................................................................................................9

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..........................................................................................10
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema Cooperação Internacional, a disseminação da
industrialização e da modernidade para todas as sociedades fez com que uma das dimensões
marcantes nas relações internacionais desde a Segunda Guerra Mundial fosse a expansão e
institucionalização da cooperação internacional. Os aspectos de gestão, no que compete ao
regime de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, têm ganhado destaque
crescente nas agendas de organizações internacionais tais como a Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Económico e União Europeia.

Os governos, sejam eles de grande ou pequena expressão nos foros internacionais, passaram
a integrar uma intrincada rede de instituições disseminadoras de padrões de conduta e
procedimentos técnicos por diferentes sociedades, consolidando a cooperação como uma
vertente de longo prazo da política externa dos países. Em última instância, a cooperação
constitui-se no canal pelo qual uma nação mantém-se conectada com padrões económicos e
sociais predominantes e com as principais tendências em curso no plano da ciência e do
conhecimento, bem como de suas aplicações e benefícios.

1.1.1. Objectivos:

1.1.2. Objectivo Geral.


 Compreender a Cooperação Internacional

1.2. Objectivos Específicos:


 Conhecer a cooperação internacional;
 Conhecer as organizações da cooperação internacional.

1.3. Metodologia
Para a realização deste trabalho, fez-se a consulta bibliográfica as quais serão referenciadas na
lista bibliográfica.
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2. Cooperação Internacional
A Cooperação Internacional pode se entender como um modelo formal de solicitar um outro
pais alguma medida judicial, política, económica, investigativa ou administrativa necessária
para um caso concreto em andamento.

A Cooperação Internacional faz inferência as interacções para a realização dos objectivos


comuns quando as preferências dos actores não são idênticos nem irreconciliáveis, a
cooperação internacional trata de forma com que os actores internacionais se relacionam para
que possam consolidar, esforçar com seus objectivos comuns.

Com base o Art. 17 daConstituição da República de Moçambique, estabelece relações de


amizade e cooperação com outros Estados na base de princípios de respeito mútuo pela
soberania e integridade territorial, igualdade, não interferência nos assuntos internos e
reciprocidade de benefícios, aceita, observa e aplica princípios da Carta da Organizações da
Nações Unidas e da União Africana.1

Segundo Robert Keohane a Cooperação Internacional se refere ao agente de comportamento


por parte dos actores, as preferências reais ou esperados dos outros actores, por meio de um
processo de coordenação de política.

2.1. Alguns fundamentos e conceitos


Ao contrário do entendimento mais popularmente disseminado, a expressão cooperação
internacional não deve ser interpretado como uma alternativa ou como antónimo da expressão
conflito internacional. De fato, os conflitos se fazem presentes nas relações humanas, não
importando sob que formas essas relações se apresentem quando há o fenómeno da
convivência de indivíduos e grupos. A psicologia mostra que, mesmo no âmbito da família, as
relações de conflito convivem simultaneamente com as muitas maneiras pelas quais os
sentimentos de afectividade, de solidariedade e de identidade são compartilhados. As
estatísticas mostram que a violência contra as mulheres e as crianças, na maior parte dos
casos, envolve membros da própria família, não importando o nível de educação ou da classe
social. Da mesma forma, os conflitos aparecem nas relações entre vizinhos e também

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Constituição da República de Moçambique
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fazemparte do ambiente de trabalho. Até mesmo entre duas ou mais pessoas que decidem
estabelecer uma sociedade comercial o conflito surge naturalmente.2

A disseminação da industrialização e da modernidade para dezenas de países que passaram a


integrar uma sociedade verdadeiramente globalizada, fez com que uma das dimensões
marcantes nas relações internacionais desde a Segunda Guerra Mundial fosse a expansão da
cooperação internacional como prática institucionalizada pelos governos. Sejam sociedades
ricas e poderosas ou nações pobres e de pouca expressão nos foros internacionais, seus
governos passaram a integrar uma intrincada rede de instituições voltadas para a prática do
que, genericamente, passou a ser denominada “cooperação internacional”.

