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HOBBES

DE ACORDO COM O AUTOR, DISCUTA E RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1. Como o homem é em seu Estado de Natureza?

2. Segundo o autor, o que leva o homem a guerra de todos contra todos?

3. Qual a solução que o autor encontra para esta situação de conflito?

4. Que papel cabe à liberdade e à igualdade, no Estado em que o poder é absoluto?

5. Qual a verdadeira liberdade do súdito frente ao soberano no Estado em que o poder é absoluto?

6. Quais os limites propostos por Hobbes à pretensão burguesa de autonomia em relação a propriedade da terra?

7. Porque Hobbes é considerado um pensador maldito?


HOBBES
DE ACORDO COM O AUTOR, DISCUTA E RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1. Como o homem é em seu Estado de Natureza?

2. Segundo o autor, o que leva o homem a guerra de todos contra todos?

3. Qual a solução que o autor encontra para esta situação de conflito?

4. Que papel cabe à liberdade e à igualdade, no Estado em que o poder é absoluto?

5. Qual a verdadeira liberdade do súdito frente ao soberano no Estado em que o poder é absoluto?

6. Quais os limites propostos por Hobbes à pretensão burguesa de autonomia em relação a propriedade da terra?

7. Porque Hobbes é considerado um pensador maldito?


O CONTRATUALISMO: 7ª. Aula (18/09)
THOMAS HOBBES
THOMAS HOBBES (1588-1679)

Foi um teórico político, filósofo e matemático inglês.


Sua obra mais evidente é "Leviatã" (1651), cuja ideia central era a defesa do absolutismo e a elaboração da
tese do contrato social.

A guerra se generaliza
 
Premissa: o homem natural de Hobbes não é um selvagem. É o mesmo homem que vive em sociedade.
Para Hobbes a natureza do homem não muda conforme o tempo, ou a história ou a vida social.
 
Como o homem é naturalmente?
 
 Os homens são iguais o bastante para que nenhum possa triunfar de maneira total sobre outro.

 Todo homem é opaco aos olhos de seu semelhante: eu não sei o que o outro deseja, assim como ele não
sabe meus desejos.
 Mais razoável é atacar o outro. Para vencê-lo ou para evitar um ataque possível

GUERRA SE GENERALIZA

  Vai refletir sobre as causas de discórdia na natureza humana:

 Competição  visa o lucro


 Desconfiança visa a segurança
 Glória visa a reputação

Guerra de todos e contra todos : a natureza da guerra não se resume na luta real, mas na disposição
para tal, durante todo o tempo em que não há garantia do contrário.
 
No Estado de Natureza todos os homens têm direito à tudo. O direito de natureza é a liberdade que
cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua
própria natureza, ou seja de sua vida.  gera a guerra de todos contra todos.

O estado de natureza é uma condição de guerra porque cada um se imagina poderoso, perseguido, traído
COMO PÔR FIM A ESTE CONFLITO?

Direito – liberdade de fazer ou de omitir =/= Lei – determina ou obriga a uma dessas coisas.
 
Lei da Natureza:

1ª. Lei  Procurar a paz e segui-la; Por todos os meios que pudermos. Defendermo-nos a nós mesmos

2ª. lei  Um homem concorde, quando os outros também o façam e na medida que isto se torne necessário para a
paz e para a defesa de si mesmo, em renunciar ao seu direito a todas as coisas, contentando-se em relação aos
outros homens, com a mesma liberdade que os outros homens se permitem em relação a si mesmo.

É preciso que exista um Estado, dotado de espada, com poder pleno.

O Estado é a condição para existir a sociedade. A sociedade nasce com o Estado.


Discute: Contrato de associação x contrato de submissão 

Afirma: não existe primeiro a sociedade e depois Estado (poder). Se há governo é para que os homens possam
conviver em paz. O poder do governante deve ser ilimitado.

Hobbes concebe um contrato diferente. Observa que o soberano não assina o contrato – este é firmado apenas
pelos que vão se tornar súditos, não pelo beneficiário. O soberano só surge devido ao contrato. 

Soberano: não tem compromissos e é isento de qualquer obrigação; 

Um Estado é instituído quando:

“Uma multidão de homens concordam e pactuam, cada um com cada um dos outros que a qualquer homem ou
assembleia de homens a quem seja atribuído pela maioria, o direito de representar a pessoa de todos eles, todos
sem exceção, tanto os que votaram a favor dele, quanto os que votaram contra, deverão autorizar todos os atos e
decisões desses homens, ou assembleia de homens, tal como se fosse seus próprios atos e decisões, a fim de
viverem em paz uns com os outros e serem protegidos dos restantes homens.”
DIREITOS E FACULDADES DO SOBERANO:

 Aqueles que já instituíram um estado, não podem entre si celebrar um novo pacto no sentido de
obedecer a outrem, sem a devida licença do soberano;

 Não pode haver quebra de pacto por parte do soberano.

