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percepção
O exemplo com a pedra torna mais clara a ideia que Hobbes tinha
sobre a coexistência do homem. Para ele, em nosso desenvolvimento,
depois de entender o mundo, devemos perseguir o poder.
Com a luta pelo poder, o medo também entrou em nossas vidas como
uma característica básica. Temos medo de perder, de ter menos
poder e de morrer.
Então, o poder e o medo determinam as atitudes de todas as pessoas
em seus estados naturais. Podemos imaginar que essa não é uma
vida muito agradável. Vivemos com um medo constante de perder
alguma coisa, ou de fracassar.
Por isso, e pelo fato de o ser humano ser racional, algumas pessoas
acreditam ser mais inteligentes que outras, e acreditam serem
capazes de exercer o governo. Esses sentimentos podem gerar
rebeliões e revoltas; e algumas pessoas podem tentar tomar esses
governos. Sem a ordem proporcionada pelo contrato social, a
sociedade vive com medo.
Em outras palavras: o medo faz com que você desista dos seus
direitos. No entanto, só estamos dispostos a aceitar isso se
considerarmos que todas as outras pessoas também vão aceitar.
O governante e a censura
Então, como deve ser o relacionamento do soberano com doutrinas e
opiniões diferentes? Segundo Hobbes, o Leviatã deve julgar quais
delas podem atrapalhar seu governo e política. Como a paz e a
obediência precisam ser mantidas, o Estado precisa censurar ideias
perigosas que possam gerar rebeliões.
As regras devem ser criadas com base nas leis naturais comprovadas
Portanto, as leis não deveriam ser ditadas pela Igreja, mas deveriam
ser baseadas naquilo que aprendemos a partir dos nossos sentidos e
experiências empíricas. De acordo com Hobbes, a religião, e grande
parte da Filosofia, foram baseadas em definições e categorias
incompreendidas e, por isso, suas regras não deveriam ser
obrigatórias para as pessoas.
Para ele, as leis do Estado eram obrigatórias; as regras da Igreja
deveriam ser suspensas. Ele não concordava com o fato de que o
Papa e a Igreja queriam aplicar suas regras como se fossem leis.
Como Deus não aparecia em nosso mundo, ele não poderia pedir que
ninguém definisse certas regras. E, da mesma maneira, filosofias que
não confiem nas leis naturais comprovadas também não poderiam
definir regras.
Notas Finais