Nesse processo, a expressão “cooperação internacional” estendeu-se para todas as áreas desde
o comércio e as finanças até as questões desegurança, meio-ambiente, educação e saúde.
Cooperação internacional não significa apenas ajuda mútua entre governos e entre instituições
pertencentes a diferentes países, muito embora ela possa existir até com frequência.
Cooperação internacional tem um sentido mais amplo. Significa trabalhar junto. Significa que
governos e instituições não tomam decisões e iniciativas isoladas. Cooperação internacional
significa governos e instituições desenvolvendo padrões comuns e formulando programas que
levam em consideração benefícios e também problemas que, potencialmente, podem ser
estendidos para mais de uma sociedade e até mesmo para toda a comunidade internacional.

Os operadores da cooperação entre países em desenvolvimento são enfáticos


quando indicam a solidariedade como seu elemento motivador e desvinculado
de interesses outros que não a promoção do desenvolvimento,
posicionamento em contraponto às condicionalidades e direccionamentos que
permeiam a ajuda oficial ao desenvolvimento dos países desenvolvidos.
(CORRÊA, 2010, p. 91)

Por trás desse fenómeno está o fato de que um crescente número de questões, que até bem
pouco tempo eram tratadas pelos governos como nacionais, foram adquirindodimensões e
implicações mais directas e imediatas para outras nações. Em sentido mais corrente, o termo

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Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Cooperação Sul-Sul Há, contudo, outros 3 manuais
dirigidos à cooperação técnica: “Directrizes para o Desenvolvimento da Cooperação Técnica Internacional –
Multilateral e Bilateral (4ª edição lançada em 2014); Manual de Orientação para a Formulação de Projectos de
Cooperação Técnica Internacional (2ª edição lançada em 2005); Manual Operacional da Cooperação Trilateral
Brasil – Alemanha (2015).
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“globalização” foi sendo incorporado ao vocabulário da política internacional reflectindo essa


transformação em curso no meio internacional. Assim, o tradicional conceito de soberania foi,
gradativamente, sendo revisado e reinterpretado. A noção de fronteiras porosas e de
interdependência entre as sociedades, sobretudo na esfera económica, produziu uma vasta
literatura desde os fins da década de 1980.1 Muito embora essa expressão tivesse uma
conotação fortemente económica e, mais particularmente, financeira, referindo-se a
“mercados” que se integravam cada vez mais, a globalização foi um processo muito mais
amplo, envolvendo todas as dimensões das relações humanas.3

Os interesses, as oportunidades e os problemas implícitos nesses acontecimentos também se


globalizaram pelas facilidades oferecidas pelos meios de transporte e das comunicações.
Surtos de doenças deixaram de ser apenas uma notícia humanitariamente preocupante vinda
por meio de correspondentes internacionais para se tornarem uma possibilidade real de
expansão e contaminação de sociedades situadas em todos os continentes. Por essa razão, os
formula dores de políticas das nações passaram a incluir a dimensão internacional como factor
importante, independentemente do seu nível de riqueza e poder, incorporando dessa maneira a
cooperação internacional na sua rotina de preocupações.

2.2. Cooperação internacional: a dimensão de longo prazo da política externa


Na actualidade as sociedades estão integradas às condições do meio internacional de muitas
maneiras e as políticas de promoção do desenvolvimento interagem com essas condições em
todas as suas vertentes. Comércio, finanças, educação, saúde, geração de empregos, ciência e
tecnologia e meio ambiente são itens essenciais da agenda internacional e constituem facetas
do desenvolvimento que não podem ignorar o fato de que nessas áreas a conexão com o meio
internacional constitui factor condicionante básico. O caso do desenvolvimento científico e
tecnológico é bastante ilustrativo: à medida que as nações avançam na escala do
desenvolvimento científico e tecnológico, avançam também sua integração com outras
sociedades.5 Recentemente, como já mencionado, várias epidemias com enorme potencial de
disseminação em escala global têm ameaçado as populações exigindo acções coordenadas de
governos e instituições em matéria de recursos e de medidas de combate e de controle.

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As modalidades de cooperação analisadas pelo Cobradi nos três relatórios já publicados são: cooperação
técnica, cooperação educacional, cooperação científica e tecnológica, cooperação humanitária, apoio e protecção
a refugiados, operações de manutenção de paz e gastos com organismos internacionais, ou seja, de ampla
abrangência em relação aos diversos aspectos da cooperação
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Nesse quadro é que se pode compreender porque a cooperação internacional representa a


dimensão de longo prazo da política externa dos países. São os programas de cooperação
internacional que permitem a construção de práticas e instituições que dão coerência,
estabilidade e segurança nas relações externas dos países.