 Nenhum súdito pode libertar-se da sujeição sob qualquer pretexto de infração

 Se a maioria por voto de consentimento escolher um soberano, os que tiverem discordado devem
passar a consentir junto com os restantes

 Dado que todo o súdito é por instituição autor de todos os atos e decisões do soberano instituído,
segue-se que nada do que este faça pode ser considerado injúria para com qualquer de seus súditos, e
que nenhum deles pode acusá-lo de injustiça;

 Aquele que detém o poder soberano não pode ser morto nem por qualquer maneira ser punido por seus
súditos.
IGUALDADE E LIBERDADE

 Todos os homens nascem livres e iguais.

 Entretanto por serem iguais, ele vai afirmar que dois ou mais homens por sua condição natural podem querer a
mesma coisa, e por isto todos vivemos em tensa competição.

 Quanto a liberdade, esta significa em sentido próprio a ausência a oposição.

“Um homem livre é aquele que, naquelas coisas que graças a sua força e engenho é capaz de fazer, não é
impedido de fazer o que tem vontade de fazer. ”(66)

Reduz a liberdade a uma condição física aplicada a um corpo.


Que papel cabe a liberdade e à igualdade, nesse estado em que o poder é absoluto?

O que resta uma liberdade ao súdito?

 Quando o indivíduo firmou o contrato social, renunciou ao seu direito de natureza, ao fundamento jurídico
da guerra de todos, pois neste direito o meio contradizia o fim: preservação da vida.

 Ao dar poderes ao soberano a fim de instaurar a paz o homem só abriu mão de seu direito para proteger a
sua própria vida.

 Se esse fim não for atendido, o súdito não lhe deve mais obediência simplesmente porque desapareceu a
razão que levava o súdito a obedecer Esta é a verdadeira liberdade do súdito
O ESTADO, O MEDO E A PROPRIEDADE

 No Estado em Hobbes, o indivíduo conserva o direito à vida.

 O soberano governa pelo temor que inflige aos súditos.

 O Leviatã não aterroriza. O terror existe no estado de natureza. O poder soberano mantém os súditos
temerosos apenas porque conhecem as linhas gerais do que devem seguir para não incorrer na ira do
governante.

 Os indivíduos bem-comportados dificilmente terão problemas com o soberano;


 O Estado não se limita a deter a morte violenta.

 Não é produto apenas do medo à morte. Se entramos no Estado é também por esperança de ter vida melhor
e mais confortável. (Medo e esperança são velhos pares em filosofia)
PROBLEMATIZA A PROPRIEDADE (PRESSUPOSTO PARA O CONFORTO)

 Contrapõe-se ao princípio burguês que considera que o proprietário de terra pode fazer com ela o que bem quiser.
Na sociedade feudal havia restrições ao senhor feudal. Ele não poderia impedir que o servo colhesse espigas ou
frutos na proporção necessária para a sua sobrevivência ou que pegasse gravetos suficientes para se aquecer
(lembrar da lei na Alemanha que proíbe aos camponeses colher gravetos denunciada por Marx.)

 Nos tempos modernos os proprietários adquirem o direito ao usufruto das terras (uso do bem e dos frutos), como
também ao abuso.

 Estabelece um limite muito forte à pretensão burguesa de autonomia: toda as terras e bens estão controladas pelo
soberano;

 Compete ao soberano a distribuição das terras do pais assim como em que lugar e com que mercadorias os
súditos estão autorizados a manter tráfico com o estrangeiro;

 Compete ao soberano determinar de que maneira devem ser feitos entre os súditos todas as espécies de contrato
(compra, venda, troca, arrendamento, empréstimo) e mediante que palavras e sinais estes contratos dever ser
considerados válidos.
Por que Hobbes é considerado um pensador maldito?
 
 Não é só porque apresenta o estado como monstruoso e o homem como belicoso;

 Não é só porque subordina a religião ao poder político;

 Mas é também, e principalmente, porque nega um direito natural ou sagrado do indivíduo à sua
propriedade.

 Locke vai falar que a finalidade do poder público é proteger a propriedade (principio aprovado pela
burguesia) – próxima aula

 Um direito aos bens que dependa da aprovação do governante vai contra a pretensão da burguesia a
controlar, enquanto classe, o poder do Estado.
  
Quais os resultados importantes do contrato social:
 
O homem é o artífice de sua condição e de seu destino, e não Deus ou a natureza;
O homem pode conhecer tanto as suas atuais condições miseráveis quanto alcançar a paz e a
prosperidade.

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