Além disso, vale destacar que nas relações internacionais contemporâneas é crescente a
importância do papel desempenhado por instâncias não-governamentais e é por meio desses
programas de cooperação que são abertos os espaços para que os atores não-estatais e as
instâncias sob nacionais se engajem nas relações externas dos países. Estados, prefeituras e
até mesmo entidades representativas de segmentos das sociedades em alguma medida
desenvolvem iniciativas, acções e até políticas de cooperação com agentes do meio
internacional.

2.3. A cooperação na agenda internacional


O avanço da integração internacional trouxe mudanças no plano mais geral da política
internacional fazendo com que a agenda diplomática de lideranças e de governantes incluísse
sistematicamente as muitas dimensões da cooperação internacional como preocupação
regular. Ao longo de cerca de quatro décadas, durante o período da guerra fria, as análises
mencionavam com frequência a existência de uma agenda internacional dividida em dois
planos – o da highpoliticse o da lowpolitics. Enquanto a highpoliticsreferia-se às questões
associadas directamente à segurança estratégica, a expressão lowpoliticsera empregada para
designar as demais questões como comércio e desenvolvimento, educação e outros temas que
não se associavam directamente às preocupações com a segurança estratégica dos países, em
especial das grandes potências. Mudanças importantes nas relações internacionais, no entanto,
fizeram com que essa forma de hierarquizar a agenda internacional fosse gradativamente
perdendo sentido.

Nas palavras pertinente do (MARTINUSSEN e PEDERSEN, 2003). Aponta-se como embrião


da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento os incentivos financeiros oriundos dos
Estados Unidos à Europa, principalmente canalizados por meio do Plano Marshall, que
tinham, principalmente, dois objectivos: o primeiro comercial ou económico, de reconstrução
do continente europeu – e, portanto, da recuperação de relevante parceiro comercial – e, o
segundo, geopolítico, de contenção da expansão do comunismo naquele continente.
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CONCLUSÃO
Paralelamente aos objectivos planificados nesta pesquisa, concluímos que A cooperação
técnica internacional tem entre seus objectivos básicos, a complexa tarefa de promover o
nivelamento das condições de vida por meio da educação e da modernização de sistemas de
produção por meio de sua equiparação aos padrões internacionais. É uma tarefa que exige
muito trabalho e muita sensibilidade uma vez que deve levar em conta as bases culturais e
sociológicas das nações envolvidas e também as muitas dificuldades de adaptação das
sociedades. O crescente avanço dos mecanismos de cooperação significa novas oportunidades
e novos problemas que, por sua vez, passam a demandar a construção de sistemas de
cooperação internacional mais coerentes e compatíveis entre si, seja em suas práticas, seja em
suas instituições. Essa tendência defronta-se com outros problemas de carácter estrutural, o
dilema entre interesses de curto-prazo e benefícios de longo-prazo e a necessidade de
abordagens mais integradas, dada a crescente incapacidade de enfrentar fenómenos sociais e
políticos complexos com a lógica arcaica da especialização.

Ainda assim, permanecem desafios a enfrentar, tanto na Cooperação Internacional, nessa


última, citou-se como desafios, por exemplo, a compilação de dados primários em base de
dados digital; o envolvimento da sociedade nas discussões referentes à cooperação prestada;
ou o próprio aprimoramento dos mecanismos de gestão.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Correa, Marcio Lopes. (2010).Prática Comentada da Cooperação Internacional: entre a
hegemonia e a busca de autonomia. Brasília, DF.

Lindgrenalves, J. A. (2001). Relações internacionais e temas sociais: a década das


conferências. Brasília: IBRI

Martinussen, JohnDegnbol; Pedersen, PoulEngberg. (2003) Aid: Understanding


International Development Cooperation. London: Zed Books,

PORTAL OECD.“About DAC and DCD”, 2016.

Disponível em: <http://www.oecd.org/dac/>. Acesso em: 20 ago. 2016.

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